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Lúpus Eritematoso Sistêmico

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L pus Eritematoso Sist micoú ê
Introdu oçã
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ou apenas lúpus é 
uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, 
cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de 
forma lenta e progressiva (em meses) ou mais 
rapidamente (em semanas) e variam com fases de 
atividade e de remissão.
Há 2 tipos principais de lúpus:
- Lúpus cutâneo manifesta-se apenas com manchas–
avermelhadas ou eritematosas na pele, em regiões 
com mais exposição à luz solar, como rosto, orelhas, 
colo e nos braços;
- Lúpus sistêmico acomete um ou mais órgãos –
internos.
Epidemiologia
Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e 
sexo, mas as mulheres são muito mais acometidas e é 
um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos 
afrodescendentes.
Ocorre, principalmente, entre 20 e 45 anos.
No Brasil, há estimativas de que existam cerca de 
65000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. 
Assim, acredita-se que uma a cada 1700 mulheres 
brasileiras tenha a doença. 
Tanto que os reumatologistas consideram uma
doença razoavelmente comum no seu dia a dia.
Sinais e sintomas / 
manifesta es cl nicasçõ í
Os mais gerais são: febre baixa raramente, pode ser–
alta , emagrecimento, perda de apetite, fraqueza, –
cansaço e desânimo.
Como é uma doença do sistema imunológico, é mais 
comum que afete os mecanismos de inflamação em 
todos os órgãos. Assim, podem surgir sinais e sintomas
mais específicos, como:
- Dor nas articulações pode ocorrer com ou sem –
inchaço; acomete 90% das pessoas com LES e 
envolve, principalmente, as articulações das mãos, dos 
punhos, dos joelhos e dos pés.
A dor costuma ser intensa, intermitente e com
períodos de melhora e de piora; além disso, pode surgir
como tendinite.
- Lesões na pele ocorre em 80% dos casos ao –
longo da evolução da doença; as mais comuns são 
manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e no 
dorso do nariz - “lesões em asa de borboleta” e –
não deixam cicatriz; podem ocorrer lesões discoides 
nas áreas expostas à luz, as quais são bem 
delimitadas e podem deixar cicatrizes com atrofia e 
com alterações na cor da pele.
Na pele, como um todo, pode ocorrer vasculite
(inflamação de pequenos vasos), causando manchas 
vermelhas ou vinhosas e que são dolorosas nas pontas
dos dedos das mãos e dos pés.
Pode haver o desenvolvimento de 
fotossensibilidade, de forma que uma pequena 
exposição à luz solar pode provocar manchas na pele 
e sintomas gerais, como o cansaço e/ou a febre.
É muito frequente a ocorrência de queda de 
cabelos nas fases de atividade da doença sendo –
que, na maioria das pessoas, o cabelo volta a crescer 
normalmente com o tratamento.
- Inflamação da pleura ou do pericárdio
São relativamente comuns, sendo que podem 
se manifestar de forma leve e assintomática ou como 
dor no peito.
Na pleuris, há dor ao respirar e pode causar 
também tosse seca e falta de ar.
Na pericardite, além da dor no peito, podem 
ocorrer palpitações e falta de ar.
- Inflamação nos rins (nefrite) é bastante –
preocupante e ocorre em 50% dos casos.
No início, pode não haver nenhum sintoma e 
apenas alterações nos exames de sangue e/ou urina.
Nas formas mais graves, surge hipertensão, 
inchaço nas pernas, a urina fica espumosa e pode –
até ser reduzida.
OBS.: Quando não tratada rapidamente, o rim 
deixa de funcionar (insuficiência renal) e o paciente 
pode precisar fazer diálise ou até transplante renal..
- Problemas nos nervos e no cérebro../ alterações 
neuropsiquiátricas, como convulsões, alterações de 
humor ou de comportamento (psicoses), depressão e 
alterações dos nervos periféricos e da medula espinal.
OBS.: São manifestações menos frequentes.
- Alterações no sangue ocorre a destruição de –
células sanguíneas pelos anticorpos.
Se os anticorpos destruírem as hemácias, 
pode ocorrer o desenvolvimento de anemia, 
manifestada por palidez da pele e das mucosas e por 
cansaço, por exemplo.
Se houver destruição dos leucócitos, haverá 
leucopenia/linfopenia, que se manifesta geralmente de
forma assintomática.
Se houver destruição das plaquetas, haverá 
plaquetopenia, que pode provocar aumento do 
sangramento menstrual, hematomas e sangramento 
gengival.
Pode haver inchaço dos gânglios linfáticos (ínguas), o 
que geralmente é acompanhado por febre e pode ser
confundido com sintomas de infecções, como a rubéola.
OBS.: Além disso, os sintomas e sua intensidade 
variam de acordo com a fase de atividade ou de 
remissão da doença.
Etiopatogenia
Embora a causa do LES ainda não seja conhecida, já 
sabe-se que fatores genéticos, hormonais e 
ambientais participam do seu desenvolvimento.
Assim, pessoas com susceptibilidade genética 
em algum momento de sua vida, após exposição a 
fatores ambientais, como irradiação solar, infecções 
virais ou de outros micro-organismos, passam a 
desenvolver alterações imunológicas, como o 
desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem 
com proteínas do próprio organismo e causam 
inflamações em diversos órgãos.
Logo, o tipo de sintoma desenvolvido está 
relacionado ao tipo de autoanticorpo que a pessoa 
tem.
Diagn sticoó
É feito através do reconhecimento pelo médico de um 
ou mais dos sintomas acima.
Em exames comuns de sangue e de urina, há algumas 
alterações muito características, as quais ajudam não 
só no diagnóstico, mas também para mapear se há ou
não atividade do LES.
O exame FAN (fator ou anticorpo antinuclear), 
principalmente, com títulos elevados em uma pessoa 
com sinais e sintomas característicos de LES permite 
o diagnóstico ainda mais certeiro.
OBS.: Não há um exame exclusivo de LES.
Além disso, os testes laboratoriais com os anticorpos 
anti-Sm e anti-DNA apesar de serem muito 
específicos, comprovam apenas 40-50% das pessoas
com LES.
Apesar de haver critérios desenvolvidos pelo Colégio 
Americano de Reumatologia, como há para artrite 
reumatoide, não é obrigatório que o paciente se 
enquadre neles para que o diagnóstico de LES seja 
feito e o tratamento seja iniciado.
Referências bibliográficas:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. 
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). São Paulo, 2011

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