Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINESE – CAMPUS GUARUS Bacharelado em Engenharia Ambiental Química Experimental POLARIDADE E INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Campos dos Goytacazes,18 de novembro de 2014 SUMÁRIO 1. OBJETIVOS...........................................................................................................3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................3 3. MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS.....................................................5 4. REAGENTES.........................................................................................................6 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.................................................................6 6. ESQUEMA DA PRÁTICA.......................................................................................7 7. RESULTADOS.......................................................................................................8 8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO..............................................................................8 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................9 1. OBJETIVOS • Observar as reações dos líquidos quando próximos a um corpo eletrizado para descobrir se há polaridade ou não; • Observar os resultados obtidos com mistura de substâncias a fim de provar a teoria “semelhante dissolve semelhante”; • Observar o ponto de fusão dos elementos. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Polaridade é uma característica pertencente à moléculas com grande diferença de eletronegatividade, isto é, dos átomos que a constituem, um tem maior capacidade de atrair elétrons que o outro, por isso, criam-se polos de carga negativa (δ–) e positiva (δ+), sendo a negativa para o mais eletronegativo. Essa é percebida pela sua geometria e soma de vetores de eletronegatividade de cada elemento. Entende-se como ligação polar, segundo Feltre (2012), união entre átomos diferentes com o mais eletronegativo atraindo o par eletrônico para si, criando um elevado ΔE (diferença de eletronegatividade). Já uma molécula apolar é caracterizada pela ausência de polos, explicada por baixa ou existente ΔE. “A Anfipatia é propriedade que algumas moléculas possuem de apresentar uma extremidade polar e outra apolar.” Podendo realizar interações diferentes dependendo apenas do elemento ligante.(BARBIN, 1999). FIGURA 1: Exemplos de ligações polares e apolares através da resultante de vetores da eletronegatividade. Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAo08AC/quimica-geral?part=3 Existem regras que facilitam a compreensão. Hidrocarbonetos são sempre apolares, pela baixa diferença de eletronegatividade, ligações iônicas são polares, pela elevada ΔE. Em moléculas diatômicas, quando formadas por elementos iguais, são apolares e quando diferentes polares. No caso de moléculas poliatômicas, segue-se a Teoria das nuvens: Entende-se como nuvem são ligações simples, duplas, triplas, dativas e par de elétrons livres, quando o número de nuvens é igual ao número de ligantes é apolar e quando diferente polar (BROWN, 2005). A definição de solubilidade é a maior capacidade que um soluto pode ser dissolvida em um solvente e essa maior capacidade de dissolução é chamada de coeficiente de solubilidade. A solubilidade de qualquer substância sempre dependerá, dentre outros fatores, o soluto que estará sendo disperso. Substâncias polares tendem a ser solúveis em outra substância polar e as apolares tendem a ser solúveis em substância apolares, mas não funciona para substâncias polares com apolares isso explica a expressão “semelhante dissolve semelhante”. Então, a questão de ser polar ou apolar vai influenciar diretamente se essa substância vai ser solúvel ou insolúvel. Como exemplo podemos citar o tetracloreto de carbono (CCl4) e o benzeno (C6H6) que são elementos químicos apolares. Ao misturar esses dois elementos eles se dissolvem um no outro. (DINIZ, 2013) O ponto de fusão de um elemento é uma característica do seu grau de pureza e está relacionado a uma determinada pressão para que a passagem do estado sólido para o estado líquido seja constante. Os sólidos puros apresentam um intervalo muito curto de fusão, já as substâncias impuras apresentam ponto de fusão variado em uma faixa que será maior ou menor quanto ao seu grau de impureza, isto é, quanto mais impura for a substância maior será o intervalo de fusão. No estado sólido de uma substância, suas moléculas estão ordenadas devido a constante pressão exercida sobre elas, com o aquecimento essas moléculas tendem a agitarem e chocarem umas com as outras para que finalmente ocorra a fusão (Figura 2) transformando o sólido em líquido. (ATKINS, 2001) FIGURA 2: As moléculas recebem energia, iniciam o processo de agitação, mudando do estado sólido (moléculas ordenadas à esquerda) para o estado líquido (moléculas desordenadas à direita). Fonte: http://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/fusao.htm A interação intermolecular, que também é chamada de interação covalente, é a atração ou repulsão de moléculas entre si, sem que haja quebra ou formação de nova molécula. As forças moleculares dão origem às interações moleculares, que têm sua natureza elétrica, fazendo com que uma molécula influencia a conduta da outra em suas proximidades. Existem forças de interação de curtas e longas distâncias; as de curta distância atuam a pequenas distâncias de separação intermolecular e as de longa distância atuam a grandes distâncias de separação intermolecular. A interação intermolecular é subdividida em grupo que estão descritos a seguir. • Interações Iônicas: essa interação é realizada entre compostos iônicos e podem ser atrativas ou repulsivas; • Interações do tipo dipolo-dipolo: essa interação é realizada entre compostos com eletronegatividades diferentes, onde o átomo que tiver menor eletronegatividade fica parcialmente positivo e o átomo com maior eletronegatividade fica parcialmente negativo. Isso resulta na polaridade das ligações que defini a interação das moléculas; • Interações de dispersão: essa interação é realizada entre moléculas apolares que apresenta uma força atrativa muito fraca; • Ligações de hidrogênio: essa interação é realizada entre o hidrogênio (H) e outro composto extremamente eletronegativo apresentando bastante força atrativa. (ROCHA, 2001). 3. MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS • Oito tubos de ensaio; • Uma caneta; • Um suporte para tubo de ensaio; • Uma chapa de aquecimento; • Três vidros de relógio; • Um béquer de 50 mL a 20 ºC; • Um béquer de 100 mL a 20 ºC; • Uma bureta de 100 mL a 20 ºC; • Uma pipeta graduada em 10 mL a 20 ºC; • Uma pisseta; • Um suporte universal; • Uma garra metálica; • Quarto espátulas. 4. REAGENTES • Água destilada (H2O); • Etanol (C2H5OH) com concentração de 99,5%.; • Ciclohexano (C6H12); • Óleo vegetal comercial; • Iodo (I); • Iodato de potássio (KIO3); • Parafina; • Enxofre (S). 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 5.1. Escoou-se um filete de água e aproximou-se caneta eletrizada e observou-se. 5.1.1. Repetiu-se o procedimento para o Etanol (C2H5OH) e Ciclo hexano (C6H12). 5.2. Colocou-se ¼ de volume de água em 4 tubos de ensaio. Adicionou-se: • No tubo 1: óleo vegetal comercial; • No tubo 2: Iodo (I); • No tubo 3: Iodato de potássio (KIO3); • No tubo 4: Parafina. 5.2.1. Repetiu-se o procedimento para o Etanol (C2H5OH) e Ciclo hexano (C6H12). 5.3. Fundiu-se simultaneamente uma pitada de Iodato de Potássio (KIO3), parafina, enxofre (S), no vidro de relógio separadamente, equidistantes do centro na chapa de aquecimento e observou-se qual fundiu-se primeiro. 6. ESQUEMA DA PRÁTICA FIGURA 3: Solubilidade de, óleo, iodo (I), parafina, iodato de potássio (KIO3) respectivamente em água (H2O). FIGURA 4: Solubilidade de, óleo, iodo (I),parafina, iodato de potássio (KIO3) respectivamente em Etanol (C2H5OH). FIGURA 4: Solubilidade de, óleo, iodo (I), parafina, iodato de potássio (KIO3) respectivamente em CicloHexano (C6H12). FIGURA 5: Momento do ponto de fusão parafina, enxofre (S), iodato de potássio (KIO3) respectivamente. 7. RESULTADOS Substâncias Óleo Iodo Iodato de potássio Parafina Polaridade Int. molecular Água Imiscível Pouco solúvel Solúvel Insolúvel Polar Ligação de hidrogênio Ciclohexano Miscível Totalmente solúvel Solúvel Insolúvel Apolar Ligação de Van der Waals Etanol Miscível Solúvel Solúvel Insolúvel Anfipático Ligação de hidrogênio Quadro 1: Solubilidade, polaridade e tipos de interações das substâncias. 8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Ao analisar a caneta eletrizada próxima ao filete de água (H2O), observou-se um desvio devido ao campo magnético criado pelo atrito realizado no corpo. Diante desse fato provou-se a existência de polaridade na água, porém ao molhar acidentalmente a caneta deseletrizou-se não provocando desvio. Já no experimento com cicloexano (C6H12) não se alterou o filete, comprovando a inexistência de polaridade na substância. No etanol (C2H5OH), por sua vez, houve uma menor alteração no seu percurso em relação a água. No segundo procedimento, apresentou-se possíveis dissoluções a três líquidos, água (H2O), etanol (C2H5OH) e o cicloexano (C6H12). Observou-se na mistura com a água (H2O) dissolução do iodato de potássio (KIO3), entretanto não houve dissolução imediata do iodo (I), mas com o passar do tempo adquiriu-se coloração, atribuída a pouca solubilidade em água (H2O). No etanol (C2H5OH), constatou-se o mesmo resultado com o iodato de potássio (KIO3), óleo vegetal e iodo (I). A parafina é uma substância apolar, porém não se dissolveu no etanol mesmo sendo anfipático pela baixa interação apolar com apolar. No experimento com cicloexano, dissolveu- se o iodato de potássio (KIO3) e iodo (I), que alcançou dissolução máxima. Finalizando os procedimentos, fundiu-se o iodato de potássio (KIO3), parafina, e enxofre (S) postos equidistantes do centro aquecendo-se com a mesma intensidade. Constatando-se assim a primeira a se fundir foi a parafina, seguida do enxofre (S) e logo o iodato de potássio (KIO3). O tempo gasto para iniciar a primeira fusão foi longo devido a grande quantidade das substâncias. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATKINS, P., Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre, 2001. BARBIN, E. L., Estudo in vitro do efeito anfipático. Disponivel em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-26022010-165836/en.php > Acessado em 24 de novembro às 18h. BROWN, T, LEMAY, H. E., BURSTEN, B. E., Química: A ciência central., 9ª edição, São Paulo: Prentice Hall, 2005. DINIZ, M, KENNTH, A. GOLDSBY, A, Química: 13° edição, AMGH Editora, 2013. FELTRE, R., Química Volume 3, Química Orgânica, São Paulo: Moderna, 2012, 145 p. ROCHA, W. R., Interações intermoleculares. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/04/interac.pdf > Acessado em: 22 de novembro às 0h. 1. OBJETIVOS 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3 3. MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS 5 4. REAGENTES 6 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 6 6. ESQUEMA DA PRÁTICA 7 7. RESULTADOS 8 8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO 8 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 1. OBJETIVOS 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3. MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS 4. REAGENTES 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 6. ESQUEMA DA PRÁTICA 7. RESULTADOS 8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Compartilhar