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Febre Amarela Histórico ® Geral Transmissão vetorial descrita no início do século XX, em testes com Aedes aegypti. 1936: VACINA de vírus vivo atenuado (CEPA 17DD) 1937: disponibilização para uso e inserção no Brasil. ® Brasil 1691: 1ªCampanha para controle no Brasil = “DITADURA SANITÁRIA” o Segregação de doentes o Campanhas de limpeza generalizadas o Campanha de sucesso com erradicação do Aedes aegypti erradicação de febre amarela URBANA por mais de um século Com o enfraquecimento da campanha houve a reinfestação pelo mosquito e nova grande epidemia ocorreu em 1849, com mais de 4.000 mortes no Rio de Janeiro e Salvador. Novo enfraquecimento da campanha no início do século XX, tendo sido documentado novo surto em 1928, o último com ciclo urbano documentado no BR. 1929: Adolfo Lutz suspeitou da ocorrência da febre amarela sem a presença do Aedes aegypti. 1932: descrito primeiro caso da doença de ciclo silvestre do mundo, ocorrido no Espírito Santo. Após 1937, vacinação em massa de populações susceptíveis tornou-se a medida prioritária contra a doença e o controle de vetores a acao secundária. Agente Etiológico É um vírus RNA de fita única à Família flaviviridae à gênero Flavivirus; Seu RNA codifica 3 proteínas estruturais e 7 proteínas não estruturais. 7 genótipos descritos, sendo 5 encontrados na África e 2 na América Epidemiologia ENZOOTIA = doenças que em determinadas regiões afetam constantemente os animais que nelas vivem, e, portanto, acomete seres humanos acidentalmente. Larissa Irigoyen (T16A) Doenças Infecciosas e Parasitárias Maio/2021 ® Américas do Sul e Central 2 ciclos: 1. Silvestre: ocorre na Amazônia, matas ciliares e em bosques isolados; Vetores: Haemagogus spp e Sabethes spp Ocorre pela invasão do ambiente natural pelo ser humano sem antecedente de imunização 2. Urbano: ocorre pela transmissão homem-homem, SEM a participação de primatas não-humanos e mediado pelo Aedes aegypti. Fisiopatologia Provoca grande vasculite infecciosa à danos graves a microcirculação com: o Lesão tecidual grave por hipoxemia o Aumento de permeabilidade capilar e consequentemente extravasamento de plasma o Comprometimento hemodinâmico Seu principal mecanismo de degeneração celular hepática è APOPTOSE. Principais mecanismos da lesão renal: necrose eosinofílica e/ou apoptose. Ocorre a ativação de fatores pró- inflamatórios: o Contribuem para a destruição celular o Formação de radicais livres o Alterações hemodinâmicas o Danos ao endotélio vascular à formação de micro tromboses à possível hipóxia por obstrução de vasos o Coagulação intravascular disseminada o Choque Quadro Clínico Assintomático --------------- >>>> óbito Período de incubação: 3 a 10 dias; Fase virêmica: ocorre após o período de incubação, com duração de 2/3 dias. -------- SINAL DE FAGET (Febre com frequência cardíaca baixa) O pulso se torna relativamente mais lento, apesar da temperatura elevada (sinal de Faget). Pode haver progressão para o comprometimento do sistema nervoso central devido a encefalopatia hepática e uremia, com agitação psicomotora, obnubilação, torpor e coma. Após a fase virêmica tem a regressão espontanea dos sintomas à 70-80% evoluem para cura nessa fase, na forma leve da doença; Após 2h a 48h da regressão dos sintomas tem-se a fase de intoxicação, com: o Recrudescimento dos sintomas, mais intensos e associados a icterícia e vômitos incoercíveis; o Evolução para oligo-anúria e insuficiência renal; o Manifestações hemorrágicas, especialmente tratogastrointestinal o Choque e coma: 50% das formas graves atingem essa etapa; Óbito: ocorre entre o 7º e 8º Diagnóstico ® Clínico Paciente exposta a área endêmica ou com circulação viral Caso suspeito: quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou procedente de áreas de risco ou locais com epizootias ou isolamento viral em vetores nos últimos 15 dias. Caso provável: caso suspeito com exame laboratorial preliminar reagente. ® Laboratorial Inespecífico: apresenta Leucopenia Neutropenia Linfocitose Plaquetopenia Elevação de transaminases Uréia Creatinina Bilirrubinas Alargamento do coagulograma Específico: Isolamento viral: presente no s angue após 4 dias RT-PCR: 5ºdias dos sintomas Sorologia: MAC-ELISA Histopatologia ® Diagnóstico diferencial Infecções respiratórias agudas Dengue Zika Hepatites agudas Leptospirose Sepse por gram negativos Hepatites agudas Malária falciparum Tratamento Não existe tratamento anti-viral específico, realizando portanto o controle de sintomas e suporte, buscando manter níveis adequados de oxigenação, controle de hemodinâmica, manter hidratação adequada, controle de eletrólitos, controle de distúrbios ácido-base, indicação precisa de hemodiálise. Vacinação e Controle VACINAÇÃO = principal medida de proteção individual e de populações expostas Vacina de vírus atenuado: altamente eficaz. Uma dose = imunidade definitiva Quem já teve febre amarela, adquire imunidade a doença, porém para controle de vacinação internacional deve tomar a vacina quando viajar para regiões endêmicas.
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