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ROTEIRO GRAVAÇÃO
ALIENAÇÃO PARENTAL 
15/05/2020
APRESENTADOR: Aline
JUIZ: Márcio
ADVOGADO: Andreza
 
DELEGADO: Pedro
PSICÓLOGO1: Jenelaine
PSICÓLOGO 2: Jaíne Glória
Obervação: Seguir estritamente o roteiro de perguntas. 
APRESENTADOR: Boa noite a todos, estamos aqui com mais um BATE PAPO JURÍDICO, e o tema do dia é: Direito de Família e Alienação parental, para isso temos como convidados o Dr. Márcio, Juiz da vara de família, Dra. Andreza Clary, advogada especialista em Alienação parental, Dr. Pedro delegado civil e as Dra’s Jenelaine rodrigues e Jaine Glória psicólogas jurídicas que vão tratar das consequências emocionais, trazendo um caso específico para que possamos compreender melhor o que esse problema causa no dia-a-dia né.
Então, Dr. Márcio boa noite, gostaria que você nos dissesse, o que é direito de família?
JUIZ MÁRCIO: Boa noite a todos, então Aline, o direito de família como já diz o nome, fica responsável por regular as relações familiares e a proteção a família a que inclusive é garantido pela constituição.
APRESENTADOR: tem como destacar alguns direitos para termos uma ideia? 
JUIZ: Sim claro, vou destacar 4 ações aqui, apesar de ser uma área que abrange muita coisa, ainda mais depois da reforma que houve no Codigo Civil em 2001 ou foi 2002 se não me falha a memoria, são divorcio, pedido de alimentos , guarda dos filhos e a alienação parental que vai ser tratado hoje pelos meus colegas.
APRESENTADOR: o direito de família é tratado da mesma forma ou de forma diferente no CC?
Juiz: sim, o direito de família é tratado de forma diferente dos demais casos, como direito do consumidor ou ações indenizatórias, isso porque o novo CC possibilitou que as audiências conciliatórias ocorressem quantas vezes forem necessárias para chegar em uma conciliação de partes, pois Aline o mesmo prioriza a mediação
APRESENTADOR: O ministério público age no DF?
JUIZ: Sim ele age, pois quando há um litígio ou ação o direito de um menor de idade, um incapaz (que seria uma pessoa com necessidades especiais) ou até mesmo de um idoso, o MP está ali presente
APRESENTADOR: Então, diante disso Dra. Andreza o que seria alienação parental?
ADVOGADA: Bom, a alienação se dá, geralmente, ao término de um relacionamento, geralmente em casos de divórcio. A partir daí, um dos genitores responsáveis pela guarda da criança ou do adolescente interfere psicologicamente em sua vida exercendo um papel manipulador, o influenciando a ter uma visão ruim/negativa do seu outro genitor.
A lei 12.318 (falta dizer de onde é essa lei, nomeá-la) dispõe algumas condutas exemplificadas do que é alienação parental. É importante lembrar também que a alienação parental não está unicamente ligada ao pai e a mãe, a lei nos dá alguns exemplos de parentesco mas juridicamente, outras condutas podem ser considerada alienação como entre um pai e uma avó, uma mãe e um padrasto, ou seja, qualquer membro familiar que compartilhe com viva com a guarda do menor.
APRESENTADOR: Nesse contexto, quais seriam as condutas mais comuns do alienador ou as formas de alienação parental?
ADVOGADA: É considerado o ato de alienação parental reduzir a desqualificação o que seria o que seria isso é basicamente falar mal do outro eu no meu exercício de mãe e alienadora eu chegar para o meu filho diretamente ou apenas ali na presença dele e dizer que o pai dele não presta que o pai dele é isso aquilo coisas negativas então quando eu falo isso eu estou exercendo a desqualificação
° prejudicar o convívio que seria basicamente eu no meu exercício de mãe criar empecilhos para que a visitação ela não acontecesse né uma vez que elas estão regulamentadas e tu precisa ser respeitado e eu no meu exercício de alienadora eu crio empecilhos para que essa visitação e esse esse convívio ele não aconteça eu falo que ela tem que a minha filha ou meu filho tem um aniversário para ir, que marcou um passeio com uma colega então eu prejudico esse esse convívio entre o pai e a filha
° imputar um crime contra outro genitor e é uma conduta que está bem atual hoje temos aí diversos casos que não tiveram desfechos mas que poderiam servir de exemplo aqui como uma possível alienação parental O que seria imputar um crime contra o outro é a tradicional denúncias de abuso é a mãe no Exercício ou pai no exercício de alienador ele cria uma situação de abuso e geralmente ele tem noção das consequências desse crime então ele usa isso ele usa essa alienação em benefício próprio né Para que ele seja prejudicado
° e por último dificultar a autoridade parental resulta em eu como mãe impedir minha filha por exemplo fazer o uso do telefone celular dizer que ela está de castigo está isenta de fazer esse uso e é É nesse mesmo período em que ela precisa né Ela vai para casa do pai dela do outro genitor e ele e ele no papel de alienador ele disse culta Minha autoridade parental autorizando esse acesso então ele para passar como o Paizão o pó de tudo liberar o bonzinho ele passa para mim a autoridade e dificulta Então isso é considerada alienação parental também.
APRESENTADOR: Obrigada Dra. Dr. Pedro como delegado, com certeza você já presenciou diversos casos de alienação parental, desse modo, poderia nos dizer quais são as medidas cabíveis no âmbito jurídico no que diz respeito à esse tema?
DELEGADO: A respeito das leis que abrangem o crime de Alienação parental, hoje trago aqui a Lei 12.318 de 26 de agosto de 2010, que altera o art. 236 da Lei 8.069 de 13 de julho de 1990:
 Ela 12.318 diz em seu Art. 6º: Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
 I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
No caso de existem casos por exemplo, em que o juiz estipulou multa de 10.000,00 a mãe, caso a mãe impedisse o pai de visitar o filho.
Além disso, ainda é possível, aplicar as medidas da Lei Maria da Penha, inclusive solicitando a prisão preventiva do agressor, quando necessário – esta medida está inclusa no rol das chamadas “medidas protetivas de urgência”, que, se descumpridas, podem gerar a pena de detenção de 03 meses a dois anos. Apesar de ainda haver alguns questionamento acerca da natureza jurídica das medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 (“Lei Maria da Penha”).
Poderá ainda, o agressor, incorrer em possibilidade de prisão preventiva, decretada pelo magistrado, e a sujeição a possível processo criminal, aquele que descumprir medida protetiva que conceda a guarda compartilhada. , torando-se agora, caso haja o descumprimento das medidas protetivas de urgência infração penal (lei 13.641/18): que tem pena de detenção de 03 meses a dois anos.
APRESENTADOR: Sendo assim, então seria possível requerer mais de uma sanção cumulativamente, certo?
DELEGADO: Sim sim, a Justiça pode aplicar uma série de sanções, isoladas ou cumulativamente. Como foi dito pode-se advertir o alienador; determinar a ampliação do regime de convivência com o alienado; estipular multa; determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; determinar a alteração de guarda para compartilhada ou inversão de guarda (passar do alienador para o alienado); determinar fixação do domicílio da criança ou adolescente; e declarar suspensão da autoridade parental (nesse caso a autoridade do pai ou da mãe praticantes da alienação). Essa é a sanção maisgrave, dentro das previstas.
APRESENTADOR: Cabe dano moral na alienação parental Dr.?
DELEGADO: Com certeza! A condenação por danos morais ao genitor alienador, tem a função de indenizar o alienado pelo seu sofrimento, por todos os danos que lhe foram causados. E, além disso, também seria uma forma bastante eficaz de inibir os genitores que alienam os filhos, cada vez mais, utilizando-os somente como uma arma de vingança. Nesse último aspecto, restando claro o caráter punitivo-pedagógico aplicado pelo STJ nas indenizações por dano moral, conforme jurisprudências citadas anteriormente.
Assim, podemos perceber que é plenamente cabível a indenização por dano moral quando caracterizada a prática da Síndrome da Alienação Parental, àqueles que sofreram com a alienação, como o genitor alienado e mesmo o menor, por ele representado. Isso devido ao fato de que a responsabilidade civil e o dever de reparar decorrem de um ato ilícito, com a existência de dano e nexo causal.
APRESENTADOR: Obrigada Dr. Essa questão é bem grave, sobretudo do ponto de vista psicológico, já que se trata de crianças e adolescentes. Dra Jenelaine, poderia nos dizer quais são as consequências emocionais que a alienação parental causa no menor alienado?
PSICÓLOGO 1: Boa noite a todos os colegas presentes, e a todos que estão acompanhando o nosso bate-papo online.
Estou lisonjeada pelo convite, ainda mais por se tratar de um tema tão importante e tão pouco discutido dentro do Direito de Família que é a Alienação Parental.
As consequências emocionais geradas em desfavor do indivíduo, que podem ocorrer na infância, adolescência e se prolongar manifestando-se na fase adulta.
Vamos imaginar que nós somos crianças e que esperamos dentro do seio familiar termos acolhimento, carinho, proteção por parte dos pais e dos familiares. Mas de repente tudo o que tínhamos de mais precioso que é a nossa família e que deveria nos garantir o mínimo de segurança afetiva, emocional não acontece. Não estamos entendendo nada de fato, pois somos crianças, e nossos pais em conflito constante por questões particulares esquecem ou não tem a consciência de que precisamos de apoio, por estarem envolvidos num sofrimento causado pelo divórcio.
É injusto, é desumano, porque a criança não tem discernimento do que está acontecendo, e naquele momento de dor pela separação, os pais esquecem do bem-estar psicossocial da criança. É importante entendermos que o desenvolvimento psicológico da criança ou adolescente depende da interação que a mesma terá com seus entes queridos, e de forma alguma devem ser privados do contato com o pai
ou com a mãe. Esse processo desgastante irá produzir efeitos psicológicos negativos que podem se manifestar na infância, com sintomas físicos e mentais que podemos chamar de SAP(Síndrome de alienação parental), ou seja, são consequências de todo abuso psicológico provocado por um dos genitores.
APRESENTADOR: Sempre há essa síndrome da alienação parental ou há diferença entre ela e a alienação parental em si?
PSICÓLOGO 1: A Síndrome de alienação parental é algo tão maléfico para o indivíduo que sofre, que pode se manifestar
com sintomas como: transtornos de depressivos, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, estresse, transtornos psicóticos e até suicídio. O curioso disso tudo é que o indivíduo pode carregar esses problemas psicológicos por toda a sua vida, porque o trauma provocado foi tão intenso que para se ter uma qualidade de vida precisará de acompanhamento psicológico.
APRESENTADOR: Como a psicologia ajuda nos casos de direito de família?
Nós podemos perceber hoje um avanço muito grande nas Varas de Direito de Família, em que existe um acompanhamento feito por psicólogos para as demandas de divórcio, disputa de guarda, regulamentação de visitas, a fim de preservar ao máximo, intermediando para que os danos psicológicos sejam os menores possíveis aos envolvidos no processo, visto que os mais vulneráveis
são as crianças. Porque estamos lidando com seres humanos e dentro desse contexto o processo acaba, mas os fatores psicológicos permanecem.
Então é importante salientar que a presença dos pais é fator primordial para a formação psicossocial da criança, e privá-la do contato de um dos genitores seria um verdadeiro massacre psicológico, na maioria das vezes com danos irreparáveis, podendo gerar consequências drásticas e fatais, no qual o poder judiciário deve estar atento, não podendo de forma alguma negligenciar o bem-estar psicossocial e a integridade física das crianças e adolescentes, garantindo-lhes seus direitos.
APRESENTADOR: Um caso bem interessante de alienação é o do menino Bernardo Boldrini, que aos 11 anos foi assassinado por sua madrasta em 4 de Abril de 2014. A dra. Jaine acompanhou diretamente o caso na época e poderia nos esclarecer melhor algumas dúvidas sobre ele e qual sua relação com a alienação parental. Dra, o que se sabe sobre o caso do menino Boldrini?
PSICÓLOGO 2: Então Aline, Uglione Boldrini, de onze anos de idade, O GAROTO QUE PERCORREU TODO CICLO SOZINHO EM MEIO AS TORTURAS PSICOLÓGICAS E FISICAMENTE, TORTURAS ESSAS COMO: SER TAJÂDO DE DEMÔNIO, ASSASSINO, QUE ELE ESTAVA DOENTE IGUALMENTE A MÃE, QUE SUA MÃE HAVIA SE SUICIDADO POR CAUSA DELE E QUE ESSE TAMBÉM SERIA O FIM DELE, ISSO LEVOU O MENINO CORRER ATRÁS DE AMOR, COMIDA E ROUPA PELAS AS RUAS DAS CIDADES, QUE FOI ATÉ O FÓRUM PEDIR AJUDA PORQUE JÁ ESTAVA CANSADO DE SER TORTURADO EM CASA PELO O PAI LEONARDO E A MADRASTA GRACIELE UGULINI E ACABOU SENDO ASSASSINADO E ENTERRADO EM UMA COVA PELA A MADRASTA, EM 4 DE ABRIL DE 2014. É um caso triste e serve como fonte de estudo dentro do sofrimento psíquico, de uma infância de um menino rejeitado na questão social, familiar, escolar e em vários segmentos de convivência.
APRESENTADOR: Como a alienação acontece na prática nesse caso de Bernardo?
PSICÓLOGO 2: Então, no caso de Bernardo, á prática de alienação parental ocorreu não apenas pela madrasta, mas também pelo próprio pai da criança e quando o pai proíbe a vó de ver o neto. Quando a madrasta desqualifica a genitora do menino ao afirmar que ela andava com “tudo que era homem”, nas palavras dela diz: “Ela que era vagabunda! {…}. Então vai perguntar para as pessoas da cidade o que a tua mãe fazia. Pergunta!”. E com não bastasse toda a tortura psicológica que a criança estava envolvida, o pai Leandro Boldrini ainda menciona que tinha pena do filho, pois a mãe do menino havia o abandonado.
APRESENTADOR: O que poderia ter sido feito e o que podemos fazer pelos os outros Bernardos que possam surgir?
PSICÓLOGA 2: Primeiramente a ideia é analisar o comportamento da criança e em caso que seja comprovado agressões, torturas, as violências contra a criança e o adolescente etc, adicionar o Conselho Tutelar e assim será encaminhado aos magistrados, é um fato importante porque a partir do momento que realizamos a denuncias estamos minimizando os casos e também para que não tenhamos outras crianças vítimas dos difíceis conflitos familiares, mesmo quando já inseridas no sistema protetivo.
APRESENTADORA: Bom, é isso, terminamos nosso bate papo por aqui. Obrigada a todos os convidados que se dispuseram a estar aqui presentes, foi muito proveitoso. Espero que vocês aí de casa também tenham conseguido entender melhor sobre esse tema tão importante e tão pouco debatido. Por hoje é só, ficamos por aqui, e até o próximo bate papo jurídico!

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