Técnicas de escovação

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@isanogueira 
18/05/2021 
CARIOLOGIA 
Técnicas de escovação 
Toda a população, em especial crianças menores 
de nove anos de idade, deve usar o flúor em 
pequenas quantidades (cerca de 0,3 gramas, 
equivalente a um grão de arroz), devido ao risco 
de fluorose dentária. 
Na literatura foi visto que dentifrícios com baixa 
concentração de fluoretos ou não fluoretados não 
são recomendados. 
A concentração de flúor adicionada aos 
dentifrícios, usualmente em torno de 1.000 ou 
1.500 ppm. O flúor deve ser usado no momento 
em que o dente erupciona. 
 
Crianças em idade pré-escolar, na fase de 
desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes 
permanentes, apresentam risco para o 
desenvolvimento de fluorose dentária. Pesquisas 
brasileiras e internacionais evidenciaram que esse 
grupo etário ingere involuntariamente e 
sistematicamente certa quantidade de dentifrícios 
quando escovam os dentes. Pequenas 
quantidades de dentifrício colocadas na escova 
(técnica transversal) e monitoramento de adultos 
são altamente recomendáveis, principalmente em 
regiões com água fluoretada. 
Não existe um único método que seja correto para 
todos os pacientes. O que vai diferenciar é a 
morfologia da distribuição da dentição 
(apinhamento dentário, diastema, fenótipo 
gengival, resseção gengival, destruição dos tecidos 
periodontais e etc.) A própria habilidade manual 
do paciente é que vai determinar que tipo de 
ajuda ele precisa e quais dispositivos ou técnicas 
são recomendados. 
Mas qual a melhor técnica de 
escovação? 
Independente das técnicas, elas precisam permitir 
a remoção completa da placa dental no menor 
tempo possível, sem causar dano aos tecidos. 
Escovação horizontal – são frequentemente 
usados por pessoas que nunca receberam 
instruções de técnicas de higiene oral. 
A cabeça da escova está perpendicular a superfície 
do dente e aplica-se o movimento horizontal de 
um lado para o outro em superfícies oclusais, 
linguais e palatinas, com a boca aberta. E na 
vestibular com a boca fechada para diminuir a 
pressão da bochecha sobre a escova. 
Escovação vertical ou técnica de Leonard – é 
indicado para quem não tem problemas gengivais. 
O movimento é aplicado na direção vertical 
usando a movimentação para cima e para baixo. 
@isanogueira 
18/05/2021 
CARIOLOGIA 
Escovação circular ou técnica de fones – é 
indicada para crianças. Ela é realizada com a boca 
fechada. A escova é colocada dentro da bochecha, 
fazendo movimentos rápidos e circulares na 
vestibular fazendo “bolinhas”, na oclusal fazendo 
movimento de “trem” e na superfície lingual ou 
palatina fazendo movimento de “vassourinha”. 
Técnica de Charters – é indicada para pacientes 
que tem recessão das papilas interdentais. Essa 
técnica aumenta a efetividade da limpeza e a 
estimulação gengival das áreas interproximais. A 
cabeça da escova é usada na direção obliqua a 
superfície dentária, as cerdas são voltadas para a 
superfície oclusal e vai fazendo a escovação 
deslocando para trás e para frente com 
movimentos rotatórios. 
Técnica vibratória ou técnica de Stillman- faz o 
massageamento e estimulação das gengivas, 
assim como para a limpeza das áreas cervicais dos 
dentes. A cabeça da escova é usada na direção 
obliqua voltada para o ápice da raiz, as cerdas são 
parcialmente usadas na gengiva e na superfície 
dentária. Deve ser feito uma leve pressão com 
movimento vibratório e sem deslocamento da 
escova de sua posição original. 
Escovação sulcular ou técnica de Bass – enfatiza a 
limpeza da área diretamente abaixo da margem 
gengival. A cabeça da escova é usada na direção 
obliqua voltada para o ápice da raiz, as cerdas são 
introduzidas no sulco gengival. Deve ser feito 
movimentos rítmicos curtos/anteroposterior para 
fazer a remoção da placa supra e subgengival. 
Técnica de Bass ou Stillman modificada – torna 
possível que algumas cerdas alcancem o espaço 
interproximal. Após aplicar o movimento curto 
anteroposterior, a cabeça da escova é girada 
aplicando movimentos em direção oclusal. 
 O tempo ideal de escovação é de 2 minutos 
(120 segundos). 
 A literatura e associações odontológicas 
sugerem a escovação dos dentes ao menos 2 
vezes por dia com dentifrício fluoretado 
associado ao uso do fio dental para reduzir o 
risco de cárie. 
 A troca deve ser realizada de 3 a 6 meses ou 
em qualquer sinal de deformação da escova e 
também depois de ter tido alguma doença 
(gripe, covid). 
Higiene na primeira infância 
É o período ideal para introduzir bons hábitos e a 
participação ativa dos pais é muito importante. 
Bebês de 0 a 4 meses - O leite materno em 
contato com a saliva do bebê, promove a 
regulação da microbiota oral e intestinal. Nesse 
período não é necessário fazer a higienização 
porque está tudo equilibrado. 
No período de amamentação, depois dos 4 
meses, depois da última mamada da noite, 
recomenda-se uma higienização suave, como: 
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CARIOLOGIA 
umedecer uma gaze com água filtrada e passar 
por toda a boca do bebê. 
Na fase pré eruptiva pode ser utilizado dedeiras 
para massagear a região que vai receber os 
dentes. 
Na fase eruptiva já é recomendado a utilização 
da escova e do creme dental com flúor. 
As bactérias da boca do recém-nascido (sem 
dentes) NÃO APRESENTAM RISCO RELATIVOS AO 
SURGIMENTO DE CÁRIE. ELAS SE INSTALAM APÓS 
A ERUPÇÃO DO 1º DENTE DECÍDUO. 
Quando surgirem os primeiros dentes já vai ser 
usado creme dental com flúor de 1000 a 1500 
ppm. É indicado também que a criança escove os 
dentes junto com os pais para seguirem o 
exemplo. 
A escova deve ser pequena, com borda 
arredondada e cerdas macias, os dentifrícios com 
a presença de flúor, deve realizar movimentos 
circulares e escovar de 2 a 3 vezes ao dia. 
Até a criança adquirir coordenação motora a 
higiene é de responsabilidade dos pais. Deve ser 
evitado inserir alimentos adocicados 
precocemente na dieta da criança e não molhar a 
chupeta em mel ou açúcar. 
Até o momento, nenhum método de escovação 
tem se mostrado claramente superior a outros, a 
melhora da higiene oral depende tanto do 
desenvolvimento de melhores métodos de 
escovação quanto da melhora do desempenho do 
paciente em usar qualquer método de escovação 
aceitável.