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Pontos relevantes - estudo P2 - ZOO434

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Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
Pontos relevantes - estudo P2 - Produção Avícola
● Forro:
○ Posição: fixado a 2,3m de altura.
○ Função: Diminuir a área para aquecimento na fase inicial de criação ou
resfriamento do ambiente nas fases intermediárias e final de criação.
○ Sempre presente em aviários de pressão negativa.
○ Pode estar presente ou não em aviários de pressão positiva.
○ O uso do forro tem que ser associado com ventilação eficiente.
● Ventiladores:
○ Posição:
■ A ventilação no aviário deve ir próxima as aves, porém não
diretamente na cama.
■ Os ventiladores devem ficar posicionados de modo a ventilarem no
sentido longitudinal (ventiladores posicionados nas fachadas leste ou
oeste) ou lateral/transversal (ventiladores posicionados nas fachadas
norte ou sul → Posicionamento no sentido lateral - unilateral) do
aviário e em uma inclinação de 60º.
■ Os ventiladores devem ventilar no mesmo fluxo/direção da ventilação
natural, ou seja, devem ser posicionados de modo a movimentar o ar
na direção da saída de ar do aviário. → Se não houver predomínio de
ventilação entre as faces opostas do galpão pode-se trabalhar com
ventilação bilateral posicionando os ventiladores em zigue e zague. →
Posicionamento no sentido lateral - bilateral.
■ Os ventiladores também podem ser posicionados em sentido
longitudinal duplo (pareados)
■ Em aviários muito largos, há a opção de se trabalhar com 3 fileiras de
ventiladores fazendo fluxo de ar no sentido longitudinal →
Posicionamento no sentido longitudinal triplo.
○ Funções:
■ criar pressão positiva dentro das instalações;
■ renovar o ar possibilitando a retirada de CO, CO2 e NH3 (proveniente
da cama), auxiliar na perda de calor por convecção, remoção da
poeira e redução da umidade do aviário.
○ Movimentação do ar:
■ A perda de calor por convecção depende da movimentação do ar (2,0
a 2,5 m/s). A potência de perda de calor depende da temperatura do
ar e da movimentação do ar. A cada 1m/s ao nível das aves pode se
ter uma redução de 3ºC
● redução de 6 a 7,5ºC dentro do aviário somente usando
ventiladores
■ A movimentação excessiva do ar ou muito baixa são prejudiciais.
○ Cálculo do número de ventiladores:
■ N = (L X H X V) : C
● N = Nº de ventiladores
● L = Largura do aviário (m) → varia de 10 a 14 m
● H = Altura do pé direito ou do piso até o forro (m) → varia de 3
a 3,20 m
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● V = Velocidade do ar (m/s) → varia de 2 a 2,5 m/s para
aviários de pressão positiva
● C = Capacidade do ventilador (m^3/min) → varia de 150 a 300
m^3/min.
○ a capacidade de ventiladores é inferior a dos
exaustores.
○ quanto maior a capacidade do ventilador, mais
eficiente ele será e menos ventiladores serão
demandados.
■ O comprimento do aviário não entra no cálculo de N pois esse
parâmetro está geralmente associado ao tamanho do pé direito do
galpão.
● Exaustores:
○ Funções:
■ criar pressão negativa dentro do aviário (aviário totalmente fechado);
■ remover gases, calor, umidade e poeira
○ São mais eficientes que os ventiladores, pois exercem pressão negativa, que
facilita e uniformiza a renovação de ar no galpão e diminui as zonas mortas
(sem ventilação).
○ Demandam maior investimento nas instalações para serem implantados
(aviários bem vedados)
○ São utilizados em aviários com alta densidade de criação.
○ Em regiões de clima quente e seco os exaustores devem ser adotados, pois
os ventiladores por si só não geram climatização eficiente para as aves.
○ Entram em funcionamento quando a temperatura do aviário chega a 25ºC,
através de sensores. → Se o aviário for completamente fechado, os
exaustores ficam ligados o tempo todo.
○ São posicionados em uma das extremidades da fachada leste ou oeste e
fachada norte e sul.
○ Exige abertura na fachada oposta da instalação dos exaustores para que
haja entrada de ar no galpão.
○ Vantagens do uso de exaustores (e aviários de pressão negativa):
■ Melhoria do ambiente de criação
■ Renovação mais uniforme do ar
■ Permite aumentar a densidade de criação
■ Aves gastam menos energia para produzir ou dissipar calor devido ao
alto controle de climatização proporcionado pelos exaustores e o
sistema de pressão negativa. → Melhoria do desempenho das aves
(maximização dos índices zooeconômicos, porém em termos de bem
estar animal, é menor do que em aviário de pressão positiva)
○ Cálculo do número de exaustores (N) e da abertura para entrada de ar no
galpão:
■ O cálculo de N é exatamente igual ao feito anteriormente para
descobrir o número de ventiladores necessários no galpão.
● Umidificadores:
○ Função:
■ Elevar a umidade relativa do ar auxiliando na redução da temperatura
do galpão.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Utilizados em sistemas adiabáticos, ou seja, associando-se ventilação à
umidificação em galpões onde apenas o uso dos ventiladores não é
suficiente para manter o bem estar térmico das aves.
○ Os umidificadores são acionados quando a temperatura interna do galpão
alcançar 28 - 29ºC. São ligados após os ventiladores, se os mesmos não
derem conta de controlar a temperatura.
○ Os umidificadores são desligados quando a umidade relativa alcançar 80%
dentro das instalações. Nesse momento as cortinas também são abertas
para que a umidade não fique excessiva dentro do galpão, o que dificultaria a
troca de calor entre aves e meio por ofegação (na realidade, o ideal é se
trabalhar com uma umidade em torno de 60 a 70% dentro do galpão).
○ Em regiões quentes e secas, como no centro oeste do Brasil, opta-se por
trabalhar com umidificadores.
○ Tipos de equipamentos umidificadores:
■ Nebulizadores: utilizados tanto em aviários de pressão positiva
quanto em aviários de pressão negativa.
● Posicionamento de nebulizadores:
○ Em aviários equipados com ventiladores que exercem
pressão positiva do tipo lateral (ou seja, com fluxo de
ventilação transversal): as linhas de nebulizadores são
posicionadas no sentido longitudinal, até
aproximadamente a metade da largura do aviário, a 2,
4 e 6 metros a partir da fachada em que os
ventiladores forem instalados.
○ Em aviários equipados com ventiladores que exercem
pressão positiva do tipo longitudinal: É feito o uso de
nebulizadores transversais (dispostos em linhas
transversais).
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Em aviários equipados com exaustores que exercem
pressão negativa: Galpões de pressão negativa que
adotam nebulizadores juntamente com os exaustores
podem deixar a entrada de ar natural, não precisam
fazer uso do sistema de Pad Cooling.
■ Placas ou painéis evaporativos: utilizados em aviários de pressão
negativa. São chamadas de “Pad Cooling System”
● Os PAD COOLING ou placas evaporativas são utilizadas nas
aberturas para entrada de ar do galpão.
● O uso do Pad Cooling System gera melhores resultados em
relação à climatização do que apenas o uso dos exaustores.
Com o sistema, o ar entra na placa quente e seco e ao
atravessá-la é umidificado e resfriado. Esse ar entra então
fresco e úmido dentro do aviário.
● O material dessas placas evaporativas pode ser celulose,
papelão corrugado, fibra, etc.
● Silos:
○ Função: armazenar a ração
○ É um equipamento adotado em todas as granjas integradas e o transporte da
ração é realizado por caminhões graneleiros. A ração pode ser farelada, mini
peletizada, peletizada ou triturada.
■ mini peletizada → destinada aos pintinhos;
■ peletizada → destinada a animais em crescimento ou acabamento.
○ A peletização deve ser muito bem feita para que o pelet aguente o
transporte/movimentação, e não esfarele.
■ A ração das aves possui 2,5 a 3% de fibras
○ A capacidade do silo é conjugada ao número de aves criadas e o tamanho
do aviário.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ A capacidade de um silo deve ser em média de 1kg de ração para cada ave
alojada no galpão
■ deve fornecer ração por 5 dias.
○ Pode se ter apenas um silo para mais de um galpão de aves.
_______________________________________//_________________________________Comportamento das aves em função da temperatura ambiente:
● A questão da temperatura do aviário deve levar em conta que fisiologicamente, a
avicultura trabalha com 2 grupos de aves: aves jovens (até os 15 dias de vida) e
aves adultas*.
○ * → o termo “frango adulto” é utilizado aqui em função do peso de abate atingido e em função do
crescimento/ciclo de produção rápido do pintinho. Apesar disso, biologicamente, o frango atinge a
maturidade sexual por volta das 20 semanas de idade, que é após a idade em que é abatido (aos 42 dias
ou 6 semanas de vida).
● Aves jovens (até o 15º dia de vida):
○ Nesse período da fase de criação, as aves possuem aparelho
termorregulador ineficiente, sendo pecilotérmicas, e por isso altamente
sensíveis ao frio.
○ Nesta fase a morte por frio é muito mais comum do que por calor, apesar de
que a morte por temperatura elevada também pode ocorrer.
○ Para as aves jovens, trabalha-se com auxílio de campânulas e cortinas
interna, externa e transversal, no intuito de manter a temperatura adequada
para as aves.
○ Aves até os 15 dias de vida possuem reserva para termogênese reduzida.
■ Assim como os suínos, os pintinhos não possuem tecido marrom
desenvolvido (por conta disso têm baixa reserva de glicogênio para
manter/produzir calor corporal), precisando assim do auxílio externo
para o aquecimento corporal.
○ A mortalidade de aves nessa fase de criação ocorre em maior taxa no
inverno por conta de falha de regulação térmica de aquecimento no aviário.
○ A temperatura ideal para conforto térmico das aves jovens é em torno de
32/33ºC. Aves sendo criadas em temperaturas inferiores (26/27ºC por
exemplo) apresentarão problemas de desenvolvimento e produtividade, tais
como:
■ Comportamento de amontoamento → aves se amontoam no intuito
de se aquecerem. Esse comportamento pode gerar morte por
excesso de calor ou por asfixia;
■ Desuniformidade entre as aves do lote → com o estresse térmico pelo
frio pode ocorrer tanto o aumento do consumo de ração na busca por
elevação do incremento calórico para aquecimento corporal quanto a
diminuição da alimentação (consumo ineficiente). Dessa forma alguns
pintinhos comem e outros não. Os pintinhos que comem menos não
conseguem quadruplicar seu peso na 1ª semana de vida;
■ Piora na conversão alimentar → A 1ª semana de vida dos pintinhos é
a mais importante em relação ao ganho de peso. Nesse período
espera-se que a ave quadruplique seu peso ao nascimento. Se há
estresse térmico pelo frio as aves acabam precisando gastar energia
para produção de calor corporal e por conta disso parte da energia
obtida pelo consumo de ração é direcionada para a produção de calor
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
corporal, e não para o ganho de peso que é tão importante nessa
fase da vida da ave. Tal situação faz com que o pintinho chegue ao
fim da 1ª semana de vida com menor ganho de peso do que o
esperado;
■ Comprometimento do sistema imune → Mesmo com o grande ganho
de peso, na 1ª semana de vida do pintinho o organismo tem como
prioridade o maior desenvolvimento do sistema imune, do sistema
cardiovascular e do sistema digestivo (vísceras de modo geral) e não
a deposição de proteína. Dessa forma, o estresse térmico por baixa
temperatura nessa fase de criação vai comprometer o sistema imune
do pintinho podendo permitir a instalação de doenças que podem
acabar com todo o lote;
■ Aumento de pintinhos refugos → aumento na retirada de pintinhos do
lote por conta de não terem se desenvolvido corretamente.
● Aves adultas (após 25-30 dias de vida):
○ Nessa fase de criação as aves já estão todas soltas no aviário e não há mais
problema de regulação do aquecimento corporal.
○ Aves adultas são homeotérmicas, apresentando aparelho termorregulador
desenvolvido, porém pouco eficiente, pois as aves possuem corpo coberto
por penas, alta temperatura corporal e ausência de glândulas sudoríparas, o
que dificulta a perda de calor corporal e demanda gasto energético para
perda de calor latente por ofegação. Além disso, atualmente a densidade de
alojamento é grande e a cama do aviário está em constante fermentação,
sendo esses fatores também dificultadores da perda de calor corporal. →
Aves na fase adulta são altamente sensíveis ao calor!
○ A ave é uma bomba térmica de baixa eficiência → Embora a ave tenha uma
ótima conversão alimentar pela genética, esta só pode ser expressa quando
as condições do aviário estão ajustadas para tal. Com o desajuste das
condições climáticas do aviário a ave gasta muita energia para produzir ou
para dissipar calor e isso afeta sua conversão alimentar de forma negativa.
■ “As aves são animais homeotérmicos, capazes de regular a temperatura corporal. São também
consideradas como uma "bomba térmica" de baixa eficiência porque 80% da energia ingerida
é utilizada para manutenção da homeotermia e apenas 20% é utilizada para produção.”
(https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/17990673/estudo-detalha-conduta-das-aves
-em-diferentes-condicoes-de-temperatura#:~:text=As%20aves%20s%C3%A3o%20animais%20
homeot%C3%A9rmicos,20%25%20%C3%A9%20utilizada%20para%20produ%C3%A7%C3%A
3o.)
○ Na fase adulta a taxa de mortalidade é maior no verão por conta do calor. No
inverno também ocorrem mortes, mas não relacionadas à queda da
temperatura, e sim a problemas metabólicos do frango por conta de sua alta
velocidade de crescimento.
○ Aves adultas criadas acima da zona de conforto térmico (estresse por calor)
apresentam as seguintes características:
■ Permanecem dispersas (na medida do possível, já que trabalha-se
com alta densidade de alojamento) → intuito de melhorar a
dissipação de calor;
■ Piora na conversão alimentar e redução do ganho de peso → aves
reduzem o consumo de ração para diminuir o incremento calórico e
gastam energia para dissipar calor;
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/17990673/estudo-detalha-conduta-das-aves-em-diferentes-condicoes-de-temperatura#:~:text=As%20aves%20s%C3%A3o%20animais%20homeot%C3%A9rmicos,20%25%20%C3%A9%20utilizada%20para%20produ%C3%A7%C3%A3o
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/17990673/estudo-detalha-conduta-das-aves-em-diferentes-condicoes-de-temperatura#:~:text=As%20aves%20s%C3%A3o%20animais%20homeot%C3%A9rmicos,20%25%20%C3%A9%20utilizada%20para%20produ%C3%A7%C3%A3o
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/17990673/estudo-detalha-conduta-das-aves-em-diferentes-condicoes-de-temperatura#:~:text=As%20aves%20s%C3%A3o%20animais%20homeot%C3%A9rmicos,20%25%20%C3%A9%20utilizada%20para%20produ%C3%A7%C3%A3o
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/17990673/estudo-detalha-conduta-das-aves-em-diferentes-condicoes-de-temperatura#:~:text=As%20aves%20s%C3%A3o%20animais%20homeot%C3%A9rmicos,20%25%20%C3%A9%20utilizada%20para%20produ%C3%A7%C3%A3o
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Uma vantagem que há na avicultura é a possibilidade de se
trabalhar com programa de luz à noite nos períodos de dias
mais quentes. Com isso consegue-se um consumo
compensatório das aves durante a noite (temperatura mais
amena) e o ganho de peso não é tão afetado pelo calor.
■ Comprometimento do sistema imune → O estresse térmico por altas
temperatura também compromete o sistema imune do frango por
conta da geração de muita adrenalina, noradrenalina e cortisol;
■ Redução da uniformidade do lote;
■ Aumento da refugagem do lote → mais difícil de ocorrer pois nessa
fase da criação os animais já estão próximos do dia de abate. O mais
comum em aves adultas é aumento da mortalidade por hipertermia
gerada pelo estresse térmico;
■ Aumento da mortalidade por hipertermia.
○ Na situação de estresse por calor as aves diminuem seu consumo de ração,
passam a ofegar (perda calor latente) e podem ficar prostradas ao lado dos
comedouros e bebedouros.
○ No momento em que todas as aves abrem o bico para dissipar calor por
ofegação ocorre grande aumento da umidade do ambiente. Se houver
nebulização no sistema, a umidade relativa ficará extremamente elevada
dificultando aindamais a dificuldade de troca de calor da ave com o meio;
○ Perda de calor pelo processo latente (evaporativo):
SITUAÇÃO CLIMA SECO CLIMA ÚMIDO
20ºC Conforto térmico
(grande parte da perda
de calor nessa
situação será perda
sensível pelos
processos de
condução, radiação e
convecção)
25% de perda
de calor pelo
processo latente
25% de perda
de calor pelo
processo latente
24ºC Fora da faixa de
conforto térmico
50% de perda
de calor pelo
processo latente
e 50% de perda
de calor pelos
processos
sensíveis.
Calor latente
não tem muita
eficiência. A
perda de calor
por latência será
mais eficiente
quando a
umidade for
mais baixa.
34ºC Quente 80% de perda
de calor latente
(grande eficiência de
perda do calor latente)
39% de perda
de calor pelo
processo latente
(não eficiente → risco
grande de mortalidade
por hipertermia)
○ Método de perda de calor com o aumento da temperatura:
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Conforme a temperatura do aviário vai aumentando, o gradiente térmico
entre meio e ave vai diminuindo e com isso a perda de calor pelo processo
sensível vai ficando ineficiente. Ao mesmo tempo, ocorre aumento de
eficiência da perda de calor por ofegação (calor latente).
○ Quando a temperatura é mais baixa, a perda de calor é maior pelo processo
sensível (condução (ave se encontra nas muretas e nos bebedouros ou em
partes mais frias da cama, transferindo calor para esses meios), convecção
(possibilitada pela retirada de calor pelos ventiladores) ou radiação) .
○ A perda de calor pelo processo latente é mais baixa em temperaturas
menores e aumenta com a elevação da temperatura. Apesar disso, em
determinado momento de uma temperatura muito elevada, a perda de calor
latente, mesmo em baixa umidade relativa, fica insuficiente por dificuldade de
perda de calor por parte das aves, resultando em mortalidade por
hipertermia.
______________________________________//__________________________________
Preparo das instalações e equipamentos após a retirada de um lote e frangos de
corte:
● O preparo do aviário para recebimento de um novo lote de frangos pode ser feito
com ou sem a reutilização da cama. Atualmente a preferência é a reutilização de
cama entre lotes, até um momento em que entre uma cama nova.
● A região sul do Brasil faz a prática de reutilização da cama a mais tempo, até pelo
fato de que é a região que mais produz (alta densidade de produção).
● Antigamente era incomum a reutilização de cama, pois era permitida a venda da
cama para uso na criação de bovinos.
● Etapas do preparo das instalações e equipamentos após a retirada de um lote de
frangos quando NÃO há reutilização da cama:
1. Retirada das aves para o abate;
2. Retirada e desmontagem dos equipamentos para higienização dos mesmos;
3. Retirada do esterco da cama.
a. obs.: Antes de ser utilizada como fertilizante, a cama terá que sofrer
um processo de compostagem que pode ser feito dentro ou fora do
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
galpão. Se feito dentro do galpão, gera atraso no processo de limpeza
do aviário;
4. Varredura do piso das instalações e arredores;
5. Uso de lança chamas para queimar todo o resíduo de penas;
6. Lavagem sob pressão de telas, telhados, forros, cortinas e passeios;
7. Desinfecção das instalações e dos equipamentos;
8. Vazio sanitário de 14 dias: durante esse período faz-se uma nova
desinfecção no aviário
➔ durante o vazio sanitário:
◆ reposição da cama;
◆ montagem e reposição de equipamentos;
◆ montagem de círculos de proteção, caso utilize-os.
◆ reparos em geral nas telas, cortinas, forro,
equipamentos etc;
◆ combate de roedores;
◆ limpeza de arredores.
9. Alojamento de um novo lote.
○ Essas etapas são feitas nos sistemas de criação all in - all out, onde não se
alojam aves de idades diferentes no mesmo aviário, possibilitando a
realização desses procedimentos entre alojamento de lotes.
● Preparo das instalações e equipamentos após a retirad de um lote de frangos
quando HÁ reutilização da cama entre o lotes:
○ Para a cama poder ser reutilizada em novos lotes ela deve ser proveniente
de lote sadio livre de problemas sanitários.
○ A reutilização da cama geralmente é feita por 3 a 5 lotes
○ 3 métodos de preparo da cama para sua utilização em um novo lote:
1. Uso da cal virgem:
a. Requer equipamento específico para revolver a cama;
b. Incorpora-se 400g de cal por m^3 de galpão;
c. Após o período que faz-se a revirada da como com a cal,
espera-se o tempo do vazio sanitário e aloja-se um novo lote
de aves no galpão.
2. Formação de 2 a 3 leiras:
a. O número de leiras depende da largura do aviário. Quanto
mais largo o aviário, pode-se ter mais leiras (pilhas de cama);
b. Cobrem-se as leiras e deixam-nas cobertas por 7 a 10 dias;
c. Após esse tempo, descobrem-se as leiras, espalham-nas e
passa-se vassoura de fogo na cama, para queimar todo o
resíduo de penas.
3. Cobertura de toda a cama sem amontoamento prévio:
a. Método muito eficiente, porém requer mais trabalho e gasta-se
muita lona para cobrir toda a cama;
b. Realiza-se o revolvimento, umedecimento e vedação total da
cama no aviário (cobertura da cama por toda sua extensão);
c. Deixa-se deste jeito por 10 dias;
d. Não há necessidade de passar vassoura de fogo na cama,
apenas nos arredores se for utilizado esse método.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Nos círculos de proteção, recomenda-se o uso de cama nova.
● O objetivo da fermentação da cama antes de sua reutilização é a redução da
umidade da cama, retirada da amônia e de microrganismos patogênicos
possivelmente presentes como E.coli e Staphylococcus.
● Cama para aves:
○ Funções:
■ Alterar a característica de dureza do piso proporcionando melhor
bem-estar às aves (conforto);
■ Proteger as aves contra a formação de calos e lesões de coxim
plantar;
■ Absorver a umidade;
■ Realizar isolamento térmico;
■ Diluir as excretas evitando aderência no piso.
○ Dependendo da qualidade e do manejo da cama, da retenção de água pela
cama e da incidência de amônia na cama, ela pode virar causador de
problemas para as aves.
○ Propriedades esperadas de uma boa cama:
■ absorvente
■ confortável
■ capacidade de amortecimento elevada
■ livre de patógenos → mesmo sendo uma cama nova a ser espalhada
pelo aviário, ela deve sofrer uma desinfecção, pois dependendo da
procedência da mesma ela pode estar contaminada;
■ atóxica → composta por material atóxico para as aves, já que, muitas
vezes, elas acabam ingerindo a cama.
■ baixo custo
■ disponibilidade na região
■ baixa produção de pó → pois a ave cisca e também há presença de
ventiladores no galpão. Assim, se a cama tiver alta produção de pó
geram-se partículas no ar que podem ocasionar problemas
respiratórios nas aves, além de contaminação de comedouros,
bebedouros e do ar circulante.
■ baixa condutibilidade térmica → a cama está em constante
fermentação, mesmo no período de criação do frango. Se a cama
esquentar muito, gera-se dificuldades para as aves.
○ A cama usada, após sofrer compostagem, serve como fonte rica de
nitrogênio, fósforo e potássio, além de cálcio, magnésio e alguns outros
minerais utilizados para adubação de solos, sendo um método de redução da
adubação química nas plantações.
○ Materiais utilizados para se fazer a cama (apropriados para serem usados
como fertilizantes e condicionadores de solo):
■ maravalha, serragem ou cepilho de madeira (pinus e eucalipto);
● cama de pinus e cama de eucalipto são as melhores.
■ cascas e resíduos de culturas como arroz, café e amendoim (casca
de amendoim pode ser utilizada desde que seja livre de aflatoxinas);
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● cama de casca de arroz: não é uma das melhores camas, se
comparada com a maravalha por exemplo. Porém ela é muito
utilizada e também apresenta boa eficiência.
A casca de arroz retém água excessivamente, ao contrário da
maravalha, que tem uma boa retenção de água, mas não em
excesso.
■ sabugo de milho triturado → é uma boa cama, eramuito utilizada no
passado quando utilizava-se a cama para alimentação de bovinos,
assim como a cama de feno de gramíneas;
■ feno de gramíneas;
■ resíduos de cana de açúcar.
○ Quantidade de cama necessária:
■ 500 - 600g de cama/ave
● A quantidade varia de acordo com o material da cama
utilizado.
■ A quantidade de cama necessária pode ser calculada em unidade de
volume (m^3):
Volume de cama (m^3) = área do aviário (m^2) x espessura da cama (m)
■ Atualmente se trabalha com espessura de cama entre 5 e 10 cm.
○ Cuidados necessários no manejo da cama durante o período de criação do
frango:
■ Espalhar a cama uniformemente e ser mantida assim, nivelada,
durante todo o período de criação do frango;
■ Revolver a cama periodicamente:
● O revolvimento da cama durante o período de criação é mais comum em instalações
de pressão positiva, onde é feito o movimento de revirada da cama com garfos desde
o início da criação das aves (aves acostumadas - processo não causa agitação
nelas);
● O revolvimento deve ser realizado com as cortinas abertas, na parte da manhã e
anteriormente à limpeza dos bebedouros (por conta do levantamento de partículas
gerado com o revolvimento da cama).
■ Manejo dos bebedouros;
● Bebedouros devem estar na altura correta para evitar vazamento de água e
umedecimento excessivo da cama. → o fundo do bebedouro deve ficar na altura do
dorso da ave (mais alto que o posicionamento do comedouro - fundo deve estar na
altura do papo da ave de pé), isso evita molhar a cama e sujar o bebedouro.
■ Substituir parte molhadas ou emplastradas da cama para evitar
produção de calos nas aves;
■ Manter a umidade da cama entre 26 e 27%;
● Cama com 35 a 40% de umidade apresenta alta concentração de amônia. A
concentração de amônia não deve ultrapassar 60 ppm.
■ Proporcionar melhora na qualidade do ar e umidade dentro das
instalações.
○ Em períodos de inverno, para galpões de pressão positiva, é muito comum
manter o aviário com metade das cortinas fechadas e com menor
funcionamento de ventiladores e nebulizadores. Isso faz com que a
movimentação do ar fique pior e com isso o ar fica mais úmido, piorando a
qualidade da cama.
○ Aviários com camas muito úmidas apresentam muita incidência de coccidiose
por conta da presença dos oocistos de Eimeria.
● Fatores que podem comprometer a qualidade da cama:
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Tipo de material utilizado;
○ Espessura utilizada;
■ espessura fina (cama baixa) → amortecimento insuficiente entre outros fatores.
■ espessura grossa (cama alta) → difícil de revolver.
○ Teor de umidade;
■ diretamente relacionado com a capacidade absortiva do material usado para fazer a cama.
○ Densidade de criação;
■ quanto mais aves alojadas por m^2, menor a qualidade da cama.
○ Idade de abate das aves;
■ quanto mais tarde as aves saem do galpão, elas estarão maiores e mais pesadas, compactando
mais a cama e excretando mais sobre a cama.
○ Sexo alojado;
■ relacionado com a densidade de alojamento.
○ Estação do ano em que as aves são criadas;
■ verão → qualidade da cama é melhor por conta da maior movimentação de ar, apesar da
ingestão de água pelas aves ser bem maior nessa época e também de se trabalhar com
nebulização no aviário. Se os nebulizadores não forem bem dimensionados, podem umedecer a
cama excessivamente.
○ Manejo com bebedouros;
○ Manejo no revolvimento;
■ ao revolver a cama, melhora-se sua qualidade.
○ Manejo de ventiladores, nebulizadores e cortinas;
○ Composição e qualidade da ração.
■ este fator é de responsabilidade da empresa fornecedora de ração, e não do granjeiro. Existem
alguns ingredientes que podem afetar a qualidade da cama:
● Ração muito salgada = maior ingestão de água pelas aves → maior excreção na
cama.
● Ingredientes de baixa qualidade = são menos absorvidos pela ave → maior excreção
e deposição dessas excretas na cama.
● Dietas muito ricas em proteína → gasta-se muita energia para fazer a metabolização
da ração com alto teor de proteína (rica em N). As aves não armazenam o N, elas o
excretam, na forma de ácido úrico. Sendo assim, se alimentando de ração com alto
teor proteico haverá maior eliminação de ácido úrico pelas aves na cama. Esse ácido
úrico se converte em amônia piorando a qualidade da cama.
○ A solução para essa situação é trabalhar com o conceito de Proteína Ideal
que consiste na redução de 2 a 3% do nível de proteína da ração e realizar
suplementação com AAAs industriais, que atualmente são baratos e fáceis
de encontrar e permitem menor excreção de N pelas aves, alterando menos
a qualidade da cama.
○ Na reutilização da cama, deve-se substituir 25% por cama nova antes do
alojamento de um novo lote.
○ Manejo inadequado de cama pode gerar aparecimento de calos e
queimaduras no peito, jarrete e coxim plantar dos frangos:
■ Calos no peito geram muito prejuízo → cort nobre do frango
■ O coxim plantar das aves recebe um escore de calos, no qual quanto
maior o valor, pior o grau de lesão do coxim plantar.
■ Os calos se formam por queima provocada pela cama, refletindo um
problema de manejo da mesma.
_____________________________________//___________________________________
Alojamento e manejo de pintinhos nas primeiras semanas de vida:
● Aviário preparado para recebimento de pintinhos:
○ Pode trabalhar com:
■ círculo de proteção → deixar os círculos preparados com água e
ração. Ligar o aquecimento horas antes dos pintinhos chegarem ao
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
galpão (a temperatura deve estar em torno de 33/34ºC quando o lote
for alojado)
■ ausência de círculo de proteção → em aviários mais tecnificados não
se trabalha com círculo de proteção. É utilizada a cortina transversal
(pintinhos ocupam ⅕ do aviário quando são alojados - preenchendo
toda a largura do aviário e x metros do comprimento do aviário,
conforme cálculo)
● Recepção:
○ Os pintinhos chegam em caixas contendo 100 pintos cada;
○ Funcionários distribuem as caixas proporcionalmente por círculo (caso
tenham círculos de proteção) ou distribuem em diversos pontos do aviário
para alojamento coletivo ou em subgrupos (ocupando ⅕ do aviário)
○ Em 3% das caixas deve ser realizada contagem, vistoria e pesagem.
○ Os pintinhos vêm com uma ficha do incubatório.
○ O peso dos pintinhos no aviário na primeira pesagem será menor do que o
da ficha (valor da pesagem do pintinho no incubatório), pois no transporte até
a propriedade, os pintinhos já defecaram (mecônio = primeiras fezes) e não
ingeriram alimento nem água.
● Vistorias:
○ Avaliação do comportamento → excesso de pintinhos piando no caminhão de
transporte pode ser indicador de estresse
○ Avaliação das canelas → canelas dos pintinhos devem estar brilhantes. Se
não estiverem, os pintinhos podem estar desidratados (por exemplo por
demora para realizar o alojamento)
○ Avaliação das penas → devem ter penugem seca e fofa. Pintinhos com
penas danificadas e ressecadas indicam desajuste em umidade e
temperatura da incubadora
○ Verificar ausência de defeitos no lote
○ Avaliar a uniformidade do lote → a uniformidade está relacionada com a
qualidade dos pintinhos.
■ obs.: O lote pode vir desuniforme mas isso não significar má qualidade dos pintinhos. Isso
ocorre em casos do lote provir de 3 matrizes de diferentes idades. Ovos de matrizes mais velhas
são maiores e o peso do pintinho ao nascimento é uma porcentagem relacionada ao peso do
ovo. Dessa forma, pintinhos de matrizes mais velhas serão pintinhos maiores.
● Alojamento:
○ Soltar pintos e conferir número de aves
○ Molhar o bico de alguns pintinhos no bebedouro → Estimula o pintinho a
beber água
○ Verificar o comportamento: dispersão ou agrupamento em relação à fonte de
aquecimento
○ Manejar as cortinas e a fonte de aquecimento, proporcionando que os pintos
estejam em zona de conforto térmico.
○ Queimar a caixa de pintos
● Controle da temperatura do aviário:
○ Pode ser feito por observação do comportamento dos pintinhos e por uso de
termômetros (posicionados próximo à campânula e aonível dos pintinhos).
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Equipamentos:
○ A partir do 10º dia não há necessidade de uso dos equipamentos iniciais,
exceto a fonte de aquecimento que pode ser usada até o 15º dia.
○ A área do aviário deverá ser utilizada em totalidade até o 15º dia de criação
● As pesagens dos pintinhos são semanais, para melhor monitoramento do lote.
● Manejo dos comedouros e bebedouros durante a criação das aves:
○ Comedouros:
■ Peneirar a ração duas vezes ao dia (bandejas ou pratos) nos
primeiros dias de criação.
■ Regular a altura dos comedouros a cada 5 dias após o uso definitivo
dos mesmos, de modo que a base do comedouro esteja alinhada com
o papo da ave quando de pé (se for comedouro tubular) ou alinhada
com o dorso da ave (se for comedouro automático).
■ Manter a ração entre ⅓ e ⅔ da capacidade do prato, para evitar
desperdício.
○ Bebedouros:
■ Trocar a água duas vezes ao dia, caso utilize bebedouros do tipo
copo de pressão.
■ Limpar bebedouros pendulares diariamente e manter a lâmina d’água
em ⅔ da capacidade do prato.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
■ Regular a altura dos bebedouros a cada 5 dias, de modo que a base
do bebedouro pendular esteja alinhada com o dorso da ave quando
de pé, ou 5 cm acima do dorso da ave, caso seja nipple.
■ O bebedouros são posicionados mais altos do que os comedouros →
isso auxilia em melhor higiene da água de bebida das aves, pois
proporciona que menos resíduo de ração proveniente do palato da
ave caia no bebedouro.
■ Consumo médio diário de água para cada 1000 frangos, de acordo
com idade em zona de conforto térmico:
____________________________________//____________________________________
Manejo sanitário:
● O manejo sanitário garante a biosseguridade e desempenho satisfatório na
produção de frangos de corte, além de reduzir a incidência de problemas
metabólicos e taxa de mortalidade.
● Deve se fazer:
○ Proporcionar boa ventilação nos aviários → uma má ventilação ou uma má
renovação de ar no aviário predispõe as aves à síndromes metabólicas e
morte por síndrome de morte súbita ou ascite.
○ Realizar o revolvimento da cama periodicamente
○ Substituir partes da cama caso haja necessidade
○ Retirar diariamente aves mortas e levá-las para composteiras ou fossas
sépticas → Atualmente a preferência é pelo uso de composteiras (devem
ficar a uns 50 -100m de distância do aviário).
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
■ Fossas sépticas → desvantagem: quando fica cheia deve ser inutilizada, tendo a necessidade
de abertura de outra;
■ Composteiras → vantagem: compostagem do material de aves mortas sem problema de cheiro
e de moscas, além de permitir a reutilização desse material como adubo.
■ Não se usa incineração na avicultura.
○ Observar o comportamento das aves: espirros, roqueira, excretas, aparência
geral e coloração da epiderme.
■ O melhor momento para monitoramento da presença de problemas respiratórios nas aves é no
fim da tarde, quando cai a temperatura.
■ Deve-se monitorar presença de diarréia nos lotes:
● A presença de estrias de sangue nas fezes sugere contaminação da ave com
protozoário (Eimeria). → A Eimeria causa destruição das células do epitélio intestinal
levando à hemorragia. A infecção por esse protozoário pode levar a morte muito
rapidamente e é transmitida facilmente entre as galinhas. Os oocistos de Eimeria
estão presentes na cama como um todo e ao serem ingeridos pela ave, iniciam um
novo ciclo na galinha.
○ Realizar vacinações de acordo com o esquema recomendado:
■ para doenças como:
● Gumboro → vírus aloja-se na bursa de Fabrício do frango,
localizada no dorso da cloaca. Leva à imunossupressão
abrindo porta de entrada para outras patologias.
● New Castle → doença neurológica que afeta o sistema
digestivo. A vacina contra esta doença é aplicada na fase de
produção das galinhas poedeiras juntamente com a vacina
contra bronquite infecciosa. É uma doença de alta morbidade
e mortalidade.
● Bouba Aviária → doença de alta morbidade e baixa
mortalidade
● Bronquite infecciosa → a vacina contra essa doença é dada a
nível de incubatório e não de campo, para frangos de corte.
■ Diluir a vacina na água de bebida dos animais:
■ Deve ser feita restrição de água por 2 a 3h antes de se colocar a
água contendo a vacina para que as aves estejam com sede na hora
da vacinação e tenham portanto interesse em consumir a água
contendo a vacina.
■ para adoção do esquema de vacinação levar em consideração os
seguintes fatores:
● Região de localização do aviário;
● Status sanitário do plantel;
● Programa de vacinação adotado e perfil de anticorpos nos
plantéis reprodutores.
○ Eliminar aves refugas e fracas
■ Síndrome do pinto refugo → Pode ser identificada pelas penas eriçadas pelas laterais. Resulta
em má absorção de nutrientes e sistema imunológico comprometido.
■ Pintos refugos:
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● penas tipo helicóptero, nanismo, má absorção, desuniformidade corporal, cloaca
emplastrada (devido a grande oscilação de temperatura), palidez e crescimento
deficiente.
● essas aves são eliminadas do plantel.
○ Evitar o trânsito de pessoas, animais e veículos nas proximidades dos
aviários.
○ Adotar o uso de pedilúvios (preferencialmente do tipo seco, para não afetar a
cama) na entrada das instalações avícolas
○ Adotar o uso de uniformes limpos nos funcionários da granja
○ Adotar rigorosamente o rodízio de visitas nos lotes
○ Controle de qualidade da água e da ração
○ Manejo correto para utilização da cama
○ Adoção do sistema de criação “all in - all out”
___________________________________//_____________________________________
Programa de luz para frangos de corte:
● Vantagens do uso de luz artificial:
○ Estimula o consumo de ração
○ Permite o consumo compensatório em dias quentes
■ Em períodos quentes as aves comem bem pela manhã, mas reduzem a ração consumida
quando chega o pico de calor do dia. Trabalhando com programa de luz durante a noite nesses
período quentes, há um consumo compensatório a queda do consumo durante a hora de mais
calor do dia.
■ Atenção no trabalho com programa de luz a noite em regiões de temperatura amena → aves
podem consumir ração em excesso tornando-se predispostas a transtornos metabólicos.
○ Favorece o ganho de peso
○ Antecipa a idade de abate das aves
○ Proporciona melhora na CA.
● Desvantagens do uso de luz artificial:
○ Pode induzir aumento da incidência de SMS e ascite nos lotes por conta do
excesso de fotoperíodo.
■ SMS = Síndrome de Morte Súbita → ace morre em decúbito dorsal por comprometimento da
disponibilidade de O2 para os tecidos de modo geral, causando falência cardio respiratória.
■ Ascite → quadro de evolução lenta, pode culminar com SMS. A ascite nem sempre causa
morte, mas prejudica o desempenho do animal
■ A SMS e a ascite têm caráter multifatorial:
● O melhoramento genético para o frango crescer rápido já gera predisposição a essas
patologias;
● Quanto piores forem as condições de oxigenação das aves, maior a chance desses
transtornos metabólicos aparecerem.
○ Reduz a produção de melatonina por conta do excesso de fotoperíodo.
■ Melatonina é secretada no escuro, sob a ação da glândula pineal e atua sobre os receptores do
sistema imune. Com o excesso de exposição à luz ocorre redução da produção de melatonina,
o que predispõe as aves a problemas de saúde.
○ Aumenta o gasto de energia elétrica
■ Todas as desvantagens podem ser minimizadas com o emprego de
um programa de luz eficiente e intermitente. → fotoperíodo reduzido
e período de escuro intercalado com período de luz.
● Protocolo de bem estar na criação de frango de corte:
○ A iluminação deve ser uniforme em todo o aviário, permitindo uma inspeção
de forma adequada no lote
○ Para aves criadas sob luz artificial:
■ Do alojamento até o 7º dia → 23h de luz e 1h de escuro
● motivo → pintinho está sem a mãe no aviário, precisa de
energia para aquecimento, há priorização do crescimentodo
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
pintinho nessa primeira semana (quadruplicação do peso
inicial → importante para desenvolvimento correto dos órgãos
do pintinho)
■ Na última semana → mesmo esquema da 1ª semana
■ Nas demais semanas de criação (3ª, 4ª e 5ª semanas de criação)→
maior período de escuro:
● Todas as aves criadas sob luz artificial devem ter um período
de escuro de pelo menos 4h a 8h a cada 24h.
● A redução das horas de luz e o acréscimo das horas de
escuro nessas semanas contribui para a baixa incidência de
problemas metabólicos no lote.
○ As fêmeas têm menor predisposição a problemas metabólicos quando
comparadas com machos.
○ Ascite é mais comum no inverno e SMS é mais comum no verão.
● Programa de luz recomendado → Intermitente:
● Intensidade de luz recomendada:
○ 1ª semana → 20 - 25 lux
○ 2ª e 3ª semanas → 10 - 15 lux
○ após 21 dias de idade → 5 a 10 lux
● Considerações para elaboração de um programa de luz:
○ Necessidade de um temporizador (timer) → controle do acender e apagar
das luzes;
○ Estação do ano em que aves são criadas;
○ Sexo alojado;
○ Programa de alimentação e tipo de ração utilizada
(densidade/granulometria):
■ Da primeira para a última semana de criação das aves há redução no nível de proteína da ração
em torno de 20% e aumento do nível de energia da ração em torno de 10%.
● se a ração tiver mais energia do que o recomendado pode ocorrer maior incidência de
problemas metabólicos no lote
■ Rações peletizadas → são melhor aproveitadas pelos frangos → podem predispor a problemas
metabólicos se forem consumidas excessivamente.
○ Peso e idade de abate das aves → se a ave não conseguir quadruplicar seu
peso na 1ª semana de criação não é recomendado realizar a redução grande
do período de luz no restante de dias da criação;
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Linhagem utilizada;
○ Registros de doenças metabólicas na granja ou região;
○ Peso das aves aos 7 dias de idade.
■ → O planejamento do esquema de luz deve ser adaptado
especificamente às condições presentes na granja.
____________________________________//____________________________________
Nutrição e manejo da alimentação de frangos de corte:
● A formulação da ração de frangos de corte deve visar:
○ a qualidade desde a obtenção da matéria prima, armazenamento,
processamento até a formulação da ração
○ o atendimento das exigências nutricionais
○ trabalhar sempre com uma ração reduzida em custo (milho e soja são os
principais ingredientes)
● A ração de frango é muito mais cara do que a de poedeiras pois tem mais energia e
proteína. A ração de poedeiras tem mais calcário, mas esse ingrediente é muito
barato.
● Principais ingredientes utilizados nas rações:
PRINCIPAIS INGREDIENTES UTILIZADOS NAS RAÇÕES
Tipo de fonte Alimentos do grupo
Fontes de energia (50 a 65% da ração,
variando de acordo com a categoria animal)
(alimentos com menos de 20% de PB)
Milho → é o principal componente da ração
que dará pigmento ao frango e
principalmente ao ovo. Quando mais da
metade do milho é substituído pelo sorgo
há menor pigmentação pois o sorgo não
tem essa característica de conferir
pigmentação por carotenóides.
Sorgo → um pouco menos energético que
o milho, mas seu teor de proteína ´´e bem
próximo ao dele, podendo então servir
como substituto.
Inconveniente de usar sorgo na ração → fator
antinutricional: O sorgo possui tanino, que em concentração
elevada pode inativar carboidrases e proteases (enzimas
digestivas), prejudicando o desempenho das aves.
Apesar disso, atualmente existem vários cultivares de sorgo
com baixo teor de tanino.
Óleo e gordura → complementam o milho e
o sorgo em termos de energia. Não
possuem proteína e possuem 2,5 vezes
mais energia do que o milho e o sorgo.
O óleo diminui a pulverulência da ração pois agrega as
partículas da ração e melhora a palatabilidade da mesma.
Em excesso, o óleo dificulta a peletização, mas na
quantidade correta ele até auxilia no processo.
O óleo é fonte de ômega 3 e ômega 6 (ácido linoléico) →
galinhas poedeiras têm alta exigência de ácido linoléico.
→ o óleo de soja degomado é utilizado para formulação de
ração → é mais barato, contém impureza e não é destinado
ao consumo humano.
Fontes de proteína (25 - 40% da ração) Farelo de soja → possui 2300 Kcal/kg.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
Possui alta concentração de proteínas, pois
é feito com a retirada da porção oleosa da
soja.
Farinha de carne e ossos → possui 2500
Kcal/kg. Entra na formulação como fonte
proteica, mas contribui também para os
níveis de fosfato e cálcio.
Farinha de vísceras (penas + vísceras +
sangue) → possui 65% de proteína e 3500
kcal/kg.
Entra na ração de crecimento final do
frango em proporção de 2,5 a 3% da
formulação.
Fontes de minerais Cálcio - Calcário calcítico → 36 a 38% de
cálcio em sua composição. Não possui
fósforo em sua composição, é cálcio puro.
Calcário dolomítico não pode ser usado em ração, é usado
apenas para adubação, pois tem maior concentração de
Mg, Flúor e impurezas.
P - Fosfato bicálcico→ Objetivo principal é
ser fonte de fósforo (18% de sua
composição), mas também possui cálcio
(24%). É um dos produtos mais caros, mas
é usado em pequenas quantidades.
Na/Cl - Sal comum iodado → Fonte de
sódio e cloro. As rações apresentam 0,3%
de sal para fechar a quantidade de sódio
requerida pelas aves.
Fe, Zn, Se, Mn, I e Cu - Suplemento
mineral → Pode ser formulado na
propriedade ou comprado pronto.
Fontes de vitaminas
(são ativadoras enzimáticas)
Lipossolúveis (A, D, E e K)
Hidrossolúveis (B1, B2, B6, B12, ácido
pantotênico, ácido fólico, ácido nicotínico e
biotina)
Colina → altamente higroscópica, por conta
disso vem separada das demais vitaminas
no intuito de evitar sua oxidação.
A colina pode ser sintetizada no organismo a partir da
metionina. Uma ração deficiente em colina pode causar
deficiência de metionina na ave, possibilitando ocorrÊncia
de esteatose hepática e renal.
Aminoácidos Industriais Metionina → Relacionada ao empenamento
das aves. A exigência das aves por
metionina é muito alta, por isso sempre
deve suplementar metionina, já que a ração
em si não dá conta de suprir a quantidade
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
de metionina demandada pela ave.
Deficiência de metionina causa problemas de desempenho
e de empenamento nas aves (repercute em escoriação de
carcaça devido falta de proteção pelas penas)
Lisina → Relacionada à deposição
muscular. É o segundo aminoácido mais
requerido pelas aves (o primeiro é a
metionina)
Triptofano → É precursor da serotonina
(relacionada ao bem estar das aves).
Juntamente com a Treonina (relacionada à
deposição de muco e auxílio do sistema
imune) é o 3º aminoácido mais requerido
pelas aves.
Aditivos
(Substâncias incorporadas na ração que não
apresentam efeitos nutricionais)
Medicamentos - preventivo/curativo
-Anticoccidianos: prevenção da coccidiose
por Eimeria sp.
● ionóforos: atua principalmente na
fase jovem do parasito, provocando
vacuolização das células e
provocando morte do patógeno. Ex.:
monensina, salinomicina,
maduramicina e lasalocida
● químicos/sintéticos/quimioterápicos:
nicarbazina (muito utilizada
mundialmente pois tem baixo poder
de causar resistência nas Eimerias.
Apesar disso, ela aumenta o
incremento calórico nas aves e
portanto não deve ser utilizada após
30 dias de vida, pois nesse período,
as aves tem incremento calórico
maior podendo ocorrer taquipneia e
taquicardia culminando em morte da
ave), robenidina, amprolium,
diclazuril.
-Antibióticos (podem ser terapêuticos ou
preventivos junto com os anticoccidianos, já
que promovem crescimento e diminuem
bactérias como Salmonella e E. coli.) -
Problema: ocorre destruição dos microrganismos benéficos
também.
● avilamicina
● bacitracina Zn
● clorexidina
● colistina
● virginiamicina
● nitrovin
Promotores de crescimento
-Antibióticos:
● avilamicina → promove crescimento
por aumento da síntese proteica por
Natália Barone Spachi - estudoP2 ZOO434 - PER2 - 2021
retenção de N. Faz com que haja
menor excreção de N (não afeta a
qualidade da cama)
● bacitracina Zn
● clorexidina
● colistina → é fracamente absorvida.
Não deixa resíduo em carnes e
ovos
● virginiamicina
● nitrovin
-Probióticos: suplementos alimentares a
base de microrganismos vivos utilizados na
ração para promover o balanço da
microbiota intestinal. Destroem os
microrganismos maléficos ao organismo e
preservam os benéficos:
● leveduras
● lactobacilos
-Prébióticos: Ingrediente alimentares que
favorecem o crescimento e
desenvolvimento de bactérias benéficas:
● Mananoligossacarídeos (MOS):
ligam-se as fímbrias das bactérias
patogênicas, inibindo a colonização
destas no TGI.
● Frutoligossacarídeos(FOS):
Estimulam o crescimento e
multiplicação das bactérias
benéficas por exclusão competitiva
por sítios de adesão da bactérias
maléficas
-Simbióticos: Associação de probióticos
com prebióticos.
Enzimas:
-Fitases: é uma enzima microbiana a base
de bactérias e leveduras, utilizada com
aditivo nas rações . Ela é uma enzima
inativa em monogástricos. Atua removendo
o ácido fítico dos vegetais e tornando-os
mais digestíveis (libera o grupo ortofosfato
da molécula de ácido fítico e assim
disponibiliza fósforo, amido, AAs e ácidos
graxos para os monogástricos)
-Proteases
-Carboidrases:
● amilase → atua sobre o amido
● outras: atuam sobre polissacarídeos
não amiláceos como pectina,
hemicelulose e oligossacarídeos
-Lipases
Pigmentantes: são antioxidantes
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Carophill (DSM)
● Urucum
● Glutenose/protenose
● Páprica doce
● Calêndula
Antioxidantes:
● BHT (Butil Hidroxi Tolueno): evita a
peroxidação das fontes de lipídeos
de origem vegetal ou animal das
rações. Além disso, garante
estabilidade e conservação da
ração.
Adsorventes:agentes porosos e
sequestrantes de micotoxinas como as
aflatoxinas e as toxinas dos fungos
aspergillus e penicillium.
● Aluminossilicato de Ca/Na
● Carvão ativado
● Zeólita
● Argila
● Bentonita
● Programas de alimentação e exigências nutricionais:
○ Tipos de ração durante o período de criação das aves de corte:
■ pré-inicial → na 1ª semana
■ inicial → 2ª e 3ª semana
■ de crescimento I
■ de crescimento II
■ de acabamento → 5 a 7 dias antes do abate → deve retirar-se os
aditivos
○ As rações de crescimento I e II são as mais consumidas durante o período
de criação.
○ Trabalham com ração diferenciada para macho e fêmea nas etapas de
crescimento I e II (maior consumo) e com uma única ração para macho e
fêmea nas demais etapas
○ Frango abatido com 46 dias → fase pré inicial corresponde a 15,2% do
período
■ 20% da vida do pintinho é fase pré inicial se ele for abatido com 35
dias → ração PRÉ-INICIAL É MUITO IMPORTANTE.
● Exigências nutricionais:
Exigências
Machos Fêmeas
● Exigência média de Energia
Metabolizável = 2975 a 3250
kcal/kg.
● Exigência média de PB = 24,5 a
● Exigência média de Energia
Metabolizável = 2975 a 3250 kcal/kg
● Exigência média de PB = 22,5 a
15%
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
17,5%
● Machos comem 10% a mais do que
as fêmeas e têm exigência
nutricional 20% maior que das
fêmeas → isso resulta em 10% a
mais de nível nutricional na dieta
dos machos em relação a das
fêmeas.;
● Há aumento de 10% em energia da
ração pré inicial para a ração final
→ aumento da quantidade de óleo e
milho.
● 24,4% de PB na ração pré inicial e
17% na de acabamento.
● Razões para utilização da ração pré-inicial (é usada por pouco tempo, somente 7
dias, mas tem muita importância no desenvolvimento do pintinho):
○ Os pintinhos tem grande potencial de crescimento na primeira semana
(quadruplicam o peso corporal do nascimento - 45g)
○ Prioridade de desenvolvimento no pintinho na primeira semana não é
deposição proteica mas sim o desenvolvimento de órgãos e sistema vitais.
○ Aos 7 dias o intestino de um pintinho mede aproximadamente 1 m (tem um
crescimento de 10 cm/dia na 1ª semana)
○ Sistema digestivo é imaturo nos pintinhos (está em expansão) → alguns
nutrientes tem difícil absorção
○ Fonte mais proteica na ração → ajuda a aumentar incremento calórico →
“proteção” do frio.
○ Peso dos pintinhos aos 7 dias apresenta correlação positiva com o peso ao
abate.
○ Alimento exógeno (ração) estimula secreção de enzimas, melhorando a
eficiência de utilização do vitelo (saco vitelínico), o que confere aumento da
resposta imunológica.
○ Período curto de utilização, baixo consumo na primeira semana e conversão
alimentar próxima de 1,0.
○ Fase pré inicial mantida em 7 dias → Cada vez mais importante e
representando maior porcentagem do período de criação conforme
diminuímos a idade ao abate.
● Formas da ração:
○ farelada
○ peletizada → mais preferida atualmente, mas também é mais cara.
■ vantagens:
● melhor custo benefício: Custo da ração aumenta mas o animal
consegue aproveitar mais eficientemente os nutrientes da
ração → MELHORA NA CONVERSÃO ALIMENTAR (redução
de 5% no valor da CA;
● O processo de peletização melhora qualidade: maior controle
microbiológico e maior digestibilidade e disponibilidade de
nutrientes;
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Evita a seleção de partículas da ração pelas aves, que gerari
um desbalanceamento na dieta;
● Pintinho tem menor gasto de energia (menor tempo para
consumir) comendo ração peletizada do que consumindo
ração farelada;
● Melhora na eficiência de utilização dos nutrientes;
● Melhora no abastecimento e fluxo de ração nos comedouros;
● Melhora no desempenho das aves;
● Reduz o desperdício de ração
● Melhora na conversão alimentar;
■ desvantagens:
● Problemas metabólicos podem aumentar quando não se
controla o consumo de ração e o crescimento das aves.
● Necessidade de restrição alimentar por determinado período.
● → Programa de luz decrescente → evita ocorrência de
problemas metabólicos (animais comem com luz) →
necessidade de restrição alimentar em uma parte da criação.
● ração farelada → requer menor tempo de restrição do que a
peletizada (menor tempo de escuro), pois possui menor
digestibilidade do que a peletizada.
○ peletizada e triturada
○ micropeletizada
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Manejo e retirada das aves para abate - técnica da apanha ou da pega das aves:
● Prática que resulta em estresse para as aves e para o pessoal envolvido na pega;
● Requer cuidados específicos: evitar mortes, contusões, escoriações, traumatismos e
bem-estar das aves.
● Recomendações:
○ A alimentação das aves deve ser suspensa por um período de 8 a 10 horas
antes do momento do abate, ou de 6 a 8 horas até a pega das aves.
■ A cada hora que o frango fica acima de 10 horas em restrição
alimentar ele começa a perder 0,5% do peso corporal (perda de 15g
por hora em um frango de 3kg). Além disso, começa a ter
encolhimento de carcaça por desidratação (maior propensão à
mortalidade) e começa a se alimentar de cama por fome,
contaminando a carcaça.
○ Restrição de água deve ser feita apenas no momento da pega.
○ Deve haver presença de um encarregado responsável pelo trabalho.
○ Pensar n o bem-estar dos trabalhadores, garantindo repercussão na
qualidade final da ave
○ Realizar o trabalho de treinamento das demais pessoas envolvidas na etapa
de pega e do transporte das aves.
○ Realizar planejamento adequado, avaliando as condições das caixas a
serem usadas para transporte dos frangos ao abatedouro, garantindo a
qualidade ao final da cadeia produtiva do frango;
○ Realizar subdivisões prévias do lote → sublotes de 200 a 300 aves para
facilitar a pega;
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Ideal pegar duas aves por vez, abrangendo as asas com as mãos para evitar
que a ave debata as aves e haja fraturas, hematomas ou lesões nas
mesmas;
■ Passado → pega das aves pelas asas → porém as aves eram
abatidas mais leves, por isso este “método” era possível
■ Pegar pelas patas ou pelo pescoço → fere o bem estar animal
○ Conduzir as caixas para o interiore o exterior do aviário por deslizamento
com auxílio de trilhos;
○ Adequar o número de aves por caixa em função da idade, sexo, época do
ano, horário de retirada, volume da carga, distância percorrida até o
abatedouro, condições climáticas na plataforma de abate e momento do
abate → MÁXIMO DE 25KG/CAIXA
■ Calor → diminuir o número de aves por caixa
■ Horário de retirada → na penumbra é o melhor momento (aves estão
mais tranquilas, é mais fácil de fazer a pega)
● pega feita a noite ou durante a madrugada → temperatura
mais amenas → melhor horário para a retirada das aves.
■ Carga máxima sugerida = 25kg/caixa:
● ou seja, retirando aves mais ou menos com 3kg → 8,3
aves/caixa aproximadamente
○ Cabem 8 a 10 aves por caixa no geral.
● permitindo com que todas as aves possam deitar ao mesmo
tempo na caixa!
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Abate e qualidade de carcaça:
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● NO FLUXOGRAMA:
○ Em amarelo → área suja: primeiros dois subprodutos do abate → SANGUE e
PENAS
○ Área limpa → onde ocorre a evisceração e a inspeção pó mortem das aves
■ subproduto → VÍSCERAS
● Área suja:
○ a RECEPÇÃO é o último manejo do frango pré-abate
○ etapas do manejo do frango pré-abate:
■ jejum no aviário
■ retirada do aviário
■ transporte do aviário para o abatedouro
■ recepção na plataforma de abate (frango é avaliado para entrar em
processo de abate)
○ ATORDOAMENTO:
■ Após recepção as aves são penduradas pelas patas nos trilhos
aéreos e recebem o atordoamento na cabeça
■ Por eletronarcose - anestesia elétrica → choque de 40 a 60 volts
usando água e sal como veículo.
● objetivo de insensibilização das aves para que ocorra uma
sangria eficiente.
○ SANGRIA
■ Do atordoamento até a sangria, o período não deve ultrapassar 12
segundos para manter a ave em estado total de inconsciência
(mantendo o bem estar animal).
■ Retirada total do sangue das aves
■ A sangria dura em torno de 3 minutos
○ ESCALDAGEM
■ Aves são mergulhadas em tanques com água a 50-55ºC agitada e
permanecem ali por 3 minutos. → etapa para amolecer o bulbo das
penas, facilitando a depenagem.
● Aqui tempo e temperatura são muito importantes:
○ Se passar a temperatura e o tempo pode ocorrer
problema de cozimento parcial das aves →
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
esfolamento de pele e quebra de ponta de asa na
depenagem.
○ Há perda de pigmento da ave com uma temperatura
muito elevada.
○ DEPENAGEM
■ Aves entram no processo de depenagem que é constituído de
tambores verticais com dedos de borracha para facilitar a retirada das
penas.
■ no início do processo → dedos de borracha bem curtos e rígidos para
arrancar as penas.
■ no final do processo → dedos de borracha flexíveis e longos para
fazer o acabamento e evitar danos na pele do frango
○ ESCALDAGEM (PÉS)
■ transpasse automático (ave que estava antes pendurada pelas patas,
agora passa a ser pendurada pela cabeça)
■ a temperatura é de 60-65ºC e o tempo é de 3 a 5 minutos → pata tem
pele mais queratinizada, então precisa-se de maior tempo e
temperatura para conseguir amolecê-las para realizar a remoção das
cutículas.
○ REMOÇÃO DE CUTÍCULAS
○ Subprodutos da área suja:
■ sangue (3% do peso da ave)
■ penas (6 a 7% do peso da ave)
○ Processo de peneiramento → junta sangue, penas e as vísceras que estarão
na área limpa para virar um produto (farinha de penas e vísceras) que será
usado na ração de aves na fase de crescimento do frango.
● Plataforma de abate:
○ deve ter manejo adequado para receber as aves transportadas do aviário
○ aves ficam um tempo na plataforma,onde ocorre a inspeção ante-mortem
○ a plataforma tem um pé direito bem alto, nebulizadores, ventiladores no teto
e ventiladores laterais também
○ aves não podem ficar muito tempo ali para serem abatidas, pois isso
aumenta a taxa de mortalidade
○ essa é a fase final do manejo pré-abate → finaliza-se com a retirada das
caixas do caminhão, retirada das aves das caixas e colocação das aves em
esteiras para serem posteriormente penduradas pelas patas pelos
funcionários
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
● Área Limpa:
○ para entrar na área limpa, as aves sofrem uma lavagem inicial para retirada
de resíduos de pena, sangue e cutículas e entram no processo de
EVISCERAÇÃO.
○ Antes da evisceração em sí, a ave passa por:
■ um processo de deslocamento da cloaca
■ sucção por pressão/vácuo da porção final do intestino grosso no
intuito de reduzir contaminantes na carcaça no momento do abate e
■ corte abdominal e eventração (exposição das vísceras de um modo
geral)
● médicos veterinários → inspeção das vísceras durante essa
etapa.
○ EXTRAÇÃO DE VÍSCERAS
■ Retira-se fígado, coração e moela → Vísceras comestíveis de
interesse de mercado
● Do coração retira-se a membrana pericárdica, do fígado se
retira a vesícula biliar e da moela retira-se a membrana,
corta-se, lava-se e retira-se o excesso de gordura.
■ Demais vísceras são retiradas e vão para graxaria
■ Retirada dos pulmões das aves por sucção
■ É feito um corte na pele do pescoço e na traqueia → retirada de
traquéia, esôfago e papo.
○ LAVAGEM DA CARCAÇA
○ PRÉ-RESFRIAMENTO da carcaça
■ aves são mergulhadas em tanques horizontais providos de pás
rotatórias com sentido de rosca sem fim → empurra a carcaça até o
resfriamento
■ temperatura de 10 a 18ºC
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
■ objetivo → lavagem da carcaça, resfriamento da carcaça, redução de
contaminantes e reidratação da carcaça evitando o rigor mortis para
manter um peito de qualidade nas aves (não endurecido)
■ 2L de água por ave no pré resfriamento
○ RESFRIAMENTO
■ aves passam então para a etapa de resfriamento
■ temperatura em torno de zero graus
■ 1,5L de água por ave no resfriamento
● → Nas etapas de pré-resfriamento e resfriamento ocorre uma absorção de água que
gera um aumento no peso das aves em torno de 12 a 14%. → uma parte dessa
água será retirada (mais ou menos 5 a 6 pontos percentuais) para a ave ficar com
aproximadamente 8% de água, que é o permitido.
○ REMOÇÃO: PÉS E PESCOÇO
■ essa etapa pode ser feita próxima à etapa de evisceração (varia a
ordem entre abatedouros)
○ GOTEJAMENTO (para retirada da água incorporada a ave nas etapas de
pré-resfriamento e resfriamento)
○ EMBALAGEM
○ CONGELAMENTO
○ CÂMARA FRIA
○ EXPEDIÇÃO DE FRANGO CONGELADO
● Principal subproduto da área limpa → VÍSCERAS: que vão juntar com as penas para
formar a farinha de vísceras e penas.
● Problemas de carcaça:
○ Problemas de carcaça:
■ Mais difícil de serem analisados nos galpões por conta do
empenamento das aves que cobrem a pele. Além disso, tirando a
calosidade de peito, os problemas podem surgir durante a pega do
frango.
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ Possíveis causas de perda de qualidade na carcaça do frango no
abatedouro:
■ perda da qualidade devido a:
● arranhões
● contusões
● membros fraturados
● calos de pé e peitos
■ causas:
● criação em alta densidade
● falha do sistema de comedouros
○ se os comedouros param de funcionar, quando volta o
funcionamento, as aves se aglomeram e ocorre
problema de arranhões.
● programa de luz incorreto
○ Aves muito tempo no escuro → ligam a luz → frango
com fome → tendência de todos os frangos irem comer
→ amontoam → geram arranhões e escoriações de
carcaça.
● luz muito intensa
○ intensidade máxima de 25 lumens/m^2
○ aviários dark house → preconiza-se alta densidade
não ultrapassando quarenta kg/m^2 e manter aves na
penumbra para que não ocorram escoriação de
carcaça.
● movimento agressivo do encarregado do plantel
○ durante o manejo das aves
● empenamento inadequado
○ deficiência nutricional principalmente de metionina
(ligada ao empenamento de aves)
○ pode induzir a arranhões e calo nos peitos por conta
da não cobertura eficiente do peito pelas penas
● pega agressiva
● cama de baixa qualidade
● nutrição incorreta
○ nutrição e não manejo de comedouro → então é
problema nafábrica de ração
● máquinas depenadoras
○ problema do frigorífico
● ventilação
○ problema dos aviários
○ diferença de ventilação no aviário → produz pontos de
zona morta → aves concentram mais em locais com
ventilação → amontoamento
○ má ventilação pode afetar a cama → calosidades nos
pés e peito
● manejo de bebedouros
Natália Barone Spachi - estudo P2 ZOO434 - PER2 - 2021
○ mau manejo → derrama água na cama → danifica a
cama (diminui a qualidade da cama) → calosidade nos
pés e peitos
● Problema metabólico de frangos:
○ miopatia peitoral profunda → conhecida também como doença do músculo
verde
■ ocorre devido a ineficiência de expansão do tecido fibroso circundante
do músculo do peito.
● limitação do suprimento sanguíneo que prejudica o
fornecimento de O2 e nutrientes e remoção de produtos
metabólicos como ácido lático e CO2 das aves. Isso ocorre
por um crescimento muito acentuado do peito com deficiência
de irrigação sanguínea.
■ só que esse problema não pode ser visto no frango inteiro → só pode
ser percebido em cortes de peito.

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