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SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROFESSORA PÂMELLA DUARTE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Manancial Rede de Distribuição Reservatório Captação Estação de Tratamento de Água Adutora de água tratada Adutora de água bruta Estação elevatória de água bruta REDE DE DISTRIBUIÇÃO: é a parte do sistema de abastecimento formada por tubulações e acessórios, destinados a colocar água potável à disposição dos consumidores, de forma contínua, em quantidade, qualidade, e pressão adequadas. CUSTO DA REDE: tipicamente de 50 a 75% do custo total do sistema de abastecimento de água. Quanto ao porte e função das tubulações: Principal, primária, tronco ou mestra: são tubulações de maiores diâmetros que tem por finalidade abastecer as canalizações secundárias. Secundária: são tubulações de menores diâmetros e tem a função de abastecer diretamente os pontos de consumo do sistema de abastecimento de água. Essa divisão nem sempre ocorre ou é clara nos projetos, mas pode facilitar a manutenção e operação do sistema, minimizar problemas, permite realizar novas ligações facilmente com a tubulação em carga e, no passado, era a única forma viável de calcular as redes. Quanto a topologia: Rede Ramificada: o traçado é aberto, semelhante a uma árvore, grelha ou espinha de peixe, cada ponto da rede é atendido por um caminho único desde o reservatório ou outra fonte de suprimento (se um trecho é interrompido, fica isolada toda a rede a jusante). Rede Malhada ou em Anéis: fechada, a rede forma anéis com múltiplos caminhos para o escoamento (maior flexibilidade para atender diferentes distribuições da demanda e para manutenção da rede). Mista exemplo de rede ramificada exemplo de rede ramificada ou quase, tem um anel aqui... exemplo de rede malhada exemplo de rede malhada (em blocos) exemplo de rede mista Rede principal: ➢ formar rede malhada ➢direcionadas às zonas de maior demanda ➢ localizadas em vias ou áreas públicas ➢vias sem pavimentação, sem tráfego intenso, sem interferências significativas, com solo adequado Rede secundária: ➢ rede simples ou dupla (localização no passeio) ➢ comprimento máximo de 600 m ➢atendida pelas duas extremidades ➢ formar rede malhada são recomendações ... analisar caso a caso.... depende do diâmetro, da densidade da demanda e do atendimento por uma ou duas extremidades Diferentes alternativas podem e são utilizadas para o fornecimento de água para uma rede: através de um único reservatório de montante com elevatória a montante ou em linha atendendo parte da rede (booster) com reservatório de sobras (a jusante) sistemas complexos com múltiplos reservatórios, boosters, válvulas redutoras de pressão, etc. Adução Reservatório de sobra Rede de distribuição Com reservatório de montante e reservatório de sobra à jusante Reservatório principal Rede de distribuição Estação elevatória 1 Estação elevatória 2 Alimentação direta na rede através de vários pontos setorial 2 Reservatório setorial 3 Estação Reservatório elevatória setorial 1 Reservatório principal Adução principal Booster Setor 3 Setor 2 Setor 1 Reservatório abastecimento de setores distintos ATENDIMENTO & ZONAS DE PRESSÃO pode ser de de sobras ou complementar abastecido por adutora independente Q: vazão, L/s K1: coeficiente do dia de maior consumo K2: coeficiente da hora de maior consumo P: população final para a área a ser abastecida, hab q: consumo per capita final de água, L/(hab.dia) como a vazão deve ser distribuída ao longo de dezenas ou centenas de trechos e nós de uma rede? Alternativas: pelo número de lotes atendidos em cada quadra e quantidade média de habitantes em cada um considerando a vazão específica por unidade de comprimento das ruas, distribuição em marcha (L/s/km), concentra-se metade da vazão obtida em cada trecho em cada nó de extremidade (com o devido ajuste no caso de redes duplas) considerando a vazão específica por unidade de área (L/s/ha), e as áreas de influência de cada nó, ajustadas conforme áreas de densidades diferentes mais as vazões concentradas para consumidores especiais Critérios: pressão mínima a ser atendida limites de velocidade (NBR 12218/1994) ➢mínima 0,6 m/s ➢máxima 3,5 m/s antiga PNB 594/1977: ➢perda unitária máxima de 8 m/km (0,8 %) ➢velocidade máxima 2,0 m/s Porto (1998): Vmax=0,6+1,5D ou 2,0 m/s diâmetro mínimo: 50 mm a norma atual é menos restritiva, mas se dimensionar a Pmin no limite e a demanda crescer além do previsto... Delimitação da área a ser atendida Estudo demográfico da área a ser atendida Concepção do sistema de distribuição: ➢ Estudos das zonas de pressão e de setorização ➢ Traçado da rede de distribuição Seleção dos pontos de concentração de vazões (levar em conta também a topografia e extensão dos trechos) Distribuição das vazões nos nós ou trechos (lotes, comprimento ou área de influência) e cálculo das vazões concentradas nos nós Análise e dimensionamento da rede Diâmetros: 16 opções de 50 a 1200 mm Comprimento: barras de 6 a 8 m Classes: K-9, K-7 e 1 Mpa Revestimento interno com argamassa de cimento Revestimento externo com zinco e pintura betuminosa Juntas mais comuns em redes: elástica (ponta e bolsa) e flanges observações: corrosão, incrustação (redução do “C”), estanqueidade, necessita ancoragem (juntas p&b)... Diâmetros: 9 opções de 50 a 270 mm (100 a 600 no DEFoFo) Comprimento: barras de 6 m Classes: 3 opções de 60 a 100 mca DEFoFo: DE equivalente ao ferro fundido Junta mais comuns em redes: elástica (ponta e bolsa) observações: juntas p&b, fragilidade e estanqueidade, mais difundida em pequenos diâmetros atualmente... Diâmetros: 30 opções de 16 a 1200 mm Comprimento na maior parte das redes (tubos ø 63 e 90 mm): bobinas de 100 m Classes: 8 opções de 32 a 250 mca Sem revestimento interno ou externo Leve e flexível, estanqueidade, resistência química e à abrasão Menor rugosidade Principais juntas: solda termoplástica (topo, sela, soquete e eletrofusão) e flanges (para acessórios e outros materiais) observações: uso ainda incipiente em redes no país... ø Tubo (mm) ø Interno (mm) Altura (mm) ø Externo. (mm) 20 700 190 900 25 700 190 980 32 900 260 1200 40 900 330 1300 50 1200 360 1600 63 1500 390 2000 75 1800 390 2400 90 2200 460 2800 110 2200 560 3000 125 2500 760 3200 63/90 são os mais comuns em redes de água Dimensões das bobinas com 100 metros para tubos SDR≥17 (ISO 4427/2007) Válvulas de manobra Válvulas de descarga Ventosas Válvulas redutoras de pressão Hidrantes Objetivos principais: ✓ Isolar trechos de canalização para reparos ✓ Melhorar o abastecimento de determinadas áreas ✓ Delimitar os setores de abastecimento SETOR DE MANOBRA: ✓ Extensão de rede: 7 a 35 km ✓ Número de economias: 600 a 3.000 ✓ Área: 40.000 a 200.000 m2 VENTOSAS Uso para abastecer zonas de pressão Efeito sem consumo de água Efeito com consumo de água HIDRANTES DO TIPO COLUNA HIDRANTES DO TIPO SUBTERRÂNEO uma rede é representada como um conjunto de nós e trechos (GRAFO) para cada nó: equação da continuidade para cada trecho: perda de carga na simulação, deve-se determinar as cargas em cada nó (se conhecidas as vazões concentradas de demanda, ou as vazões no caso de reservatórios onde se conhece a carga definida pelo nível d’água) e as vazões em cada trecho no dimensionamento, os diâmetros (classes e materiais) também devem ser determinados, atendendo critérios de projeto e minimização de custos Principalmente a partir da década de 1990, diversos softwares combinando algoritmos de cálculo com interfaces gráficas amigáveis foram desenvolvidos para auxiliar a análise e o dimensionamento de redes de distribuição de água. Exemplos: REDE (1990), DOS (Pascal), atualmente gratuito CRede (FCTH, 1995), Windows (Visual Basic) EPANET (EPA, 2000), Windows (código aberto, C e Delphi) WaterCAD (Haestad, hoje Bentley)
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