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Laila Naiane MEDVII Crescimento e desenvolvimento ֍ É o período que vai desde o óvulo fertilizado até a vida adulta ֍ Atenção aos gráficos descendentes e horizontais ֍ Aspectos físicos, emocionais, intelectuais, culturais, comportamentais e sociais ֍ Potencial genético x meio ambiente ֍ Intervenções estratégicas na saúde da criança ֍ O crescimento exime aspectos de maturação que podem ser avaliados por medidas de tamanho, como peso, que se altera mais precocemente nas doenças, sendo um instrumento sensível a curto prazo e comprimento ֍ O crescimento e desenvolvimento é um Indicador de saúde ֍ Planejamento familiar; assistência ao pre-natal parto e puerpério, promoção, proteção e recuperação da saude nos primeiros anos de vida são cruciais para o crescimento adequado ֍ Crescimento intrauterino (período de maior velocidade de crescimento. Em torno de 20 semanas = 10cm / 4 semanas ֍ Avaliar o peso ao nascer (<2500) x PMT ou CIUR; AIG, PIG e GIG ֍ A velocidade de crescimento é alta ao nascimento e vai desacelerando ate fase escolar = 1 ano de vida (24cm e 6000g); 2 ano (12cm e 2500g) – primeiro período de repleção; fase escolar (5- 6cm/ano); nos anos pré-puberais ocorre o segundo período de repleção (cresce de acordo com as curvas IMC x Idade – rebote de adiposidade (o IMC começa aumentar, e a criança tende a ganhar peso e ter uma parada de crescimento) ֍ PC: avaliado até o 2 ano de vida (10cm no 1 ano x crescimento do SNC) ֍ Tecido linfoide tem ápice de crescimento no início da puberdade ֍ Puberdade (estirão é mais precoce e menos ampla na menina que no menino) ֍ FA: fontanela anterior (1 a 3 polpas digitais -até 1 ano e 3 meses) = diâmetros e tensão ֍ FP (0,5 a 0,7 cm – até 2 meses) ֍ Curvas padrão de crescimento (peso, comprimento ou estatura, PC e IMC) da OMS, do NCHS e Marcondes ֍ SBP preconiza um número mínimo de consultas para monitorar o crescimento nos primeiros anos de vida (a 1 antes dos 15 dias de vida, depois mensal ate 6 meses, 6 a 12 meses trimestral, 12 a 60 meses semestral, e a seguir anual) ֍ Inversão epidemiológica (curva de IMC) Laila Naiane MEDVII ֍ Perímetro craniano ֍ Classificação do estado nutricional segundo o IMC o Normal de 1 DP até -2 DP (desvio padrão) o Traçado ascendente, horizontal e descendente (atenção aos dois últimos e suas exceções) ֍ Alvo genético (+ ou -5) o Previsão do crescimento da criança o São 5 pontos pra menos ou pra mais ֍ Meninos: estatura da mãe + estatura do pai +13 / 2 ֍ Meninas: estatura da mae + estatura do pai – 13 /2 ֍ Principal etiologia de déficit de estatura no brasil é a ambiental, depois em ordem de frequência, a constitucional, a familiar, a restrição de crescimento intrauterino, doenças crônicas (incluindo endocrinopatias) ֍ Os padrões de normalidade são baseados nos comportamentos e nas habilidades esperados para cada uma das etapas ocorrem no desenvolvimento ֍ Avaliação do desenvolvimento é parte fundamental da consulta pediátrica, compreendendo as atividades relacionadas a promoção do desenvolvimento normal da criança e a detecção de desvios nesse processo o Verificar a interação da criança, se sustenta a cabeça, se senta ou não com apoio ֍ Reflexos primitivos do RN o Moro ▪ Avaliar a cintura escapular ▪ Segura a criança pelo braço e solta → a criança faz o movimento do abraço e depois chora → reflexo completo o Pontos cardiais o Sucção o Preensão palmar e plantar o Tonico cervical de Magnus-De Kleijn o Babinski o Propulsão o Olhos de boneca o Marcha o Galant ▪ Avalia cintura pélvica • Processo de construção da identidade humana que resulta da interação entre as influências biológicas e a história. Ou seja, são importantes para o desenvolvimento tanto a carga genética Laila Naiane MEDVII quanto fatores ambientais, sendo que estes podem ser otimizados com estímulos e experiências apropriadas • Marcos do desenvolvimento até 2 anos de idade (cai na prova) A criança deve atravessar cada fase seguindo uma sequência com certa regularidade e, se não for estimulada no momento apropriado, não conseguirá superar esse atraso no desenvolvimento A avaliação do desenvolvimento faz parte do conjunto de cuidados que visam promover uma infância saudável Avaliação As consultas devem avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, por meio de alguma escalas, como o teste de Gesell, o teste de triafem de Denver ll, a escala de desenvolvimento infantil de Bayley, etc.. No brasil, a caderneta de saúde da criança, do ministério da saúde, disponibiliza uma sistematização para a avaliação do desenvolvimento da criança até os 3 anos de idade, contendo os principais marcos do desenvolvimento. No entanto, é essencial que o pediatra saiba conduzir a consulta de forma individualizada, levando em consideração fatores sociais, familiares e ambientais que possam influenciar nesse processo Em todas as consultas deve-se realizar a avaliação do desenvolvimento infantil. Observar a forma que a mãe a segura, se existe contato visual e verbal de forma afetuosa entre ela e a criança, se a criança faz busca visual ou tem interesse pelo ambiente ao redor, se a criança está em bom estado de higiene e se a mãe ou cuidador presta atenção às orientações. Observar se há participação paterna, se a mae conta com rede de apoio e observar sinais de depressão pós-parto; É importante avaliar possíveis fatores de risco ou alterações físicas associados a distúrbios do desenvolvimento Laila Naiane MEDVII Para ajudar na memorização dos marcos, vamos primeiro contextualizar alguns aspectos do desenvolvimento dos bebês No lactente nascido a termo, ao nascimento há mielinização no tronco cerebral dorsal, pedúnculos cerebelares e perna posterior da cápsula interna. A substância branca cerebelar se mieliniza por volta do primeiro mês e se completa no 3º. Já a substância branca subcortical do córtex parietal, frontal posterior, temporal, e calcarina está parcialmente mielinizada aos 3 meses. A mielinização significa a aquisição de movimentos mais coordenados e complexos nas estruturas e domínios influenciados pelas regiões encefálicas mielinizadas Em relação às aquisições motoras, inicialmente, o movimento dos membros consiste em basicamente contrações descontroladas. O recém-nascido começa com um padrão motor muito imaturo, com reflexo tônico cervical assimétrico, conferindo-lhe uma postura assimétrica; e predomínio do tônus flexor e hipotonia intensa da musculatura paravertebral. Progressivamente, o tônus flexor visto no recém- nascido vai sendo substituído pelo padrão extensor, de forma gradual. Esse amadurecimento acontece na direção craniocaudal, alcançando o quadril e os membros inferiores por último. Assim, a partir do segundo semestre de vida, não há mais predomínio de quaisquer dos dois padrões e, com isso, a criança é capaz de alternar entre flexão e extensão e, conse- quentemente, rolar. Por fim, quando há dissociação de movimento entre as cinturas pélvicas e escapular, o bebê é capaz de sentar-se Além de craniocaudal, o amadurecimento também ocorre na direção proximodistal. Primeiro com aquisições mais simples e, posteriormente, mais complexas. A primeira musculutura a ser controlada é a ocular, depois controle da cabeça e depois do tronco. No 3 trimestre o bebê adquire a posição ortostática. O bebê começa se apoiar pela musculatura do braço e depois do antebraço, para tentar engatinhas Entre os 18 e 24 meses a criança tem melhorias no equilíbrio e agilidade, e passam gradualmente a correr e subir escadas Laila Naiane MEDVII O desenvolvimento fino ocorre no sentido próximo-distal. Com a redução do tônus flexor, a criança passa a manter as mãos abertas a maior parte do tempo no 3 mês, conseguindo agarrar objetos, embora ainda sejamincapazes de soltá-los Entre o 5 e o 6 mês, iniciam o movimento de pinça, que irá progressivamente se aperfeiçoar até enfim completar-se, permitindo movimento polpa com polpa A função sensorial deve ser avaliada logo nos primeiros atendimentos, em especial a visão e audição. O recém- nascido é capaz apenas de focalizar um objeto a poucos centímetros e tem preferência por rostos humanos. Ao examinar os olhos, atentar-se para o tamanho das pupilas, pesquisar reflexo motor bilateralmente e o reflexo vermelho. Em relação a audição, o bebe já escuta desde o 5 mês de gestação, e ao nascer existe familiaridade com vozes materna e familiares. É feito o teste da orelhinha para triagem de problemas auditivos, em recém nascidos, sendo obrigatório Já no que tange a sociabilidade, o olhar e o sorriso são formas de comunicação desde o nascimento. A partir da 4ª a 6ª semana – o bebê apresenta o sorriso social, desencadeado por estímulos – sendo a face humana o principal. No 2º semestre, o bebê consegue distinguir pessoas familiares e desconhecidas, passando a sorrir apenas para aquelas. Além disso, pode haver medo e recusa do estranho. Já a linguagem é expressa pela mímica facial nos primeiros meses de vida, especialmente o choro. Entre o 2º e o 3º mês, começa emissão de arrulhos e, por volta do 6º, sons bilabiais e balbucio. Entre 9 e 10 meses, já surgem balbucios semelhantes à linguagem do seu meio. No 2º semestre, surge a linguagem gestual, resultante da significação dada por adultos que convivem com o bebê. É comum apontar e obedecer a comandos verbais simples (bater palmas e acenar). Aos 12 meses, surgem as primeiras palavras e, aos 18, se iniciam frases simples. A partir desse momento, o repertório linguístico vai aumentando exponencialmente. Também a partir daí a criança passa a ter linguagem em dois turnos, ou seja, ela emite a mensagem e espera a resposta do interlocutor para então tornar a emitir outra mensagem. 15 dias Laila Naiane MEDVII Entre 1 2 meses: predomina o tônus flexor, há assimetria postural e preensão reflexa Preensão palmar e plantar: a primeira se caracteriza pela flexão dos dedos à pressão na palma da mão; o segundo é similar, com a flexão dos dedos após pressão na base dos artelhos. Este último é o que dura mais tempo, podendo ir até os 10 a 11 meses de vida. Reflexo de sucção: é desencadeado pela estimulação dos lábios, gerando sucção vigorosa, e sua ausência significa disfunção neurológica grave. O reflexo da busca, estimulado por colocação dos dedos nas comissuras labiais da criança (criança rotaciona a cabeça como se buscasse pelo alimento), desaparece mais precocemente – aos 2 meses. Preensão dos artelhos: desaparece até o 11 mês Reflexo cutâneo-plantar: caracterizado pela extensão do hálux após estímulo na lateral do pé. Ocorre até o 13º mês, a partir do qual a resposta a esse estímulo deve ser a flexão – sendo a extensão considerada patológica. Reflexo de Moro: realiza-se uma queda súbita da cabeça da criança, amparada pela mão do examinador. Isso desencadeia extensão e abdução dos membros superiores, seguidas de choro. Deve ser sempre simétrico. É incompleto até o 3º mês e não deve existir após os 6 meses; Reflexo tônico-cervical (do Esgrimista): rotação da cabeça para um lado, com extensão dos membros do lado contralateral e flexão dos membros do lado ipsilateral. Exame realizado bilateralmente e deve ser simétrico. Desaparece até os 3 a 4 meses de vida. Laila Naiane MEDVII Reflexo da Marcha: o bebê inclina o tronco após apoio plantar. As pernas se cruzam uma á frente da outra. Presente até o 2 mês. 1 mês: entre 1 e 2 meses: melhor percepção de um rosto, medido com base na distância entre bebê e seio materno 2 meses: observa um rosto; segue objetos ultrapassando a linha média; reage ao som; vocaliza (emite sons que não o choro); eleva a cabeça e a mantém a 45; sorri Caso chegue uma criança de 3 meses hipotônica, deve-se pedir sorologia de toxoplasmose ... 3 meses: adquire noção de profundidade 4 meses: observa sua própria mão; segue com olhar ate 180; grita; senta-se com apoio, sustenta a cabeça; agarra um brinquedo quando coloca na sua mão 6 meses: tenta alcançar um brinquedo; procura objetos fora do alcance; volta-se para o som; rola no leito; inicia uma interação (tentar chamar a atenção da mãe por meio de sorriso, vocalização, gestos, pedidos de colo) 9 meses: transfere objetos de uma mão para outra; pinça polegar-dedo; balbucia; senta-se sem apoio; estranhamento (preferencias por pessoas de seu convívio); brinca de “esconde-achou” Em torno de 10 fica em pé sem apoio 9-12 meses engatinha ou anda com apoio 12 meses: bate palmas, acena, combina sílabas, fica em pé, pinça completa (polpa-polpa); segura o copo ou a mamadeira Em torno de 1 ano: acuidade visual de adulto 15 meses: primeiras palavras; primeiros passos; é ativa e curiosa 18 meses: anda, rabisca, obedece a ordens, nomeia objetos 18-24 meses: bebe corre e sobre degraus baixos 24 meses: sobe escada; corre; formula frases simples; retira uma vestimenta; tenta impor sua vontade • O desenvolvimento é dividido em sensorial e motor (habilidades motoras grosseiras) • Opiniao da mãe ou cuidador em relação ao processo do desenvolvimento de sua criança e a observação do pediatra nas consultas pediátricas através de uma anamnese detalhada e de um minucioso exame físico • O desenvolvimento motor dá-se no sentido crânio-caudal Laila Naiane MEDVII • A promoção do crescimento e do desenvolvimento é eixo integrador de outras intervenções estratégicas na saude da criança O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida, duas no segundo ano de vida e, a partir de então, uma consulta anual, próxima ao mês de aniversário. Quanto aos marcos, o Ministério da Saúde (MS) disponibiliza uma planilha que deve ser utilizada como guia para a avaliação do desenvolvimento de crianças até os 3 anos. Essa planilha é preenchida a cada consulta e, a partir dela, podemos definir se o desenvolvimento da criança está adequado Se todos os marcos para a respectiva faixa etária estão presentes, estamos diante de um desenvolvimento adequado. Devemos elogiar a mãe ou cuidador, orientá-lo(a) a continuar estimulando a criança, informá-lo(a) sobre sinais de alerta e orientar retorno para acompanhamento conforme rotina do serviço. Se todos os marcos estão presentes, mas há 1 ou mais fatores de risco, trata-se de um desenvolvimento adequado com fator de risco. Devemos informar a mãe ou cuidador sobre sinais de alerta – na presença de algum sinal, a criança deverá ser reavaliada em 30 dias Se há ausência de um ou mais marcos para a faixa etária, trata-se de alerta para desenvolvimento e devemos orientar a mãe ou cuidador sobre estimulação da criança e marcar retorno em 30 dias. Se o perímetro cefálico for <-2 escores z ou >+2 escores z; ou se houver presença de 3 ou mais alterações fenotípicas; ou ausência de 2 ou mais marcos para a faixa etária anterior, trata-se de provável atraso de desenvolvimento e devemos referir a criança para avaliação neuropsicomotora. Laila Naiane MEDVII Laila Naiane MEDVII Laila Naiane MEDVII Laila Naiane MEDVII
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