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/ • Toxoplasmose • Rubéola • Citomegalovírus • Herpes simples • Vírus linfotrópico para células T humanas (HTLV • Sífilis congênita • As infecções perinatais afetam 0,5 a 2,5% de todos os nascimentos e constituem um grande problema de saúde publica pela elevada morbimortalidade • É uma zoonose mais comum em países tropicais • Ocorre transferência placentária do toxoplasma gondii, parasita intracelular o Hospedeiro definitivo: gato o Hospedeiro intermediário: homem • Os oocistos invadem as células do TGI, e liberar os esporozoítos e invadem os enterócitos (taquizoítos) → fase aguda: taquizoítos; cistos: fase aguda e crônica • Fatores de risco: contato com fezes de gatos – alimentos e água contaminada; contaminação transplacentária • O risco de infecção aumenta com o avançar da gravidez, porém o grau de comprometimento do concepto é maior no início da gravidez (no final da gravidez, o bebê já está mais desenvolvido, por isso se houver infecção no final da gravidez, a sequela será menor) • Cuidado com carne mal passada • Há visualização de taquizoítos na fase aguda ou cistos na forma aguda e crônica • Diagnóstico no feto: amniocentese com PCR para toxoplasmose (a partir de 18 semana de idade gestacional → esse procedimento pode causar aborto, sendo que a partir de 18 semanas a chance é menor) e USG seriadas (para avaliar microcefalia, hidrocefalia → avalia o desenvolvimento do bebê) • Quadro clínico o Retardo psicomotor o Microftalmia o Surdez o Catarata o Febre o Hiperproteinorraquia: até 120 é normal; a toxoplasmose é a que mais causa aumento da proteína no líquor (hiperproinorraquia) o Micro ou hidrocefalia o Hepatoesplenomegalia o Linfadenomegalia o Coriorretinite: uma das piores sequelas o 70% são assintomáticos: mas podem ter sequelas posteriormente o Icterícia: as custas de BD o Anemia: hemolítica (em crianças maiores é normocítica e normocrômica) o Convulsão o Calcificações cranianas: difusas (no CTMGV: periventriculares) o Menos frequente: miocardite, hidropsia fetal e retardo mental • Geralmente a transmissão ocorre na primeira infecção; caso a mae seja infectada pela segunda vez, a chance de transmissão para a criança é menor • Diagnóstico diferencial: infecções do grupo TORCHS • Diagnóstico laboratorial: isolamento direto do parasita, IgA; IgM; IgE; IgG seriado do binômio mãe-filho; teste de avidez IgG, PCR, liquor • Quanto maior a avidez (ligação antígeno-anticorpo), a infecção é mais tardia. Ex: IgG com alta avidez, é uma infecção mais antiga ➔ teste de avidez para verificar o provável período da infecção • Bioimagem: Rx de crânio (calcificações cerebrais), USTF (dilatações ventriculares), TC de crânio (calcificações e dilatações) • Outros exames: o Fundo de olho: coriorretinite o Exames hematológicos: anemia, eosinofilia, plaquetopenia, reticulocitose leucopenia o Punção lombar: (com plaquetopenia, não se faz punção lombar devido ao risco de sangramento) pleurocitose, com predomínio de mononuclear de eosinocitose e proteinocitose o Ecocardiograma (feito em todas as infecções do grupo Torchs) o Estudo anatomopatológico da placenta: edema, infiltrado inflamatório, viremia o Audiometria o Perfil hepático e renal • Fluxograma de conduta: bebê assintomático ➔ faz Elisa IgM e IgG do binômio, USTF (utralssom transfontalena), fundoscopia, HC o Exames alterados: líquor, audiometria, função hepática e TC de crânio ➔ criança infectada, tratamento por 1 ano o Resultados normais: queda progressiva dos títulos de IgG ➔ normal • Se a mãe tiver IgM negativo e IgG positivo: não precisa pesquisar • Caso a mãe tenha IgM positivo, deve- se fazer todos esses exames acima • Tratamento: 1 ano o Sulfadiazina: 100mg/kg/dia, VO, a cada 12 horas (pode ter hipersensibilidade, intolerância gastrointestinal, agranulocitose e cristalúria – devido a medicação); pode ter rubor, erupções da pele, dermatite o Pirimetamina: 2mg/kg/dia, VO, por 2 dias, a cada 12 horas e depois 1mg/kg/dia, em dose única (pode causar neutropenia, leucopenia, anemia, trombocitopenia, intolerância gastrointestinal e teratogênese) o Espiramicina: não trata o feto, mas impede que a mae passe a infecção para a criança o Ácido folínico: combate ação antifólica da pririmetamina, 5- 10mg, 3x/ semana. É a vitamina B9, aumenta a produção de hemácias, melhorando a anemia • Usar as três medicações por 6 meses, e nos outros 6 meses, usar a pirimetamina em dias alternados (3x/semana) • Associar prednisona 0,5mg/kg/dose a cada 12hr, VO por 4 semanas (em caso de comprometimento do SNC e/ou ocular) • Orientar: lavar frutas e verduras, não ingerir carne crua (cistos teciduais), higienizar as mãos • Prognóstico e seguimento: o Benefícios do tratamento mais relacionadas à surdez do que as manifestações oculares o Hemograma + plaquetas e TP com 72 horas, repetir na 2° e 3° semana com função hepática e renal o Hemograma semanal no 1° mês e depois controle mensal + acompanhamento com pediatra e/ou infectologista pediatra o Oftalmologista a cada 3 meses no 1 ano e semestral até 6 anos o Neurocirurgião conforme quadro clínico o Follow-up a cada 3 meses para monitorar o desenvolvimento e fisioterapia para estimulação motora • Prevenção: o Triagem sorológica no 1° tri e mensal nas gestantes suscetíveis (IgG negativo – não teve exposição à toxoplasmose) o Tratar gestantes infectadas o Educação higiênica o Triagem neonatal o Investigar RN de mães soropositivas para HIV • Abordagem à gestante: o Gestante imune (IgG positiva e IgM negativa) → teve infecção antes da gestação atual; acampamento não precisa ser mensal o Gestantes suscetível (IgM negativa e IgG negativa) ➔ fazer profilaxia e sorologia mensal ou trimestral e incentivar medidas de saúde o Gestante com provável infecção aguda (IgG negativo e IgM positiva) ➔ tratar com espiramicina, 1g, a cada 8hr, VO; repetir sorologia após 2 a 4 semanas para confirmar IgG o Gestante com infecção aguda (IgG positivo e IgM positiva) ➔ IgM positivo indica infecção recente, IgA é um marcador de fase aguda e teste de avidez de IgG o Obs: iniciar espiramicina nas primeiras 21 semanas • Tratamento das gestantes: o Objetiva diminuir a incidência e a gravidade da infecção fetal o Deve-se fazer notificação compulsória da toxoplasmose aguda gestacional e congênita o Usa-se espiramicina nas primeiras 21 semanas de gestação para tratar as gestantes até o fim da gestação, se o concepto não for infectado e sulfadiazina + pirimetamina + ácido folíico no fim do 2 ou 3° trimestre até o fim da gestação • Doença infectocontagiosa causada por vírus da família togoviridae, no final do inverno e início da primavera. Com alta mortalidade e sequelas gravíssimas • Tríade da rubéola congênita em filhos de mães infectadas no 1° trimestre da gestação: surdez, catarata e cardiopatia • Manifestações clínicas: o Surdez neurossensorial (afeta o nervo) o CIUR: crescimento intrauterino restrito (pode ser indicação de interrupção da gravidez) o Hepatoesplenomegalia o Purpura neonatal: trombocitopenia halo-imune (ac contra organismos semelhantes ao nosso) ➔ mãe produz anticorpos contra células do bebê o Catarata ou glaucoma o Cardiopatia: persistência do canal arterial, estenose pulmonar o Hepatite o Anemia hemolítica o Exantema crônico o Miocardite o Icterícia o Pneumonia o Trombocitopenia com petéquias e púrpura o Fontanela anterior ampla o Puberdade precoce o Deficiência de hormônio de crescimento o Encefalite o Hipospadias: a uretra fica para baixo, não está centralizadao Diabetes melitos o Rins policísticos o Meningite o Agenesia renal o Autismo o Distúrbios psicomotores o Dificuldade de aprendizagem o Comprometimento auditivo (importante nas infecções por TORCHS) Catarata e hipospadias (uretra invertida) • Diagnóstico: o Anamnese (contato com portador, vacinação e doença eruptiva na gestação) o Exames (IgM positiva 5 a 10 dias após o rash → traduz infecção recente) ▪ IgG presente → traduz imunidade ▪ IgG ausente➔ repetir 2 a 3 semanas após, se negativa, coletar outra amostra com 6 semanas após exposição, se teste negativo em ambos, infecção não ocorreu e se teste positivo na segunda amostra, infecção recente • Exames laboratoriais • Exames de imagem: ECO, TC de crânio ou RNM, USTF • Exames complementares: avaliação oftalmológica, avaliação audiológica, AP (anatomopatológico)da placenta • Tratamento: NÃO HÁ TRATAMETNO o ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL • Profilaxia e precaução: o Manter crianças de até 1 ano com suspeita ou confirmação da infecção, em precaução de contato quando internados o Evitar contato com gestantes o Medidas não necessárias se culturas repetidamente negativas ➔ pelo menos 2 resultado com intervalo de 1 mês, após os 3 meses de vida o Casos de rubéola pós-natal, a transmissão pode ocorrer no período de 5 dias antes a 7 dias após o rash, vacinas crianças com tríplice viral e mulheres em idade fértil (menor comprometimento fetal) • Vírus de DNA, membro da família do herpes vírus ➔ agente mais comum de infecção congênita • O homem é o único reservatório • Transmissão: contato com infectados • A 1° infecção nas grávidas apresenta risco de 30 a 40% de transmissão para o concepto. • Vias de transmissão vertical (intraparto, aleitamento materno ➔ perinatal; e transplacentária ➔ congênita) o Pelo aleitamento, não está muito relacionado a infecção grave, exceto em crianças nascidas com menos de 32 semanas • Não é contraindicação para amamentação, se a criança nascer acima de 32 semanas → o vírus vai passar pelo leite sim, mas também irão passar anticorpos • Quadro clínico: o Comprometimento na linguagem o Dilatação ventricular o Anemia o Petéquias e púrpuras o Surdez neurossensorial ➔ sequela mais importante o Trombocitopenia o Hiperbilirrubinemia com predomínio da bilirrubina direta o Dificuldades motoras e no aprendizado o CIUR o Microcefalia o Hepatoesplenomegalia o Calcificação cerebral (periventricular, enquanto que na toxoplasmose é difusa) o Problemas visuais o Elevação das enzimas hepáticas o Rara em adultos e crianças imunocompetentes o 90% assintomáticas ao nascimento o Pneumonia em prematuros com menos de 4 meses, com padrão intersticial difuso e atelectasia focal • Diagnóstico o CMV em urina, saliva, sangue ou secreção respiratória → infecção congênita se o agente é isolado nas primeiras duas semanas de vida, e perinatal, se após 4 semanas de vida o Isolamento viral o PCR o Liquor o Função renal e hepática o HC (leucopenia, com linfocitose, plaquetose, anemia) o Rx de tórax: pelo risco de pneumonia o Rx de crânio o Tc de crânio o USTF o Ap da placenta o Audiometria o Oftalmoscopia • Tratamento o Sem tratamento específico para melhorar a sobrevida e reduzir o óbito e a frequência/ gravidade das sequelas neurológicas o Ganciclovir (em estudos – eficácia e segurança ainda não são comprovados). Pode causar trombocitopenia e neutropenia. Usado em condições graves, como doença sistêmica, pneumonia, hepatite, coriorretinite ou envolvimento inflamatório do SNC com alteração liquórica: a dose é de 12mg/kg/dia, em duas tomadas por 2-6 semanas, IV) o Imunoglobulina IV (500mg a 1g/kg/dia, IV, por 3-5 dias, em crianças com agressão medular) ➔ para diminuir a viremia • Seguimento o Avaliação audiometria (RN com 3,6,9,12,18,24,30,36 meses, e depois anualmente até a idade escolar) o Oftalmoscopia/função visual (RN, 12 meses, 3 anos e idade pré-escolar) o Exame neurológico/ desenvolvimento o Prof disse que não cobrará essas datas • Prevenção: o Triagem no pré-natal no 1° e no 3° trimestre o Prematuros extremos de mãe IgG+ devem evitar AM o Usar filtro de leucócitos ao usar hemoderivados o Lavar as mãos o Vacinas constituem uma perspectiva em andamento • HSV-1 e HSV-2 podem causar infecção genital e serem transmitidos da mãe para o feto ou RN depois de contato com as lesões • Pode ocorrer transmissão intraútero (é raro), ou intraparto (mais comum) ou pós natal • Quando a mae contrai a infecção primária antes ou próximo ao trabalho de parto, as taxas de transição podem chegar a 50% no parto vaginal • Quando há lesões vaginais, é feito o parto cesariano • Quadro clinico o Disseminada ▪ Acometimento da pele e dos olhos ▪ RN com lesões em boca, olhos e pele (vesículas agrupadas, aparecem na 2° semana de vida) ▪ RN com encefalite (presença de distúrbios neurológicos graves, lesões vesiculares muco cutâneas, microcefalia, cegueira) o Doença neurológica isolada ▪ Sepse neonatal precoce (acometimento de múltiplos órgãos, anemia, manifestações hemorrágicas, desconforto respiratório, hepatoesplenomegalia, convulsão, cianose, choque) ▪ Infecção intrauterina (rara, com cicatrizes cutâneas, coriorretinite, microftalmia, hidrocefalia, podendo haver abortamento ou natimortalidade) • Diagnóstico o Exames laboratoriais ▪ Teste de avidez IgG ▪ ELISA IgM e IgG ▪ Sorologia com anticorpos IgM para HSV obtidas pelo método ELISA ▪ PCR sangue ou liquor ▪ Imunofluorescência para anticorpos IgG e IgM ▪ Cultura e exame citológico das lesões de secreção oral, nasofaringe, ocular, urina, sangue e liquor ▪ Raspados das lesões na busca de inclusões citomegálicas intranucleares e células gigantes multinucleadas o Exames de imagem: Rx de crânio, TC e USTF o Exames complementares ▪ Audiometria ▪ AP da placenta ▪ Oftalmocospia ▪ Avaliação materna (exame materno na busca de lesões genitais ou anais sugestivos de herpes) • Tratamento o Aciclovir (60mg/kg/dia, IV, de 8/8h por 14 dias ou 21 se comprometimento do SNC) o Aciclovir ocular ou vidarabina tópico a 3% o Mae com herpes em atividade e RN bem (AC, solicitar sorologias para herpes simples do binômio IgM e IgG, HC, estudo AP da placenta. Reavaliar com infectologista e oftalmologista com 10 dias de vida) o Se necessário internamento, isolamento na incubadora • Seguimento o Sequelas neurológicas ▪ Microcefalia ▪ Coriorretinite ▪ Porencefalia ▪ Acompanhamento multiprofissional • Prevenção o Parto cesáreo em gestantes com herpes genital o Não deixar bolsa rota por mais de 4 horas o Cuidados em sala de parto para diminuir a contaminação oral ou genital do RN o Pessoas do berçário infectadas com herpes devem ser orientadas pelo CCIH quanto sua atuação na neonatal o RN sadios devem evitar contato com RN infectados e familiares com herpes o Vacina com vírus inativado tem sido recomendada e estudos com antirretrovirais • É um retrovírus • Já se documentou transmissão vertical • Quadro clínico: RN assintomáticos ao nascer. História importante de eczema e manifestações neurológicas na infância • Diagnóstico laboratorial: Elisa aos 18 meses de vida, associado à avaliação pelo Western Blot aos 2 e 6 meses de idade • Prevenção: investigar no pré-natal, parto cesáreo, lavagem gástrica se deglutir sangue materno, banho precoce e não permitir o aleitamento • Causa pelo treponema pallidum, é uma doença de notificação compulsória, estima-se que 2 milhões de gestantes tenham sífilis anualmente • pênfigo:lesão cheia de treponema • nariz em sela: mais achatado • rinorreia • transmissão: disseminação hematogênica na gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária (mais comum) ou contato com lesões infectadas antes e durante o nascimento • mãe com sífilis primária ou secundária não tratada representa maior risco de prematuridade, morte neonatal e infecção congênita • diagnóstico: clínico, epidemiológico e laboratorial • quadro clínico o 2/3 assintomáticos ao nascer, com manifestações clínicas posteriores o É classificada como precoce (até 2 anos) o Fissuras periorificiais o Glaucoma o Icterícia o Acometimento assintomático do SNC o Lesões ósseas (osteodondrite, periostite ou osteíte levando a pseudoparalisia dos membros) o Pneumonia alba o Glomerulonefrite o Hepatoesplenomegalia o Miocardite o Pênfigo-palmo-plantar ➔ lesões bolhosas o Síndrome nefrótica o Hidrocefalia o Meningite • Sífilis tardia (após 2 anos) o Ceratite o Nariz em sela o Retardo mental o Coriorretinite o Fibrose hepática o Surdez labiríntica o Tíbia em lâmina de sabre: sequela da periostite o Paralisia dos nervos cranianos o Espasticidade (alteração do tônus muscular) o Cegueira o Meningoencefalite o Dentes em Hutschinson: incisivos centrais em formato de chave de fenda o Paralisia geral o Irite o hidrocefalia • Diagnóstico inespecífico o HC (anemia, linfocitose, leucopenia ou leucocitose, trombocitopenia) o Rx de tórax (pneumonia) o Rx de ossos longos: metáfise e diáfise de ossos longos (tíbia, fêmur e úmero) causando osteocondrite, osteíte e periostite o Afastar coinfecção por HIV o Exame da placenta o ECO (miocardite, insuficiência tricúspide, hipertensão pulmonar) o Líquor (aumento de celularidade > 25 células por mm3 e proteínas > ou = 150mg/dL) o Função hepática e renal o USTF e TC de crânio o Avaliação audiológica (surdez, lesão do 8° par) o Avaliação oftalmológica) • Testes sorológicos – sorologia do RN o A sorologia não treponêmica (VDRL e RPR) é indicada para o diagnóstico e segmento terapêutico, podendo permanecer reagentes por longos períodos, mesmo após a cura da infecção, mas apresenta tendência a queda progressiva nas titulações, até a sua negativação o VDRL: pode ser quantitativo ou qualitativo, podendo positivar a partir da primeira semana o As crianças infectadas tem titulação 3-4 vezes maior que a materna e/ou duas diluições superiores o A avaliação quantitativa é considerada positiva quando superior a 1:2 o Testes treponêmicos estabelecem um diagnóstico presuntivo e permanecem positivos durante toda a vida do paciente (exame direto do treponema, FTA Abs IgG (atravessa a barreira) e IgM (não atravessa a barreira transplacentária) são usados para comprovação diagnóstica; PCR • Diagnóstico diferencial o Sífilis: Exantema, lesões mucocutâneas, osteocondrite, periostite, síndrome nefrótica o Toxoplasmose: hidrocefalia, calcificações intracranianas difusas, coriorretinite, hiperproteinorraquia o Rubéola: anomalias cardíacas, lesões ósseas, catarata, glaucoma o CMV: calcificações periventriculares, surdez, microcefalia o VHS: vesículas em pele e mucosas, início após 1° semana, ceratoconjuntivite, convulsões • Tratamento o PENICILINA! 1) RN de mãe com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada – independe do VDRL do RN, realizar HC, RX de ossos longos, punção lombar ( se não for possível tratar como neurossífilis) e outros exames quando clinicamente indicados a. 1.a Se houver alterações clínicas, sorológicas, radiológicas e/ou hematológicas: tratamento com penicilina cristalina na dose de 50.000/kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos 1°s setes dias) e a cada 8 horas (após 7 dias), por 10 dias, ou penicilina G procaína 50.000/kg/dia, dose única diária, IM, por 10 dias; b. Se houver alterações liquóricas: o tratamento deve ser feito com penicilina cristalina na dose de 50.000/kg/dose, IV, a cada 12 hrs (nos primeiros 7 dias) e a cada 8hrs (após 7 dias de vida) durante 10 dias c. Se não houver alterações clínicas, radiológicas, hematológicas e/ou liquóricas e a sorologia for negativa no RN: proceder ao tratamento com penicilina benzatina, via IM, na dose única de 50.000/kg. O acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento sérico do VDRL com 1 e 3 meses. Na impossibilidade de garantir acompanhamento, o RN deverá ser tratado com esquema 1ª 2) Nos RN de mães adequadamente tratadas, realizar o VDRL em amostra do sangue periférico do RN, se este for reagente com titulação maior do que a materna e/ou na presença de alterações clínicas, realizar HC, RX de ossos longos e punção lombar a. Se houver alterações clínicas e/ou radiológicas e/ou hematológicas: tratar como 1.a b. Se houver alterações liquóricas: tratar como 1B c. Se não houver alterações clínicas, radiológicas, liquóricas e a sorologia for negativa no RN: acompanhar o RN, mas, na impossibilidade, tratar com penicilina benzatina, IM, em dose única de 50.000/Kg d. Se não houver alterações clínicas, radiológicas, liquóricas e a sorologia for positiva no RN (títulos igual ou menor que o materno): acompanhar clinicamente. Na impossibilidade, investigar e tratar como 1.a (sem alterações no líquor) ou 1b (se houver alterações liquóricas) 3) No caso de interrupção do tratamento por mais de 1 dia, o tratamento deverá ser reiniciado 4) Caso haja alergia, que é uma condição rara no período neonatal, fazer dessensibilização ou tentar uso de cefalosporina ou eritromicina Tratamento após o período neonatal: toda criança com suspeita de sífilis congênita, realizar o exame liquórica e iniciar o tratamento com penicilina cristalina 100.000 a 150.000 U/Kg/dia, administrada a cada 4-6 horas durante 10 dias ou 14 dias se comprometimento liquórico ou desconhecimento da condição liquórica
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