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Introducao-ao-Direito

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Apresentação da Disciplina 
 
Em tempos de fáceis teorias e ainda de um modelo inadequado de educação no 
Brasil, faz-se necessário um espaço para uma nova matriz científica, que possa explorar as 
possibilidades teóricas das diversas concepções e métodos de ensino. 
Seguindo esse parâmetro, a proposta desta disciplina é fornecer ao aluno do 
treinamento de Formação de Peritos e Assistentes Técnicos não apenas as noções 
fundamentais sobre o fenômeno jurídico, como também possibilitar sua visão construtiva e 
crítica do direito. 
Assim, notamos a necessidade dos peritos judiciais e assistentes técnicos enquanto 
responsáveis diretos por influenciar o poder judiciário em suas decisões e na resolução dos 
conflitos sociais, compreender a sistemática do ordenamento jurídico vigente que refletirá 
certamente em seu desempenho profissional. 
Sob este aspecto, importante demonstrar os inúmeros ramos do Direito que tem 
reflexo direto sobre as atividades de peritos e assistentes: Direito Tributário, Direito do 
Trabalho, Direito Administrativo, Direito Ambiental, Direito Econômico, Direito do 
Consumidor, Direito Penal, Direito Empresarial, Direito Civil, Direito Internacional além de 
outros ramos cuja perícia também interfere diretamente como meio de prova. 
Assim, a disciplina de Introdução do Direito tem o objetivo de fornecer ao aluno 
uma visão global do Direito e a correlação entre Direito, o processo e a perícia como meio de 
prova. 
Nesse contexto, nos primeiros estudos de uma nova ciência, é comum ao aluno 
sentir-se com dificuldades, em função dos novos métodos, conceitos e diante do próprio 
sistema que até então desconhece. 
Contudo, essas primeiras dificuldades, em especial com as novas terminologias, 
devem ser superadas e enfrentadas para que o desenvolvimento do raciocínio jurídico possa 
ser aplicado no campo da ciência de atuação do perito ou assistente e do Direito. 
O objetivo geral deste treinamento jurídico para o curso de formação de peritos e 
assistentes técnicos é contribuir com a formação dos alunos de forma a torná-lo capaz de 
compreender o Estado, as Leis Instituídas, as Instituições, o Ordenamento Jurídico e seus 
desdobramentos em nossa realidade. 
Assim, o aluno alcançará aptidão cognitiva para resolução de casos práticos 
utilizando-se do preparo teórico adquirido e segurança suficiente para o desempenho 
profissional a partir da informação formação que absorveu ao longo do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. Introdução à Ciência Jurídica .................................................................................................. 4 
1.1 Ordem jurídica, formação da sociedade e o novos direitos ....................................................... 4 
1.2 Escolas do pensamento jurídico ................................................................................................ 7 
1.2.1 Escola Jusnaturalista ............................................................................................................... 7 
1.2.2 Escola positivista .................................................................................................................... 8 
1.3 Concepcões da palavra direito ................................................................................................... 8 
1.4 Interpretação e integração das normas jurídicas ........................................................................ 9 
1.4.1 Interpretação das Normas Jurídicas ........................................................................................ 9 
1.4.2 Integração das Normas Jurídicas .......................................................................................... 10 
2. Direito Público e Privado ........................................................................................................ 11 
2.1 Ramos do Direito Público ....................................................................................................... 12 
2.1.1 Direito Constitucional e Administrativo............................................................................... 13 
2.1.2 Direito econômico, financeiro e tributário ........................................................................... 14 
2.1.3 Direito penal e processual..................................................................................................... 15 
2.1.4 Direito da seguridade social ................................................................................................. 17 
2.3 Ramos do direito privado ........................................................................................................ 17 
2.3.1 Direito civil e comercial ....................................................................................................... 18 
2.3.2 Direito trabalhista ................................................................................................................. 18 
3. Direito Civil .............................................................................................................................. 19 
3.2 Princípios Fundamentais do Código Civil ............................................................................... 20 
3.3.1 Capacidade de direito e capacidade de exercício ................................................................. 22 
3.2 As pessoas jurídicas de direito público e privado.................................................................... 23 
4. Direito Constitucional ............................................................................................................. 25 
4.1 Noções da teoria geral do Estado ............................................................................................ 26 
4.1.1 Elementos Formadores do Estado ........................................................................................ 27 
4.1.2 Formas de Estado ................................................................................................................. 29 
4.1.3 Formas de Governo .............................................................................................................. 30 
4.1.4 Sistemas de Governo ............................................................................................................ 30 
4.2 Fundamentos da República Federativa do Brasil .................................................................... 31 
4.3 Direitos e garantias fundamentais............................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
Introdução ao Direito 
 
1. Introdução à Ciência Jurídica 
 
 
Conteúdo 
 
 Ordem jurídica, formação da sociedade e o novos direitos 
 Escolas do Pensamento Jurídico 
 Escola Jusnaturalista 
 Escola positivista 
 Concepcões da palavra “Direito” 
 Interpretação e integração das normas jurídicas 
 Interpretação das Normas Jurídicas 
 Integração das Normas Jurídicas 
 
Objetivos 
 
Introdução 
 
Este primeiro capítulo, intitulado “Introdução à Ciência Jurídica” terá uma missão 
fundamental: romper todos os preconceitos daqueles que pensam que estudar Direito é 
sinônimo de compreender um emaranhado de leis, ter que livros e códigos intermináveis. 
Definitivamente, não! 
A idéia principal é mostrar neste capítulo – e também nos demais – que o Direito é 
uma ciência que, quer você goste ou não, é imprescindível que você conheça, pois ninguém 
pode se dissociar ou se eximir de respeitar as leis eas regras do nosso país. 
Embora este seja um dos capítulos mais teóricos dessa disciplina (Introdução ao 
Direito) não deixe buscar em cada um dos conceitos apresentados algum raciocínio prático 
que possa ajudar você, a compreender melhor a sociedade em que vivemos. 
1.1 Ordem jurídica, formação da sociedade e o novos direitos 
 
Após estudar este tema o aluno deverá ser capaz de: 
 
a. Relacionar o conceito de Sociedade à necessidade da existência do Direito; 
b. Discorrer sobre as mais importantes Escolas do Pensamento Jurídico; 
c. Identificar as diferentes concepções da palavra Direito; 
d. Compreender quais os métodos e interpretação e integração das normas jurídicas. 
 5 
O Direito é o regulador das relações humanas no interior da sociedade, defendendo a 
própria forma em que esta sociedade está constituída e permitindo que cada cidadão busque 
exatamente aquilo que é seu. 
Há, inclusive, uma expressão em latim muito conhecida no meio jurídico, “Ubi 
societas, ibi Jus”, que significa “onde há sociedade, há o direito”. Isso está plenamente 
correto! 
A vida do homem em sociedade só é possível por conta de existirem regras, leis que 
disciplinam os atos humanos. Não fossem as leis, viveríamos na mais completa barbárie! 
Além disso, o Direito vem sempre consolidar, por suas normas, as instituições 
criadas pelo homem e vigentes em dado momento histórico. As instituições mudam, evoluem. 
Cabe ao Direito fixá-las, para que a sociedade se sinta segura, para que as regras sociais, uma 
vez estabelecidas, sejam seguidas, sem sustos para os cidadãos em suas relações. 
Desta forma, o Direito assume uma função verdadeiramente social, pois, embora as 
ideologias variem e a sociedade se transforme, ele perdura consolidando normas e protegendo 
interesses estabelecidos. 
Mas quais interesses da sociedade são atendidos pelo Direito? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: Editora COC, 2009. 
 
Com as mudanças históricas que ocorrem na sociedade com o passar do tempo, o 
Direito acaba demonstrando todo o seu caráter dinâmico e inovador, já que ele também se 
renova, acatando novas diretrizes para satisfazer as atuais necessidades sociais e, 
consequentemente, permitindo o surgimento de novos ramos de sua ciência. 
Este é o caso dos chamados “Novos Direitos”, como os Direitos Difusos, Direitos 
Coletivos, Direitos Sociais e Direitos Humanos. 
Os Direitos Difusos são aqueles que, sendo indivisíveis e indisponíveis, podem ser 
usufruídos por um número indeterminável de pessoas, por recaírem sobre bens de toda a 
coletividade, como por exemplo o meio ambiente, o patrimônio cultural, etc. 
Nessa categoria, os sujeitos tem um médio nível de organização, todos ligados a uma 
relação-base. Esse vínculo tem carga nitidamente social e política, que de certa forma 
“politiza” o próprio Direito, o mesmo que a razão liberal tenta “despolitizar”, abstrair. 
Já os Direitos Coletivos são compostos por interesses comuns a uma coletividade e 
pessoas e a elas somente, quando exista um vínculo jurídico entre os componentes do grupo, 
como por exemplo: a sociedade mercantil, a família, os entes profissionais, o sindicato. São, 
assim, interesses comuns, nascidos em função de uma relação base que une os membros das 
respectivas comunidades e que, não se confundindo com interesses estritamente individuais 
de cada sujeito, merece sua identificação própria. 
 
 - Pacificação dos conflitos; 
 - Permitir que as pessoas tenham o que é seu de direito; 
 - Reparar injustiças; 
 - Diminuição da criminalidade e de práticas ilícitas; 
 - Lutar pelos direitos garantidos e não efetivados. 
 
 
 
INTERESSES 
SOCIAIS 
 
O DIREITO tem por objetivo fundamental 
atender aos interesses da SOCIEDADE, a exemplo 
de alguns deles que foram acima listados. 
 6 
No âmbito dos Direitos Difusos põe-se em destaque hoje a questão ambiental, pois 
que ela envolve o trato jurídico as próprias condições básicas da vida sobre a Terra. O direito 
ambiental, pois, liga-se intimamente ao direito à vida. A realização plena do direito de viver 
implica que seja assegurado a toda pessoa efetivamente dispor dos meios apropriados de 
subsistência e de um padrão de vida decente. 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE! 
 
O direito a um ambiente sadio salvaguarda a vida 
humana, tanto sob o aspecto da existência física e saúde 
quanto em termos da dignidade desta existência, ou seja, 
a qualidade de vida. Por isso, o meio ambiente constitui 
atualmente um patrimônio do povo. Em sua abrangência, 
o direito ambiental transcende as fronteiras de qualquer 
país, pois os problemas relativos à camada de ozônio, à 
poluição marítima, às grandes florestas etc., dizem 
respeito não somente a um povo, mas aos povos do 
mundo todo. 
 
 Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
 
O termo singular Direito Social pode ser definido como sendo o conjunto de normas 
que disciplinam o organismo social com o objetivo de obter o equilíbrio da vida em 
sociedade. É, portanto, aquele direito que brota de modo espontâneo no grupo social, como 
por exemplo, as normas consuetudinárias. Em sentido mais estrito ou específico, pode ser 
considerado aquele direito que rege as relações trabalhistas, resolvendo a questão social ao 
procurar restabelecer o equilíbrio social através da proteção do trabalhador e de seus 
dependentes. São direitos típicos do século XX, da globalização, dos conflitos de massa. 
Exemplos de Direitos Sociais são os que abrangem os direitos do trabalho, 
incluindo: o próprio direito ao trabalho, o direito a uma remuneração justa, o direito de 
sindicalização, o direito ao repouso e ao lazer, o direito ao bem estar e à previdência social 
(que se desdobra em direito à seguridade social). Outros exemplos de Direitos Sociais são: os 
direitos especiais da infância e maternidade, o direito à educação e cultura, os direitos 
relativos á família (direitos à proteção do Estado, direito ao casamento, direito de orientar a 
educação dos filhos), os direitos em relação ao próprio Estado (direito de participar do 
governo, direito de voto, etc.). 
O termo Direitos Humanos pode ser definido como sendo o conjunto de normas 
substantivas contidas na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (lavrada na França, 
em 1789) e na Declaração Universal dos Direitos do Homem (Carta das Nações Unidas de 
1948, em que o Brasil é um dos signatários) e não nas normas constitucionais, arrolando os 
direitos elementares à dignidade humana, sejam eles civis, políticos, econômicos, sociais ou 
culturais, aplicáveis aos homens individualmente ou como membros da sociedade. Tais 
normas constitucionais restringem o poder estatal por constituírem uma limitação ao 
Legislativo, Executivo e Judiciário que devem, por sua vez, respeitar os direitos humanos. 
Mais adiante voltaremos a falar sobre isso. 
Em resumo: Pode-se observar que todos estes Direitos (Difusos, Coletivos, Sociais e 
Humanos) marcam uma nova perspectiva à própria Ciência do Direito, em termos de uma 
superação do caráter individualista das ações jurídicas (o julgamento de questões em essência 
individuais) pela valorização do social, do coletivo, da cidadania participativa. Esta orientação 
evidencia uma tendência democrática no campo da justiça, pois possibilita um envolvimento 
mais efetivo das populações na gestão dos problemas coletivos, além do que, segundo o texto 
 
 7constitucional, o Estado já não pode ser omisso ante os problemas conexos aos direitos 
econômicos, sociais e culturais – diferentemente do que acontecia no sistema jurídico 
tradicional. 
 
Para Guardar: 
 
DIREITOS DIFUSOS 
 
DIREITOS COLETIVOS 
 
DIREITOS SOCIAIS 
 
DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
1.2 Escolas do pensamento jurídico 
 
Ao longo dos anos, a evolução do pensamento jurídico foi acompanhada pelo 
surgimento de diversas Escolas de pensadores que buscaram, cada qual ao seu modo, explicar 
o porquê do Direito, ou seja, de onde nasce e para onde evolui o Direito. 
Evidentemente que são inúmeras as Escolas do Pensamento Jurídico, de modo que 
não há interesse aqui de que seja feita uma abordagem de todas elas. Trataremos das duas 
principais Escolas: A Escola do Direito Natural ou Naturalista e a Escola do Direito Positivo 
ou Positivista. 
1.2.1 Escola Jusnaturalista 
 
A Escola Naturalista prega a força do chamado Direito Natural que é considerado o 
conjunto de valores contidos no íntimo da natureza humana. É aquilo que corresponde ao 
sentimento de justiça da comunidade (independe da vontade humana). Ou seja, o Direito 
Natural existe antes mesmo da própria lei, decorrendo dos valores de Justiça da cada ser 
humano. 
Não há dúvida de que o direito natural foi fator essencial ao progresso das 
instituições jurídicas da velha Roma. Já na Idade Média – amplamente dominada pela Igreja – 
prevaleceu a idéia de que os princípios componentes do direito natural eram frutos da 
inteligência divina. 
O surgimento da modernidade permitiu que os documentos históricos e religiosos 
fossem interpretados sob uma outra ótica: a racionalidade. Abandona-se a idéia de que os 
fundamentos do direito natural decorriam da natureza das coisas e da vontade Deus, 
passando-se a aceitar a idéia de que o direito natural é fruto da razão humana. Na realidade os 
princípios que constituem o direito natural formam a concepção do que seja, segundo a razão 
humana, o justo por natureza. Aliás, o homem, por natureza, é um ser justo. Há exceções, é 
claro, mas, como regra, a idéia de justiça é inerente ao homem. 
 
 8 
Atualmente, o direito natural deve ser aceito, senão na plenitude de suas idéias e 
postulados, ao menos como instrumento complementar do direito positivo para que, juntos, 
possam dar coerência ao ordenamento jurídico vigente. 
1.2.2 Escola positivista 
 
Em contraposição à idéia de que o Direito decorre de um conjunto de valores 
inerentes ao próprio homem, surge a Escola Positivista com o intuito de firmar a tese de que o 
Direito não é outra coisa senão a expressão clara da Lei. 
Vale dizer que o termo Lei surge aqui para designar as normas de conduta legisladas 
ou provenientes do costume, que disciplinam as relações humanas. Nesse aspecto percebe-se 
que o conceito de direito positivo é bastante amplo, pois alcança não só o direito em vigor, 
como o que está fora de vigência, direito histórico, direito costumeiro. 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE! 
 
O positivismo jurídico (...) exalta o valor segurança, 
enquanto o jusnaturalismo não se revela tão inflexível 
quanto a este valor, por se achar demais comprometido 
com os ideais de justiça e envolvido com as aspirações 
dos direitos humanos (NADER, 2008). 
 
 
Em resumo: O direito positivo tem por base o ordenamento jurídico, as leis de modo 
geral. Trata-se de uma tentativa de se transformar o estudo do direito numa verdadeira ciência 
que viesse a ter as mesmas características das ciências físico-matemáticas, naturais e sociais. 
Ou seja, para a solução de um determinado caso concreto, basta procurar a lei que exatamente 
se encaixa para a resolução daquele conflito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
F
 Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
1.3 Concepções da palavra direito 
 
Antes de pensarmos nas concepções do Direito é preciso compreender a origem do 
vocábulo “Direito”. Para tanto devemos nos valer de duas correntes distintas que tentam 
justificar a utilização do vocábulo “Direito”, vejamos: 
 
 
 
 A atual fase de desenvolvimento do Direito é chamada de Pós-
positivista: uma superação da Escola Positivista do Direito. Trata-se do 
reconhecimento de que o Direito não é – e nunca será! – uma ciência 
matemática, pois a idéia de Justiça está amplamente impregnada de fatores 
sociais, peculiares de cada caso concreto, e que impossibilita o tratamento do 
Direito como sendo uma ciência exata. O Direito passa, nesta nova fase, a ser 
interpretado à luz dos princípios – de força normativa reconhecida – e que 
contribuem para dar maior coerência ao ordenamento jurídico. 
 9 
 Directum ou Rectum: Para alguns a palavra “Direito” seria originária do termo 
latino directum ou rectum que significam aquilo que é reto, aquilo que é conforme 
uma régua. 
 
 Jus: Para outros, porém, o vocábulo “Direito” seria originário do termo latino jus 
que significa simplesmente “direito”. Assim, outras palavras ligadas ao termo jus 
como jussum ou justum, estariam ligadas à idéia de Direito, pois significam, 
respectivamente, “mandar, ordenar” e “o que é conforme a justiça”. 
 
Deixando um pouco de lado a discussão quanto à origem do vocábulo “Direito”, a 
doutrina se dedica a traçar as inúmeras Concepções do Direito, a saber: Direito como ciência, 
Direito como justo, Direito como norma, Direito como faculdade e Direito como fato social. 
A seguir analisaremos rapidamente cada uma delas. 
 
a. Direito como ciência: Prega a afirmação do Direito como um ramo do 
conhecimento científico. 
b. Direito como justo: O Direito seria fruto de um conjunto de valores que permitem 
equacionar os conflitos. O Direito seria exigência da Justiça. 
c. Direito como norma: Decorre do direito positivo (normas elaboradas, leis) e 
também das normas do direito natural (valores e princípios anteriores à própria 
lei). É também conhecida como Direito Objetivo. 
d. Direito como faculdade: O Direito decorreria da prerrogativa ou faculdade de 
agir de cada um. É também conhecida como Direito Subjetivo. 
e. Direito como fato social: O Direito seria um aspecto, um setor da vida social. 
1.4 Interpretação e integração das normas jurídicas 
 
Nós estudamos até agora o que é o Direito, quais Escolas tentaram explicar o 
fenômeno jurídico, além de analisarmos as principais concepções da palavra Direito. Resta 
agora, para fecharmos este primeiro capítulo, compreendermos dois processos 
importantíssimos: a interpretação das normas jurídicas (estabelecendo a sua forma de 
aplicação) e a integração das normas jurídicas (que visa a preencher as lacunas do 
ordenamento jurídico). 
1.4.1 Interpretação das Normas Jurídicas 
 
A interpretação das normas jurídicas, para que possa ser corretamente compreendida, 
deve ser vista como uma verdadeira arte: a arte de extrair da norma a vontade expressada pelo 
legislador quando da sua elaboração. Trata-se de um processo interpretativo permanente, por 
meio do qual os operadores do Direito constroem e reconstroem o direito e a realidade. Esse 
processo de interpretação do Direito é também chamado de Hermenêutica Jurídica. 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE! 
 
A hermenêutica jurídica tem por objeto o estudo e a 
sistematização dos processos aplicáveis para determinar 
o sentido e o alcance das expressões do direito. A 
hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar 
(MAXIMILIANO, 2006). 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
 
 10 
 
O processo de edição da norma é um momento de criação do direito.A hermenêutica 
representa um outro momento. Etimologicamente é um vocábulo derivado do grego 
hermeneuein, comumente tida como filosofia da interpretação. 
A atividade do hermeneuta é, assim, construtiva, e não meramente interpretativa; a 
idéia de ir conhecendo um trabalho que ainda se constrói. 
Vale salientar ainda que um erro muito comum seja falar-se em interpretação e 
integração do Direito, quando, na realidade, o que se interpreta e se aplica é a Lei! 
Para tanto, utilizamo-nos dos métodos de aplicação do Direito para definir qual a lei 
(regra) aplicável no caso concreto. Os critérios são: 
 
a) temporalidade: a lei mais nova prefere à mais antiga; 
b) especialidade: a lei especial prefere à mais geral; 
c) hierarquia das leis: baseia-se no sistema pela qual uma lei busca seu fundamento 
de validade em outra norma superior. 
1.4.2 Integração das Normas Jurídicas 
 
O processo de integração das normas jurídicas está relacionado à idéia de que é 
impossível que o legislador preveja, por mais cauteloso que ele seja, todos os fatos e 
acontecimentos da vida real que devem merecer proteção do Direito. 
É possível que ao tentar solucionar determinado caso, o juiz não encontre no 
ordenamento jurídico lei específica que possibilite por fim ao conflito. Neste caso, deverá o 
magistrado se valer dos meios de integração da norma jurídica, quais sejam: a analogia 
(utilização de uma norma para resolver um caso semelhante àquele para o qual foi 
especificamente criada), o costume (são as regras sociais resultantes de uma prática reiterada 
e prolongada, o que acarreta numa certa convicção de obrigatoriedade, conforme cada cultura 
específica ou sociedade), os princípios gerais do direito (são regras oriundas da lógica 
natural das coisas e do ser humano e que acabam por orientar a compreensão do sistema 
jurídico, auxiliando o juiz no momento de decidir determinado caso concreto) e a equidade (é 
o processo por meio do qual o intérprete/juiz pode solucionar o caso utilizando-se de seus 
valores de Justiça). 
 
Conclusões 
 
Chegamos ao final do primeiro capítulo da disciplina Introdução ao Direito. Com ele 
você pode entender um pouco melhor o fenômeno do surgimento do Direito, as principais 
Escolas que se propuseram a explicar o pensamento jurídico, bem como a atual tendência 
domina a ciência do direito. 
Na sequência, traçamos as inúmeras concepções do Direito, o que permitiu que vocês 
compreendessem que o surgimento Direito pode encontrar explicação e fundamento em 
situações distintas (como ciência, como justo, como norma, como faculdade e como fato 
social). 
Por fim, apresentamos os processos de interpretação e integração das normas 
jurídicas, processos com os quais o intérprete/juiz resolve os casos concretos e, assim, 
promove a paz social. 
 
Expansão de Conhecimentos 
 
 11 
Os temas relatados neste capítulo podem ser estudados com mais propriedade na 
obra de Introdução ao estudo do Direito, do autor Paulo Nader, 31 ed. São Paulo: Forense, 
2009. 
 
Exercícios 
 
1. Discorra sobre os chamados “Novos Direitos”. 
 
2. Estabeleça uma correlação entre as Escolas do Pensamento Jurídico e as 
Concepções do Direito. 
 
3. Explique o que vem a ser hermenêutica jurídica. 
 
Introdução ao Direito 
2. Direito Público e Privado 
 
Conteúdo 
 Ramos do Direito Público 
 Direito Constitucional e Administrativo 
 Direito econômico, financeiro e tributário 
 Direito penal e processual 
 Direito da seguridade social 
 Ramos do direito privado 
 Direito civil e empresarial 
 Direito trabalhista 
 
Objetivos 
 
Introdução 
 
A partir da compreensão do direito como um conjunto de normas que disciplinará as 
relações sociais em um determinado grupo, parte-se para a divisão do próprio direito. Existem 
várias formas de se classificar o direito, contudo adotaremos aqui a mais simples delas, ou 
seja, a divisão do direito em dois grandes grupos: o direito público e o direito privado. 
 Nesse contexto, são de direito público aquelas normas e atuações onde o Estado ou 
entidades públicas se encontram presentes como tais, ou seja, exercendo seu poder.Do mesmo 
modo, as normas de direito público podem regular ações dentro de um mesmo país, ou as 
Após estudar este tema o aluno deverá ser capaz de: 
 
e. Compreensão a distinção entre o direito público e privado; 
f. Discorrer de forma específica sobre cada ramo do direito. 
 12 
relações do país com indivíduos. Assim, o que caracteriza essas normas é a especial presença 
do poder estatal. 
Por outro lado, o direito privado representa as normas que regulam as relações entre 
pessoas. Nesse sentido, são de direito privado as ações em que o estado atua como particular, 
sem usar sua condição de poder. 
Importante ressaltar ainda, essa divisão se justifica por existirem diferentes níveis de 
relação jurídica entre os cidadãos, entre si e entre esses e o Estado. 
O autor Hely Lopes Meirelles
1
 retrata que o Direito Público pode ser dividido em 
Interno e Externo. O Direito Público Interno tem como objeto a regulação dos interesses 
estatais e sociais. O Direito Público Externo, por sua vez, tem como objetivo reger as relações 
entre os Estados soberanos e as atividades individuais internacionalmente. 
Em suma, as relações de direito privado podem ser compreendidas como uma 
relação que ocorre no sentido horizontal. Já no direito público, encontramos a verticalidade 
nas relações jurídicas, porquanto, o Poder Público encontra-se em uma posição de 
superioridade frente aos particulares em função da manutenção do interesse público ou do 
bem comum. 
Por fim, a busca pela compreensão da natureza dos principais ramos do direito, o 
direito público e privado, deve ser pautada na verificação da preponderância dos interesses em 
questão. Assim, predominando-se os interesses particulares, tem-se o direito privado. 
Todavia, na predominância dos interesses que afetariam toda a coletividade, teríamos o direito 
público. 
Veremos a seguir a idéia central de cada ramo do direito. 
2.1 Ramos do Direito Público 
 
Conforme já estudado, o direito Nacional pode ser dividido em Público e Privado. O 
primeiro retrata uma organização do Estado, regidas por normas de ordem pública, ou seja, 
normas que não podem ser alteradas pela simples vontade das partes. Temos, por exemplo, 
que obrigação de pagar determinado tributo é considerada norma de ordem pública. 
Veremos que o Direito Público pode ser dividido da seguinte forma: Direito 
Constitucional, Administrativo, Econômico, Financeiro, Tributário, Da Seguridade Social e 
Processual (Trabalhista, Civil, Penal). 
Estudaremos a seguir cada um desses ramos do direito modo mais aprofundado. 
Os ramos do Direito Público podem ser assim representados: 
 
1
 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 1999. p. 31-2. 
 
 13 
 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: Editora COC, 2009. 
2.1.1 Direito Constitucional e Administrativo 
 
O direito constitucional pode ser compreendido como um ramo do direito público 
que estuda as regras estruturais do Estado, relativas à organização político-estatal, definindo o 
regime político, a forma de Estado e delimitando a relação do Estado e o povo por meio do 
reconhecimento de garantias e direitos fundamentais. 
Vale lembrar, o direito constitucional é a esfera da ordenação estatal que se relaciona 
intimamente com os demais ramos do direito, coordenando-os e traçando sua base estrutural. 
Da mesma forma, o direito constitucional é considerado o marco inicial detodo direito do 
Estado. 
Já a expressão Constituição possui vários sentidos. Assim, em sentido lógico-
jurídico, segundo o autor Hans kelsen, a Constituição é a norma hipotética fundamental. Essa 
concepção jurídica positiva é o conjunto de normas que regulam a criação de outras normas, 
ou seja, é a lei em seu mais alto grau
2
. 
O Estado é o principal objeto do direito constitucional. A noção jurídica de Estado 
apoia-se em quatro elementos básicos: território, povo, governo e soberania. Contudo, 
estudaremos de forma mais detalhada, tendo-se em vista a importância do tema, no último 
capítulo. 
O direito administrativo, por sua vez, mantém relações concretas com o direito 
constitucional, pois atua junto aos agentes, os órgãos e as pessoas jurídicas administrativas, 
que de alguma forma atuam ou fazem parte da administração pública, e ainda às atividades de 
natureza pública referentes à atuação do Estado. 
Nesse sentido, o conceito que permanece no tempo sobre direito administrativo e 
que embasou as demais obras doutrinárias brasileiras, é do autor Hely Lopes Meirelles. 
Segundo o autor, o direito administrativo “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios 
jurídicos que regem as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direita e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado
3”. 
Note que a esse ramo do direito público cumpre a função de atuar nas formas de 
relacionamento entre os particulares e a administração pública. Por consequência, o Estado 
 
2
 KELSEN, Hans, Teoria Pura do Direito, tradução de João Baptista Machado, 2ª ed. Coimbra: Armênio 
Amado Editora, 1962, v. 1. p. 2, 7. 
3
 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 16ª ed. Revista dos Tribunais, 1991, p. 24. 
 
 econômico e 
 financeiro 
 
 
penal 
 
Seguridade 
social 
 
 
processual 
 
 
tributário 
 
 
 administrativo 
 
 
constitucional 
 
DIREITO 
PÚBLICO 
 
 14 
tem a finalidade de promover o bem-estar da coletividade, e para alcançar seu objetivo, deve 
apresentar uma estrutura bem definida de poder, cuja função cabe ao Direito Constitucional. 
A idéia central do direito administrativo se observa na prestação do serviço público, 
ou seja, na atividade estatal dirigida à satisfação das necessidades coletivas de ordem 
fundamental como o abastecimento de água, o transporte, a energia elétrica
4
, etc. 
Cabe ressaltar ainda, não há um código específico de direito administrativo, o que se 
verifica além das normas estampadas na Constituição Federal, são legislações esparsas e 
códigos como o de água, pesca, caça, florestal, minas etc. 
2.1.2 Direito econômico, financeiro e tributário 
 
 Esses três ramos do direito foram agrupados num mesmo tópico com finalidade de 
informar ao leitor que embora possuam pontos semelhantes, são ramos autônomos do direito e 
como tal devem ser estudados. 
Começaremos com o direito econômico. 
A ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa. A expressão “ordem econômica” deve ser compreendida em função da substituição 
da economia liberal pela economia intervencionista. 
Nesse contexto, o direito econômico é considerado um ramo do direito público que 
estuda o conjunto de regras, princípios e instituições que visam à intervenção do Estado no 
domínio econômico. Referida intervenção tem, por sua vez, a finalidade de regular o mercado 
de forma direta ou indireta. A primeira ocorre, por exemplo, quando o Estado se utiliza de 
sociedades de economia mista e das empresas públicas para realização de seus fins. Já a 
intervenção indireta pode ser notada quando o Estado apoia a atividade econômica dos 
particulares. 
Inserido no estudo do direito econômico, a Constituição Federal traz em seu artigo 
192, as diretrizes do Sistema Financeiro Nacional, senão vejamos: “O sistema financeiro 
nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir 
aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas 
de crédito, será regulado por leis complementares...”. 
Prosseguindo nesse contexto, veremos que é constituído Sistema Financeiro 
Nacional do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil, do Banco do Brasil, 
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e das demais instituições financeiras 
públicas e privadas. Além dessa divisão, a lei n. 4.595 de 31 de dezembro de 1964, também 
nos traz algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional: a) regular o valor intero da 
moeda; b) adaptar o volume dos meios de pagamento às necessidades da economia; c) 
orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras públicas e privadas entre outras. 
Por outro lado, é importante citar também o papel do Banco Central do Brasil, que é 
considerado uma autarquia federal e tem dentre outras, as seguintes finalidades: a) emitir 
papel moeda e metálica; b) receber os recolhimentos compulsórios e voluntários das 
instituições financeiras; c) efetuar empréstimos às instituições financeiras bancárias. 
Por fim, o estudo das políticas urbanas, agrárias e fundiárias também ingressa no 
campo de estudo do direito econômico. 
Passamos nesse momento para o estudo do direito financeiro. 
Veremos que as despesas públicas, a receita pública, o crédito público e orçamento 
público são alguns dos objetos de estudo do direito financeiro. 
O Direito Financeiro é um ramo autônomo da ciência do direito, conforme se 
verifica no inciso I, do artigo 24 da Constituição Federal, e é representado por um conjunto de 
 
4
 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 16ª ed. Revista dos Tribunais, 1991, p. 24. 
 15 
princípios e regras que buscam regular a atividade financeira do Estado. Entre as atividades 
que o Estado desenvolve, tutelando necessidades públicas, algumas são essenciais (segurança 
pública, prestação jurídica, etc.) outras complementares, protegendo outros itens 
(secundários), exercidas através de concessionárias. 
A finalidade da atividade financeira é a realização dos serviços públicos e o 
atendimento das necessidades públicas, ou seja, as necessidades coletivas encampadas pelo 
poder político, inseridas no ordenamento jurídico. Logo, a atividade financeira encontra-se 
pautada em três necessidades públicas principais: prestação de serviço, exercício do poder de 
polícia e intervenção econômica. 
Outros temas como a lei de responsabilidade fiscal (lei complementar n. 101 de 04 
de maio de 2000) e os precatórios são analisados pelo direito financeiro. 
Certamente você já ouviu falar em precatório
5
, mas por vezes não sabe conceituá-lo. 
Assim, precatório nada mais é do que uma requisição feita pelo juiz da execução ao 
presidente do tribunal, para saldar débito a que foi condenada. Em suma, precatório é o 
documento em que se pede alguma coisa. 
O último ramo do direito deste item é o direito tributário, que pode ser considerado 
como um conjunto de princípios e regras que regem o poder fiscal do Estado, representado 
pela instituição, arrecadação e fiscalização de tributos devidos pelos indivíduos ao governo. 
A doutrina jurídica tributária é rica nos conceitos de tributo, contudo, cabe aqui 
trazermos a definição da lei, regulamentada no art. 3ºdo Código Tributário Nacional, senão 
vejamos: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Explicando melhor, tributo é “toda prestação pecuniáriacompulsória”, ou seja, 
obrigatória, imposta pelo Estado no uso de seu poder de império. Deve ser cobrado em 
“moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”, logo o pagamento do tributo não poderá ser em 
bens, por exemplo. Ainda, para se configurar o tributo, tal cobrança não poderá representar 
sanção a ato ilícito, ou seja, tributo não é multa e multa não é tributo. Ainda, o tributo só 
poderá ser criado por lei ou ato normativo com força equivalente (medida provisória). 
E por fim, a autoridade tributária não pode analisar se aconselhável ou conveniente 
cobrar determinado tributo, porquanto a cobrança deverá ser feita de forma vinculada, sem 
margem de discricionariedade do administrador, fiscal, auditor ou procurador. 
Note-se ainda, que tributo é o gênero dos quais são espécies os impostos, as taxas, as 
contribuições de melhoria. Há autores nacionais que entendem que os empréstimos 
compulsórios e as contribuições de melhorias embora integrantes da categoria taxas e 
impostos, também se enquadram como espécies do gênero tributo. 
2.1.3 Direito penal e processual 
 
O Direito Penal é o ramo do direito público que regula o poder punitivo do Estado, 
bem como as normas jurídicas que ligam o crime à pena, disciplinando as relações jurídicas 
daí resultantes. 
O princípio base do Direito Penal chamado de Reserva Legal é retratado o artigo 5º, 
inciso XXXIX, da Constituição Federal, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal”. Outros princípios nos informam que a lei penal é 
 
5
 PINTO, Sérgio Pinto. Instituições de direito público e privado. 9ª ed. São Paulo: Atlas. 2009. p.145. 
 
 
 16 
irretroativa, contudo poderá retroagir para beneficiar o réu. Tal princípio assegura que 
ninguém seja punido por fato atípico. Típico é o fato que se molda a conduta descrita na lei 
penal. Daí decorre que o conjunto de normas penais incriminadoras é taxativo e não 
exemplificativo. 
Outro ponto estudado pelo Direito Penal refere-se ao crime consumado e tentado. De 
forma bem simples, é consumado o crime quando estão presentes todos os elementos de sua 
definição legal (O criminoso passa pelas seguintes etapas cogitação, preparação, execução e 
consumação). Por outro lado, o crime é tentado quando o agente percorre toda a trajetória do 
crime até a execução, e, uma vez iniciada a execução, não se consuma o resultado típico 
(crime) "por razões alheias à vontade do agente", ou seja, não ocorre o resultado. 
Ainda, a infração penal pode ser praticada por dolosa, ou seja, o agente pratica a 
conduta buscando alcançar o resultado criminoso, há intenção criminosa. Pode, entretanto, o 
indivíduo praticar uma conduta culposa, ou sem intenção do resultado criminosa. A culpa 
pode decorrer de ato imprudente (é um ato positivo, há uma ação do agente, como por 
exemplo, dirigir um veículo com excesso de velocidade), negligente (nesta modalidade de 
culpa existe uma omissão, deixar de fazer algo, como não utilizar o cinto de segurança ou não 
dar manutenção nos freios do veículo) e fruto de imperícia (a imperícia se verifica em alguém 
que está autorizado a praticar o ato determinado, contudo não de forma específica pois não é 
perito. É o caso do médico clínico geral que resolve realizar uma cirurgia plástica e causa 
lesões no paciente). 
Vale dizer também, aplica-se ao Direito Penal o princípio da intervenção mínima, 
que orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de 
uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem 
jurídico. Logo, se para o restabelecimento da ordem jurídica violada forem suficientes 
medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas e não as penais. Por 
essa razão, diz-se ser o Direito Penal a “ultima ratio”, isto é, deve atuar somente quando os 
demais ramos do direito revelarem-se ineficazes ou incapazes de dar a tutela devida a bens 
relevantes do indivíduo e da própria sociedade. 
Por fim, o direito processual é o ramo do direito público que regula as atividades do 
poder judiciário e das partes em conflito no decorrer do processo judicial. Pode ser dividido 
em Direito Processual Civil, Processual Penal, Processual do Trabalho e Processual Militar. 
Em suma, dentre as várias formas de soluções dos conflitos, o processo se apresenta 
como um instrumento para a resolução imparcial dos conflitos que se verificam na vida social, 
composto, por três sujeitos: o autor e o réu nos pólos contrastantes da relação processual, 
como sujeitos parciais; e, como sujeito imparcial, o juiz representando o interesse coletivo 
orientado para a justa resolução do litígio. No entanto, não se esgotou o rol de sujeitos 
processuais: órgãos auxiliares da justiça, intervenção de terceiros, advogado. 
O juiz é considerado sujeito imparcial do processo, investido de autoridade para 
dirimir a lide (conflito). Como a jurisdição é função estatal, não pode o juiz eximir-se de atuar 
no processo. Desse modo, com o objetivo de dar ao juiz condições para o exercício de suas 
funções, lhe são atribuídos alguns poderes: a) administrativos: ou de polícia para assegurar a 
ordem e o decoro e b) jurisdicionais, que se desenvolvem no próprio processo, subdividindo-
se em poderes meios (ordinatórios, ou simples andamento processual, e os instrutórios, que se 
referem à formação do convencimento do juiz) e poderes fins (que compreendem os 
decisórios e os de execução). 
Assim, inserido na Organização judiciária brasileira verificamos que são órgãos do 
Poder Judiciário: 
 
a) Supremo Tribunal Federal 
b) Superior Tribunal de Justiça 
 17 
c) Tribunal Superior do Trabalho, os tribunais e juízes do trabalho; 
d) Tribunais Regionais Federais e juízes federais 
e) Tribunais e juízes eleitorais 
f) Tribunais e juízes militares 
g) Tribunais e juízes dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios 
 
Ademais, todos os poderes de que dispõe o juiz revestem-se da forma de poderes-
deveres, porquanto lhe são conferidos para a defesa de interesses do próprio Estado, como um 
instrumento de prestação de serviço aos litigantes. 
2.1.4 Direito da seguridade social 
 
O Direito da Seguridade Social representa o conjunto de princípios e normas tem por 
objetivo estabelecer um sistema de garantias aos indivíduos contra atos que dificultem ou 
impeçam o provimento de suas necessidade básicas, como direito à saúde, assistência social e 
a previdência social. 
A Seguridade Social, dessa forma, divide-se em três grandes áreas: Previdência 
Social, Saúde e Assistência Social. A fruição das prestações da Previdência é condicionada ao 
pagamento de contribuições sociais, requisito inexistente quanto à Saúde e à Assistência 
Social, cujos benefícios e serviços podem ser gozados sem necessidade de qualquer 
contribuição específica. Contudo, é indispensável que todo benefício ou serviço criado ou 
ampliado nestas duas últimas áreas tenha a origem de seu financiamento já determinada, sob 
pena de inconstitucionalidade. 
Não há absolutamente qualquer exceção a este princípio: todo e qualquer benefício e 
serviço da seguridade têm como requisito prévio para sua instituição e ampliação a 
determinação de sua fonte de custeio. A diferença é que a Previdência adota regime 
essencialmente contributivo, constituindo o recolhimento das contribuições sociais condição 
indispensável para o acesso às prestações por ela ofertadas, enquanto que na Saúde e na 
Assistência não há necessidade desta contribuição direta dos usuários, sendo o financiamento 
realizado por meio de outros recursos, como as contribuições sociais. 
2.3 Ramos do direito privado 
 
As normas deordem privada ou do direito privado, envolvem as relações entre 
particulares, como por exemplo, normas contratuais oriundas da manifestação da vontade dos 
interessados. Assim, o Direito Privado é o que diz respeito aos interesses dos cidadãos no 
relacionamento recíproco e às normas contratuais utilizadas entre particulares, manifestando a 
vontade das partes e vigorando como lei entre os contratantes. 
Divide-se o Direito Privado em: Direito Civil, Comercial e do Trabalho. 
Vale ressaltar, alguns autores consideram o Direito do Trabalho como pertencente à 
categoria do Direito Público. 
Logo, temos que a divisão clássica do Direito Privado pode ser representada da 
seguinte forma: 
 18 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: Editora COC, 2009. 
2.3.1 Direito civil e comercial 
 
O direito civil é o ramo do direito privado que rege as relações entre os particulares, 
disciplinando a vida das pessoas desde a concepção até a morte, regulamentando as relações 
de família e patrimoniais no âmbito da sociedade. O código Civil vigente é dividido, por sua 
vez, em duas partes, a parte geral e especial. 
A parte geral do código civil, trata dos temas ligados às pessoas naturais, jurídicas, 
do domicílio, dos bens e sua classificação, dos fatos e atos jurídicos, dos atos ilícitos, da 
prescrição e decadência e por fim, dos meios prova. 
Por outro lado, a parte especial do Código Civil em vigor divide-se em cinco livros: 
o direito das obrigações, o direito de empresa, o direito das coisas ou reais, direito de família e 
o direito das sucessões. 
Outros temas relativos ao direito civil será analisado com mais profundidade no 
capítulo seguinte. 
Conforme estudamos acima, o Código Civil trouxe em sua parte especial um livro 
específico chamado de Direito de Empresa, para regular as relações dos atos de comércio e as 
indivíduos praticam profissionalmente tais atos. Os conceitos de empresa, empresário, 
estabelecimento comercial, as modalidade de sociedades existentes no Brasil, os títulos de 
crédito como o cheque, a duplicata e o instituto da falência e da recuperação de empresa são 
alguns dos temas que esse ramo do direito estuda. 
2.3.2 Direito trabalhista 
 
O Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que disciplina as normas, as 
instituições jurídicas e os princípios que inerentes às relações de trabalho subordinado, 
determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua 
estrutura e atividade. 
É importante dizer, que não é apenas o conjunto de leis, mas de normas jurídicas, 
entre as quais os contratos coletivos, e não regula apenas as relações entre empregados e 
empregadores num contrato de trabalho, mas se preocupa desde a sua preparação com a 
aprendizagem até as consequências complementares, como a organização profissional. 
Ainda, o direito do trabalho busca efetivar a melhoria das condições de pactuação da 
força de trabalho na ordem socioeconômica, com a modernização da legislação de forma 
progressista e caráter democrático. 
 
 
 
 
Empresarial 
 
 
trabalhista 
 
 
civil 
 
DIREITO 
PRIVADO 
 19 
Conclusões 
 
O estudo deste capítulo permitiu que vocês tivessem uma melhor compreensão dos 
ramos que compõem o direito público e privado. Logo, como visto, colecionamos apenas as 
idéias centrais de cada instituto do direito e o aprofundamento nos estudos caberá você! 
Assim, não perca tempo e busque em nossa bibliografia, bem como na doutrina nacional 
outras obras jurídicas que tratam de forma específica de cada um dos ramos do direito 
analisado. 
 
Expansão de Conhecimentos 
 
Algumas obras jurídicas como “Instituições de direito público e privado, do autor 
Sérgio Pinto Martins, publicada pela Editora Atlas, que está 9º edição, ano de 2009, é uma 
boa indicação para você complementar seus estudos”. 
 
Exercícios 
 
4. Explique qual a diferença entre o direito público e privado. 
 
5. Você seria capaz de, com as suas palavras, explicar o objeto de estudo do direito 
financeiro, econômico e tributário? 
Introdução ao Direito 
3. Direito Civil 
 
Conteúdo 
 
 Fontes do direito 
 Princípios fundamentais do código civil 
 Capacidade de direito e capacidade de exercício 
 As pessoas jurídicas de direito público e privado 
 Teoria geral dos contratos 
 Da formação e extinção dos contratos 
 
Objetivos 
 
Introdução 
 
 
O ensino de Direito Civil e dos demais conceitos fundamentais tem por finalidade habilitar 
o futuro administrador ao exercício consciente e responsável da profissão, mediante 
conhecimento de cada um dos dispositivos do Código Civil e leis complementares, dos 
textos fundamentais da doutrina nacional e estrangeira, da jurisprudência, preparando-o 
gradualmente, para complementar os conhecimentos básicos adquiridos em aulas teóricas e 
práticas com o desembaraço necessário para o desempenho das funções que o aguardam. 
 
 20 
Nesse capítulo estudaremos alguns pontos do direito civil que tem extrema 
relevância para o futuro administrador de empresas. A compreensão de alguns conceitos como 
o de pessoa jurídica, bens e contratos, integram, muitas vezes, as atividades rotineiras desse 
profissional. 
Por isso, há um capítulo específico para esse tema. 
Ainda, um dos pontos de maior importância para o entendimento do direito civil, é o 
estudo dos princípios que formam o espírito código civil vigente. Logo, as simples noções dos 
princípios da eticidade, socialidade e operabilidade devem ser avaliadas com muita cautela e 
atenção. 
 
3.1 Fontes do direito 
 
A expressão fonte tem o significado de nascente, ou seja o local donde brota algo. 
Então, a utilização da expressão “fontes do direito”, nada mais do que a determinação da 
origem do direito. 
As fontes podem ser classificadas em diretas e indiretas. As fontes diretas ou 
imediatas enquadram-se a lei e costume. Já as fontes indiretas ou mediatas elencam-se a 
analogia e os princípios gerais do direito. 
Por outro lado, a doutrina, a jurisprudência e a equidade são consideradas fontes 
auxiliares de interpretação do direito. 
Há na doutrina nacional quem adote a classificação de fonte material do direito, ou 
seja, é representado pelas relações da própria sociedade que os fornece alguns elementos 
como: materiais (psicológico, filosófico) e históricos (retrata a conduta do homem no tempo). 
Enfim, a teoria das fontes do direito é um instrumento de suma importância para 
regular o aparecimento contínuo e plural das normas de comportamento. 
 
3.2 Princípios Fundamentais do Código Civil 
 
De 1916 até 09 de janeiro de 2003, o código civil teve sua vigência, e foi pautado 
num espírito individualista, machista, conservador e formalista, características que 
expressavam a época de sua elaboração. 
Todavia, com o advento do Código Civil em vigor, lei n. 10.406/2002, outros 
avanços poderiam ter ocorrido, o fundamento para sua confecção levou em consideração os 
princípios da eticidade, socialidade e operabilidade. 
Vamos verificar cada um desses princípios: 
 
3.2.1 Eticidade 
 
O formalismo do Código Civil anterior restringia a atividade do juiz que se tornava, 
em muitos casos, mero cumpridor das leis. 
Com o surgimento do Código Civil de 2002, por meio do princípio da eticidade, 
houve um abandono da formalidade e tecnicismo exacerbados, sem a preocupação da perfeita 
subsunção entre fatos e normas. O sistema de cláusulas gerais surgiu, dando mais liberdade ao 
intérprete, o qual deverá se nortear pela moralidade, ética, bons costumes e boa-fé objetiva. 
A boa fé objetiva em uma relação contratual exprime uma normaética de conduta 
pelo qual os contratantes são obrigados a honrar, podendo ser mesmo antes do contrato, 
durante sua realização ou depois. 
 21 
 Em suma, a boa fé objetiva impõe deveres anexos, como por exemplo, o dever de 
informação. Assim, imagine que o advogado quando realiza um contrato de prestação de 
serviços jurídicos com seu cliente, mesmo que não conste expressamente neste contrato, 
deverá prestar todas as informações sobre a viabilidade daquela ação, ou seja, as 
possibilidades do cliente vencer o processo. Logo, o dever de informação, neste caso, cabe ao 
advogado pois expressa o espírito do código civil no âmbito do princípio da boa fé objetiva. 
Esse princípio tem por objetivo valorizar o ser humano na sociedade, o que se dá 
mediante a efetivação dos princípios constitucionais, em especial o da dignidade da pessoa 
humana. 
 
3.2.2 Socialidade 
 
Por socialidade, devemos entender o abandono do individualismo do código civil 
anterior em prol da vida comunitária ou da coletividade. Esse princípio se manifesta, por 
exemplo, por meio da função social do contrato, que é um dos corolários do direito civil-
constitucional. 
Insere-se nesse princípio a possibilidade do juiz, quando autorizado pela lei, pautar-
se na equidade para aplicação do direito no caso concreto. Em outras palavras, a equidade 
significa um abrandamento dos rigores da lei. Assim, quando um indivíduo da sociedade 
pratica um ato com um pequeno grau de culpa mas causa um dano muito grande, o juiz 
poderá reduzir equitativamente a indenização que o sujeito, autor do fato, deverá pagar ao 
indivíduo que sofreu o dano. 
 
3.2.3 Operabilidade 
 
Esse último princípio informador do Novo Código Civil tem por objetivo tornar o 
código civil facilmente operável, ou seja, permitir que grande parcela da população possa 
utilizá-lo. Do mesmo modo, a idéia desse princípio foi tentar solucionar ou esclarecer pontos 
obscuros que existia no código anterior. 
Nesse contexto, a separação de alguns institutos como negócio jurídico e ato 
jurídico, a divisão mais coerente entre prescrição e decadência entre outros, forma formas de 
elaborar um código mais operável. 
 
3.3 Noções de personalidade jurídica e bens 
 
A personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair 
obrigações, e como veremos, seu conceito se assemelha com o de capacidade de direito. A 
personalidade jurídica inicia-se com o nascimento com vida, ainda que o recém-nascido venha 
a falecer instantes depois, pois estão ressalvados desde a concepção os direitos do nascituro. 
Outro instituto jurídico regulado pelo código civil são os bens e sua classificação. Os 
bens podem ser definidos como tudo aquilo que traz utilidade em favor do ser humano. Já em 
seu sentido jurídico, bens são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que 
podem servir de objeto a uma relação jurídica. 
 
Os bens podem ser classificados da seguinte forma: 
 
A) Os considerados em si mesmos: 
 
- corpóreos: que são os físicos como uma cadeira e incorpóreos ou imateriais são os 
bens abstratos como um direito. 
 22 
- móveis: que podem ser transportados de um local para outro, sem alterar sua 
substância, como os veículos e imóveis: são os que não podem ser transportados, sem que seja 
alterada a sua substância: 
 
a) por natureza (o solo, o mar); 
b) por acessão, como as construções; 
c) por destinação, como os utensílios agrícolas. 
 
- Fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade (ex.: uma saca de feijão) e infungíveis não podem ser substituídos. 
- Consumíveis: deixam de existir à medida que são usados, como os alimentos e 
inconsumíveis, bens duráveis como um veículo. 
- Divisíveis: podem ser repartidos, como um queijo e indivisíveis não podem ser 
divididos sem prejudicar sua integridade, como uma obra de arte. 
- Singulares: podem ser individualizados, como um livro e coletivos são os 
considerados na sua totalidade como uma biblioteca. 
 
B) Bens reciprocamente considerados: 
 
- Principal: existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessórias são as coisas que 
dependem da existência do principal e a ele estão vinculadas como os galhos em relação à 
árvore; 
Os bens acessórios são divididos, por sua vez, em: 
 
I) frutos; 
II) produtos; 
III) rendimentos; 
 
IV) benfeitorias: que podem ser necessárias, como na necessidade de conservação de 
um imóvel; úteis, como os melhoramentos e voluptuárias, que envolvem o 
embelezamento do bem. 
 
C) Bens públicos e particulares 
 
- Bens públicos são os pertencentes à União, Estados e municípios e particulares são 
os bens das pessoas físicas e jurídicas pertencente à iniciativa privada. 
 
A classificação de bens públicos, em função de sua importância, subdivide-se ainda 
em: 
a) bens de uso comum do povo: são os bens públicos cuja utilização não se submete 
a qualquer impedimento, como as ruas, praças e praias; 
b) bens de uso especial: são bens públicos cuja fruição, por título especial, e na 
forma da lei, é atribuída a determinada pessoa e também utilizado pelo poder público, como é 
o caso do prédio das escolas públicas; 
c) bens dominicais: são os bens públicos em que não existe uma utilização direita do 
povo, mas que integra o patrimônio do Estado, como os terrenos da marinha. 
3.3.1 Capacidade de direito e capacidade de exercício 
 
 23 
O primeiro artigo do código civil em vigor, lei n. 10.406/2002, vem nos informar 
que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Assim, esse artigo relata que 
qualquer pessoa possui a chamada capacidade de direito ou de gozo. Em outras palavras, é 
titular de direitos e deveres, contudo o exercício desses direitos pode sofrer restrição. Logo, 
possibilidade de exercício desses direitos está relacionado a capacidade de exercício ou de 
fato. 
Desse modo, um indivíduo da sociedade que tem 16 anos de idade possui uma 
incapacidade de exercício relativa, ou seja, alguns atos da vida civil estará autorizado a 
praticar (por exemplo votar). Contudo, outros atos como conseguir habilitação para dirigir, 
não poderá, pois a lei exige 18 anos de idade. 
Assim, a capacidade de direitos e deveres é adquirida com o nascimento com vida, 
mas a capacidade de exercício desses direitos depende de outros requisitos, como a 
maioridade alcançada aos 18 anos e citada no exemplo acima. Essa incapacidade, como dito, é 
relativa. 
Em outros casos, o código civil elenca algumas situações em que a incapacidade do 
indivíduo será absoluta, ou seja, não poderá praticar atos da vida civil como uma compra e 
venda, por exemplo, sob pena desse ato ser nulo. Tal situação se aplica aos menores de 16 aos 
ou às pessoas que por enfermidade mental não tem o discernimento necessário para a prática 
desses atos. 
 
3.2 As pessoas jurídicas de direito público e privado 
 
A pessoa jurídica nasce a partir da necessidade de personalizar o grupo de pessoas, 
dando-lhe personalidade própria para que possa realizar seus fins. Nessa linha de raciocínio a 
pessoa jurídica pode ser conceituada como sendo um grupo humano, criado pela lei e que 
possui personalidade jurídica própria. 
Desse modo, a vontade humana, a observância dos requisitos da lei para sua criação 
e a licitude do seu objeto formam os pressupostos básicos para o surgimento e a existência da 
pessoa jurídica. 
As pessoas jurídicas podem ser de direito público externo ou interno e de direito 
privado. 
As pessoas jurídicas de direito público interno são dividas da seguinte forma: 
 
a) União 
b) Estados 
c) Distrito Federal 
d) Municípios 
e) Autarquiasf) Associações públicas 
g) e outras entidades de caráter público criadas por lei 
 
Já as pessoas jurídicas de direito público externo são consideradas os Estados 
estrangeiros e as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, como a 
Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA) e 
outras. 
Por outro lado, são de Direito Privado: as associações, as sociedades, as fundações, 
as organizações religiosas e os partidos políticos. 
 24 
É Importante ressaltar que começa a existência legal das pessoas jurídicas de Direito 
Privado com a inscrição de seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos em 
seu registro peculiar, regulado por lei especial. 
3.4 Teoria geral dos contratos 
 
O contrato pode ser considerado um negócio jurídico bilateral, ou seja, realizado por 
duas ou mais pessoas e cujo objeto pode exprimir uma obrigação dar, fazer ou não fazer e que 
altera, cria ou extingue um direito. 
A regra é o que contrato tem força de lei entre as partes. 
Ressalte-se, a existência do princípio da autonomia privada, decorrendo dele a 
liberdade de contratar e a liberdade contratual. A primeira diz respeito à liberdade de estipular 
contratos e a segunda, sobre a liberdade de determinar o conteúdo deste. 
A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do 
contrato, como vimos no princípio da socialidade. 
Cabe dizer quanto a formação dos contratos, que é legalmente possível a elaboração 
de contrato de adesão. Nesta modalidade de contrato, uma das partes impõe todas as cláusulas 
sem que a outra parte possa participar ou discutir. Embora válido, quando houver cláusulas 
ambíguas, sua interpretação se fará em favor do aderente. 
 
3.4.1 Da formação e extinção dos contratos 
 
Nem sempre a formação do contrato se dá instantaneamente. Na fase das tratativas 
ou negociações preliminares, as partes não se obrigam (devendo-se observar a boa-fé). A 
minuta, por sua vez, é instrumento usado nesta fase, mas não tem efeito jurídico, pois não se 
formou o consenso. As partes ainda estão determinando o conteúdo da vontade negocial. 
O contrato preliminar é forma de se vincular juridicamente, pois ambas as partes se 
obrigam a formar o futuro contrato. É, pois, bem diferente da minuta. O contrato preliminar 
deve ter todas as informações e requisitos necessários essenciais ao contrato futuro. Gera 
obrigação de fazer o contrato e a obrigação de declarar vontade. 
Por meio da disciplina do contrato preliminar, entre os arts. 462 e 466 do código 
civil em vigor, praticamente, o contrato preliminar tem os efeitos de um contrato definitivo, 
cabendo, inclusive, suprimento judicial da declaração de vontade da parte inadimplente. 
A fase de formação do contrato, propriamente dita, ocorre com a oferta, ou proposta. 
Esta obriga quem a fez, embora possa ser objeto de retratação, conforme as hipóteses legais. 
Do mesmo modo, caso aquele que fez a oferta não a cumprir, não havendo retratação, poderá 
incorrer no pagamento de perdas e danos. 
Por fim, com a aceitação, dá-se a conclusão ou formação do contrato. 
De outro lado, a forma natural de extinção do contrato é por meio de sua execução, 
ou seja, de seu cumprimento. Incluam-se aí a consignação em pagamento, o pagamento com 
sub-rogação, a dação, a compensação e outras formas, satisfativas ou não, de extinção das 
obrigações. 
Os contratos por tempo indeterminado podem se extinguir por denúncia, forma de 
resilição unilateral. A resilição bilateral se dá pelo distrato, que exige acordo de vontade das 
partes. A resilição unilateral também pode ocorrer por resgate, renúncia e revogação. Estes 
últimos têm exemplo no contrato de mandato. 
Ainda, extinguem-se os contratos também por cessação, ou morte de uma das partes, 
se a obrigação for personalíssima ou se o contrato o previr. 
 25 
Nos contratos de execução continuada, se a prestação de uma das partes tornar-se 
excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. 
 
Conclusão 
 
Iniciamos nossos estudos nesse capítulo por meio da verificação das fontes do 
direito. Seguimos com a compressão do espírito coletivo, pautado na boa fé objetiva e na 
probidade que forma os pilares do código civil em vigor e se expressa por meio dos de três 
princípios. Esses princípios são classificados como a eticidade, socialidade e operabilidade. 
Ainda, aprendemos que capacidade de direito é inerente a todo ser humano, mas a capacidade 
de exercício não o é. Em seguida conceituamos a pessoa jurídica e citamos os exemplos das 
pessoas jurídicas de direito privado e de direito público externo e interno. Passamos ainda, por 
um estudo mais detalhado quanto a classificação dos bens até chegarmos à teoria geral dos 
contratos, sua formação e extinção. 
 
Expansão de Conhecimentos 
 
O autor Carlos Roberto Gonçalves, no volume III (contratos e atos unilaterais) de 
sua coleção de direito civil, 7º edição - 2009, publicada pela editora saraiva, nos apresenta 
uma obra bem completa sobre o direito contratual que será de muita utilidade para o 
profissional de administração de empresas. 
 
Exercícios 
 
6. Conceitue pessoa jurídica, indicando quais suas divisões ou classificações. 
 
7. Explique como pode se dar a formação e extinção dos contratos? 
Introdução ao Direito 
4. Direito Constitucional 
 
Conteúdo 
 Noções da teoria geral do Estado 
 Elementos Formadores do Estado 
 Formas de Estado 
 Formas de governo 
 Sistemas de governo 
 Fundamentos da República Federativa do Brasil 
 Direitos e garantias fundamentais 
Objetivos 
 
 
 
Após estudar este tema o aluno deverá ser capaz de: 
g. Saber qual é o objeto de estudo do Direito Constitucional; 
h. Dizer o que é a figura do Estado e quais os seus elementos principais; 
i. Diferenciar as Formas de Estado, as Formas de Governo e os Sistemas de Governo; 
j. Situar o Estado brasileiro dentro das classificações apresentadas; 
k. Discorrer sobre a importância dos princípios e do estudo dos direitos fundamentais. 
 26 
 
 
 
 
Introdução 
O termo Direito Constitucional, que teve origem com o movimento denominado 
constitucionalismo, surgiu como o modelo político-jurídico do Estado Liberal. Isso fez com 
que as Constituições Liberais, ou seja, as constituições aprovadas durante esse período, 
trouxessem um conteúdo por demais impregnado pelos valores do pensamento liberal. 
Posteriormente, o Direito Constitucional se desenvolveu, especialmente após a 
transição do Estado Liberal para o Estado Social, no início do século XX. A partir daí a 
Constituição, atendendo aos clamores sociais que tanto lutavam por uma igualdade que fosse 
além da que constava no papel, passaram a prever um rol de direitos sociais e culturais que 
exigiam uma atuação direita do Estado para sua efetivação. Era o surgimento do Estado 
Social. 
Essa evolução do conceito de Estado está diretamente ligada à evolução das 
Constituições e, assim, do próprio Direito Constitucional. 
É imprescindível, portanto, que o aluno tenha muito evidente essa ligação entre 
Estado, Constituição e Direito Constitucional. 
Já avisamos, pois, de antemão que as páginas seguintes devem ser lidas sempre com 
um olhar histórico e sempre tentando perceber o quanto que a Constituição de um país é 
importante na vida de cada um de nós. 
Aos estudos, portanto! 
4.1 Noções da teoria geral do Estado 
 
Após analisarmos os aspectos introdutórios da ciência jurídica, compreendermos a 
distinção em os ramos do direito público e do direitoprivado e traçarmos algumas idéias 
sobre conceitos jurídicos fundamentais, resta-nos dispensar nossa atenção ao tema do direito 
constitucional. 
Ao estudar o capítulo 2 desta apostila, foi possível perceber que o direito 
constitucional é uma disciplina pertencente ao ramo do direito público, pois seu conteúdo se 
relaciona essencialmente com o estudo da Lei Fundamental que estrutura e organiza o Estado: 
a Constituição. 
A Constituição, como se verá adiante, é um documento formal que, entre outras 
coisas, sistematiza os poderes do Estado, estabelece os direitos e deveres dos indivíduos, e 
fixa relações e competências de forma permanente e genérica. 
É imprescindível, nos dias atuais, a compreensão de que a Constituição – como Lei 
Máxima do Estado – é a fonte de validade para todo o ordenamento jurídico. Ou seja, todas as 
outras leis, decretos e atos normativos devem estar em consonância com o que estabelece a 
Constituição. 
O quadro abaixo esclarece a relação de legalidade existente entre os indivíduos e as 
leis de modo geral, bem como destaca a relação de constitucionalidade que deve haver entre 
as leis e a Constituição Federal. Vejamos: 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
 FEDERAL 
 
 
 
 
LEIS 
 
 
 
LEGALIDADE 
 
CONSTITUCIONALIDADE 
LICITUDE 
 27 
 
 
 
 
Fonte: SOUZA, A. E. de. Administração. Ribeirão Preto: Editora COC, 2009. 
 
 
 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
 
O quadro analisado nos permite concluir que os indivíduos estão abaixo das leis e 
devem, portanto, respeitá-las; ou seja, os indivíduos devem praticar seus atos respeitando o 
que estabelecem as leis (relação de legalidade). Já as leis, por sua vez, ao serem elaboradas, 
não podem prever regra que esteja em desacordo com o que estabelece a Constituição Federal. 
Isso porque as leis devem encontrar na Constituição o seu fundamento de validade para que 
seja mantida uma relação de constitucionalidade entre as leis e a Constituição Federal. 
Portanto, uma lei que estabeleça, por exemplo, a pena de morte para os crimes contra 
a vida, é uma lei que fere a Constituição, logo, é uma lei inconstitucional. 
Uma outra coisa que se pode verificar do quadro acima é a utilização da palavra 
licitude para designar um gênero do qual legalidade e constitucionalidade são espécies. 
Licitude é a obediência direta ou indireta à Constituição. Obedecemos a Constituição de 
forma direta quando cumprimos os termos dos seus próprios artigos. Por outro lado, 
obedecemos a Constituição de forma indireta quando observamos o disposto em uma lei que 
esteja de acordo com a Constituição. 
Vale frisar, porém, que nem todo ato legal é lícito, já que se a lei for inconstitucional, 
licito será o ato ilegal. 
Pois bem, o que se fez até agora foi mostrar a que a Constituição é a Lei Maior do 
Estado, por conta disso, deve ser plenamente respeitada. Mas nada se falou sobre o que se 
entende por Estado. Afinal, já que a Constituição tem, dentre outras características, a de traçar 
as regras de organização do Estado, o vem a ser o Estado? Quais os seus elementos 
formadores? É o que veremos a seguir. 
4.1.1 Elementos Formadores do Estado 
 
O homem é por natureza um ser gregário; logo, para que consiga se desenvolver e 
progredir, a vida em grupo é fundamental. Desde o seu surgimento o homem procurou 
desenvolver suas atividades em grupo. Eram grupos de pessoas que se uniam por terem 
interesses comuns: a mesma forma de caçar, a adoração aos mesmos deuses e aos mesmos 
rituais, a vida estabelecida na mesma região, etc. Essa idéia de pessoas unidas por interesses 
comuns corresponde ao conceito de comunidade. 
No entanto, com o tempo essas comunidades começaram a se desentender, a brigar 
entre si, especialmente pela disputa de regiões e de determinados bens matérias. Foi preciso, 
assim, o estabelecimento de regras para disciplinar esses grupos de pessoas unidas por 
interesses comuns, ou seja, essas comunidades. Com isso chegamos ao conceito de sociedade: 
 
 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
 
SOCIEDADE = COMUNIDADES + REGRAS 
 
 28 
 
O conceito de sociedade deve ser extraído, portanto, da noção de indivíduos unidos 
por interesses comuns cuja convivência é disciplinada por regras. 
Ocorre que essas regras podem ser de quatro espécies diferentes: regras físicas ou 
geográficas, regras culturais, regras morais e regras jurídicas. Cada uma dessas idéias dará 
origem a um conceito diferente, vejamos: 
 
a. Indivíduos unidos por interesses comuns disciplinados por regras físicas ou 
geográficas: corresponde ao conceito de PAÍS. 
b. Indivíduos unidos por interesses comuns disciplinados por regras culturais: 
corresponde ao conceito de NAÇÃO. 
c. Indivíduos unidos por interesses comuns disciplinados por regras morais: 
corresponde ao conceito de PÁTRIA. 
d. Indivíduos unidos por interesses comuns disciplinados por regras jurídicas: 
corresponde ao conceito de ESTADO. 
 
Enfim, chegamos ao conceito de Estado. 
Estado corresponde, sim, ao conjunto de indivíduos unidos por interesses comuns 
disciplinados por regras jurídicas, mas este é um conceito incompleto. Estado é isso, mas não 
apenas isso, pois falta nessa definição descrever os três elementos formadores do Estado: 
povo, território e soberania. 
 
POVO 
 
Corresponde ao conjunto de pessoas naturais subordinadas às regras jurídicas do 
Estado, ou melhor, é o grupo de pessoas que mantém vínculo jurídico permanente com o 
Estado num determinado território. É o elemento humano de um Estado. 
O conceito de povo está ligado diretamente ao instituto da nacionalidade que consiste 
no vínculo político-jurídico e liga um indivíduo ao Estado. 
Outra observação importante a ser feita é que o conceito de povo não pode ser 
confundido com o conceito de população. Isso porque a noção de população abrange todas as 
pessoas que definitivamente habitam um determinado território, sejam eles nacionais ou 
estrangeiras, ou seja, corresponde mais a um conceito de ordem demográfica. 
 
TERRITÓRIO 
 
É o espaço físico ou funcional de alcance das regras jurídicas do Estado. 
Corresponde ao elemento material do Estado em que um determinado povo exerce seus 
direitos e o Estado, dentro de suas fronteiras, exerce plenos poderes. É o âmbito de validade 
do ordenamento jurídico (leis), submetendo todas as suas determinações. 
O estudioso deve ter em mente que a expressão território, cunhada nesse conceito, 
abrange, além do espaço terrestre, o espaço aéreo, o mar territorial, a plataforma continental, 
navios e aeronaves militares em qualquer localização, e navios e aeronaves civis em alto mar 
ou espaço aéreo internacional. 
 
SOBERANIA 
 
 29 
É a não subordinação do ordenamento jurídico do Estado aos demais ordenamentos 
jurídicos do mundo. Corresponde ao poder político supremo e independente, ou seja, expressa 
a supremacia na ordem interna e representa a independência na ordem externa. 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE! 
 
Conceito de Estado: Estado é uma instituição abstrata 
organizada social, jurídica e politicamente, caracterizada 
por um povo que ocupa um território definido e é 
comandado por um governo soberano. Vale lembrar que, 
como regra, a lei máxima de um Estado é a uma 
Constituição escrita. 
Fonte: SOUZA, E. E. de. Administração. Ribeirão Preto: COC, 2009. 
4.1.2 Formas de Estado 
 
O tema das formas de Estado está relacionado à forma de organização política do 
território. Trocando em miúdos, é a distribuição de poder dentro do território. Se no território 
houve apenas um poder político central, teremos o modelo de Estado Unitário.

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