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1 Epilepsia e fármacos antiepilépticos ® Crises epilépticas focais: quando a alteração é restrita à região específica. à Simples: não há perda de consciência. à Complexa: há perda de consciência. ® Crises epilépticas generalizadas: acometem os dois hemisférios cerebrais, há alteração no nível de consciência e as manifestações motoras são bilaterais. Existem 3 tipos: à Crise mioclônica: distúrbios motores (paciente fica se debatendo) com perda de consciência. à Crise tônico-clônica: na fase tônica apresenta espasmo rígido (dificuldade para respirar, face cianótica, excesso de salivação), já na fase clônica apresenta abalos musculares. à Crise de ausência: paciente “desliga”por um certo tempo, perde a expressão facial e apresenta olhar vago. ® No EEG: à Crise generalizada tônico-clônica: atividade elétrica em todas as áreas, linhas alteradas. à Crise de ausência: atividade elétrica em uma constância maior. à Crise parcial: alteração elétrica em partes especificas. ® A crise de ausência se inicia a partir de gatilhos (hiperventilação, luz intensa, etc). ® Acredita-se que a crise epiléptica se inicia quando há um aumento nos níveis de glutamato (excitatório) ou uma queda do GABA (inibitório). ® BARBITÚRICOS: à Fenobarbital (Gardenal). à Usado em crises generalizadas (tônico-clônica) e parciais (NÃO é administrado para crises de ausência). à Potencialização da transmissão mediada pelo GABAa, aumento das correntes de cloreto, depressão do SNC. à Pode ter efeito sedativo. à Via oral. à A fim de atravessar a barreira hematoencefálica, são muito lipossolúveis, precisando ser muito metabolizados (fígado) para serem excretados. ® HIDANTOÍNAS: à Fenitoína (Hidantal). à Prolonga o tempo de fechamento do canal de sódio (frequência de despolarizações diminui). à Usada em crises generalizadas (tônico- clônicas) e parciais. à Metabolização hepática (interações medicamentosas). à Esse fármaco se liga à proteínas plasmáticas, logo, se o paciente fizer uso de outro medicamento que também faça essa ligação, o que tiver menos afinidade poderá se acumular, gerando efeitos potencializados. à Hiperplasia gengival. ® IMINOESTILBENOS: à Carbamazepina e oxcarbazepina. à Prologam o tempo de fechamento dos canais de sódio (diminuindo a frequência de despolarizações). à Crises generalizadas (tônico-clônicas) e parciais. à Via oral. à Indutor enzimático (CYP’s hepáticas), podendo causar interações medicamentosas. à Oxcarbazepina é um indutor enzimático bem menos nocivo. à Pró-fármaco. à Náusea, vômito e sonolência. ® ÁCIDO VALPRÓICO: à Depakote e depakene. à Usado em crises generalizadas (tônico- clônicas e de ausência) e parciais. à Prolonga o tempo de fechamento dos canais de sódio, inibe a GABA transaminase (inibe a metabolização do GABA) e altera as correntes de cálcio (redução na liberação de neurotransmissores). à Via oral. à Metabolização hepática. à Náusea, vômito e sedação. ® GABAPENTINA: 2 à Análogo do GABA, mas não age no receptor do GABA e sim alterando as correntes de cálcio. à Usada nas crises parciais. ® TOPIRAMATO: à Reduz a corrente de sódio, aumenta as correntes de GABAa e bloqueia os receptores AMPA e Cainato (ambos do glutamato). à Deprimem a atividade do SNC. à Crises generalizadas (tônico-clônicas) e parciais. ® LAMOTRIGINA: à Retarda a “reativação” dos canais de sódio, pode inibir os canais de Ca2+, diminui a liberação do glutamato. à Crises parciais e generalizadas (clônicas e de ausência). à Via oral. à Náusea, tontura, ataxia e exantema cutâneo. ® ETOSSUXIMIDA: à Reduz as correntes de cálcio, principalmente nos neurônios talâmicos. à Crise de ausência. ® Os benzodiazepínicos potencializam a ação do GABA no transmissor GABAa. ® Tratamento: buscar o mínimo de efeitos adversos possível. à Crise parcial/focal: à Crise generalizada: ácido valpróico (geradores do íon valproato) Obs.: O tratamento inicial deve ser monoterápico, caso não funcione o fármaco é trocado, se nesse caso ainda não funcionar, aí sim poderá ser feita uma associação. ® Cuidado com a interação com anticoncepcionais (chances de gravidez se elevam). Adultos: carbamazepina , fenitoína e ác. Valpróico. Crianças: carbamazepina. Idosos: gabapentina e lamotrigina.
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