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1 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP ITU e Malformações do Trato Urinário INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INTRODUÇÃO • Uma das infecções bacterianas mais frequentes na pediatria. • Vacinação contra pneumococo e Haemophilus influenzae tipo B. • Principal causa de doença bacteriana grave em lactentes febris. IMPORTÂNCIA E PREVALÊNCIA • Risco alto de sepse em lactentes menores (< 3 meses). • A importância do diagnóstico precoce da ITU é prevenir e minimizar a formação e progressão da cicatriz renal, principalmente no neonato e lactente mais suscetíveis à formação de cicatrizes que como consequência numa fase mais tardia poderão levar à hipertensão e/ou insuficiência renal crônica. • Até 3 meses: meninos sem circuncisão, meninos com circuncisão e meninas (prevalência nessa ordem). • Fimose fisiológica até 2 anos de idade. • Com o crescimento, há redução da prevalência no sexo masculino e aumento no sexo feminino – picos de 3 a 5 anos de idade e adolescência (devido às alterações hormonais que favorecem a colonização bacteriana e, em alguns casos, início precoce de atividade sexual). • Estima-se que pelo menos 8% das meninas e 2% dos meninos apresentarão, no mínimo, 1 episódio de ITU na infância. DEFINIÇÃO • Multiplicação de um único germe patogênico em qualquer segmento do trato urinário, identificado por urocultura coletada por método confiável. FISIOPATOGENIA • O períneo e a zona uretral de neonatos e lactentes estão colonizados por: Escherichia coli, Enterobacteriaceae e Enterococus sp., além de que o prepúcio de meninos não circuncidados é um reservatório para várias espécies de Proteus. Esta colonização diminui após o primeiro ano de vida sendo rara após os cinco anos. • A ITU ocorre quando estas bactérias ascendem à zona periuretral. • TU estéril: rins, ureteres, bexiga e uretra posterior. • Colonização bacteriana: uretra anterior e região periuretral. BACTÉRIAS NO TU ESTÉRIL • Bacteriúria sintomática: cistite (baixa) e pielonefrite aguda (alta). • Bacteriúria assintomática: EAS normal com urocultura +. ✓ Não precisa tratar, a não ser que vá fazer uma cirurgia do TU. • 80% das infecções urinárias adquiridas na comunidade são causadas pela E. coli uropatogênica (UPEC). • Outros agentes bacterianos: ✓ Proteus atinge mais os homens (se proliferam na glande). ✓ Ocorrem naqueles com malformação do TU, imunodeprimidos, uso prévio de ATB, manipulação do TU e RN. • Vírus: adenovírus. DESENVOLVIMENTO DA ITU • Interação bactéria-hospedeiro. • Fatores de virulência x predisposição do hospedeiro. ✓ Fatores de virulência das UPEC isoladas de pacientes com ITU febril (pielonefrite): pili ou fímbrias (S, P e a tipo 1) que facilitam a sua ascensão ao trato urinário por mecanismo de contra- corrente por aderirem ao epitélio tanto da bexiga como do trato urinário superior, e podem ficar quiescentes não se sabendo qual o estímulo que as reativam. ✓ Fatores de resistência do hospedeiro: hábito miccional normal evitando a estase, urina de composição e osmolaridade adequadas apresentando efeito inibitório sobre a multiplicação bacteriana e, na presença destas bactérias patogênicas, o estímulo à reação inflamatória com consequente produção de citocinas tais como as interleucinas 6 e 8 em resposta à agressão. 2 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP • E. coli uropatogênicas (UPEC): ✓ Ilhas de patogenicidade, adesinas, toxinas, protectinas e sideróforo. • Fatores de risco para ITU de repetição: malformações do TU, disfunções miccionais e constipação intestinal, reação inflamatória e imunológica do indivíduo, aleitamento artificial e alteração da flora bacteriana normal. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Dependem principalmente da idade do paciente. • Crianças menores apresentam sinais e sintomas mais inespecíficos. • Febre é o sintoma mais frequente no lactente. • Incidência de pielonefrite é maior em crianças menores de um ano e diminui gradativamente quando se aproxima da idade escolar. • < 1 ano: irritabilidade, recusa alimentar, icterícia, distensão abdominal e baixo ganho ponderal. • > 2 anos: disúria, polaciúria, urge-incontinência, enurese (em crianças que já apresentavam controle esfincteriano prévio), tenesmo, cistites. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE CISTITE DO TRATO URINÁRIO INFERIOR AVALIAÇÃO LABORATORIAL ANÁLISE DE URINA • Não substitui a urocultura no diagnóstico de ITU, mas pode apresentar alterações permitindo iniciar precocemente o tratamento, já que resultados da cultura demoram 24 a 72 horas para serem obtidos. • Nitrito e esterase leucocitúria positivos – maior sensibilidade. FALSOS POSITIVOS E NEGATIVOS • Nitrito: ✓ Falso positivo: bactérias contaminantes e corantes avermelhados. ✓ Falto negativo: incubação vesical curta (<4h), densidade urinária elevada, altos níveis de vitamina C (>25mg%) e ITU por Pseudomonas e cocos G (+). • Esterase leucocitária: ✓ Falso positivo: febre, exercício vigoroso, vulvovaginite/balanopostite, dermatite das fraldas, corpo estranho, nefrolitíase, infecção extra-urinária (apendicite, Kawasaki, infecção estreptocócica) e nefrite túbulo-intersticial. - Principal causa de hematúria microscópica na criança: microlitíase. ✓ Falso negativo: altos níveis de vitamina C e proteinúria. Fechar diagnóstico → sintomas sugestivos + urocultura positiva. UROCULTURA • Colhida por método adequado é padrão-ouro para confirmação de ITU. • Nas crianças, ainda sem controle esfincteriano, realiza- se punção suprapúbica (PSP) ou sondagem vesical (SV). COLETA DO EXAME National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), 2007: • Urina de jato médio após assepsia prévia. ✓ Positiva: contagem bacteriana maior ou igual a 100.000ufc/ml ou mais de 50.000ufc/ml associada com a análise de urina demonstrando evidência de piúria. • Se não for possível realizar essa coleta: 3 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP ✓ Métodos não invasivos: saco coletor (risco altíssimo de contaminação). - Somente tem valor quando resultado negativo. - Tem até 80% de resultados falsos-positivos: diarreia, vulvovaginite/balanopostite, fimose, dermatite, assaduras, tempo prolongado da coleta e higiene inadequada. - Se der positivo: método invasivo! ✓ Métodos invasivos: punção suprapúbica (PSP) guiada por USG (menor índice de contaminação) ou cateterismo vesical (CV) – sonda nº 4 ou 6. - PSP: sendo a bexiga estéril, o crescimento de qualquer patógeno, independentemente do número de colônias, confirma o diagnóstico de ITU. - CV: opção segura e simples, e a presença de crescimento bacteriano maior ou igual a 1.000ufc/ml, confirma o diagnóstico de ITU. TRATAMENTO • O tratamento inicial com antibióticos é empírico observando-se a idade e o estado geral do paciente. • Cistite (baixa): polaciúria, disúria, sem sintomas sistêmicos (ex.: febre). ✓ 3 a 7 dias. • Pielonefrite (alta). ✓ Nunca menos de 7 dias (7 – 10 dias). ✓ Se recebe profilaxia, não deve usar o mesmo ATB. • Imediato (comprometimento do estado geral) x após urocultura (dúvidas e sintomas leves). • Oral x parenteral (mesma eficácia, porém, leva-se em consideração outros fatores). ✓ Parenteral: deve ser reservado principalmente aos lactentes muito jovens e àqueles com acometimento do estado geral e com vômitos; porém, não é obrigatório manter essa via por 10 dias, logo, sugere-se reavaliar o paciente em 48 a 72 horas e, havendo melhora, pode-se optar por completar o tratamento por via oral. • Internação hospitalar x ambulatorial. • Naquelas crianças que, concomitantemente, apresentem sintomas de disfunção das eliminações, deve-se fazer as orientações quanto ao hábito urinário adequado (urinar ao acordar, urinar a cada três horas, urinarcom pés apoiados), importância da ingesta hídrica e correção da obstipação. • Sinais e sintomas sugestivos de disfunção das eliminações: PARENTERAL ORAL Obs.: sulfametoxazol-trimetropim→ resistente INTERNAÇÃO HOSPITALAR • Menores de 3 meses de idade* • Imunossuprimidos • Desidratação, vômitos ou inabilidade para ingestão oral* • Falha na terapêutica oral* • Sepse ou estado de toxemia* • Doenças obstrutivas do TU ou malformações complexas • Doença renal crônica • Indicação social *Também são indicações de tratamento parenteral OBJETIVOS DAS INVESTIGAÇÕES • Identificar anormalidades estruturais e funcionais que possam predispor infecções subsequentes e recorrentes. • Malformações do trato urinário (refluxo vesicouretral), distúrbios miccionais, micções infrequentes (comportamento retentor, baixa ingestão hídrica) e constipação intestinal. • Buscar por complicações da própria infecção. TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES DA BEXIGA E DO INTESTINO • Estimular ingestão hídrica. • Hábito urinário correto: ✓ Intervalo adequado entre as micções; 4 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP ✓ Micção em 2 tempos; ✓ Postura adequada. • Tratamento de toalete. • Tratamento da constipação intestinal. Obs.: Ideal: urinar a cada 3-4h. PROFILAXIA • Crianças com trato urinário normal: profilaxia deve ser avaliada com cautela devido à possibilidade de aparecimento de cepas mais resistentes aumentando o risco de infecção. • Crianças com infecção urinária de repetição com trato urinário normal e disfunção miccional: quimioprofilaxia, por período de 3 a 6 meses, até que estas disfunções sejam corrigidas. • Pacientes portadores de refluxo vesicoureteral (RVU) maior ou igual ao de terceiro grau e para aquelas crianças que já apresentam cicatriz renal. • Pacientes com processos obstrutivos como estenose de junção ureteropélvica (JUP) e ureterovesical (JUV): profilaxia até que uma conduta para correção cirúrgica seja adotada. INVESTIGAÇÃO POR IMAGEM • Tendência atual: redução da exposição à radiação e exames invasivos. • Criança gravemente enferma, jato urinário fraco, massa abdominal ou vesical, creatinina sérica elevada, sepse, ausência de resposta ao antibiótico adequado dentro de 48h, infecção por outros germes que não a E. coli, USG com dilatação e história familiar de RVU. • Ultrassonografia do aparelho urinário e bexiga: exame não invasivo e não expõe o paciente à radiação → deve ser realizado em todos os que apresentaram ITU com o intuito de confirmar e/ou detectar malformações; USG normal não exclui a existência de alterações; exame operador dependente. • Cintilografia renal com DMSA: exame padrão-ouro na detecção da cicatriz renal e deve ser realizado em todos os lactentes com ITU febril, crianças que apresentaram quadro clínico de pielonefrite (mesmo naquelas crianças com USG normal de rins e vias urinárias) e pacientes com RVU; realizado após 4 a 6 meses do episódio inicial de ITU. • Uretrocistografia miccional (UCM): exame radiológico realizado com administração de contraste iodado intravesical, portanto, sem possibilidade de alergia e ou nefrotoxidade; observar alterações da coluna, visualização da uretra, alteração da bexiga como, por exemplo, a presença de divertículo e a demonstração de RVU; reservada àqueles pacientes que apresentam USG de rins e vias urinárias e/ou cintilografia com DMSA alterada e/ou quadros repetitivos de infecção urinária associados à disfunção miccional. PROGNÓSTICO • Relacionado a idade de apresentação, presença ou não de cicatrizes renais, malformações e atraso no diagnóstico e na instituição de terapêutica. • Fatores de risco para cicatriz renal: crianças < 1 ano, atraso no tratamento > 72h, crianças com altos graus de refluxo, malformações com caráter obstrutivo e ITU recorrentes. • O foco de atenção no cuidado da criança com ITU deve ter não somente relacionado ao diagnóstico e tratamento precoces do episódio infeccioso agudo, como também à minimização do dano renal crônico e suas consequências clínicas. • Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, e quanto mais novos episódios de pielonefrite forem prevenidos, melhor o prognóstico renal para a criança, evitando-se complicações em curto e longo prazo. 5 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP MALFORMAÇÕES DO TRATO URINÁRIO • Principal causa de doença renal crônica e transplante renal. HIDRONEFROSE PERINATAL • Dilatações do sistema coletor renal que podem ocorrer na criança devido a processos obstrutivos do TU em casos de refluxo vesicoureteral (RVU). • Incidência de 1 a 3% na população gestacional (até 5%). • Diâmetro AP da pelve renal > 0,4cm no 2º trimestre ou > 0,7cm no 3º trimestre. • Detecção no período antenatal (após a 15ª semana de IG; 95% se detecta após 25ª semana). • Quase sempre assintomática no RN. • USG fetal evita diagnóstico tardio após episódio de ITU ou palpação de massa abdominal. • Diagnóstico e conduta precoce possibilita a diminuição da incidência de danos ao parênquima renal. SEGUIMENTO PÓS-NATAL • Exame físico: ✓ Palpação abdominal: massa em flancos, abdome em ameixa. ✓ Bexigoma. ✓ Avaliar o dorso (estigmas cutâneos). • Avaliar o jato urinário. • Laboratorial: urina e função renal (após 72h de vida). • Investigação por imagem – variável, de acordo com cada caso: ✓ USG de rins e vias urinárias (entre 4 a 7 dias de vida). ✓ Cintilografia (DMSA/DTPA) – avalia função renal. ✓ Uretrocistografia miccional (UCM). Abdome em ameixa Estigmas cutâneos USG RENAL CAUSAS DE HIDRONEFROSE ESTENOSE DA JUNÇÃO URETEROPÉLVICA (JUP) Duplicidade da pelve renal + estenose (última imagem) • Local mais comum de obstrução congênita, sendo a principal causa de hidronefrose. • USG: ✓ Dilatação pielocalicial +; ✓ Não tem dilatação de ureteres; ✓ Sem oligodramnio. 6 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP • Quadros leves e parciais → pode ter resolução espontânea. • Obstrução completa → displasia renal. • Tratamento cirúrgico (pieloplastia) em alguns casos. ESTENOSE DA JUNÇÃO URETEROVESICAL ( JUV)/ MEGAURETER PRIMÁRIO • USG: ✓ Dilatação da pelve renal + dilatação ureteral; ✓ Bexiga normal; ✓ Sem oligodrâmnio. • A conduta normalmente é conservadora: ✓ Displasia acentuada na parede do ureter dilatado, sendo comum manter uretero-hidronefrose mesmo depois de tratamento cirúrgico. ✓ Possível regressão da dilatação com o crescimento. • Antibioticoprofilaxia, acompanhamento clínico e imaginológico regular e seriado. VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR (VUP) • É a etiologia mais comum de obstrução do TU em RN no sexo masculino, ocorrendo em 1: 3.000 – 5.000 gestações. • Representa a mais grave uropatia obstrutiva que pode ser reconhecida na USG fetal. • USG: ✓ Hidronefrose + dilatação de ureter bilateral (megaureter); ✓ Alterações de bexiga (espessamento, megabexiga); ✓ Oligodrâmnio; ✓ Obs.: oligodrâmnio + megabexiga → 98,5% de especificidade, mas sensibilidade de 60%. • Apresentação clínica: ✓ Se o diagnóstico não for realizado no período pré- natal, este pode acontecer no período pós-natal – nos lactentes, escolares, adolescentes e até na vida adulta (disfunção da ejaculação). ✓ Lactentes: jato urinário fraco ou intermitente, distensão abdominal e ITU precoce. ✓ Escolares: esforço miccional com jato urinário fraco e intermitente, incontinência urinária, gotejamento pós-miccional, distensão abdominal com bexiga palpável, retenção urinária, hematúria e ITU de repetição. Diagnóstico definitivo: uretrocistografia miccional (UCM) Bexiga de esforço - divertículos vesicais (irregularidades da bexiga da 1ª imagem) Refluxo vesicoureteral secundário a VUP (2ª imagem) Uretra posteriordilatada na 1ª imagem Caso clínico: 16 anos, encaminhado ao nefropediatra devido disúria e nefrolitíase. No interrogatório de hábito miccional, paciente referindo perdas urinárias involuntárias diurnas, esforço para iniciar diurese e sensação de esvaziamento incompleto. Solicitado USG e UCM. Bexiga em árvore de natal 7 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Geórgia + SBP • Tratamento: desobstrução! ✓ Sonda vesical de demora; ✓ Ressecção da válvula; ✓ Vesicostomia (descompressão do TU → buraquinho na bexiga – acesso direto para dentro da bexiga). • Os pacientes devem ser monitorizados quanto ao crescimento e desenvolvimento, nutrição, PA, função renal e vesical, distúrbios miccionais, aspectos da uretra, presença de refluxo vesicoureteral (RVU) secundário a ITU. REFLUXO VESICOURETERAL (RVU) • Retorno de urina da bexiga para o ureter e rins, decorrente de disfunção anatômica ou funcional. • Causa mais comum de ITU recorrente. • Pode levar a perda progressiva de função renal (cicatrizes renais), mesmo antes da ocorrência de episódio de ITU. • Hidronefrose antenatal → 2ª diagnóstico mais frequente. • ITU confirmada → 30 – 50% RVU. CLASSIFICAÇÃO Grau I Não atinge o sistema coletor (pelve e cálices renais), limitada ao ureter (variável grau de dilatação) Grau II Atinge o sistema coletor, porém sem dilatação ou deformidade Grau III Dilatação moderada do sistema coletor e do ureter Grau IV Dilatação e deformidade do sistema coletor, dilatação do ureter Grau V Dilatação e deformidade do sistema coletor, com impressões papilares não visíveis: dilatação e torção do ureter (megadolicoureter) ETIOLOGIA • Inserção anômala dos ureteres na bexiga. • Posição do meato ureteral – quanto mais lateral e cranial, maior a chance de refluxo. TRATAMENTO • Altas taxas de resolução espontânea: ✓ Crianças < 1 ano com apresentação. ✓ Baixo grau (I – III): 80% I e II; até 50% grau III. ✓ Hidronefrose antenatal com apresentação assintomática. ✓ Costuma ocorrer nos primeiros 5 anos de vida. • Objetivo: prevenção de cicatriz renal: ✓ Hipertensão arterial. ✓ Doença renal crônica terminal (DRCT). CONSERVADOR • Detecção e tratamento das disfunções miccionais e constipação intestinal. • Ex.: urgência urinária, urge-incontinência, fluxo fraco, hesitação e polaciúria. • Nos meninos, aconselhável circuncisão. • Quimioprofilaxia: ✓ RVU de alto grau (IV e V). CIRÚRGICO • Controverso. • RVU persistente de alto grau. • ITU de repetição apesar no tratamento clínico. • Presença de cicatrizes renais. • Endoscópio: injeção suburetral e substância biocompatível: ✓ DEFLUX – solução de dextranomer + ácido hialurônico. • Reimplantação cirúrgica do ureter.
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