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1 Fibrilação Atrial ® Arritmia mais comum na prática clínica; ® Ausência de ondas P; ® Ritmo irregular; ® FA: o átrio para de contrair como uma fibra única (fisiológico) e passa a ter várias contrações em diversos pontos e ao mesmo tempo; ® Ondas f: oscilações da linha de base; ® Despolarizações ventriculares: irregularmente irregular; à A distância entre os complexos QRS são diferentes entre si; ® 1-2% da população em geral possui FA; ® Prevalência de FA aumenta c/ a idade; ® A FA duplica as chances de desenvolver Ic, triplica as chances de AVE e aumenta a mortalidade em 30%; ® O nó AV filtra esses impulsos desregulados; ® Tríade de Virchow: à Estase sanguínea; à Lesão endotelial; à Hipercoabilidade; ® FA gera FA; ® Poderia dividir em dois espectros: à Idosos, cardiopatia estrutural, sintomáticos e c/ hipertonia adrenérgica; à Jovens, coração estruturalmente normal, assintomáticos e c/ hipertonia vagal; ® Etiologia: à HAS e DAC; à Hipóxia; à Pressão atrial aumentada (estenose mitral, principalmente); à Pericardites, cirurgia, IAM; à Álcool; ® Fatores de risco clássicos: à HAS; à DM; à Valvopatia; à IAM; à IC; ® Fatores de risco potenciais: à SAOS; à Obesidade; à Hábitos de vida; à Doenças sistêmicas (DPOC/hipertireoidismo); à Pós operatório; à Exercício intenso; à Fatores genéticos; ® Diagnóstico: à Pelo ECG; | Ausência de atividade elétrica organizada (ausência de onda P); | Ondulação irregular da linha de base; | Intervalo RR irregularmente irregular; | Geralmente: taquicardia de QRS estreito, RR irregular e s/ onda P; | Paciente c/ bloqueio de ramo prévio (exceção) apresenta QRS alargado; | RR aparentemente regular (exceções): quando frequência ventricular muito alta (muito taquicárdico e não consegue notar a irregularidade) ou FA + BAVT (RR regular e oscilações da linha de base, tem que saber que o paciente tinha FA prévio pois parece muito c/ ritmo juncional); | A melhor derivação p/ observar é DII; | Se FA > 100bpm = alta resposta ventricular; | Se FA < 60bpm = baixa resposta ventricular; ® Classificação: à FA episódio único (diferente de lone FA, que quer dizer que o paciente não tem outras cardiopatias); à FA silenciosa (paciente s/ queixas); à FA paroxística (reversão em até 7 dias, geralmente reverte em 48h); à FA persistente (dura mais de 7 dias); | Se durar mais de 1 ano = longa duração; à FA permanente (não reverte); à FA valvar: FA + valvopatia (EM moderada/grave ou prótese mecânica): | Essa classificação é segundo a diretriz europeia; | A diretriz americana considera também a prótese biológica; 2 ® Quadro clínico: à Sintomática ou assintomática; à Sintomas: | Pode apresentar sintomas de arritmia estável: palpitações, dispneia, etc; | Ou pode apresentar sintomas de arritmia instável: CHIA – Consciência alterada, Hipotensão, ICC ou Angina; | Outras possíveis manifestações: descompensação da doença de base (ex.: ICC), AVC, etc; à Até 90% dos episódios não são percebidos pelo paciente; à 10-25% dos pacientes a FA é diagnosticada após uma complicação; ® Avaliação clínica: à Fatores precipitantes (esforço, emoção, álcool); à Doenças associadas (doença cardiovascular, cerebrovascular, DM, HAS, DPOC, SAOS, causas reversíveis): à Sintomas: | Palpitações, dispneia, tontura, síncope; | Sinais e sintomas de piora de disfunção ventricular; | Fenômeno tromboembólico; à Exame do aparelho cardiovascular: | Pulso irregular; | Dissociação pulso do precórdio; | Variação da fonese de B1; | Ausência de B4; ® Exames complementares: à ECG: | Diagnostica a FA em momentos de crise, mas se o paciente não estiver na crise o ECG será normal; | Pode identificar doenças cardíacas estruturais, como sobrecarga de AE; à Laboratório: | Hemograma, eletrólitos, função tiroidiana; à ECO c/ doppler: | Mostrar os tamanhos dos átrios; | Átrios > 5cm, não conseguem manter o ritmo sinusal; à Holter: | Útil em pacientes que sofreram AVC (por exemplo); ® Tratamento ambulatorial: à Manejo antitrombótico; à Controle da arritmia; ® Avaliação do risco de tromboembolismo: à FA valvar = anticoagular; | FA c/ cardiomiopatia hipertrófica; | FA c/ miocárdio não compactado; à Demais etiologias = avaliar o risco; à CHA2DS2Vasc (avaliação do risco de ter AVC): | ICC; | HAS; | AGE (idade): | DM; | STROKE (história de AVC); | Vasc (doença vascular); | Ser do sexo feminino também pontua 1 ponto, não está caracterizado nas letras; | Pacientes que apresentam 2 variáveis (homens): alto risco p/ AVC (realizam anticoagulação); | Mulher anticoagula c/ 3 variáveis; | As letras que possuem um 2 pontua 2 vezes. Logo, FA + AVC, já inicia anticoagulante; | A idade até 65 anos, pontua apenas 1 ponto. > 75 anos = 2 pontos. Logo, pacientes > 75 anosa + FA = anticoagulante; à Risco de ter sangramento c/ anticoagulante (HASBLED); | HAS; | Alteração hepática ou renal; | Stroke (AVC); | Bleeding (Sangramento prévio); | L: INR lábil; | E: idade ≥ 65 anos; | Drogas que interfiram; | Se for > 3 = alto risco de sangramento (não contraindica a coagulação, apenas precisa ter cuidado); 3 ® Manejo antitrombótico: à Varfarina: | FA valvar (tem que ser varfarina obrigatoriamente); | Medicamento barato (indicado p/ pacientes que não tenham condições financeiras); | Acompanhar o INR (terapêutico = 2-3), pode ser utilizada em insuficiência renal (desde que em dose mais baixa); | Indicado p/ os pacientes em que os NOAC são contraindicados: HIV + inibidor de protease ou fenitoína); à Novos anticoagulantes (NOAC): | Melhor, indicado p/ todas as outras situações que a varfarina não é utilizada; | FA não valvar; | Fármacos: rivaroxaban, apixaban, edoxaban e dabigatran; ® Por que controlar a FA (tornar ritmo sinusal)? à Lembrar que FA gera FA; à P/ aliviar sintomas: melhorar a capacidade de exercício e quadro congestivo; à Porque quanto mais tempo em FA, menor a chance de conseguir voltar p/ ritmo sinusal; à Importante nos pacientes de IC; à Indicações: | Pacientes sintomáticos; | Tolerantes aos antiarrítmicos; | Boa chance de manter o ritmo sinusal: jovens, s/ doença cardíaca, duração curta da FA e s/ aumento do AE: | Outras situações: ICC; à P/ reverter, afastar os fatores desencadeantes: | Cessar tabagismo/álcool; | Obesidade/SAOS; | Isquemia miocárdica; | Doenças cardíacas cirúrgicas; | Doenças sistêmicas; à Como manter o ritmo sinusal: | Antiarrítmicos; | Não antiarrítmicos: anti-hipertensivos, estatinas, etc; | Tratamento não farmacológico (MEV); ® Antiarrímicos: à Classe I: | Bloqueadores dos canais de sódio (propafenona); | Indicado p/ pacientes que não possuem cardiopatia estrutural; à Classe II: | Betabloqueador; à Classe III: | Bloqueador dos canais de potássio (amiodarona, sotalol); | Se o paciente apresentar cardiopatia estrutural (ICC), preferir amiodarona; | Se o paciente tiver doença coronariana, administrar sotalol; à Classe IV: | BCC; ® Paciente tem ICC, iniciar amiodarona, se não funcionar = considerar procedimento invasivo; ® Controle de ritmo: à Antiarrítmicos; à CVE (cardioversão): | Sinais de instabilidade; à Ablação: | Procedimento intervencionista; ® Na FA paroxística, a ablação pode ser a primeira opção; ® FA persistente = antiarrítmicos; ® Por que controlar a FC? à P/ aliviar os sintomas; | Melhorar a capacidade do exercício e quadro congestivo; | Evitar desenvolvimento de taquicardiomiopatia; à Como controlar a FC: | BB: reduzem a condução pelo nó AV e sistema his-purkinje (úteis em: tônus adrenérgico aumentado, IC e isquemia); | BCC (não di-idropiridinicos): reduzem a condução pelo nó AV, evita as disfunções sistólicas do VE; | Digoxina: cuidado em idosose renais; | Antiarrítmicos de classe III: 2ª linha de tratamento; à O controle de FC não é inferior ao controle do ritmo; 4 à Paciente idoso, pacientes c/ átrio aumentado, etc; à Controle estrito: | FC < 80bpm no repouso e < 110bpm no exercício; | Pacientes que com a FC em 110bpm ainda apresentam muitos sintomas; à Controle leniente: | FC < 110bpm no repouso; | Pessoas c/ poucos sintomas; ® Fibrilação atrial aguda: à Sintomas de estabilidade ou instabilidade? | Instabilidade: consciência alterada (síncope), hipotensão, ICC ou angina (realizar cardioversão elétrica sincronizada – choque); à Se o paciente estiver estável, questionar a duração dos sintomas; | > 48h: pode ter coágulos no coração, não pode administrar choque de primeira (realizar anticoagulantes antes de reverter, ou realizar um ECO transesofágico p/ ver se tem coágulo); | < 48h: cardioversão; ® Prognóstico: à Aumento de mortalidade; à AVC isquêmico e hemorrágico; à Alterações cognitivas; à IC (22-42% dos pacientes); à Preditor de óbito se associada a insuficiência renal, câncer e DPOC; à Controle da arritmia;
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