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1 Valvopatias Aórticas - ESTENOSE AÓRTICA - ® Área valvar normal: 3-4 cm2; ® A válvula aórtica está estenosada quando < 3cm2; à Mas é considerada uma estenose grave < 1 cm2; ® Etiologia: à Degeneração senil: > 75 anos; | Depósito de cálcio; à Congênita: | Válvula aórtica bicúspide (mais comum); | Esses pacientes geralmente apresentam dilatação de aorta; | Geralmente, se desconfia em pacientes de 40-50 anos que possuem estenose aórtica isolada e que não apresentariam degeneração senil; | Hipertrofia + exuberante; à Febre reumática: | Desconfia de dupla lesão (já que a febre reumática é a causa mais comum de valvopatias mitrais); | Fusão de comissuras; ® Fisiopatologia: à Obstrução da via de saída do VE; à Problema da sístole ventricular; à Aumenta a pressão dentro do VE; à Vai causar a hipertrofia do ventrículo; à Diminuição da pressão da raiz da aorta; à Dilatação ventricular (fase descompensada, avançada); à Queda da FE; ® Tipos de estenose aórtica: à Estenose aórtica grave: à AVA ≤ 1cm2 (diretriz americana e brasileira) e < 0,8 cm2 (pela diretriz europeia), o ideal é individualizar p/ cada paciente (pacientes maiores espera AVA maior); à Gradiente (diferença de pressão) entre VE e aorta: ≥ 40mmHg; à Se o paciente tiver IC (VE dilatado) o gradiente vai ser menor, mas o quadro é grave. Por isso que, o melhor critério para avaliar a estenose é a AVA; à Estenose aórtica c/ baixo gradiente: | Estenoses graves, mas que mesmo assim apresentam gradiente baixo; | Estenose aórtica de baixo fluxo/gradiente (clássica); | Estenose aórtica de baixo gradiente paradoxal; ® Quadro clínico: à Angina (devido à baixa pressão de sangue na aorta e consequentemente em seus ramos); | ¯ oferta (devido à estenose) consumo (pela hipertrofia do ventrículo); | 35% dos pacientes que possuem EA por degeneração, possuem também DAC e a angina pode ser decorrente dessa situação; Hipertrofia concêntrica: acontece nos casos de sobrecarga de pressão (estenoses); Hipertrofia excêntrica: acontece nas sobrecargas de volume (insuficiências); Paciente c/ disfunção de VE, FE diminuída (< 50%), AVA ≤ 1cm2 e gradiente < 40mmHg; P/ identificar se a estenose do paciente é grave, melhora a FE, se a AVA aumentar e o gradiente diminui = pseudoestenose aórtica (fluxo sanguíneo baixo pela IC); Se, ao melhorar a FE, a AVA continua baixa = estenose aórtica grave; Realizar um ECO c/ dobutamina: gradiente ≥ 10mmHg s/ alterações relevantes na AVA = estenose grave; Paciente c/ FE > 50%, AVA ≤ 1cm2, cavidade ventricular reduzida e gradiente reduzido; Submeter o paciente à uma TC que avalie o grau de calcificação da válvula aórtica, se > 2000 agatston (quantidade de calcificação) em homens ou > 1250 agatston em mulheres = estenose aórtica importante; 2 à Síncope: o DC na estenose aórtica é fixo então c/ o esforço, a entrega de sangue e O2 não será suficiente p/ o cérebro; à Dispneia; à Bisu: SAD (síncope, angina e dispneia); ® Estágio das valvopatias: à A: valva aórtica bicúspide, mas c/ velocidade máx < 2m/s; à Ainda não tem a doença estabelecida; à B: estenose leve/moderada; à C: estenose importante, assintomática; à D: estenose importante, sintomática; ® Exame físico: à Cuidado c/ pacientes pseudoassintomáticos (pacientes idosos que acham que as limitações são consequências da idade, mas não são); à Ictus de VE propulsivo; à Mas se o coração estiver aumentado e tiver perdido FE pode apresentar ictus difuso; à Em fase de hipertrofia concêntrica: B4; à Em fase de hipertrofia excêntrica (ou fase dilatada): B3; à Também pode apresentar B3 e B4 ao mesmo tempo; à Pulso parvus et tardus (baixa amplitude e duração prolongada); à PA convergente (PAS e PAD se aproximando); | PAS – PAD = < 30 mmHg; à Aumento da onda A no pulso venoso (referente à contração atrial); à Frêmito sistólico no foco aórtico; à Sopro sistólico, ejetivo, em diamante (em crescendo e decrescendo), c/ irradiação p/ as fúrculas e carótidas; à Fenômeno de Gallavardin: sopro sistólico no contexto de estenose aórtica que é também auscultado no foco mitral; à Manobra de Handgrip: paciente cerra os punhos, isso faz c/ que aumente a resistência vascular sistêmica, aumentando também a pressão na aorta, diminui a diferença de pressão entre aorta e VE e por fim, diminui o sopro = estenose aórtica. Se não diminuir o sopro é IM; ® Sinais de gravidade da estenose aórtica: à Sopro c/ pico tardio; à Desdobramento paradoxal de B2; à Pulso parvus et tardus; à B4; ® Complicações: à Embolia sistêmica (desprendimento de um “pedaço” de cálcio); à Endocardite infecciosa; à Hemorragia digestiva baixa; | Síndrome de Heyde (pacientes idosos): a estenose aórtica promove a deficiência do fator de Von Willebrand (formação do tampão plaquetário) em pacientes que tinham displasia intestinal s/ sangramento. Precisa trocar a válvula; ® Exames complementares: à ECG: | Sobrecarga de AE e VE; à Raio-x de tórax: | Na fase inicial (concêntrica) não vai ter alteração ou vai estar um pouco aumentada; à Teste ergométrico: | Estenose aórtica grave, mas o paciente é assintomático; | P/ diferenciar assintomático de pseudoassintomático; à ECO: | Principal método diagnóstico; | Confirma a estenose, avalia a calcificação, função e a hipertrofia ventricular; | Capaz de ditar a conduta: 6/6 meses na grave, anualmente na moderada e 2/3 anos na leve; | Se identificar AVA < 0,7cm2 = estenose aórtica crítica (tem que intervir): à ECO c/ dobutamina: | Estenose aórtica de baixo fluxo/gradiente; à Cateterismo cardíaco: | Pré-operatório p/ troca valvar > 40 anos; à TC multidetectores; 3 à Score de cálcio; ® História natural: à Fase assintomática: | < 1% de chance de óbito; | > risco: hipotensão na ergometria, disfunção sistólica do VE, HVE excessiva e AVA < 0,7 cm2; | Mortalidade na cirurgia 3-5%; à Fase sintomática: à Expectativa de vida em estenose grave associada à: I – 2 (IC – 2 anos se não operar); S – 3 (síncope – 3 anos se não operar); A – 5 (angina – 5 anos se não operar); ® Tratamento clínico: à Pouco efetivo, não altera mortalidade; à Serve de ponte p/ o tratamento cirúrgico; à Evitar BB; à Cuidado c/ vasodilatadores; à Anticoagulação (se FA); à Se indicada, profilaxia p/ endocardite e febre reumática; ® Tratamento cirúrgico: à Troca valvar ou implante de prótese (são os únicos tratamentos efetivos); à Válvula mecânica: à Dura mais; à Necessita de tomar anticoagulante; à Indicado p/ pacientes jovens (p/ evitar a reincidência de cirurgias); à Válvula biológica: à Dura menos; à Não precisa tomar anticoagulante; à Indicado p/ pacientes idosos; à Mas se for um paciente idoso que já tem indicação de tomar anticoagulantes, é melhor colocar a mecânica (individualizar o tratamento); à TAVI: | Indicação classe I; | Válvula que coloca pelo cateterismo, melhor resultado em pacientes idosos do que cirurgia de peito aberto; | Estenose aórtica + sintomáticos c/ recomendação de troca valvar, mas possui alguma contraindicação p/ o procedimento convencional; | Pacientes de risco intermediário ou alto (como alternativa à cirurgia de peito aberto); à Valvoplastia percutânea c/ balão: | Procedimento de exceção; | Ponte p/ cirurgia; | Paciente de alto risco ou s/ condições cirúrgicas por comorbidades; - INSUFICIÊNCIA AÓRTICA - ® Refluxo de sangue p/ o VE durante a diástole; ® A válvula aórtica não fecha completamente; ® Cardiomegalia (os. maiores corações da cardiologia); ® Etiologia: à Doença da raiz da aorta: | Dissecção de aorta; | Síndrome de Marfan; | Aortite sifilítica; | Espondilite anquilosante; | Osteogênese imperfeita; | Síndrome de Ehlers-danlos; | Aneurismas relacionadosa HAS; à Doença valvar: | Febre reumática; | Degenerativa; | Pós-endocardite; | Trauma; | Congênita; | Degeneração mixomatosa; à Pode apresentar situações mistas; ® Fisiopatologia: à Crônica: | Fase compensada: b Aumento da complacência ventricular; b Aumento da pré-carga; 4 b Hipertrofia excêntrica; | Fase descompensada: b Bradicardia; à Aguda: | Não tem tempo p/ mecanismos compensatórios; ® Quadro clínico: à Aguda: | IC rapidamente progressiva (fraqueza, dispneia, hipotensão); à Crônica: | Dispneia aos esforços; | Lipotímia e síncope; | Angina; | Palpitações; à Sinal de Muller (úvula pulsátil); à Sinal de Musset (o pescoço acompanha o batimento do coração); à Sinal de Landolfi (pupila pulsátil); à Sinal de dança das artérias; ® Pressão de pulso = PAS – PAD; à Responsável pela amplitude do pulso; à Amplitude de pulso aumentada na insuficiência aórtica (pulso em martelo d’água); ® A PA da insuficiência aórtica é divergente (PAS aumenta porque além do sangue que chega do AE vai ter o sangue que voltou da aorta devido à insuficiência e a PAD diminui porque o VE vai estar recebendo sangue da aorta); ® Exame físico: à Pulsos arteriais amplos; à Alargamento da pressão do pulso; à Ictus desviado p/ esquerda e p/ baixo (hiperdinâmico); | Ictus difuso; à Sopro diastólico, aspirativo, de alta frequência, decrescente. | Pode ter sopro mesossistólico de hiperfluxo (> duração e > gravidade, sopro tanto na sístole como na diástole); | Sopro de Austin-Flint: sopro mesodiastólico no foco mitral; ® Sinais clássicos da insuficiência aórtica: à Pulso em martelo d’água (Corrigan); à Sinal de Musset; à Sinal de Quincke: pulsação vista no leito ungueal; à Sinal de Minervini: pulsação na base da língua; à Sinal de Duroziez: duplo sopro à compressão da a. femoral; à Sinal de Muller; à Pistol shot: sensação de choque à ausculta de certas artérias; à Sinal de Landolfi; ® Complicações: à Endocardite infecciosa; à Instabilidade hemodinâmica; ® Exames complementares: à ECG: sobrecarga de câmaras esquerdas (pode ter de direitas em casos mais graves); | Aumento das ondas R em V5 e V6 (sobrecarga de volume); à Raio-x: grandes cardiomegalia; à ECO: | Avaliar o grau da insuficiência valvar; à Cateterismo: | Descartar coronariopatia associada; | Avaliar a gravidade da valvopatia em caso de discordância clínico- radiológica; ® História natural: à Risco de morte nos assintomáticos < 0,2%; à Mortalidade anual em pacientes c/ angina 10%; à Mortalidade anual dos pacientes c/ insuficiência cardíaca 20%; à Queda da FE < 50% ou aumento excessivo dos diâmetros cavitários DDVE > 7,5 cm, DSVE > 5,5 cm = fatores p/ risco de morte súbita; ® Tratamento clínico: à Vasodilatadores (em caso de sintomas ou disfunção de VE); | Principalmente nos casos em que o paciente já está c/ a cirurgia marcada; à BB: baixa a FC, aumenta o tempo de diástole; | Benefícios em pacientes infartados ou c/ IC; à Diuréticos em casos de congestão; 5 à Restrição de sal; à Profilaxia de endocardite e febre reumática; ® Tratamento cirúrgico: à Troca valvar; à Se secundária à doença de raiz: | Indicar cirurgia se ≥ 55 mm e/ou aumento de ≥ 5mm/ano (Marfan > 50 mm). Cirurgia de Bentall de Bono); à TAVI; ® Insuficiência aórtica aguda (só resumindo): à Principais causas: | Dissecção de aorta ascendente; | Endocardite infecciosa; | Trauma; à Tratamento: | Vasodilatadores arteriais e venosos; | Inotrópico S/N; | Diurético; | Cirurgia de urgência;
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