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1 HIV / AIDS ® É um vírus da família Retrovírus e do gênero Lentivírus; ® É um vírus envelopado; ® Tipos: à HIV-1: | Grupo M (subtipos A-D, F-K); | Grupo N; | Grupo O; à HIV-2: | Subtipos A-E; ® A maior parte dos pacientes contaminados no Brasil é pelo HIV-1, grupo M e subtipo B; ® Origem: SIVsm (vírus que contaminava macacos africanos, mas não causava doença), ocorreu alguma mutação que fez com que esse vírus “pulasse” para os chimpanzés (SIVcpz, também não causava doença) e algum acidente durante o manuseio da carne do chimpanzé para consumo, permitiu a contaminação para o ser humano (HIV); à HIV-1 foi derivado do SIVcpz; à HIV-2 foi derivado do SIVsm; ® O primeiro coquetel antirretroviral foi o AZT, mas não era capaz de reverter casos graves de imunossupressão; ® O AZT tem extrema importância na prevenção da transmissão vertical (hoje em dia essa taxa pode chegar a 0); ® Os principais medicamentos para HIV são os inibidores de protease; ® Em 2000, percebeu-se que mesmo em pacientes c/ HIV “controlada”, ainda assim o paciente apresentava complicações crônicas decorrentes da doença (doenças metabólicas, envelhecimento precoce, neoplasias, etc); ® Em 2012 teve o primeiro caso de cura, com um paciente que realizou transplante de medula óssea, mas por ser um procedimento em que a taxa de mortalidade é alta (25%), não é uma alternativa de tratamento p/ HIV; ® O principal tratamento é a prevenção; ® Principais expectativas para o futuro: cura, pesquisas c/ anticorpos monoclonais, tratamento da inflamação crônica e vacina; ® PrEP: Profilaxia pré-exposição; à Paciente busca o SAE para receber os medicamentos; à Pacientes que possuem comportamentos de risco, fazem uso dessa profilaxia de forma contínua; ® HIV: portadores do vírus, sem a doença; ® AIDS: pacientes que já possuem a doença instalada; ® Epidemiologia: à Grupos de risco: | Hemofílicos; | Dependentes químicos; | HSH (homens que fazem sexo c/ outros homens); | Trabalhadores do sexo; à Comportamento de risco: | Sexo desprotegido; | Promiscuidade; | UDI; à Vulnerabilidade: | Todo indivíduo tem vulnerabilidade; | Essa teoria de vulnerabilidade permite o desenvolvimento de ações de prevenção mais eficazes; ® Sobre o vírus: à Vírus de RNA; à É um vírus envelopado, e no envelope tem proteínas muito importantes como gp120 ou gp41; à Transcriptase reversa; à O vírus tem afinidade pelo linfótico T CD4; ® Transmissão: à Sangue; à Sêmen; à Fluidos vaginais; à Líquidos de serosas (peritoneal, pleural e pericárdico); à Líquido amniótico; à Liquor; à Líquido articular; à Leite materno; 2 ® Elementos que não apresentam risco de transmissão: suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, saliva e secreções nasais; ® Nem todo sexo transmite HIV, as principais formas são sexo anal receptivo, sexo anal insertivo, sexo pênis-vagina receptivo (homem contaminado) e sexo pênis-vagina insertivo (mulher contaminada). Sexo oral, compartilhamento de brinquedos sexuais, etc, apresentam baixo risco ou risco negligenciável; ® As formas com maiores índices de transmissão de HIV são: transfusão sanguínea (9.250/10.000), compartilhamento de seringas p/ uso de drogas (63/10.000) e percutâneo c/ agulha (23/10.000); ® História natural da doença: 1. Infecção aguda: | Síndrome retroviral aguda; | Sintomas: febre, mialgia, dor de garganta, exantema, prurido, etc. | Ficar atento à fatores de infecção recentes p/ não confundir com uma infecção qualquer; | Alta taxa de replicação viral; 2. Latência clínica: | Período de infecção do maior número de células (CD4); | Não é uma latência viral; | Assintomática; | Pode perdurar por 7-10 anos; | Doenças linfoproliferativas, TB ganglionar, leucemia e linfoma; 3. AIDS: | Muitos linfócitos TCD4 destruídos; | Infecções oportunistas; ® Principais sintomas da infecção aguda pelo HIV: à Sistêmicos: febre, perda de peso (não muito importante), mal-estar, cefaleia e neuropatia; à Aumentos dos linfonodos (muito importante); à Feridas na boca e na faringe; à Erupção cutânea; à Náuseas e vômitos; à Hepatoesplenomegalia; à Dores musculares; à Feridas esofágicas; ® Geralmente os sintomas desaparecem com 3-4 semanas, mas a linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir; ® Fase crônica (imunossupressão): à Doenças oportunistas: | CD4 > 500: síndrome retroviral aguda, linfadenopatia generalizada persistente; | CD4 < 500: pneumonia bacteriana, TB pulmonar, herpes-zóster, condidíase orofaríngea, sarcoma de Kaposi (câncer de pele c/ lesões violáceas), leucoplasia pilosa oral, câncer cervical e anal, linfoma de células B; | CD4 < 200: pneumocistose, histoplasmose, toxoplasmose, TB extrapulmonar/miliar, candidíase esofágica e septicemia por Salmonella; | CD4 < 100: herpes simples disseminado, criptococose leucoencefalopatia multifocal progressiva, criptosporidiose, isosporíase. Intervenção imediata; | CD4 < 50: citomegalovírus disseminado, micobacteriose não tuberculosa, linfoma primária do SNC, microsporidiose, herpes- zóster disseminado. Intervenção imediata; ® Diagnóstico: à 1-4 semanas do contato de risco: pesquisa de RNA viral (exame mais caro e mais demorado) ou o antígeno P24; à A partir de 4 semanas do contato: sorologia (IgM e IgG), pode realizar tanto o teste rápido como sorologia laboratorial (ELISA); à P/ dar diagnóstico de AIDS/HIV tem que ter pelo menos 2 testes rápidos positivos ou um ELISA; ® Exames complementares: à Contagem de LT-CD4 e exame de CV-HIV (carga viral). Quanto mais grave ou mais longa a infecção, maior a CV e menor o CD4; à Genotipagem pré-tratamento: é como um teste de sensibilidade (quais os antirretrovirais o vírus é resistente ou sensível). É um exame caro, demorado e 3 complexo, o ideal é que seja solicitado na primeira consulta p/ adiantar o resultado; à Hemograma completo; à Glicemia de jejum; à Dosagem de lipídios (colesterol total e frações); à Avaliação hepática e renal; à Teste imunológico p/ sífilis; à Testes p/ hepatites virais; à IgG p/ toxoplasmose; à Sorologia p/ HTLV e Chagas; à Prova tuberculínica; à Raio-x de tórax; ® Tratamento: à TODOS; à Conscientizar o paciente que a partir do momento que começar os antirretrovirais, não pode mais parar; à Objetivo: carga viral indetectável p/ impedir a transmissão; à TARV (terapia antirretroviral) não é urgência (ex.: paciente vítima de trauma, trata primeiro o trauma p/ depois encaminhar p/ serviço de referência); à Situações de prioridade da TARV: PVHIV sintomática, LT-CD4 < 350, gestante, TB ativa, coinfecção HBV, coinfecção HCV, risco cardiovascular elevado (>20%); à Se não conseguir contabilizar o CD4, não adiar o início do tratamento; ® Classes de antirretrovirais: à ITRN (inibidor da transcriptase reversa nucleosídeo): zidovudina (AZT), lamivudina, abacavir, emtricitabina e tenofovir; à ITRNN (inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeo): nevirapina, efavirenz, etravirina e rilpivirina; à IP (inibidor de protease): ritonavir, atazanavir e darunavir; à Inibidor de fusão: enfuvirtida; à Inibidor de integrase: raltegravir, elvitegravir e dolutegravir; à Inibidor de entrada: maraviroque; ® TARV inicial: à ITRN (2) + ITRNN; à ITRN (2) + II; à ITRN (2) + IP; à ITRN + ITRNN + II/IP; à NUNCA monoterapia; à Não é 100% seguro realizar terapia dupla; à Adultos em inicio de tto: tenofovir + lamivudina + dolutegravir; ® Síndrome Inflamatória da Reconstituição Imune (SIR): à Piora do paciente; à C/ a redução da CV, o paciente que estava muito imunossuprimido, começa a recuperar seu sistema imunológico; à Pode apresentar uma nova manifestação; ® Esquema vacinal p/ pacientes c/ HIV: ® Prevenção: à Diagnosticar e tratar pessoas c/ IST e HIV; à Usar preservativomasculino e feminino; à Tratar todas as pessoas vivendo c/ HIV/AIDS; à Testar regularmente p/ HIV e outras IST; à PEP (profilaxia pós exposição); à PrEP (profilaxia pré exposição); à Prevenir a transmissão vertical; à Imunizar p/ HBV e HPV;
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