Atividade comentada Descreva o processo de seleção zootécnica realizado nos animais domesticados pelo homem e nos animais selvagens explorados nas criações alternativas.

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Texto 01 - Segundo Edward O. Price, na publicação Behavioral aspects of animal
domestication (1984), o processo pelo qual uma população de animais torna-se adaptada
ao homem e ao ambiente que ele proporciona, por meio da combinação entre mudanças genéticas ao longo das gerações e eventos de induções ambientais ocorridos durante cada geração, levam algumas espécies animais a se tornarem domésticas. O processo de domesticação predispõe os animais a modificações nos caracteres morfológicos, fisiológicos e etológicos.
1) Descreva o processo de seleção zootécnica realizado nos animais domesticados pelo homem e nos animais selvagens explorados nas criações alternativas.
E o processo que envolve adaptação ao homem e o ambiente que ele proporciona: mais aquisição e mudanças genéticas. O processo no qual proporciona por meio de combinação ocorridos durante cada geração. O processo pode se iniciar internacional por parte do domesticador ou daqueles que tem mais interesse. Os animais silvestres sofrem alteração do ambiente natural para o artificial.
2) Discorra sobre 5 alterações fisiológicas e morfológicas das espécies domésticas e selvagens.
Processo fisiológico:
 Qualidade dos pelos geralmente são grosseiras nos animais mal distribuídos e, às vezes, mais concentrados em torno da cintura escapular. Nos animais domésticos são, em geral, mais finos e sedosos, distribuídos uniformemente sobre o corpo, às vezes com características próprias, como nos ovinos e em algumas raças de caprinos e coelhos, formando lã.
Coloração da pelagem: Os animais selvagens apresentam pelagem uniforme, discreta, parda, curta, podendo mudar com a estação do ano, ou mesmo apresentar fenômenos de mimetismo, enquanto os animais domésticos a apresentam variada.
Porte e Dimensões corporais: os animais selvagens apresentam porte uniforme, ocorrendo muitas vezes maior desenvolvimento da cintura escapular. Os animais domésticos apresentam porte variado com a raça e inclusive dentro das raças
Orelhas: Nos animais selvagens geralmente são pequenas e bastante móveis, denotando função auditiva aguçada. Nos animais domésticos apresentam morfologia, dimensões e posicionamento variados.
Órgãos de defesa: Os cornos, garras e dentes dos animais domésticos sofreram redução ou desapareceram, em decorrência da seleção artificial.
Esqueleto ósseo: Os animais domésticos quando comparados aos animais selvagens apresentam ossos mais curtos, espessos, relativamente finos e com saliências articulares mal distintas.
Morfológicas 
a) Velocidade de locomoção: Mais desenvolvida nos animais selvagens, pela necessidade de defesa. Nos animais domésticos, com exceção do dromedário e de algumas raças de equinos e de cães, é bastante reduzida.
Choco: Característica própria das aves para incubar os ovos, utilizando o calor e a umidade corporal. Vem desaparecendo em algumas espécies domésticas, notadamente nas galinhas de alta produtividade.
Velocidade de crescimento: É muito lenta nos animais selvagens, e rápida nos animais domésticos, sobretudo nos animais destinados para corte, chega a apresentar altos índices de conversão alimentar.
Constituição Orgânica: Os animais selvagens apresentam constituição rústica/robusta, enquanto os animais domésticos, em geral, apresentam constituição débil/frágil/delicada.
Fertilidade: Os animais selvagens tendem a apresentar cios estacionais, dependendo da disponibilidade de alimentos, inclusive com anestro, o que não ocorre com a maioria dos animais domésticos, mais férteis e geralmente com ciclo estral contínuo.
Texto 02 - Processos de licenciamento e gerenciamento são necessários para a abertura de qualquer criatório de Animais Silvestres. Com base na legislação Instrução Normativa No 169, de 20 de Fevereiro de 2008, discorra sobre:
3) Os dispositivos de autorizações (AP – autorização prévia; AI – autorização de instalação e AM – autorização de manejo).
A Autorização Prévia (AP) é solicitada em formulário específico no SisFauna. A AP equivale a um cadastro inicial e não autoriza o início das atividades. É nesta fase que se informa a localização do empreendimento, os dados do interessado e as espécies pretendidas. É também nesta fase que o sistema filtra as espécies permitidas de acordo com a finalidade do empreendimento segundo a legislação vigente.
Além do filtro automático do sistema, é preciso lembrar que o acréscimo de mais espécies implica em maiores exigências nas fases posteriores (projeto técnico; projeto de instalações, etc.) para a maioria dos empreendimentos.
A solicitação será analisada automaticamente pelo sistema, permitindo que o usuário obtenha o resultado imediatamente após o envio da solicitação; em caso de deferimento, já estará disponível ao interessado a sua Autorização Prévia.
A Autorização de Instalação (AI) do SisFauna é o documento que aprova o projeto de implementação do empreendimento nos aspectos relacionados à fauna silvestre. Na maioria dos casos a AI corresponde à autorização para o início das obras das instalações deste empreendimento. É importante ressaltar que a emissão da AI conta necessariamente com a participação de órgãos estaduais ou municipais, já que é atribuição do Estado/ Município autorizar e fiscalizar obras, construções e empreendimentos que se desenvolvem dentro de seu território. É por este motivo que o Ibama só emite a AI após manifestação favorável de órgãos estaduais ou municipais. Na Instrução Normativa 169/2008, esta manifestação é chamada de Ato Administrativo. Após providenciar toda a documentação necessária, o empreendedor deve preencher a
solicitação de Autorização de Instalação no SisFauna e enviá-la. A solicitação será analisada por técnicos do Órgão Ambiental podendo ser deferida, indeferida ou precisar de adequações
A Autorização de Manejo (AM) é o documento que autoriza o funcionamento do empreendimento. A solicitação é feita no SisFauna, cabendo ao interessado apresentar ainda os seguintes documentos:
cópia do contrato de assistência permanente de médico veterinário, biólogo, tratadores e segurança. Também deverá encaminhado cópia da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica em conselho de classe);
• Centros de Triagem ou de Reabilitação: cópia do contrato de assistência permanente de profissional legalmente habilitado, cópia de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica em Conselho de Classe); cópia do contrato de tratadores e segurança;
• Demais Empreendimentos: cópia da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
• Exceção: Estabelecimentos Comerciais da categoria 20.24 que revendam somente partes e produtos da fauna silvestre estão dispensados de possuírem Responsável Técnico ou de enviarem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
Após o envio da AM pelo SisFauna, a solicitação seguirá para análise dos técnicos do Órgão Ambiental, podendo ser deferida, indeferida ou necessitar de adequações.
4) Quais os sistemas de marcação indicados aos animais do plantel ou a serem comercializados (mamíferos, aves e répteis), conforme IN 02/2001?
· Mamíferos: sistema eletrônico (microchip), tatuagem, brincos, sistema australiano.
· Aves: anilhas, microchip.
· Répteis Quelônios e Crocodilianos: lacres, arrebites. microchip
· Répteis (lagartos e serpentes), microchip
5) Quais as características do mercado nacional e internacional para a criação de animais silvestres?
-Características do mercado Nacional
· Há mais de 25.000 em todo país
· Mercado consumidor para animais de preço baixo (até 300 reais)
· Algumas espécies tem pouca demanda
· Deve-se dar prioridade a animais “pet”, ou seja, mansos e acostumados com o trato humano para estimação 
· Mercado para sub-produtos ainda muito tímido 
-A venda deve sempre estar acompanhada de nota fiscal
· A onde deve constar marcações dos animais, nome comum e cientifico, numero de registro no IBAMA e sexo do animal
-O tratamento aéreo segue as mesmas normas da IATA 
-Observar código do consumidor
· Animais com problemas ou doenças pré- existentes podem ser desenvolvidas
Loja ou outros estabelecimentos são obrigados a seregistrar no IBAMA para a revenda de animais silvestres e exóticos
-O transporte aéreo segue as mesmas normas da IATA
-Características do mercado Internacional
· Mercado consumidor para animais de preços elevados
· Algumas espécies tem pouca demanda devido a importações 
· Deve-se dar prioridade a animais “pet”, ou seja, mansos e acostumados com o trato humano para estimação
· Mercado para sub-produtos mais ativos
· Frete em geral aéreo, portanto, caro 
-Mercado externo regulado pela CITES- convenção internacional de comércio de Fauna e Flora ameaçadas e pela IATA 
- Concorrência forte de produtores europeus, americanos e asiáticos 
· A produção de animais em cativeiro no exterior data século XIX, com forte produção de algumas espécies 
- Concorrência de países exportadores de cotas da CITE
· Muitos países exportam animais captura de forma autorizada pela convenção, muitas cotas chegam a dezenas de milhares de animais
Texto 03 - A capivara (Hidrochoerus hidrochaeris) é o maior roedor vivo do mundo, largamente distribuído pelo Brasil, sendo um herbívoro de hábitos gregários, semi- aquáticos e crepusculares ou noturnos. Assim, discorra sobre:
6) Quais são os sistemas de criação indicados para capivaras no Brasil? Discorra sobre as particularidades de cada sistema.
Sistema extensivo 
características do Sistema:
· Formado por grandes áreas de pastagens nativas
· Presença de animais em estado de vida livre ou selvagens na propriedade
· O IBAMA autoriza o manejo destes animais
· Caso a propriedade apresente um isolamento
· Eficiente e não faça o abate de animais “selvagens”
Sistema Semi-intensivo
Característica do Sistema:
Instalações
· Elaborado a partir de áreas marginais das propriedades agrícolas
· Lago ou açude (100 m²)
· Vegetação arbustiva
· Tamanho (1 a 4 hectares ou 10.000 a 40.000 m²)
· Cercamento:
· - Tela de alambrado (2,5 a 3 polegadas; 1,5 m altura; arame galvanizado 10 ou 12)
· - Sustentação por postes de concreto ou madeira
· - Construir um baldrame na base de concreto  evita fugas
·  São introduzidos e mantidos:
· - Reprodutores (áreas de até 30 hectares  suportam 30 animais)
· - Nascimento  Crescimento  Engorda dos filhotes
·  Cevas
· 40 a 100 m² e 1,70 m de altura
· Dotadas com portas guilhotinas
· Fornecido sal mineralizado, milho em grão ou ração
· (dias alternados)
· Comedouros cobertos
Sistema Intensivo
Características:
· Ainda existem práticas empíricas sobre as necessidades na
criação de capivaras em sistema fechado!
· CIZBAS/EZALQ/USP  desenvolveram um sistema próprio de criação
· Neste Sistema:
· -Os grupos são formados (1 Macho p/ até 8 Fêmeas)
· -Mantidos em uma pequena área (350-400 m²)
· -Área com (tanque, comedouros, bebedouros e área coberta
Tanque
· -Controle de temperatura
· -Tomar banho (BEA)
· -Realizar cópula  10-14 acasalamentos seguidos (maior conforto  reduz peso do macho)
· -Sua higiene
Características do Sistema:
· Piquetes de Reprodução (0,5 ha - 8 fêmeas e 1 macho)
(1 Há - 16 fêmeas 2 machos)
· Piquetes de Crescimento e Terminação 
· Variar de 0,5 a 1 ha
· -Comportar 60 animais
· -Conter açude, pastagem natural e sombra
Características do Sistema:
· Piquetes paralelos ao
· corredor central.
· Mangueira de Madeira com Brete.
 Equipamentos:
· -Balança mecânica (150 kg)
· -Gaiolas de Madeira ou Ferro
· -Cambão e Puçá
7) O manejo nutricional da espécie nos sistemas de produção.
De interesse zootécnico devido elevada fecundidade e prolificidade entre as fêmeas herbívoras. Sua gestação dura 150 dias, podem parir de 1 a 8 filhotes, sendo estes 50% machos e 50% fêmeas e seu peso é de 1,5 a 2 kg, depois de parir, a fêmea demora de 15 a 20 dias para entrar no cio novamente fazendo c2 parições por ano, resultando em até 16 filhotes por matriz, em média ficam 4 a filhos por parição, metade das fêmeas, fazem duas parições por ano, resultando em 10% de mortalidade; hoje há apenas 30% do potencial reprodutivo desse animal, devido seleção e melhoramento animal. As fêmeas reproduzem a partir de 1 ano de vida, sendo utilizados até 8 anos, pois aumenta o intervalo entre partos e diminui o número de filhotes por partos. Os machos são descartados em torno de 7 anos de vida, a estação de monta ocorre de Maio a Julho, resultando em maior concentração de nascimentos (70%) de Novembro a Janeiro.
Alimentação e Nutrição: É um ciclo, TGI encontramse no ceco (Câmara de fermentação (70%) que confere as capivaras uma eficiência digestiva
comparada a dos ruminantes) → Gramíneas (capim) base da dieta → Não consegue usar os carboidratos (celulose). Não produzem enzimas para digerir estes compostos → Decomposição através de MO (Bactérias e Protozoários). Capivaras realiza cecotrofia ou cecotrofagia, que é a digestão dupla do alimento, no qual a capivara elimina as fezes modificadas, cecófagos, e depois as ingere novamente (ingestão de cecotrofe pela manhã, que passa novamente pelo TGI), para nova absorção de nutrientes. Em cativeiro, cada criador possui sua dieta devido à capivara apresentar fácil adaptação, porém não podem esquecer que ela é um herbívoro, logo necessitam de forragem de boa qualidade e em grande quantidade. A alimentação ideal é de 13 a 15% da proteína bruta (PB), 40% do consumo voluntário do animal, ordem da ração diária de 200 a 300 g.
Texto 04 - Os crocodilianos podem ser criados em diferentes sistemas, como Harvesting, Ranching ou Farming, descreva:
8) O manejo nutricional e reprodutivo destes animais.
Filhotes: Após o 3º ou 4º dia de seunascimento, começam a esgotar as reservas nutritivas do ovo, então começam a comer pequenos peixes e insetos vivos. Indica-se o uso de bandeja de 2 a 3 cm de profundidade para alimentá-los, além de porções de carne moída (bovina, suína ou de galinha), com ossos e vísceras (mais nutritivas), de até 3% do peso vivo do filhote e que devem ser fornecidas 1 vez ao dia. Deve-se reduzir o fornecimento de presas vivas gradativamente. Deve-se evitar mudanças bruscas de dieta, período de fornecimento e tratador.
Adultos: Em cativeiro, deve-se fornecer a eles resto de abatedouros. Alimentação feita de 1 a 7 vezes por semana (correspondente a 7% do peso vivo do animal). Para os reprodutores deve-se fornecer: Aves inteiras, carne e peixes (correspondente a 10% do peso vivo do animal). Durante o inverno frio não devem ser alimentados (até 3 meses). Distribuir o alimento ao redor das lagoas para condicionar o animal a comer o seu alimento e não o dos outros. Fornecer o alimento nas horas mais quentes do dia (temperatura mais elevada, metabolismo mais acelerado).
Atingem a maturidade sexual após 5 ou 6 anos em cativeiro. Para fazer a sexagem do animal é necessária a contenção física. Seu período reprodutivo ocorre entre outubro e janeiro (realizam 1 postura por ano). 1 macho para 4 fêmeas. No inverno pode-se agrupar animais com o mesmo porte. Realizam corte. Fêmea faz o ninho (3 meses de incubação). Realiza postura de novos ovos de novembro a fevereiro, uma média de 17 a 50 ovos por fêmea. A incubação artificial é de 48 horas pós postura. Incubação: Manter a umidade alta (90 a 100%), pulverizar a água 2 vezes por dia, manter temperatura entre 28º e 34º. A eclosão deve ocorrer entre 65 a 85 dias (90%), e após a eclosão, o animal é destinado ao setor de engorda. A temperatura de 28º a 31º, nascem mais fêmeas e 33º a 34º, nascem mais machos. A sexagem deve ser feita entre 7 e 21 dias de idade. Há presença de dente do ovo (ponta no focinho do animal para romper a casca do ovo, e cai logo após este processo).
Fatores que afetam a fertilidade dos animais:
Características genéticas (resultantes de idade, doenças, praticas de manejo e densidade populacional), estresse, nutrição e manejo alimentar. Abate: Normalmente ocorre dos 12 aos 24
meses, com 18 a 27 cm de diâmetro e 1,7 kg de carne. Existem abatedouros específicos para essa espécie e estes seguem a legislação de abate de animais aquáticos (peixes)
9) Quais as características necessárias para que uma espécie seja considerada uma boa candidata para a domesticação? 
Sistemautilizado desde o período pré-histórico, a domesticação de plantas e animais consiste em adaptar e selecionar um grupo de seres vivos que possui características úteis para facilitar a vida dos humanos. Criada pelos seres humanos, a domesticação causou modificações nas características de diversas espécies ao longo dos anos. Com sua constante prática e aperfeiçoamento a cada geração, foram formadas raças como as dos gatos, cães, vacas, porcos, galinhas, ovelhas, coelhos, cabras, entre outros animais domésticos que são utilizados para companhia, alimentação ou na prática da pecuária.
10) Com base na legislação brasileira, qual o significado dos termos "animais silvestres" e “animais exóticos”?
Animais silvestres são aqueles que nascem e vivem em um ecossistema natural, como o lobo-guará, que é naturalmente encontrado no Cerrado. De acordo com a Lei Estadual (SP) nº 11.977, de 25 de agosto de 2005, que instituiu o Código de Proteção aos Animais do Estado, consideram-se animais silvestres: “aqueles encontrados livres na natureza, pertencentes às espécies nativas, migratórias, aquáticas ou terrestres, que tenham o ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras ou em cativeiro sob a competente autorização federal.”
Os animais exóticos são aqueles que não pertencem à fauna original do ambiente em que se encontram. Normalmente, estes animais são retirados de seu habitat e introduzidos em outras regiões pela ação do homem. Também são consideradas exóticas as espécies e subespécies que se tornaram selvagens no país em que foram introduzidas e os animais que entram em um país através de suas fronteiras marítimas, mas que normalmente não existem em seu litoral.