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MASTITE/MAMITE SOCORRO!!!!!!! PRODUÇÃO DEFINIÇÃO Mastite ou mamite é uma enfermidade da glândula mamária, que se caracteriza por processo inflamatório, quase sempre decorrente da presença de microorganismos infecciosos, interferindo diretamente na função do órgão ETIOLOGIA DOIS TIPOS DE FATORES: PREDISPONENTES DETERMINANTES (microorganismos) FATORES PREDISPONENTES Ligados a fisiologia da mama e velocidade de ordenha Ligados a condições anatomo-traumáticas da mama Ligados a enfermidades sistêmicas FATORES PREDISPONENTES FISIOLOGIA DA MAMA adrenalina x ocitocina = leite residual velocidade de ordenha = diâmetro do orifício do teto FATORES PREDISPONENTES ANATOMO-TRAUMÁTICOS: lesões traumáticas + microorganismos = mastite alterações morfológicas da gld mamária (conformação e tamanho do úbere; força dos ligamentos suspensórios do úbere) alterações morfológicas dos tetos (tamanho e formação dos tetos; boa integridade e oclusão dos tetos) congestão e edema pós parto FATORES PREDISPONENTES AFECÇÕES SISTÊMICAS (tumorações da gld mamária; lesões infectadas; moléstias infecciosas) CONDIÇÕES AMBIENTAIS (falhas de assepsia na ordenha como, mãos do ordenhador, ordenhadeiras mecânicas, vasilhames contaminados, contaminação ambiental) FATORES DETERMINANTES Microorganismos: Staphylococcus sp Streptococcus sp (agalactiae, uberis) Corynebacterium pyogenes Coliformes (E. coli, Proteus, Klebsiella) Fungos (Prototeca) 90% 10% FATORES DETERMINANTES OUTROS MICROORGANISMOS: Brucelas Mycobacterium Pseudomonas Salmonelas Pasteurela Clostridium FATORES DETERMINANTES Infecções Simples 77% Infecções Associadas 17% Infecções de Agente desconhecido 6% PATOGENIA VIAS DE INFECÇÃO: Ascendente (Galactógena) Descendente (Via Hematógena) PATOGENIA Mamite Parenquimatosa Mamite Intersticial Mamite Mista FORMAS CLÍNICAS Mastite Catarral Mastite Flegmonosa Mastite Apostematosa Mastite Sub Clínica??? Aguda ou Crônica MASTITE CATARRAL Definição: processo inflamatório superficial (cisternas, ductos e ácinos) Sinais: grumos no leite: caneca fundo escuro queda produção leite tumor rubor dor calor MASTITE CATARRAL Aguda: dor; quente; aumento de volume; produção diminuída; posição antiálgica (posteriores abduzidos); as vezes sinais sistêmicos (febre, congestão de mucosas, anorexia e apatia). MASTITE CATARRAL Crônica: sinais de inflamação mais brandos; diminuição da produção; parênquima de consistência firme (nódulos); aumento de celularidade (CMT); bactérias no microbiológico). Erroneamente chamada de Mastite sub-clínica. OBS: Crônicos podem reagudizar e Agudos podem ter focos crônicos. UM NÃO É NECESSARIAMENTE SUBSEQUENTE AO OUTRO. MASTITE CATARRAL Prognóstico: Bom, se tratada precocemente MASTITE APOSTEMATOSA Definição: processo profundo (estruturas tubulares, secretoras e intersticiais). Sinais: produção de pus abundante; formação de abscessos; alteração glandular (hipertrofia, atrofia e pontos de supuração); à palpação endurecimento difuso ou circunscrito; agalaxia (obstrução pelo pus); supuração pela pele do úbere; odor nauseabundo (Micrococcus indolicus); Toxemia (febre, inapetência); metástases piogênicas (fígado, coração, pulmão e articulações). MASTITE APOSTEMATOSA Prognóstico: quanto à vida bom; quanto à função reservado à mau (difícil cura local, pode evoluir por meses; quando há cura, a glândula nunca recupera a produção). MASTITE FLEGMONOSA Definição: processo inflamatório grave e difuso (todos os tecidos da glândula acometidos, inclusive intersticial). Etiologia: Coliformes; Clostridium; Staphylococcus MASTITE FLEGMONOSA Sinais: toxemia grave (cardiocirc; febre; desidratação; respirat) dor intensa (locomoção) queda brutal produção leite gangrena (comum peq ruminantes) Leite apresenta flocos e aspecto de soro lácteo ou sero-sanguinolento Gangrena = Distúrbios circulatórios locais > cianose > esfriamento da região > gangrena. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO EXAME DO LEITE EXAME FÍSICO INSPEÇÃO MODIFICAÇÃO DE ATITUDE PALPAÇÃO EXAME DO LEITE ASPECTO MACRO LEITE: caneca telada ou fundo escuro: presença de resíduos grumos, filamentos, coágulos, pus e sangue. volume; cor; consistência; odor EXAME DO LEITE pH do leite ( normal 6,6 a 6,8): anormal alcalino (muito subjetivo, pH pode estar ácido ou alcalino, dependendo do tipo de microorganismo que possa aparecer). CMT: aumento do nº células somáticas (aumento da viscosidade > uma, duas ou três cruzes). EXAME DO LEITE Microscópico: CCS: nº céls somáticas/ml leite 600 mil à 4,5 milhões de céls EXAME DO LEITE Microbiológico: Bacterioscopia Isolamento de bactérias Antibiograma TRATAMENTO CATARRAL : SISTÊMICO?? INTRAMAMARIO FLEGMONOSA: SISTÊMICO + LOCAL APOSTEMATOSA: SISTÊMICO + LOCAL TRATAMENTO Esgotamento freqüente e total do quarto infectado, podendo utilizar-se a ocitocina como coadjuvante. Desinfecção do orifício do teto Administração de antibiótico intramamário específico (antibiograma) TRATAMENTO Antibiótico intramamário: Dose: 250 a 500 mg de princípio ativo por aplicação intramamária. Princípios: oxacilina, canamicina, gentamicina, cefalosporinas, benzilpenicilinas, estreptomicinas, bacitracina de Zinco, tetraciclinas, sulfas, quinolonas TRATAMENTO Apostematosa: Local: Soluções antissépticas: nitrofurazona + líquido de Dakin em partes iguais; iodo PVP. Ablação química: só em quadros graves, nitrato de prata 5% ou Lugol TRATAMENTO Sistêmico: Antibióticos sistêmicos: só qdo sinais sistêmicos Antitérmicos Analgésicos Fluidoterapia Cirúrgico: amputação do teto (facilita drenagem); incisão de abscessos (drenos ou sedenhos)