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Anatomia dento-alveolar Esmalte = 90% mineral e estrutura mais densa do corpo. Aspecto radiopaco. Dentina = 75% mineral, radiopacidade = osso, junção amelodentinária, cemento (50% mineral) Polpa = responsável pela nutrição, inervação entre outras funções, aspecto radiolúcido. Lâmina dura = aspecto radiopaco, ao redor do ligamento periodontal, confere integridade ao dente, quando o dente possui a lâmina dura intacta o dente é considerado hígido, quando o dente não está hígido significa que ele perdeu a lâmina dura. Limita o alvéolo dentário, por uma fina camada radiopaca de osso denso. É a extensão de um revestimento da cripta óssea que envolve cada dente. Aparência variável. É mais larga e mais densa em volta das raízes dos dentes que suportam maior estresse mastigatório e mais fina e menos densa em volta dos dentes menos sujeitos à função oclusal. A presença da integridade da lâmina dura em volta do ápice do dente é fortemente sugestiva de vitalidade pulpar. Ligamento periodontal = responsável pelo amortecimento das forças mastigatórias aplicadas ao dente. Composto por colágeno, espessura variável, contorna raízes (crista-crista), comum que em pacientes em tratamento ortodôntico e em pacientes no início de lesão periapical encontrem-se com o ligamento periodontal mais espessado. Aspecto radiolúcido. A espessura do ligamento está relacionada ao grau de função devido ao ligamento periodontal ser mais fino em volta das raízes dos dentes com boa inserção óssea e naqueles que perderam seus antagonistas. No entanto, o inverso não é verdadeiro, uma vez que espaços consideravelmente maiores não são regularmente observados em indivíduos com oclusão pesada ou bruxismo. Osso trabecular = espessura variável (mandíbula maior, maxila menor), também varia com de acordo com a localização. Na região anterior da mandíbula, as trabéculas são mais grossas do que na maxila, resultando num padrão mais grosseiro (Fig. 8-13), com trabéculas orientadas mais horizontalmente. O trabeculado é mais escasso que na maxila, e os espaços medulares são correspondentemente maiores. Desgastes e fraturas coronárias 1. Atrição: comumente encontrado em pacientes com bruxismo excêntrico. OBS: Tipos de bruxismo cêntrico – apertamento e excêntrico – ranger dos dentes. Tratamento = primeiro tratar o fator causal e depois realizar os procedimentos restauradores 2. Abrasão (agente físico) e Erosão (agente químico) Exposição de dentina = hipersensibilidade dentinária Primeiro deve-se realizar os processos de dessensibilização para poder realizar os procedimentos restauradores. 3. Fratura coronária = destruição coronária que pode ter diferentes causas, desde processos traumáticos às lesões cariosas. Representa 25% das lesões traumáticas na dentição permanente e 40% das lesões na dentição decídua. Causas mais comuns – quedas, acidentes envolvendo veículos e golpes de corpos estranhos que atingem os dentes. Classificada em três categorias: • Fraturas que envolvem somente o esmalte sem perda de substância do esmalte (trincas ou rachaduras da coroa). • Fraturas que envolvem o esmalte ou esmalte e dentina com perda de substância dentária, mas sem envolvimento pulpar (fratura não complicada). – Mais comuns. • Fraturas que passam através do esmalte, dentina e polpa com perda de substância dentária e exposição da polpa (fratura complicada). As fraturas complicadas da coroa são distinguíveis pelo sangramento da polpa exposta ou por gotas de sangue que se formam a partir da área de exposição. A polpa é visível e pode extravasar pela abertura da câmara pulpar se a fratura é antiga. A polpa exposta é sensível à maioria das formas de estímulo. ➢ Características da imagem: A imagem fornece informações sobre a localização e a extensão da fratura e a relação do fragmento e plano da fratura para a câmera pulpar. O estágio do desenvolvimento da raiz do dente envolvido também pode ser avaliado (Fig. 30-7). Essa imagem inicial também fornece um meio de comparação para exames de acompanhamento dos dentes envolvidos. Tratamento e prognóstico: ➢ O prognóstico para os dentes com fraturas limitadas ao esmalte é ótimo, e a necrose pulpar se desenvolve em menos de 2% dos casos. ➢ Se a fratura envolve tanto o esmalte quanto a dentina, a frequência de necrose pulpar é de cerca de 3%. Fraturas oblíquas têm um prognóstico pior que as fraturas horizontais, devido potencialmente à maior quantidade de dentina exposta. A frequência de necrose pulpar aumenta enormemente com a concussão e a mobilidade do dente. ➢ O tratamento das fraturas coronais complicadas de dentes permanentes pode envolver capeamento pulpar, pulpotomia ou pulpectomia, dependendo do estágio de formação radicular. Se a fratura coronal do dente decíduo envolve a polpa, é normalmente mais indicada a extração. 4. Mineralizações = OBS: Dentina terciária – produzida frente a estímulos, com objetivo de proteger a polpa. Ter cuidado em diferenciar a dentina terciária e mineralizações. 5. Nódulo pulpar, imagem radiopaca na polpa do dente, formada por sais de cálcio, paciente assintomático. Pode atrapalhar em casos de tratamento endodôntico. Pode aparecer em mais de um elemento dentário. Reabsorções radiculares 1. Reabsorção radicular externa = encurtamento radicular, geralmente ocorre na região de incisivos, tanto inferiores quanto superiores. Processo patológico. Exemplo: casos de tratamento ortodôntico – iatrogenia (problema causado pelo próprio tratamento – PRINCIPAL CAUSA DE PROCESSO) 2. Reabsorção radicular interna = não possui encurtamento radicular, ocorre a reabsorção das paredes internas da raiz (efeito balonizante). Origem comumente de trauma. ATENÇÃO: Rizólise ≠ Reabsorção radicular Rizólise é a destruição da raiz de um dente decíduo, por causa da erupção de um dente permanente. Processo fisiológico. Fraturas radiculares 1. Horizontal = o plano de clivagem pode se estender por todo o longo eixo da raiz perpendicular ou obliquamente. Tratamento exodontia e implante. Ocorrem mais comumente em incisivos centrais superiores e resultam da aplicação direta da força traumática à face, aos processos alveolares ou aos dentes. 2. Vertical = fratura longitudinal da raiz. representam planos de fratura que correm ao longo da coroa em direção ao ápice dentário, geralmente através das superfícies das raízes lingual e vestibular. Possui prognóstico pior que o da fratura horizontal, tratamento é exodontia. geralmente envolvem o dente molar em adultos. As fraturas verticais podem ser iatrogênicas, após a inserção dos parafusos ou pinos de retenção nos dentes, ou o resultado das altas forças oclusais particularmente no dente restaurado. Os dentes posteriores endodonticamente tratados que não foram restaurados com uma restauração de cobertura completa também estão em risco. OBS: Quanto mais próxima a fratura está do ápice, mais estável é o dente. São mais prováveis de ocorrer em dentes com núcleos que tenham sido submetidos a traumatismo ➢ Características da imagem: As fraturas horizontais da raiz dentária podem ocorrer em qualquer nível e envolvem uma ou todas as raízes de um dente multirradicular. A maioria das fraturas confinadas à raiz ocorre no terço médio da raiz. A capacidade de uma imagem para revelar a presença de uma fratura na raiz depende do ângulo do feixe de raios X incidente ao plano da fratura e do grau de separação dos fragmentos. A maioria das fraturas radiculares sem deslocamento é normalmente difícil de detectar, e diversas projeções em diferentes ângulos podem ser necessárias. Em alguns casos, quando a linha de fratura não é visível, a única evidência de fratura pode ser localizada por meio do aumento na largura do espaço correspondente ao ligamento periodontaladjacente ao local da fratura Trepanações ou perfurações (iatrogenia) Mudança no longo eixo do dente Tratamento exodontia Hipercementose Única situação na qual é possível visualizar radiograficamente o cemento.
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