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Fichamento Cap 1 - Farmacologia Ilustrada Karen Whalen 6 ed

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FARMACOCINÉTICA (CAP.1) 
 
- A farmacocinética estuda o que o organismo faz com o fármaco. Já a farmacodinâmica 
descreve como o fármaco age no organismo. 
 
- Propriedades Farmacocinéticas: 
→ Absorção: Desde o local de administração que permite a entrada do fármaco no plasma 
sanguíneo. 
→ Distribuição: O fármaco sai da circulação sanguínea e distribui-se nos líquidos intersticiais 
e intracelular. 
→ Biotransformação: O fármaco é biotransformado no fígado e em outros órgãos. 
→ Eliminação: Os fármacos e seus metabólitos são eliminados na urina, na bile ou nas fezes. 
 
- Vias de Administração: 
→ A via de administração é determinada primariamente pelas propriedades do fármaco (ex: 
hidro ou lipossolubilidade, ionização) e pelos objetivos terapêuticos (ex: necessidade de 
início rápido, necessidade de tratamento por longo tempo ou restrição de acesso a um local 
específico). 
A. Enteral 
Ou administração pela boca, é o modo mais seguro, comum, conveniente e econômico de 
administrar os fármacos. O fármaco pode ser deglutido, por via oral ou pode ser colocado sob 
a língua (sublingual) ou entre a bochecha e a gengiva, facilitando a absorção direta na 
circulação sanguínea. 
1. Oral: Oferecem várias vantagens. São facilmente auto administrados, e a toxicidade 
pode ser facilmente neutralizada com antídotos. Porém, as vias envolvidas na absorção 
são as mais complicadas, e o baixo pH do estômago inativa alguns fármacos. Além 
disso, uma ampla variedade de preparações orais é disponibilizada. 
a. Preparações revestidas (entéricas): envoltório químico que protege o fármaco do ácido 
gástrico, liberando-o, porém no intestino (menos ácido), onde se dissolve e permite sua 
liberação. 
b. Liberação prolongada: têm revestimentos ou ingredientes especiais que controlam a 
liberação do fármaco, permitindo uma absorção mais lenta e duração de ação mais 
longa. Mantêm as faixas terapêuticas por um longo período de tempo e são mais 
vantajosas com aqueles que têm meia-vida curta. 
2. Sublingual e bucal: Permite que o fármaco se difunda na rede capilar e, assim, entre 
diretamente na circulação sistêmica. Inclui facilidade de administração, absorção rápida e, 
ultrapassagem do ambiente gastrointestinal (GI) e evita a biotransformação de primeira 
passagem.Sua diferença para a parenteral é que não é absorvido 100%, pois parte ainda é 
deglutida pelo indivíduo. 
 B. Parenteral 
Introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica. É usado para fármacos que são poucos 
absorvidos (ex: heparina) e instáveis (ex: insulina) no trato gastrointestinal (TGI). Também é 
usado no paciente imposto de tomar oralmente ou quando é necessário um início rápido de 
ação. Além disso, essas vias possuem maior disponibilidade e não estão sujeitas à 
biotransformação de primeira passagem ou ao meio GI agressivo. Também asseguram o melhor 
controle sobre a dose real do fármaco administrada ao organismo. Todavia, sua administração 
é irreversível e pode causar dor, lesões e infecções. As principais vias de adm. são a 
intravascular (intravenosa ou intra-arterial), a intramuscular e subcutânea. 
1. Intravenosa (IV): É a mais comum. É útil para fármacos que não são absorvidos via 
oral. Ela permite um maior controle sobre a quantidade de fármaco administrado e um 
efeito rápido sobre o organismo. 
2. Intramuscular (IM): A medida que o fármaco se difunde para fora do músculo, ele 
precipita-se no local da injeção. Ele então se dissolve lentamente, fornecendo uma 
concentração sustentada durante um prolongado período de tempo. 
3. Subcutânea (SC): Oferece absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV. 
Propõe efeitos lentos, constantes e prolongados. 
 
- Absorção de Fármacos 
É a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A 
velocidade e a eficiência da absorção depende do ambiente onde o fármaco é absorvido, das 
suas características químicas e da via de administração (o que influência na 
biodisponibilidade). Com exceção da exceção da intravenosa em que o medicamento já cai na 
corrente sanguínea., as demais podem resultar em absorção parcial e menor biodisponibilidade. 
 
* Trato Gastrointestinal: Também conhecido como sistema digestivo, incluem boca, faringe, 
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. É responsável pela quebra 
de substâncias em partículas menores e pela sua absorção. No intestino delgado, além de grande 
parte do processo de digestão, ocorre também a absorção de nutrientes. 
 
A. Mecanismos de absorção de fármacos a partir do TGI 
Dependendo das suas propriedades químicas, os fármacos podem ser absorvidos do TGI por 
difusão passiva, difusão facilitada, transporte ativo ou endocitose. 
1. Difusão Passiva: O fármaco se move da região de concentração alta para o de 
concentração baixa. A maioria dos fármacos é absorvida por esse mecanismo. Aqueles 
hidrossolúveis atravessam as membranas celulares através de canais ou poros aquosos, 
e os lipossolúveis movem-se através das membranas biológicas, devido à sua 
solubilidade na bicamada lipídica. 
2. Difusão Facilitada: O fármaco entra na célula por meio de proteínas transportadoras 
transmembranas especializadas que facilitam a passagem de moléculas grandes. Não 
requer energia, pode ser saturado e pode ser inibido por compostos que competem pelo 
transportador. 
3. Transporte ativo: Também envolve transportadores proteicos específicos que 
atravessam a membrana. O transporte ativo dependente de energia é movido pela 
hidrólise de ATP. É capaz de mover fármacos contra um gradiente de concentração, ou 
seja, se uma região com baixa concentração de fármaco para outra com mais 
concentração, o processo é saturável e pode ser inibido por outras substâncias 
cotransportadoras. 
4. Endocitose: São usados para transportar fármacos grandes através da membrana 
celular. A endocitose envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana 
e seu transporte para o interior da célula pela compreensão da vesícula cheia de 
fármaco. 
 B. Fatores que influenciam a absorção 
1. Efeito do pH na absorção de fármacos: Um fármaco atravessa a membrana mais 
facilmente se não estiver ionizado. Por isso, a concentração efetiva da forma permeável 
de cada fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas 
entre as formas ionizadas e não ionizadas. O equilíbrio de distribuição é alcançado 
quando a forma permeável de um fármaco alcança a concentração igual em todos os 
espaços aquosos. 
2. Fluxo de sangue no local de absorção: os intestinos recebem um fluxo de sangue muito 
maior que o estômago, de modo que a absorção deste é favorecida ante aquele. 
3. Área ou superfície disponível para absorção: Por conter microvilosidades, o intestino 
possui maior absorção do que o estômago. 
4. Tempo de contato com a superfície de absorção: Se um fármaco se desloca rapidamente 
ao longo do TGI, ele não é bem absorvido. Contudo, qualquer retardo no transporte do 
fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção. 
5. Expressão da glicoproteína P: é uma proteína transportadora responsável pelo 
transporte de várias moléculas, incluindo fármacos. Ela é expressa em tecidos por todo 
o organismo. Ou seja, ela bombeia fármacos para fora das células, logo, nas áreas de 
expressão elevada, a glicoproteína P diminui a absorção de fármacos e também associa-
se a resistência aos fármacos. 
 
C. Biodisponibilidade 
Representa a taxa e a extensão com que um fármaco administrado alcança a circulação 
sistêmica. Por exemplo, se 100mg de um fármaco for administrado por via oral, e 70 mg são 
absorvidos inalteradamente, a sua biodisponibilidade é de 0,7 ou 70%. Conhecer a 
biodisponibilidade é importante para calcular a dosagem de fármaco para vias de administração 
não intravenosas. 
1. Determinação de biodisponibilidade: é determinada pela comparaçãodos níveis 
plasmáticos em relação aos obtidos por via intravenosa. 
2. Fatores que influenciam a biodisponibilidade: A administração oral de um fármaco 
envolve frequentemente biotransformação de primeira passagem. Além de 
características físicas e químicas do fármaco, determina a velocidade e extensão com 
que ele alcança a circulação sistêmica. 
- Os fármacos administrados por via oral são expostos primeiro ao fígado e podem ser 
extensamente biotransformados antes de alcançar as demais regiões do organismo. Os 
fármacos administrados por via intravenosa entram diretamente na circulação sistêmica 
e tem acesso direto às demais regiões do organismo. 
 
D. Bioequivalência 
Duas formulações de fármacos são bioequivalentes se elas apresentam biodisponibilidades 
comparáveis e tempos similares para alcançar o pico de concentração plasmática. 
 
 E. Equivalência terapêutica 
Duas formulações são terapêticamente equivalentes se apresentam a mesma dosagem, contêm 
a mesma substância ativa e são indicadas pela mesma via de administração, com perfis clínicos 
e de segurança similares. 
 
- Distribuição de Fármacos 
Distribuição de fármacos é o processo pelo qual um fármaco abandona o leito vascular e entra 
no interstício (líquido extracelular) e, então, nas células dos tecidos. Para fármacos 
administrados via intravenosa, onde não existe absorção, a fase inicial representa a fase de 
distribuição, na qual o fármaco rapidamente sai da circulação e entra nos tecidos. 
Fluxo sanguíneo: a taxa de fluxo de sangue para os capilares dos tecidos varia amplamente. 
Por exemplo, o fluxo de sangue para os órgãos ricos em vasos (cérebro, fígado e rins) é maior 
do que para os músculos esqueléticos. 
Permeabilidade capilar: É determinada pela estrutura capilar e pela natureza química do 
fármaco. Varia em termos de fração exposta da membrana basal com junções com frestas entre 
as células endoteliais. 
Ligações a proteínas plasmáticas: A ligação reversível às proteínas plasmáticas fixa os 
fármacos de forma não difusível e retarda sua transferência para fora do compartimento 
vascular, retardando sua distribuição fazendo com que ela permaneça mais tempo na circulação 
sistêmica. 
Ligação a proteínas dos tecidos: Vários fármacos se acumulam nos tecidos, levando a 
concentrações mais elevadas no tecido do que no líquido extracelular e no sangue. 
Lipofilicidade: A natureza química do fármaco influencia fortemente a sua capacidade de 
atravessar membranas celulares. Os lipofílicos se movem mais facilmente através das 
membranas biológicas. Eles se dissolvem nas membranas lipídicas e permeiam toda a 
superfície celular. O principal fator que influencia a distribuição lipofílica é o fluxo de sangue 
para aquela área. Em contraste, os fármacos não penetram facilmente nas membranas celulares 
e devem passar através de junções com fendas. 
Volume de distribuição: é o volume líquido necessário para conter todo o fármaco do 
organismo na mesma concentração presente no plasma. 
 
- Depuração de fármacos por meio da biotransformação 
Logo que o fármaco entra no organismo começa o processo de eliminação. As três principais 
vias de eliminação são biotransformação hepática, eliminação biliar e eliminação urinária. 
Juntos, esses processos diminuem exponencialmente a concentração no plasma. A 
biotransformação gera produtos com maior polaridade, o que facilita a eliminação. 
 
- Depuração de fármacos pelos rins 
Os fármacos devem ser suficientemente polares para serem eliminados do organismo. A saída 
do fármaco do organismo ocorre por numerosas vias, sendo a eliminação na urina por meio dos 
rins a mais importantes. Pacientes com disfunção renal podem ser incapazes de excretar os 
fármacos, ficando sujeitos ao risco de acumulá-los e apresentar efeitos adversos. 
 
- Depuração por outras vias 
Os fármacos que não são absorvidos após administração oral ou fármacos que são secretados 
diretamente para os intestinos ou na bile são eliminados com as fezes. Os pulmões estão 
envolvidos primariamente na eliminação dos gases anestésicos. A eliminação no leite pode 
expor a criança lactante aos medicamentos.

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