Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Deiglianne Duarte Ribeiro 1 São distúrbios caracterizados pela morte neuronal excessiva e prematura em regiões focais do cérebro. São exemplos de distúrbios neurodegenerativos a doença de Alzheimer, doença de Huntington, doença de Parkinson, esclerose múltipla, ELA (esclerose lateral amiotrófica) entre outros. Segundo Corrêa et al. (1906) Alzheimer é uma doença degenerativa primária do cérebro, caracterizada por declínio progressivo de funções cognitivas, como memória, pensamento, compreensão, cálculo, linguagem, capacidade de aprender e discernimento. Prevalência: No Brasil, a taxa estimada foi de 7,7 por 1000 pessoas-ano em indivíduos com mais de 65 anos de idade. Possíveis causas: ✓ Acúmulo de proteínas beta amilóide e tau; ✓ Formação de placas e emaranhados; ✓ Risco genético ao cromossomo 19; ✓ Papel inflamatório; ✓ Perda de colina acetiltransferase; ✓ Atrofia cortical. “A periodontite está associada a um aumento no declínio cognitivo na doença de Alzheimer, que pode ser causada pelos efeitos da inflamação sistêmica” (IDE, M. et al, 2016). Apresentação da doença: ✓ Início insidioso e sutil; ✓ Perda da memória recente; ✓ Orientação e linguagem (afasia); ✓ Mudança de comportamento e personalidade; ✓ Modificação da vida diária; ✓ Incapacidade de trabalhar; ✓ Paciente confuso e necessitando de supervisão; ✓ Perda de inibição; ✓ Perda das habilidades motoras (apraxia); ✓ Convulsões, subnutrição, infecções e morte; ✓ Incapacidade de identificar objetos com o uso (agnosia). O que são distúrbios neurodegenerativos: Doença de Alzheimer: 5 A 15 A N O S Deiglianne Duarte Ribeiro 2 Termos relacionados: ✓ Afasia: perda da capacidade de produzir ou compreender a linguagem; ✓ Apraxia: Perda da capacidade de executar movimentos coordenados; ✓ Agnosia: Incapacidade de identificar um objeto com o uso de um ou mais sentidos. Fatores de risco: ✓ Idade maior que 65 anos; ✓ Genética (de início precoce, parentes de primeiro grau); ✓ Sexo feminino (mais comum); ✓ Baixo nível educacional (sinapses); ✓ Traumatismo crânio-encefálico (pugilistas); ✓ Comorbidades (diabetes, doenças cardiovasculares, depressão, obesidade e estilo de vida). Medicamentos: Não há cura, porém o tratamento é feito com medicamentos inibidores de colinesterases que evitam a desagregação da acetilcolina, são os mais comuns: ✓ Donepezil (Aricept) ✓ Galantamina (Reminyl) ✓ Rivastigmina (Exelon) ✓ Tacriana (Cognex) Em pacientes usuários de Donezepil, Galantamina e Rivastigmina causam aumento da produção de suco gástrico. Nesses pacientes, o tempo de uso de antiinflamatórios deve ser reduzido, pois o uso crônico pode gerar gastrite ou úlcera, em casos mais graves. Principais manifestações orais: Os indivíduos portadores dessa demência apresentam maiores problemas orais em relação aos indivíduos sem demência. Portanto, cabe ao CD prever o declínio da saúde oral dos pacientes com essa doença. Pacientes portadores da doença de Alzheimar geralmente são pacientes polifarmácia (usuários de vários medicamentos). Essa combinação de medicamentos pode acarretar diversas implicações, como trombocitopenia, agranulocitose, leucopenia, distonia e discinesia. Na cavidade oral, podem apresentar: ✓ Xerostomia; ✓ Cáries; ✓ Candidíase; ✓ Doença periodontal; ✓ Úlceras traumáticas. Deiglianne Duarte Ribeiro 3 → Estágio da doença (em pacientes com estágio leve ou moderado o atendimento pode ser feito sem maiores preocupações, com abordagem positiva e empática); → Avaliar comorbidades; → Avaliar medicamentos administrados; →Avaliar habilidades cognitivas do paciente; → Discutir com a família na tomada de decisões; → Instruir os cuidadores. → Manter atenção do paciente; → Dizer-mostrar-fazer; → Palavras e frases curtas; → Sempre repetir as instruções; → Manter comunicação não verbal; → Prevenção a cada três meses, aplicação tópica de flúor e instrução de higiene oral. A doença de Parkinson é neurodegenerativa marcada por um distúrbio de movimento hipocinético proeminente, que é causada pela perda de neurônios dopaminérgicos de substância nigra.. Etiologia: Diferentemente da doença de Alzheimer, possui etiologia desconhecida. Porém, existem algumas sugestões de situações que podem desencadear a doença, como: ✓ Mutações genéticas; ✓ AVCs; ✓ Tumores cerebrais; ✓ Traumas; ✓ Fatores ambientais. Prevalência: → OMS- 1% da população mundial acima de 65 anos (6,3 milhões de pessoas); → EUA- 59 mil casos por ano; → Brasil- estudos escassos: estimativa de 250 mil portadores de DP. Sintomas: ✓ Depressão e insônia; ✓ Perda de peso; ✓ Hipotensão ortostática; ✓ Prisão de ventre; ✓ Excesso de transpiração; ✓ Hipercifose (pés inchados); ✓ Dificuldade de urinar; ✓ Salivação excessiva e problemas de deglutição; ✓ Dificuldade de falar; ✓ Problemas respiratórios; ✓ Fechamento involuntário da pálpebra (blefaroespasmo). O que considerar em paciente com Alzheimer: Atendimento do paciente com Alzheimer: Doença de Parkinson: Deiglianne Duarte Ribeiro 4 Sinais (apresentação clínica): Esses pacientes possuem a característica de face Parkinsoniana, caracterizada por: ✓ Cabeça inclinada para frente; ✓ Olhar fixo; ✓ Expressão de espanto; ✓ Supercílios elevados; ✓ Fronte enrugada. Tratamento: Não existe cura, porém existe tratamento medicamentoso eficiente para a doença, com objetivo de aumentar os níveis de dopamina. Os principais medicamentos utilizados são: ✓ Levododa (Sinemet) ✓ Pamipexol (Mirapex) – interage com macrolídeos (ex: eritromicina) ✓ Entacapone (Comtan) – limitar 2 tubetes com ADR (1:100.00) Alterações orais: ✓ Xerostomia (decorrente da medicação); ✓ Salivação excessiva (decorrente da doença); ✓ Cárie; ✓ Candidíase; ✓ Doença periodontal; ✓ Podem desenvolver bruxismo; Tratamento odontológico: ✓ Consultas no início da manhã; ✓ Instrução de higiene oral (escovas elétricas, modificações...); ✓ Utilizar isolamento absoluto; ✓ Estabilização; ✓ Inclinar a cadeira mais de 45º e sucção constante; ✓ Cautela com sedativos orais e prescrição de antibiótico.
Compartilhar