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Erosão dentária

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Fatores que provocam dissolução ácida dos tecidos 
dentários: cárie, erosão e condicionamento ácido. 
Na erosão não se tem um pH crítico, mas sim a 
dependência de uma concentração do fluido. 
 
A erosão dentária é a desmineralização parcial da 
superfície do dente causada pela exposição repetida a 
ácidos 
“A perda de tecido superficial, que resulta da exposição 
simultânea e / ou subsequente a forças mecânicas é 
conhecida como desgaste dentário erosivo (ETW) - 
desfaste químico/fídico.” - Carvalho & Lussi, 2020 
“Desgaste químico causado pelo contato do dente com 
ácidos extrínsecos ou intrínsecos, que aceleram a perda de 
minerais.” - Cury / Tenuta / Groisman / Maltz, 2016 
Tanto a erosão dentária como a cárie dentária são 
resultados de processos de desmineralização causados por 
ácidos presentes na cavidade bucal. O processo carioso é 
 causado por ácidos de origem bacteriana e ocorre na 
 interface entre o biofilme e a superfície dentária, levando à
formação de uma lesão subsuperficial. A erosão dentária, 
 por sua vez, é descrita como uma perda crônica,
patológica e irreversível do tecido mineralizado do dente 
 devido a um processo químico de dissolução ácida ou 
 quelação sem o envolvimento bacteriano. A fisiopatologia 
 da erosão dentária é modulada por múltiplos fatores, 
 incluindo o comportamento do hospedeiro, o fluxo salivar, a 
 película adquirida e o microambiente que cerca o dente.
ência multifatorial, a erosão Como resultado desta depend
pode apresentar uma alta prevalência e uma evolução 
potencialmente rápida e destrutiva. 
 
Erosão dentária = corrosão: desgaste que resulta da 
interação entre degradação química, promove um 
enfraquecimento na superfície em questão, associado a 
movimentos entre as superfícies, e remove essas 
estruturas enfraquecidas. 
 
 
 
 
Etiologia 
 
Estudo: Erosion in relation to nutrition and the environment 
 
 
 
Estágios do processo erosivo 
 
1) Amolecimento da superfície (sem perda de mineral) 
2) Perda parcial de minerais e amolecimento da superfície 
adjacente, pelos processos de atrição e abrasão. 
3) Perda mineral de superfície significativamente maior 
 
A intensidade da desmineralização varia de acordo com o 
tipo de ácido presente e com o tempo de contato deste 
com a superfície dentária. 
 
A desmineralização erosiva do esmalte é caracterizada 
pela dissolução inicial da superfície do esmalte, o que causa 
um aumento na sua rugosidade. A espessura desta camada 
dissolvida foi relatada como entre 0,2 a 0,3 μm, e a 
estrutura da superfície do esmalte erodido corresponde a 
um padrão típico de ataque ácido. Este processo é seguido 
por uma dissolução contínua, de camada por camada dos 
cristais de esmalte. Estas camadas desmineralizadas da 
superfície do dente são removidas, levando a uma perda 
irreversível de tecido dentário. Em estágios mais avançados 
há a exposição da dentina.1. 
Ao contrário do processo de cárie, no qual os cristais 
parcialmente dissolvidos das diferentes camadas da lesão 
podem sofrer processo de remineralização, o processo 
erosivo é caracterizado por uma completa dissolução dos 
cristais e a lesão tem um aspecto endurecido. A 
remineralização com o aumento dos cristais 
desmineralizados é praticamente inexistente no processo 
de erosão. 
 
Erosão dentária 
Os ácidos responsáveis pela erosão dentária não são 
produtos da flora microbiana da cavidade bucal, e sim de 
origem extrínseca ou intrínseca. 
 
Quando uma solução ácida entra em contato com o 
esmalte, ela se difunde primeiro por meio da película 
adquirida, e só depois disso interage com o esmalte. Na 
superfície de esmalte, o componente H+ do ácido iniciará 
área da a dissolução do cristal de esmalte. Inicialmente, a 
bainha do esmalte é dissolvida e depois o núcleo do prisma, 
levando ao conhecido aspecto de favo de mel. 
Consequentemente, o ácido deionizado irá se difundir nos 
espaços interprismáticos do esmalte, dissolvendo os 
minerais desta região. Isto levará a uma saída de íons e, 
subsequentemente, a um aumento do pH local na interface 
entre a superfície do esmalte e a camada de líquido ácido. 
Os eventos que ocorrem na dentina são, a princípio, os 
mesmos, entretanto, são mais complexos do que aqueles 
que ocorrem no esmalte. 
 
A desmineralização erosiva resulta na exposição de uma 
camada externa formada por matriz orgânica 
completamente desmineralizada seguida por uma zona 
parcialmente desmineralizada até atingir uma camada mais 
interna de dentina hígida 
 
 
Diferentes estágios do processo erosivo. 1) Softening da superfície (sem perda 
de mineral; seta preta). 2) Perda parcial de minerais (seta branca) e softening 
da superfície adjacente. 3) Perda mineral de superfície significativamente maior 
(seta branca). 
 
Papel da saliva 
 
 prevalência e severidade das lesões de erosão 
dentária. 
 Fluxo salivar e composição salivar: diluição, limpeza, 
neutralização, tamponamento, cálcio e fosfato, 
película adquirida. 
 
Película adquirida inibe significantemente a perda da 
microdureza superficial e o aumento da rugosidade 
superficial em esmalte dentário. 
 
Uma dieta ácida tem uma forte influência no fluxo salivar, 
por meio de uma salivação antecipatória ao evento. 
entretanto, parece que o tempo e a quantidade de saliva 
produzida não são suficientes para que ela exerça o seu 
papel protetor. 
 
Características clínicas 
 
Exame clínico deve ser realizado com os dentes limpos 
e secos e sob iluminação artificial. 
 
Os dentes são erodidos onde as substâncias ácidas 
atingem as superfícies do esmalte antes de serem diluídas 
e neutralizadas pela saliva. 
 
 brilho sedoso/opaco 
 mudanças na morfologia 
 esmalte intacto ao longo da margen gengival 
 
Em superfícies lisas: 
 perca do brilho 
 aplainamento de áreas convexas 
 concavidades rasas 
 
Em áreas oclusais: 
 arredondamento de cúspides 
 cúspides em forma de concha 
 margens salientes de restaurações 
 desaparecimento da morfologia oclusal 
 altura coronal reduzida 
 
Áreas geralmente não afetadas: proximais, esmalte sob 
placa, áreas subgengivais. 
 
 
Contornos dentários arredondados 
 
 
Planificação das áreas convexas com surgimento de 
concavidades (superfícies dentais lisas livres) e desaparecimento 
dos tubérculos linguais. 
 
 
Margem incisal serrilhada e azulada (prismas de esmalte (v) sem 
suporte dentinário) 
 
 
Exposição dentinária em formato de cunha 
 
 
Borda de esmalte intacto ao longo da margem gengiva 
 
 
 
 
Formação de fossas ou crateras na região das cúspides/ incisais 
 
 
Perda da anatomia oclusal 
 
 
Restaurações acima do nível do tecido dentário adjacente 
 
 
Dentina escavada 
 
 
Exposição dentinária 
 
Evidências científicas sugerem que o tecido dentário previamente 
desgastado pela erosão torna-se mais suscetível ao desgaste por 
abrasão ou atrição quando comparado ao tecido intacto 
 
 
 
 
Sintomatologia clínica 
 
Sensibilidade: frio, calor, tátil 
 
ÍNDICE DE BEWE 
 
 
 
Fatores de risco 
 
 
 
 
 
 
 A DRGE é definida como uma condição na qual o 
conteúdo gastroduodenal atinge regularmente o 
esófago e, provavelmente, a cavidade oral 
 Alguns estudos descobriram que a superfície dos 
dentes mais afetada em pessoas com DRGE é a 
superfície palatina dos dentes anteriores superiores, 
o que está em claro contraste com a ocorrência de 
erosão na população em geral. 
 
 
 
 anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa (BN), 
trantornos alimentares não específicos 
 esses transtornos alimentares afetam a regulação da 
ingestão alimentar, como a escolha dietética restrita 
e a indução de vômitos e, portanto, podem ter um 
impacto na saúde bucal. 
 achados de um estudo indicam claramente que o 
vômito aumenta a probabilidade de desenvolver 
erosão [23, 26] e pode ser o fator de risco mais 
sério para aqueles com transtornos alimentares. 
 
A perimólise (perda de esmalte e dentina nas superfícies 
linguais dos dentes por efeitos químicose mecânicos 
causados principalmente pela regurgitação do conteúdo 
gástrico e agravada pela movimentação da língua [25]) foi 
encontrada apenas no grupo dos vômitos; 23 de 27 (85%) 
tinham erosões nas superfícies linguais e oclusais e 15 
(56%) tinham lesões graves envolvendo camadas mais 
profundas de esmalte e dentina [16]. 
 
 Dieta vegetariana (1-9% da população ocidental) e 
Dieta vegana (0,1%da população ocidental). 
 Consumo aproximadamente 30% maior de frutas 
entre vegetarianos em comparação com onívoros 
[31] ou uma proporção de até 96% do consumo de 
frutas em pessoas que vivem com uma dieta de 
alimentos crus [32]. 
 
Pelo líquido mesmo, ou possibilidade de causar vômito. 
 
 drogas ácidas, medicamentos e suplementos 
alimentares, ácido acetílico salicílico (AAS), 
comprimidos de ferro ou suplementos vitamínicos. 
 
O potencial erosivo só pode ocorrer se o tempo de 
contato entre os dentes e o preparo for longo o suficiente 
(comprimidos efervescentes/ mascar). 
 
 outros medicamentos podem contribuir 
potencialmente para o desenvolvimento de refluxo 
gástrico ou podem reduzir o fluxo de saliva, o que 
possivelmente também pode aumentar o risco de 
desenvolvimento de defeitos erosivos 
 a ingestão de medicamentos para asma na forma 
de aerossóis inalatórios tem sido frequentemente 
associada à ocorrência de erosão dentária, uma vez 
que o conteúdo dos inaladores pode ter um pH 
ácido (1 estudo). 
 
 
 pessoas que trabalham em: fábricas de bateria, 
galvanização, fábricas de chapeameno, sommeliers, 
laboratórios ou empresas químicas, farmacêuticas ou 
biotecnológicas 
 a maioria dos estudos revelou que as pessoas que 
não usam nenhuma ou apenas medidas de 
segurança ocupacional limitadas apresentam defeitos 
graves com mais frequência. 
 
Potencial do vinho para causar erosão dentária é o 
resultado de seu conteúdo de ácido de fruta, com os 
ácidos tartárico e málico sendo os mais abundantes. O 
baixo pH do vinho, que varia de 3 a 4 e as baixas 
concentrações de íons P e Ca, também são importantes 
para o efeito erosivo do vinho. Além da acidez do vinho, os 
hábitos de degustação (manter bebida na boca por vários 
segundos) que é um desafio mais pronunciado para o 
esmalte em comparação com os hábitos normais de 
bebida. 
 
Fatores que aumentam o potencial erosivo dos 
alimento 
 
 adesão de uma substância ácida ao dente (maior 
será o tempo provável de contato). 
 temperatura do alimento. Ex.: chás de ervas podem 
ser agentes erosivos agressivos. 
 agitação de uma solução ácida na cavidade bucal 
(velocidade de dispersão dos produtos de dissolução 
da reação). 
 
O conteúdo de cálcio e fosfato de um alimento ou bebida 
é um fator importante para o seu potencial erosivo, pois 
eles influenciam o grau de saturação do líquido em relação 
à superfície dentária. Ex: iogurte, que apresenta baixo pH 
(4), no entanto tem alto teor de cálcio e fosfato. 
 
Fatores comportamentais 
 
 hábitos alimentares e de bebida. 
 dietas ricas em frutas e vegetais ácidos. 
 consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidas. 
 práticas de higiene oral. 
 
Fatores biológicos 
 
 taxa de fluxo de saliva. 
 capacidade tampão. 
 película adquirida anatomia. 
 dentária anatomia dos tecidos moles. 
 movimentos fisiológicos dos tecidos moles. 
 
COMPORTAMENTO DE HIGIENE ORAL 
 
 composição da pasta de dentes. 
 abrasividade. 
 frequência e duração do uso enxágue bucal e 
outros produtos. 
 
“O consumo excessivo de bebidas e alimentos ácidos tem 
sido descrito como o fator extrínseco mais importante 
para a erosão dentária.” Dugmore et al., 2004 
 
Estudos observaram que, em geral, o desgaste dentário 
erosivo está associado a quatro ou mais porções de 
produtos ácidos por dia Lussi & Schaffner, 2000 
 
O esmalte é erodido quando a bebida passa pelos dentes e 
isto termina dentro deste curto período Para prevenir 
erosão a boca e língua devem ser lavadas nos primeiros 
30 segundos 
 
 
 
 
Abordagem clínica 
 
Questionário investigação 
 
 alimentos: quantidade e frequência 3 dias 
 uso de medicamentos 
 relato de refluxo, bulimia, alcoolismo 
 investigação de possíveis fatores de risco. 
 
“O objetivo de remineralizar as lesões erosivas é restaurar 
a resistência mecânica o mais rápido possível para evitar 
danos e as evidências mostram que isso está longe de ser 
alcançado.” Lussi, 2004 
 
Efeito do flúor 
 
Dois mecanismos foram propostos para um efeito do flúor 
na prevenção da erosão: 
 a formação de uma camada semelhante ao CaF2 
que por sua dissolução sob condições erosivas 
protege temporariamente o esmalte subjacente. 
 a formação de um revestimento resistente a ácido 
ou uma camada de esmalte de superfície rica em 
metal que é mais resistente a ácido ao usar 
fluoretos de metal polivalente, TiF4 (Tetrafluoreto 
de titâneo) e SnF2 (Fluoreto estanoso).  a 
proteção oferecida é de curta duração em um 
ambiente de alto desafio ácido, resultando na 
necessidade de aplicação frequente do agente 
preventivo. 
 
Isso deixa pouco tempo e oportunidade para o fluoreto 
atuar por meio da remineralização, e o efeito 
predominante dos tratamentos preventivos deve ser a 
proteção de superfície em vez da remineralização. 
 
Dentifrice with 3500 ppm stannous chloride, 700 ppm 
amine fluoride, and 700 ppm sodium fluoride. 
O dentifrício contendo silicato de cálcio e fosfato de sódio 
com ou sem o gel de fase dupla foi capaz de prevenir o 
desgaste dentário erosivo. 
 
O dentifrício investigado reduziu a perda de esmalte 
contra o desafio com ácido, mas não teve efeito contra o 
desafio com ácido e escovação. 
Pouco se sabe sobre o efeito preventivo dos 
dentifrícios indicados para a erosão dentária. O dentifrício 
anti-erosivo testado foi incapaz de proteger o esmalte 
quando a erosão foi associada à abrasão por escovação. 
 
Tratamento não restaurador 
 
 Fluoretos: evidências limitadas. 
 
1 litro de Coca-cola é capaz de dissolver todo o CaF2 
deixado pelo flúor tópico em 5.000 dentes. 
 
 restringir o consumo somente às refeições 
principais. 
 modificar a forma de consumo. 
 
 
 
 uso de protetores bucais para trabalhadores sob 
risco 
 uso de máscaras 
 não escovar os dentes após consumo de 
alimentos erosivos  aguardar 30 - 60 minutos 
 
Estudos in situ demonstraram que a escovação dentária 
realizada imediatamente após o desafio erosivo em esmalte 
dentário acentua a perda de minerais inicialmente induzida 
pela exposição aos ácidos. 
 
 goma de mascar sem açúcar nos 30 minutos 
seguintes ao desafio erosivo. 
 
A melhor forma de controlar os desgastes dentais 
associados à erosão dentária é por meio do 
monitoramento da frequência de ingestão de alimentos e 
bebidas ácidas e da limitação de exposição aos ácidos 
intrínsecos. 
 
Dependendo do conteúdo de preenchimento e da 
estabilidade à abrasão dos revestimentos de resina, os 
adesivos e selantes de fissuras mostraram prevenir a 
erosão do esmalte e da dentina por períodos limitados de 
tempo. 
Clinicamente, o revestimento da dentina exposta nas 
superfícies palatinas de dentes anteriores erodidos com um 
agente de união (espessura da linha de base do 
revestimento: 150 μm) durou 3 meses [5], enquanto um 
selante de fissura (espessura da linha de base: 290 μm) se 
desgastou fora após 6-9 meses [6]. 
 
Com base em uma revisão da literatura, não há 
evidência de que produtos que fornecem cálcio e / e 
fosfato ao dente contribuam significativamente para reduzir 
a solubilidade do esmalte ou dentina sob desafios erosivos 
ou para promover maior precipitação de minerais em 
comparação com produtos convencionais de flúor. 
Uma estratégia proposta recentemente para prevenir a 
erosão dentinária envolve o uso de inibidores de protease 
com o objetivo de preservar a matriz orgânica de colágeo, 
que tem um papel protetor contra novas perdas minerais. 
 
 
 
Embora os enxágues com inibidores de protease levem a 
uma redução significativado desgaste da dentina, a 
necessidade de enxágue imediatamente após cada desafio 
erosivo não é prática para aplicação clínica. 
 
Apesar dos promissores dados in vitro e in situ 
demonstrando o efeito benéfico dos inibidores de protease 
na prevenção da erosão dentinária, ensaios clínicos são 
necessários para confirmar a relevância dessa proposta de 
medida preventiva, bem como estabelecer protocolos para 
seu uso clínico. 
 
Orientações 
 
 reduzir a exposição ao ácido, reduzindo a 
frequência e o tempo de contato dos ácidos 
(apenas refeições principais). 
 evite comidas e bebidas ácidas a última coisa à 
noite. 
 não segure ou agite bebidas ácidas na boca, evite 
bebericar essas bebidas. 
 use um canudo, garantindo que o fluxo não seja 
direcionado diretamente para qualquer superfície 
individual do dente. 
 escolher bebidas e alimentos enriquecidos com 
cálcio ou modificados (esportivos) sem ou com 
potencial erosivo reduzido, terminar as refeições 
com laticínios. 
 esteja ciente de medicamentos ácidos. 
 comer várias pequenas refeições durante o dia, 
nenhuma refeição grande antes de dormir. 
 evite alimentos e bebidas indutores de refluxo, 
como vinho, cítrico, ácido, vinagre, alimentos 
gordurosos (fritos, etc.), tomates, hortelã-pimenta, 
café, chá preto, refrigerantes, chocolate. 
 mastigar chiclete "amigo dos dentes" para estimular 
a produção de saliva e reduzir o refluxo pós-
prandial. 
 suspeita de refluxo gastroesofágico: 
encaminhamento ao gastroenterologista; o médico 
decide sobre a bomba de prótons inibidores como 
esomeprazol. 
 anorexia / bulimia: iniciar tratamento psicológico ou 
psiquiátrico. 
 após o vômito: enxágue a boca com água ou leite, 
ou use enxágue oral (estanoso) de flúor e limpe a 
língua. 
 evite escovar os dentes imediatamente após o 
vômito; em vez disso, use um enxaguatório bucal 
contendo flúor (estanoso), solução de bicarbonato 
de sódio (bicarbonato de sódio) ou água. 
 
O artigo recente relatou dados de prevalência de 22% na 
Europa e 21% na América para crianças e adolescentes. 
Condição estava relacionada à idade, geralmente mais 
comum em homens do que mulheres e as crianças tinham 
níveis mais elevados. As superfícies dentais mais comuns 
são consistentemente as superfícies oclusais dos molares 
inferiores e as superfícies vestibulares dos incisivos centrais 
superiores. [Schlueter e Luka, 2018] 
 
As diferenças na prevalência da erosão dentária entre os 
diversos estudos devem-se à diversidade de critérios de 
diagnóstico oferecida pelos índices de avaliação. 
 
A melhor forma de controlar os desgastes dentais 
associados à erosão dentária é monitorando a frequência 
de ingestão de alimentos e bebidas ácidas e limitando a 
exposição aos ácidos intrínsecos.

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