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1 
 
 
 
 
 
DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR 
2 
 
 
 
 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Embora o conceito de Educação à Distância não seja novo, é verdade que, com a 
extensão e a implementação de novas tecnologias no setor educacional, esse 
formato assumiu uma nova dimensão, razão pela qual indivíduos, governos e as 
instituições voltaram-se, de maneira especial, para explorar o potencial oferecido 
pela educação à distância. Inserem-se, nesta unidade, os desafios e oportunidades 
de ensino a distância no ensino superior. O autor trabalha em estreita colaboração 
com os alunos no ensino a distância há muitos anos e ficou interessado pela 
maneira que os alunos lidam com os desafios em comparação às oportunidades 
oferecidas pelo ensino a distância. O principal objetivo deste capítulo é investigar as 
oportunidades e os desafios do ensino a distância. Nos últimos anos, tem havido um 
interesse crescente nessa modalidade, no ensino superior. 
 
Palavras-chave: Tecnologia; Formação Continuada; Ensino. 
 
 
 
3 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 1 
SUMÁRIO ................................................................................................................... 3 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 
CAPÍTULO 1 - ASPECTOS DO ENSINO SUPERIOR ............................................. 7 
1.1 A UNIVERSIDADE NA SOCIEDADE ............................................................. 7 
1.2 O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL .............................................................. 8 
1.3 ENSINO SUPERIOR: FINALIDADES .......................................................... 11 
1.4 ORGANIZAÇÃO INTERNA E SEU FUNCIONAMENTO (ENSINO, 
PESQUISA E EXTENSÃO) ....................................................................................... 12 
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO .......................................................................... 22 
QUESTÕES DE CONCURSOS ................................................................................ 22 
CAPÍTULO 2 - DIDÁTICA E PRATICAS PEDAGOGICAS NO ENSINO 
SUPERIOR ................................................................................................... 28 
2.1 DIDÁTICA COMO CIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR ................................ 28 
2.2 A METODOLOGIA NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA ................................. 33 
2.3 A METODOLOGIA DIALÉTICA .................................................................... 33 
2.4 EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA .................................................................... 36 
2.5 PLANEJAMENTOS DO ENSINO ................................................................. 37 
2.6 AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO SUPERIOR ................. 41 
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO .......................................................................... 43 
QUESTÕES DE CONCURSOS ................................................................................ 43 
CAPÍTULO 3 - TECNOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS ................................ 48 
3.1 ENSINO A DISTÂNCIA ................................................................................ 48 
3.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIAS PARA O 
ENSINO..................................................................................................................... 50 
3.3 INTERAÇÕES EM SALA DE AULA EAD E PRESENCIAL: O PAPEL DOS 
PROFESSORES E DOS ALUNOS ........................................................................... 52 
3.4 DESAFIOS DO ENSINO A DISTÂNCIA ....................................................... 53 
3.5 TECNOLOGIAS E MÍDIAS EDUCACIONAIS .............................................. 56 
3.6 FORMAÇÃO DE PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR .......................... 58 
CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO .......................................................................... 64 
4 
 
 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS ................................................................................ 64 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 69 
FECHANDO A UNIDADE ......................................................................................... 70 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Abordaremos, nesta Unidade, o ensino superior no Brasil. Até o final do século 
XIX existiam apenas 24 estabelecimentos de ensino superior no Brasil com cerca de 
10.000 estudantes. A partir daí, a iniciativa privada criou seus próprios 
estabelecimentos de ensino superior graças à possibilidade legal disciplinada pela 
Constituição da República (1891). As instituições privadas surgiram da iniciativa das 
elites locais e confessionais católicas (Teixeira, 1969). 
O sistema educacional paulista surgiu nessa época e representou a primeira 
grande ruptura com o modelo de escolas submetidas ao controle do governo central. 
Dentre os cursos criados em São Paulo, nesse período, constam os de Engenharia 
Civil, Elétrica e Mecânica (1896), da atual Universidade Mackenzie, que é 
confessional presbiteriana. Nos 30 anos seguintes, o sistema educacional 
apresentou uma expansão considerável, passando de 24 escolas isoladas a 133, 86 
das quais criadas na década de 1920 (Teixeira, 1969). 
A partir da Lei nº 4.024/60 – a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional –, começou a se delinear um modelo federativo da administração da 
educação nacional. Nas legislações que a sucederam – Leis nº 5.692/71 e nº 
5.540/78 – esse modelo veio se consolidando num sistema em que o ensino 
superior ficou sob a tutela da União e o ensino de 1º e 2º graus a cargo dos Estados. 
Com a Lei nº 9.394/96, verificou-se uma ampliação do princípio federativo, 
aumentando a responsabilidade da administração municipal na gerência e condução 
da educação básica da sua população, bem como, transferindo para os sistemas 
estaduais a supervisão e a gerência dos Conselhos Estaduais de Educação sobre 
as Instituições de Ensino Superior mantidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e 
pelos municípios. 
A formação do professor e a busca pela melhoria na qualidade do trabalho que 
realiza vem sendo discutida há algum tempo, mas uma discussão sistemática sobre 
o tema é recente e emergiu com mais força, no cenário nacional, somente na 
década de 1980. No que concerne ao ensino superior, o que se propunha, era uma 
ampla reforma do sistema, substituindo escolas autônomas por universidades, com 
espaço para o desenvolvimento das ciências básicas e da pesquisa, além de 
6 
 
 
 
 
formação profissional. Nesse mesmo contexto, insere-se a discussão sobre a 
expansão e o papel da educação superior e da docência nesse nível de ensino 
(Durham, 2005). 
Quando falamos em formação de professores, a primeira coisa que nos vem à 
cabeça é a formação de professores para a docência na Educação Básica. A 
formação exigida para a docência no ensino superior tem sido restrita ao 
conhecimento aprofundado da disciplina a ser ensinada, sendo este conhecimento 
prático decorrente do exercício profissional ou teórico, resultante do exercício 
acadêmico. 
Pouco tem-se exigido dos docentes de ensino superior em termos de 
conhecimentos pedagógicos. A cada dia, ampliam-se mais as exigências de que o 
professor universitário tenha títulos de mestre e doutor, no entanto, há ainda um 
grande questionamento: se esta titulação, da maneira como vem acontecendo nos 
cursos stricto - sensu, contribui efetivamente para a melhoria da qualidade didática 
do professor no ensino superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 ASPECTOS DO ENSINO SUPERIOR CAPÍTULO 1- 
 
1.1 A UNIVERSIDADE NA SOCIEDADE 
 
 Toda sociedade precisa se desenvolver para sobreviver. Na medida em que o 
desenvolvimento deve ter por base a sustentabilidade, ele deve atender às 
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
atender às delas; ele deve ser economicamente eficiente, socialmente equitativo e 
ecologicamente tolerável. Todadia, ditas necessidades nem sempre são 
econômicas, sociais ou ecológicas. Elas podem relacionar-se ao conhecimento 
científico, daí a importância da Universidade na sociedade e seu papel no 
desenvolvimento nacional. 
 A universidade tem sua origem na da Idade Média. Segundo Nunes (1979), 
as Universidades com seus estatutos, organização jurídica e os graus acadêmicos 
surgiram, espontaneamente, no seio da cristandade medieval. Nesse sentido, 
impossível dissociar a criação da universidade da igreja, no seu contexto instituição, 
eis que era o grupo historicamente dominante naquele período, sendo autorizadas 
por bulas papais. Seguindo este entendimento, ressalta o autor que o processo de 
instrumentalização do conhecimento ocorre quando essa cosmovisão dominante, 
esse ideal de homem – aliado à nobreza – transfere-se para as instituições de 
ensino, eis que o currículo das escolas medievais culminava com o estudo da 
Sagrada Escritura e a convicção de que só a Bíblia continha a verdadeira e salutar 
sabedoria. Não obstante, tornaram-se substanciais para a construção do 
conhecimento ocidental porque havia estudiosos nelas preocupados, 
prioritariamente, com o desenvolvimento da ciência nos currículos e eram 
encontradas nas sete artes liberais, notadamente, Aritmética, Geometria, 
Astronomia, Lógica, Gramática, Música e Retórica, responsabilizadas pela formação 
profissional nas áreas de Teologia, Direito e Medicina. 
 O surgimento das universidades modernas datam do período de 1500-1800, 
na Europa, o que possibilitou a dissipação do pensamento crítico e acabou por 
originar o Renascimento e, tempos após, o tarde o Iluminismo. 
8 
 
 
 
 
 A despeito da imprecisão dos registros, historicamente, credita-se que o início 
na difusão das universidades pela Europa ocorreu no século XII, com a fundação da 
Universidade de Paris. Embora já sem vínculos com a Igreja (não católicas), 
necessitavam receber o aval do clero ou do governo para o funcionamento, 
dedicando-se originariamente ao ensino da medicina, das leis, da astronomia e da 
lógica. Em 1700, as mais conhecidas destacavam-se por divulgar suas revistas 
científicas. Considerada a melhor Universidade da Europa e a 1ª melhor 
universidade do Mundo, fundada em 1090, Oxford é a universidade mais antiga de 
língua inglesa. 
 Como um lugar também de liberdade, independência e reflexão, a 
Universidade é um instrumento de mudança que, respeitando os valores que 
promove, estimula todas as formas de inovação, sejam elas tecnológicas ou sociais. 
Ao fazer isso, presta imensurável serviço à sociedade. 
 A junção entre o mercado profissional e o universo acadêmico se faz 
substancial ao estímulo de profissionais com espírito de inovação, partindo-se da 
premissa que é a contribuição de vários agentes econômicos e sociais, com 
diferentes tipos de informações e conhecimentos, permitam a sua materialização. 
 
1.2 O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL 
 
No Brasil colônia desenvolveu-se apenas atividades escolares de catequese de 
indígenas, conduzidas por sacerdotes Jesuítas, por quase 300 anos, até 1792, 
quando veio a ocorrer a expulsão dos Jesuítas do Brasil. Membros de famílias 
brasileiras abastadas eram enviados para obter educação em outros países, 
principalmente Portugal. 
O primeiro colégio jesuíta foi fundado na Bahia em 1550, servindo de modelo e 
inspiração para os outros colégios a serem criados pelo país posteriormente e os 
cursos oferecidos eram segundo Paim (1987): 
 
Chegava tão-somente ao que hoje se denomina de ensino médio de tipo 
clássico. Apenas nos colégios de Bahia e do Rio de Janeiro ministrava-se o 
curso de artes, intermediário entre o de humanidades e os superiores. Para 
as carreiras eclesiásticas, entretanto, existiam cursos superiores de teologia 
e ciências sagradas, tanto no Colégio Central da Bahia como nos 
9 
 
 
 
 
seminários maiores. Para os que não se destinavam ao sacerdócio só 
restava o caminho das universidades europeias. (p. 214) 
 
 De acordo com França (2008), foi com a Proclamação da República (1889) 
que a educação começou a ser prioridade para o Estado. Com o regime republicano, 
cada Estado da Federação passou a ter sua própria Constituição, com governos 
eleitos e forças políticas autônomas. As transformações ocorridas na área 
educacional durante esse período foram positivas. 
 Na Reforma Antônio Carlos (1841), a pesquisa científica passou a ter mais 
importância. A investigação científica era realizada por institutos de pesquisa sem 
vínculo com o ensino superior (França, 2008). 
 A criação do ensino superior no Brasil ocorreu no período Imperial, com a 
transferência da sede do poder no ano de 1808, época em que cursos de ensino 
superior foram instalados no Rio de janeiro e na Bahia a fim de atender a formação 
das pessoas que compunham as classes dominantes, para qualifica-las ao exercício 
do poder, formação de especialistas para a produção de bens, e a formação de 
profissionais liberais. 
 Foi criado, em 1808, o curso Médico de Cirurgia na Bahia e no mesmo ano é 
instituído no Rio de Janeiro o Hospital Militar, uma escola Anatômica, Cirúrgica e 
Médica. Após, tem-se a instalação, na Bahia e Rio de Janeiro, dois centros médicos 
cirúrgicos, matrizes das atuais Faculdades de Medicina da Universidade Federal do 
Rio de Janeiro e da Universidade Federal da Bahia. Em 1810, é instituída a 
Academia Real Militar na qual se implantou o início da atual Escola de Engenharia 
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Villanova, 1948) 
O sistema universitário é composto por instituições públicas (federais ou 
estaduais), católicas e privadas. A estrutura compreende universidades, faculdades 
e instituições isoladas. O objetivo do ensino superior, no Brasil, é implantar ensino, 
pesquisa e extensão, embora a pesquisa seja principalmente realizada em 
instituições federais. As universidades também oferecem cursos de curta duração 
em diversas disciplinas, atendendo a população universitária e a comunidade. 
 As carreiras do ensino superior são integradas em blocos, como: 
 Ciências Biológicas e Saúde (Ciências Biológicas e da Saúde); 
 Ciências Exatas da Terra (Ciências Exatas); 
10 
 
 
 
 
 Ciências Humanas e Sociais (Ciências Humanas e Sociais); 
 Ciências Sociais Aplicadas (Ciências Sociais Aplicadas) e 
 Engenharias e Tecnologias (Engenharia e Tecnologias). 
O Conselho Federal de Educação (CFE) determina o currículo mínimo e a 
alocação de tempo para os diferentes cursos. Cada instituição tem a liberdade de 
incluir assuntos adicionais. No ano de 1998, foi criado o Exame Nacional do Ensino 
Médio (Enem), com a finalidade de avaliar o desempenho do estudante ao fim da 
escolaridade básica, podendo participar do referido exame alunos que estão 
concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O Enem é 
utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a 
uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Aproximadamente, 500 
(quinhentas) universidades já utilizam o resultado desse exame como critério para 
selecionar o ingresso no ensino superior, seja complementando ou até substituindo 
o vestibular. 
Na Constituição de 1988, foi determinado que os empréstimos estudantis, 
anteriormente financiados pelo Fundo de Assistência Social, seriam alocados a partir 
dos recursos do Ministério da Educação e administrados pela Caixa Econômica 
Federal. Os empréstimos são usados principalmente pelos estudantes para pagar as 
mensalidades em universidade ou faculdadesparticulares, que se utilizam de um 
programa de financiamento chamado Financiamento Estudantil (FIES), que foi 
criado no ano de 1999. 
A pós-graduação já se destacou como uma referência na educação 
brasileira. Nos anos 50, por exemplo, as Fundações Ford e Rockefeller concederam 
bolsas para levar estudantes brasileiros para os Estados Unidos para seus estudos 
de pós-graduação. Fundos foram concedidos por vários órgãos públicos para 
financiar estudos de pós-graduação no exterior e internamente, órgão esses nos 
quais se incluíam a FINEP, FAPESP, CNPQ e CAPES. 
Muitas universidades têm seus próprios programas de mestrado e 
doutorado. Os programas de pós-graduação são avaliados e, de acordo com seu 
desempenho, recebem recursos públicos em quantidades maiores ou menores para 
promover pesquisas e pagar bolsas de estudo para seus alunos. 
 
11 
 
 
 
 
 
1.3 ENSINO SUPERIOR: FINALIDADES 
 
 A educação, acima de qualquer lei que lhe venha a reger, é matéria com 
disciplina constitucional. A constituição federal (BRASIL, 1988), elenca a educação 
como um direito social e, como os demais, tem por premissa garantir uma melhor 
condição de vida e trabalho à população. 
 Segundo leciona Moraes (2009): 
 
Direitos sociais são direitos fundamentais do homem, caracterizando-se 
como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um 
Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria de condições de 
vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social, e 
são consagrados como fundamentos do Estado democrático, pelo art. 1º, 
IV, da Constituição Federal. (p. 195). 
 
 As normas que não são auto executáveis exigem providências legislativas 
ulteriores para sua aplicabilidade. Assim explicava Rui Barbosa (apud BONAVIDES, 
2012): 
Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deva atribuir meramente o 
valor moral de conselhos, avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de 
regras. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu 
exercício, os direitos, que outorgam, ou os encargos, que impõem: 
estabelecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem de aguardar 
que a Legislatura segundo seu critério, os habilite a exercer. A Constituição 
não se executa a si mesma: antes requer a ação legislativa, para lhe tornar 
efetivos os preceitos (p. 216). 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL, 1996) 
ressalta, em seu conteúdo, a figura do educando como sendo a de maior relevância 
na atividade educacional, dispondo que a educação, na condição de dever da família 
e do Estado, possui inspiração nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana. 
 Estabelece finalidades específicas, a saber: 
 
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; 
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a 
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento 
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da 
cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio 
em que vive; 
12 
 
 
 
 
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e 
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber 
através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional 
e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos 
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do 
conhecimento de cada geração; 
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em 
particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à 
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; 
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à 
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da 
pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. 
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação 
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização 
de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão 
que aproximem os dois níveis escolares. (art. 43). 
 
 A última finalidade foi inserida pela Lei nº 13.174/2015 (BRASIL, 2015), 
contudo, se contradiz ao que foi estabelecido nos artigos 10 e 11, porquanto a oferta 
adequada de educação básica, compreendendo a educação infantil e os ensinos 
fundamental e médio, é atribuição legal dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 A Educação superior contempla tão somente a educação escolar, sendo 
justificável por conter objetivos específicos e voltados para a cultura de 
transformação, trabalhando conhecimentos, atitudes e valores. Em síntese, é uma 
educação destinada a aperfeiçoar competências voltadas ao mundo do trabalho, 
além da perspectiva de pesquisa. 
 
1.4 ORGANIZAÇÃO INTERNA E SEU FUNCIONAMENTO (ENSINO, PESQUISA 
E EXTENSÃO) 
 
 De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), as universidades 
gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e 
patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão (art.207, caput). Nesse contexto, cabe a elas a criar, organizar e extinguir 
cursos; elaborar estatutos; atribuir graus, expedir e registrar diplomas; fixar 
currículos de cursos e seus programas; fixar o número de vagas; celebrar contratos, 
acordos e convênios; administrar rendimentos; programar pesquisas e atividades de 
extensão; contratar e dispensar de professores; definir planos de carreira. 
13 
 
 
 
 
 A LDB define que as universidades são instituições pluridisciplinares de 
formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de 
domínio e cultivo do saber humano. E ainda, que devem atender a três requisitos: 
um terço do corpo docente com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; 
igual percentual enquadrado em regime de tempo integral; produção intelectual 
institucionalizada. 
A avaliação é considerada fundamental. Nesse sentido, dispõe que se deve 
buscar a implementação de processos com vistas à melhoria do ensino e à 
qualidade, sob a responsabilidade da União, assegurar processo de avaliação de 
instituições em todo território nacional. 
Pelo Decreto n.º 3.860 (BRASIL, 2001), o Ministério da Educação é órgão 
responsável pela coordenação da avaliação de cursos, programas e 
instituições de ensino superior. A avaliação de cursos e instituições de ensino 
superior está sob a organização e execução do Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais (INEP). 
O último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a que 
submetidos os formandos dos cursos de graduação, foi aplicado pela instituição no 
ano de 2017. Das 2.066 instituições de ensino superior em avaliação, apenas 34– o 
equivalente a 1,6% do total – obtiveram a nota máxima, em uma escala que varia de 
1 a 5. Das instituições restantes, 278 receberam notas 1 ou 2, ficando abaixo do 
limite de qualidade estabelecido pelo Sinaes. 
 
Figura 1 - Instituições por faixa do IGC 2017 
 
Fonte: UOL (2018) 
14 
 
 
 
 
À legislação permitiu-se uma maior flexibilização do ensino superior, ao ceder 
espaço à iniciativa privada, resultando posteriormente na edição do Decreto nº 
9.057, de 25 de maio de 2017, regulamentando o ensino a distância não presencial 
– EaD, sob o credenciamento e autorização do MEC. 
O contexto socioeconômico do mundo globalizado exige a profissionalização, 
fazendo surgir também a especialização, como fruto da integração com as 
inovações e tecnológicas que se apresentam em constante movimento: 
 
...aampliação da demanda também é resultante de outras forças, como a 
necessidade de aquisição de competências essenciais para enfrentar um 
mercado de trabalho instável e cada vez mais seletivo e excludente, as 
transformações no conteúdo das ocupações e nas profissões, trazendo de 
volta para os bancos escolares uma população adulta, as facilidades que o 
desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação apresentam 
para o campo do ensino em termos de aumento da capacidade de 
atendimento das instituições (estimulando as experiências com ensino a 
distância) e, finalmente, no campo cultural, a combinação de todos estes 
vetores que incidem sobre os anseios e expectativas dos estudantes e de 
suas famílias: “em cada faixa de renda familiar, um número maior de jovens 
aspira a prosseguir seus estudos além do secundário” (Porto e Régnier, 
2003, p. 17). 
 
A representação da UNESCO, no Brasil, articula permanente diálogo com o 
poder público, universidades e instituições de ensino e pesquisa e, em decorrência 
dessa parceria com o CNE – Conselho Nacional de Educação, publicou, em 2012, 
uma coletânea de artigos sob o título de “Desafios e perspectivas da educação 
superior brasileira para a próxima década 2011/2020”, assentando que o 
compromisso social da universidade com o avanço do conhecimento e com a 
inovação precisa alcançar as suas salas de aula de graduação e pós-graduação. 
O processo de ensino-aprendizagem não pode desvincular-se dos processos 
de investigação acadêmica e, por consequência, é necessário que seja 
compreendido como um desafio à inovação. Os meios tecnológicos contemporâneos 
viabilizam essas relações em novas bases, mas o desafio é maior ainda: 
 
O sentido da relação educação-comunicação vai além das possibilidades 
oferecidas pelas mídias contemporâneas e dos níveis segmentados dos 
sistemas educacionais atuais. Ultrapassa a tentativa de ordenação dos 
conteúdos escolares e a profusão/confusão dos dados disponíveis em 
múltiplas bases. O ato comunicativo com fins educacionais realiza-se na 
ação precisa que lhe dá sentido: o diálogo, a troca e a convergência 
comunicativa, a parceria e as múltiplas conexões entre as pessoas, unidas 
pelo objetivo comum de aprender e de conviver (Kenski, 2008). 
 
15 
 
 
 
 
Para fins de estatística, o Ministério de Educação do Brasil define que as 
instituições de Ensino Superior estão classificadas da seguinte forma: 
 Públicas (federais, estaduais e municipais); 
 Privadas (podendo ser comunitárias, que incluem em sua entidade 
mantenedora representantes da comunidade; confessionais, que atendem 
a uma orientação ideológica; filantrópicas, que prestam serviços à 
população, em caráter complementar às atividades do Estado e 
particulares). 
 De acordo com Decreto nº 5.773 (BRASIL, 2006), faculdades e centros 
universitários são entidades com enfoque na oferta de graduação, mediante a 
supervisão do Ministério da Educação (MEC), enquanto as universidades possuem 
mais autonomia e ofertam, não apenas graduação, mas também pesquisa e 
extensão. 
 
Figura 2 - Estrutura da Educação Brasileira 
 
Fonte: SlideShare (2011) 
 
 A graduação: são cursos que conferem o diploma do ensino superior, com 
duração média de 4 a 5 anos e oferece a maior quantidade de conhecimento teórico 
16 
 
 
 
 
e prático. Uma vez concluído, é possível fazer cursos de pós-graduação e MBA. As 
formas de ingresso são através de vestibular, Enem e Sisu. 
 Oferecem a titulação de: 
 Bacharelado: forma profissionais e pesquisadores para o mercado de 
trabalho; 
 Licenciatura: forma professores para o ensino fundamental e médio; 
 Tecnólogo: cursos com tempo de duração menor se comparados ao 
bacharelado e licenciatura, que forma profissionais em áreas específicas 
do mercado. 
Existem formas de conseguir cursar a graduação com desconto. São elas: 
 Quero Bolsa (bolsas de estudo sem processo seletivo); 
 Prouni (bolsas de estudo para os melhores no Enem); 
 Fies (financiamento para os melhores no Enem). 
Não há dúvidas de que a educação superior possui considerável relevância no 
currículo de um indivíduo, quer em razão da exigência do mercado ou de trabalho, 
quer pelo próprio desenvolvimento pessoal. Contudo, ocorrem circunstâncias em 
que um curso de bacharelado no formato tradicional possa não atender às 
expectativas e necessidades apresentadas. Enquanto a graduação tradicional 
possui foco mais amplo em elementos teóricos e conceituais, a tecnológica privilegia 
o desenvolvimento de competências profissionais, de acordo com as demandas do 
mercado. 
Uma das vantagens dos cursos superiores de tecnologia é a redução no tempo 
em o aluno faz uma graduação e garante lugar no mercado de trabalho. Os 
tecnólogos foram pensados para atender à demanda por mão de obra qualificada 
dos mais diversos setores da economia brasileira. Em apenas dois anos e meio de 
estudos, em média, é possível a obtenção de um diploma de nível superior e, com 
maior perspectiva, uma vaga de emprego tão logo ocorra a conclusão e a formatura. 
A especialização é um curso de pós-graduação lato sensu que informa, 
atualiza e capacita o profissional que está no mercado de trabalho. Diferentemente 
da graduação, generalista por excelência, a especialização define habilidades 
técnicas específicas a determinado tema, com programas nas mais diversas áreas 
17 
 
 
 
 
de conhecimento, sendo recomendado aos alunos que almejam seguir uma carreira 
acadêmica, quer lecionando ou atuando em projetos, pesquisas, etc. 
 Segundo o Ministério da Educação (MEC), as pós-graduações também 
incluem os cursos designados como MBA (Master Business Administration). É um 
curso lato sensu voltado para quem quer aprimorar conhecimentos de administração 
e obter uma visão aprofundada e global do mundo corporativo, sendo geralmente 
procurado por empresários, executivos e gestores. Com duração mínima de 360 
horas, ao final do curso, o aluno obterá certificado e não diploma. São abertos a 
candidatos diplomados em cursos superiores e que atendam às exigências das 
instituições de ensino, consoante a LDB. As aulas à distância não devem exceder 
20% da carga horária. 
Neste curso o profissional vai aprender como administrar uma empresa, que 
poderá ser seu negócio próprio ou trabalhar em um grande grupo. O MBA é um 
curso oneroso, e varia de acordo com a matéria escolhida, a escola, a duração e a 
qualidade do mesmo. Existe um ranking anual onde são apresentadas as melhores 
escolas e universidade de MBA no mundo, sob o título de "Global MBA Ranking". 
O MEC permite que os cursos latu sensu sejam ministrados em cursos 
presenciais ou à distância, de modo que o certificado será o mesmo, tanto para 
quem frequentou uma instituição física como para quem concluiu o ensino a 
distância (cursos online). 
O mestrado é um curso analítico e de pesquisa. O mestrado tradicional é 
voltado para áreas de interesse acadêmico e é considerado um passo para quem 
tem interesse em seguir a carreira docente. Atualmente, já é possível encontrar o 
mestrado profissional, que tem como foco a formação de profissionais com uma 
visão analítica, conhecimentos teóricos e atuação prática sobre uma determinada 
área. A duração é de cerca 24 meses, exigindo pesquisa consistente que será 
transformada em uma dissertação sobre um tema específico, trabalho que será 
defendido, ao final do curso, por uma banca rigorosa. 
 Para se candidatar a uma vaga de mestrado, seja no Brasil ou em outro país, 
é comum ao processo seletivo a realização das seguintes etapas: 
1. Inscrição 
2. Provas 
18 
 
 
 
 
3. Currículo acadêmico e profissional 
4. Pré-Projeto ou Memorial 
5. Entrevista Resultado 
Para conseguir um bom curso, e bolsa de estudos, o candidato deve 
apresentar ótimo histórico escolar e, de preferência, ter realizado, durante a 
graduação, programa de iniciação científica. A prova de proficiência em inglês 
geralmenteapresenta características peculiares e as instituições que preparam os 
testes, com o objetivo de fazer uma triagem efetiva entre os candidatos, inserem 
estruturas complexas de gramática e interpretação de textos de nível avançado. 
 Além de assistir às aulas, cabe ao aluno reservar o seu tempo para a leitura e 
participação em palestras, conferências e congressos. O estudante é acompanhado 
por um orientador, que o introduz num grupo de pesquisa já desenvolvida pela 
instituição, ajuda-o a selecionar as disciplinas e acompanha a redação da 
dissertação de conclusão do curso. 
 O Doutorado é o passo seguinte ao mestrado, denominado PhD, Doctor of 
Philosophy. É um grau acadêmico conquistado por quem demonstra a capacidade 
de desenvolver novo conhecimento científico. Enquanto no mestrado o estudante 
tem contato com os principais caminhos teóricos e a produção intelectual, no 
doutorado ele vai dedicar-se ao trabalho de criar conhecimento e adicionar novas 
descobertas ao que é discutido na academia. A duração de um doutorado é de 4 a 5 
anos, com uma carga horária de aulas bem reduzida, já que a maior parte do 
trabalho é realizar as leituras necessárias, pesquisar e escrever a tese, geralmente 
com dedicação de modo exclusivo. 
 É permitido cursar o doutorado após a graduação, sem passar pelo mestrado, 
caso a instituição de ensino considerar relevante a proposta de pesquisa do 
candidato a aluno. Na maioria das instituições, contudo, a preferência é que se 
tenha o título de mestre. A seleção inclui análise do currículo, aprovação do projeto 
de pesquisa e entrevista. Pode haver uma prova de conhecimentos específicos e 
gerais. Os programas mais conceituados exigem o domínio de, pelo menos, dois 
idiomas estrangeiros. 
 A extensão universitária é um meio de interação que deve existir entre a 
universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de ponte 
19 
 
 
 
 
permanente entre a universidade e os diversos setores da sociedade. Funciona 
como uma via de duas mãos, em que a Universidade leva conhecimentos e/ou 
assistência à comunidade, e recebe dela influxos positivos como retroalimentação 
tais como suas reais necessidades, seus anseios, aspirações e também aprendendo 
com o saber dessas comunidades. 
 Ocorre, em realidade, uma troca de saber, em que a universidade também 
aprende com a comunidade sobre os valores e a cultura dessa comunidade. Assim, 
a universidade pode planejar e executar as atividades de extensão respeitando e 
não violando esses valores e cultura. Por meio da Extensão, a universidade 
influencia e também é influenciada pela própria comunidade, significando dizer que 
permite uma troca de valores entre a universidade e o meio. 
 Além dos cursos de graduação e pós-graduação, a Universidade oferece, 
também, cursos de formação, capacitação e qualificação para o público, bem como 
elabora e administra projetos sociais e ambientais articulados para a comunidade. 
Outra função social importante da Universidade é a elaboração e articulação de 
políticas públicas por meio da participação em fóruns, consultorias e núcleos 
específicos de atuação. Assim, além da sua importância como geradora de políticas 
públicas, a Extensão Universitária deve servir como instrumento de inserção social, 
aproximando a academia das comunidades adjacentes. 
 O artigo 207 da Constituição, ao preceituar que "...as universidades 
obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão", 
propõe que as universidades sejam conduzidas, associando e integrando as 
atividades de ensino, extensão e pesquisa de maneira que se complementem, para 
bem formar seus profissionais universitários. 
Como detém o conhecimento, o transmite, por meio do ensino, aos educandos. 
Através da pesquisa faz aprimorar os conhecimentos então existentes, são 
produzidos novos saberes. Pelo ensino, são conduzidos esses aprimoramentos e os 
novos conhecimentos aos educandos. Por meio da extensão, é fomentada a difusão, 
socialização e democratização do conhecimento, bem assim, das novas descobertas 
à comunidade. A Extensão também propicia a complementação da formação dos 
universitários, dada nas atividades de ensino, com a aplicação prática. 
20 
 
 
 
 
De maneira geral, as universidades têm um departamento específico para 
gestão das atividades e projetos de extensão universitária. Ali, os alunos podem 
obter informações sobre tudo que está sendo realizado pela instituição nesse 
sentido e, inclusive, candidatar-se para participar. 
 Todos os projetos de extensão universitária são coordenados e 
acompanhados por professores e profissionais das respectivas áreas do 
conhecimento a qual se destinam. Qualquer aluno universitário pode participar das 
atividades de extensão; dependendo do projeto, há, inclusive, a possibilidade de 
receber uma bolsa-auxílio. Os requisitos para se candidatar variam bastante e 
dependem de cada projeto. Dentre outras, podemos elencar as seguintes ações de 
extensão: 
- Cursos, palestras e conferências; 
- Cursos de ensino a distância; 
- Cursos de verão, ou sazonais; 
- Colônia de férias; 
- Viagens de estudo; 
- Campus avançados; 
- Associações de ex-alunos; 
- Apresentações musicais, teatrais e feiras; 
- Programas e eventos culturais e esportivos; 
- Universidades volantes; 
- Escolas e hospitais flutuantes, etc. 
Seu caráter mais prático, naturalmente, funciona para enriquecer o currículo de 
quem participa e serve de base para eventualmente conseguir uma vaga de estágio 
ou em uma iniciação científica. Existem projetos de extensão que complementam o 
ensino em algumas unidades. 
Faculdades de engenharia mecânica, como exemplo, não contam com aulas 
aprofundadas de automobilística ou aeronáutica, mas possuem grupos de extensão 
ligados às competições da SAE de fabricação de automóveis ou aviões de rádio 
controle, o que ajuda os alunos envolvidos a direcionarem seus estudos para essas 
áreas. 
21 
 
 
 
 
Com base nessa diretriz conclui-se que a educação superior tem como um de 
seus princípios formar cidadãos conscientes, capazes de contribuir ativamente para 
melhoria de nossa sociedade. Para que isso ocorra, as Universidades, segundo a 
legislação, deve estar apoiada sobre o tripé, ensino, pesquisa e extensão, que juntos 
constituem o eixo fundamental da Universidade Brasileira e de forma alguma pode 
ser compartimentado (Moita; Andrade, 2009). 
 Infelizmente, os dados mostram que muitos pós-graduados estão sem um 
lugar no mercado de trabalho. Mesmo os mais bem qualificados profissionais têm 
dificuldades para encontrar um emprego no país. Por isso, não é exagero afirmar 
que o Brasil está formando mestres e doutores para o desemprego. A frase é de 
Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de 
Pernambuco (UFPE) e da Escola de Direito do Rio da FGV. Os números 
demonstram isso friamente: enquanto no mundo a taxa de desocupação desse 
grupo gira em torno de 2%, por aqui, a média é de 25%. Os mestres estão em 
situação ainda pior: 35% fora do mercado de trabalho (Soares, 2019). 
Pesquisa promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, do 
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), publicada em 2014, 
consta que já havia 445.562 mestres titulados contra 293.381 empregados. Neste 
mesmo intervalo, formaram-se 168.143 contra 126.902 empregados. 
Segundo o último levantamento organizado pela Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, do governo federal), no ano 
de 2017, foram titulados no país 50.306 mestres, 21.591 doutores e 10.841 no 
mestrado profissional. Segundo a assessoria, nos últimos anos, a Capes tem 
mantido o orçamento em cerca de R$ 4 bilhões, e o número de bolsas seguiu 
estável. Logo, a título de última informação, são 93,5 mil bolsistas na pós-graduação 
no Brasil e no exterior, número que também tem se mantido estável nosúltimos 
anos. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Questão 1 
Ano: 2014 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2014 - UFF - 
Técnico em Assuntos Educacionais 
Na década de 1990, frente aos desafios que se impunham no final do século 
XX, a universidade enfrentava crises que demonstravam a necessidade de reforma. 
As crises são: 
I da hegemonia. 
II da legitimidade. 
III institucional. 
IV de infraestrutura. 
Dentre as afirmativas acima descritas: 
a. somente I e II estão corretas. 
b. somente I, II e III estão corretas. 
c. todas estão corretas. 
d. somente II e III estão corretas. 
 
Questão 2 
Ano: 2014 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: IF-
SP Prova: FUNDEP - 2014 - IF-SP - Professor - Pedagogia 
 
Considerando-se as reflexões de Silva Júnior e Sguissardi (2001) sobre a 
educação superior no Brasil, analise as seguintes afirmativas. 
I. Ocorreu uma mercantilização do saber e do ensino superior nas últimas 
décadas. 
II. A qualidade dos cursos está relacionada à dedicação de preferência 
integral do corpo docente e aos altos níveis de qualificação profissional. 
III. A autonomia universitária é vista como indissociável da democracia 
interna dos Institutos de Ensino Superior. 
23 
 
 
 
 
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS 
a. I e II apenas. 
b. I e III apenas. 
c. II e III apenas. 
d. I, II e III. 
 
Questão 3 
Ano: 2017 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2017 - UFC - 
Psicólogo - Escolar e Educacional 
 
A Educação Superior tem como finalidade central a formação para a vida em 
sociedade, o que implica em uma inserção ativa de seus indivíduos no sentido de 
transformá-la, para superar as limitações que lhe impedem de ser um espaço de 
crescimento coletivo e individual. Analise as proposições abaixo e marque a 
opção incorreta. 
a. Podem ser considerados tipos de intervenção da Psicologia Escolar no 
ensino superior uma assessoria ao Plano de Desenvolvimento 
Institucional (PDI) e aos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs). 
b. O processo educativo tem como objetivo norteador colocar-se como 
instrumento de organização, reorganização e ressignificação de valores 
e conceitos que permitirão aos estudantes uma atuação consciente e 
intencional no contexto em que estão inseridos. 
c. Podem ser consideradas dimensões de intervenção institucional da 
Psicologia Escolar na Educação Superior a gestão de políticas, 
programas e processos educacionais na IES. Também as propostas 
pedagógicas e funcionamento do curso e o perfil do estudante. 
d. Embora se apresente a importância do campo de atuação da Psicologia 
Escolar nas IESs, seu reconhecimento como importante colaboradora 
diante dos atuais desafios que enfrentam é praticamente inexistente nos 
principais centros urbanos brasileiros. 
 
 
24 
 
 
 
 
Questão 4 
Ano: 2015 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2015 - 
UFRN - Técnico em Assuntos Educacionais 
Leia as afirmações a seguir, relacionadas ao funcionamento das instituições da 
educação superior. 
I O ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias 
de trabalho acadêmico efetivo. 
II Antes de cada período letivo, as instituições devem informar aos interessados 
os programas dos cursos e demais componentes curriculares. 
III Os cursos de graduação, no período noturno, devem ter padrões de 
qualidade diferentes do período diurno. 
IV Nas instituições públicas de educação superior, o professor fica obrigado ao 
mínimo de quatro horas semanais de aula. 
Das afirmações, estão corretas 
a. I e II. 
b. I e IV. 
c. II e III. 
d. III e IV. 
 
Questão 5 
Ano: 2010 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Provas: IFC - 2010 - IFC-SC - Professor 
- Geografia 
 
Tendo por base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assinale a 
alternativa INCORRETA sobre a formação dos profissionais da educação: 
a. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a 
educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou 
em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, 
nesta formação, a base comum nacional. 
b. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em 
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em 
25 
 
 
 
 
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como 
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e 
nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível 
médio, na modalidade Normal. 
c. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática 
de ensino de, no mínimo, duzentas horas. 
d. Os institutos superiores de educação manterão cursos formadores de 
profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, 
destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as 
primeiras séries do ensino fundamental. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Sabendo que a lei federal de número 9235/17 dispõe sobre o exercício das 
funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior 
e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de 
ensino, especifique quais são as funções do CNE. 
 
TREINO INÉDITO 
Assunto: INEP 
Assinale a alternativa correta que indica adequadamente uma das funções do 
INEP. 
a. conceber, planejar, coordenar e operacionalizar as ações destinadas à 
avaliação de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo; 
b. conceber e planejar, apenas as ações destinadas à avaliação de IES, de 
cursos de graduação e de escolas de governo; 
c. conceber, apenas as ações destinadas à avaliação de IES, de cursos de 
graduação e de escolas de governo; 
d. conceber e operacionalizar, apenas as ações destinadas à avaliação de IES, 
de cursos de graduação e de escolas de governo; 
e. NDE 
 
 
26 
 
 
 
 
 
NA MÍDIA 
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 
84, caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 9º, caput , 
incisos VI, VIII e IX, e no art. 46, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei 
nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, na Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.DA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR NO SISTEMA FEDERAL DE ENSINO 
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão 
e avaliação das instituições de educação superior - IES e dos cursos superiores de 
graduação e de pós-graduação lato sensu, nas modalidades presencial e a 
distância, no sistema federal de ensino. 
§ 1º A regulação será realizada por meio de atos autorizativos de funcionamento de 
IES e de oferta de cursos superiores de graduação e de pós-graduação lato 
sensu no sistema federal de ensino, a fim de promover a igualdade de condições de 
acesso, de garantir o padrão de qualidade das instituições e dos cursos e de 
estimular o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino. 
Fonte: BRASIL 
Data: 2017 
Leia na íntegra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D9235.htm 
 
NA PRÁTICA 
EDUCAÇÃO INFANTIL: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA 
Dados preliminares mostram que 75% das professoras que responderam à pesquisa 
disseram alfabetizar seus alunos, o que nos leva a inferir que há uma preocupação 
em preparar as crianças para o ensino fundamental, o que não constitui, segundo a 
LDB, finalidade da educação infantil. Um aspecto interessante apresentado nos 
resultados é que a preocupação em alfabetizar está presente mesmo entre as 
professoras que possuem formação em Pedagogia. 
27 
 
 
 
 
OLIVEIRA, Maria Izete de. Educação infantil: legislação e prática pedagógica. Psicol. 
educ. São Paulo, n. 27,p. 53-70, dez. 2008. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
69752008000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 09 out. 2019. 
 
PARA SABER MAIS 
Filme: Sociedade dos poetas mortos 
Peça de teatro: Vida de professor 
Acesse os links: https://youtu.be/l7L5rve1IEA 
https://youtu.be/uASK8hkxHDE 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 DIDÁTICA E PRATICAS PEDAGOGICAS NO ENSINO SUPERIOR CAPÍTULO 2 - 
 
2.1 DIDÁTICA COMO CIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR 
 
A dialética aplicada à metodologia científica, tem a finalidade de analisar, de 
modo crítico, os acontecimentos descritos através de um fenômeno, de forma mais 
aprofundada, descrevendo o fenômeno e suas causas e suas consequências, a fim 
de entender a realidade em sua totalidade. 
Nesse sentido, através do método dialético podemos rever o passado diante 
dos acontecimentos ocorridos no presente, facilitando o questionamento sobre o 
futuro em relação aos repetidos assuntos estudados. 
Considerada uma ciência que estuda os saberes necessários á prática docente 
a Didática é um dos principais instrumentos para a formação do professor, pois é 
nela que se baseiam para adquirir os ensinamentos necessários para a prática. De 
acordo com Libâneo (1990, p. 26) “a didática trata da teoria geral do ensino”. Como 
disciplina é entendida como um estudo sistematizado, intencional, de investigação e 
de prática (LIBÂNEO, 1990). 
Ainda, nesta mesma linha de pensamento, Pimenta et al, diz que: 
 
A didática, como área da pedagogia, estuda o fenômeno ensino. As 
recentes modificações nos sistemas escolares e, especialmente, na área de 
formação de professores configuram uma “explosão didática”. Sua 
ressignificação aponta para um balanço do ensino como prática social, das 
pesquisas e das transformações que têm provocado na prática social de 
ensinar (2013, p.146). 
 
No entendimento de Luzuriaga (2001), a Didática originariamente significou a 
arte de ensinar. Durante muito tempo, ensinou-se conforme certas regras e normas, 
porém estas tinham mais um caráter empírico, pessoal ou procediam da tradição de 
modelos ou da habilidade pessoal. Somente a partir do século XVII, Comenius 
estabeleceu a Didática sobre as bases gerais, denominando precisamente de 
Didática Magna, que era uma espécie de manual escrito em um livro elaborado com 
a pretensão de ensinar tudo a todos. A Didática Magna foi a principal obra de 
Comenius, que compreendia não apenas os métodos e regras de ensinar, mas 
também a totalidade ação educativa. Segundo Gil 
(2010, p.2) didática é a “arte de ensinar”. Ele segue citando Comenius, que afirmava 
29 
 
 
 
 
que didática é a “arte de ensinar tudo a todos” e Masetto, que diz que didática “é o 
estudo do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula e de seus resultados”. 
Falando acerca de didática Libâneo diz: 
 
A didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu 
conjunto, no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas 
da aula se relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de 
garantir aos alunos uma aprendizagem significativa. Ela ajuda o professor 
na direção e orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, 
fornecendo-lhe segurança profissional. (LIBÂNEO, 2002, p.5). 
 
A palavra Didática refere-se à ordem, clareza, simplificação e costuma, 
portanto, também conotar rigor, bitolamento, limitação, quadratura. Se ela adquiriu 
significados negativos, supõe-se que a origem deles esteja na práxis, ou seja, no 
exercício regular da Didática, em todos os níveis de ensino, seria responsável pelo 
seu desprestígio ou má fama. Realmente, muitos manuais de Didática estão cheios 
de itens e subitens, regras e conselhos: o professor deve, o professor não deve e 
ficam, portanto, muito próximos dos receituários ou listagens de permissões e 
proibições, tentando inutilmente disfarçar o seu vazio atrás de excessivo formalismo. 
A Didática associa-se à ciência desde o momento em que os homens 
passaram a questionar, de forma exaustiva, todas as formas possíveis de se ensinar 
algo a alguém. De modo que, ela passou a estar presente quando o homem 
organizou a maneira de transmitir seus conhecimentos ao exercitar uma prática 
pedagógica – uma Didática. 
Libâneo (2007) aponta que a Didática tem como objeto de estudo o processo 
de ensino, finalidades, pedagogias, condição e meios de direção e organização do 
ensino e aprendizagem, pelos quais se asseguram a mediação docente de objetivos, 
os conteúdos e os métodos para atingir a efetivação da assimilação dos 
conhecimentos. 
Apesar da discussão de como ensinar e como sistematizar o ensino ter sido 
uma preocupação dos educadores desde que se organizou a relação pedagógica, a 
Didática é considerada uma teoria do ensino apenas a partir do século XVII: 
 
a história da Didática está ligada ao aparecimento do ensino – no decorrer 
do desenvolvimento da sociedade, da produção e das ciências - como 
atividade planejada e intencional dedicada à instrução.[...] Na chamada 
Antiguidade Clássica ( gregos e romanos) e no período medieval também 
se desenvolvem formas de ação pedagógicas, em escolas, mosteiros, 
30 
 
 
 
 
igrejas, universidades. Entretanto, até meados do século XVII não podemos 
falar de Didática como teoria do ensino, que sistematize o pensamento 
didático e o estudo científico das formas de ensinar (LIBÂNEO, 1994, p. 54- 
55). 
 
Não há dúvidas sobre a complexidade do trabalho docente frente às atribuições 
que lhe são exigidas. Neste contexto Veiga (2006, p. 2), menciona que a “[...] 
docência universitária exige a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, 
faz parte dessa característica integradora a produção do conhecimento bem como 
sua socialização”. A indissociabilidade aponta para a atividade reflexiva e 
problematizada do futuro profissional. 
A autora salienta, ainda, que formar professores universitários implica 
compreender a importância do papel da docência, proporcionando um 
aprofundamento científico aliado ao conhecimento pedagógico, que os capacite a 
responder questões fundamentais da universidade como instituição social, uma 
prática social que implica as ideias de formação, reflexão, e crítica. 
Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cursos fica claro as 
deficiências na formação do professor universitário. É comum que a maioria das 
críticas nesses cursos em relação aos professores refere-se à falta de didática, por 
essa razão muito professor vem realizando cursos de didática do ensino superior. 
A prática pedagógica no Ensino Superior passa por diversos desafios, visto 
que, precisa sempre articular ensino, pesquisa e extensão e, por outro lado, a 
ausência de preocupação explícita das autoridades educacionais com a preparação 
de professores para o Ensino Superior. As autoridades acreditam que o corpo 
discente das escolas superiores é constituído por adultos, não precisando tanto de 
dedicação quanto no corpo discente do ensino básico, constituído por crianças e 
adolescentes. Os alunos do ensino superior, por já possuírem uma “personalidade 
formada” e por saberem o que pretendem, não exigiriam de seus professores mais 
do que competência para transmitir os conhecimentos e para sanar suas dúvidas, 
caso esse muito controverso quando posto em prática. 
Segundo ALTHAUS (2004), a ação didática no ensino superior é pautada pelas 
tensões enfrentadas no cotidiano universitário e consolida-se pelo o que é inerente à 
extensão: “A autêntica ação de estender o conhecimento, via extensão universitária, 
operacionaliza-se por meio de umas práxis dialética (mediadora entre universidade-
31 
 
 
 
 
sociedade-universidade) de produção/reprodução crítica do conhecimento” (RAYS, 
2003, p.3). Segundo BORBA e SILVA ([s.d]): 
 
Quando nos referimos às necessidades dos estudos didáticos dirigidos ao 
ensino de nível superior, a sua aplicação e investigaçãoaos problemas 
pedagógicos deve levar cada docente a fazer uma autocrítica e a tomar 
consciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar a melhor 
forma de desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiências 
pedagógicas que vise aperfeiçoar os diversos tipos de atividades que 
caracterizam tais funções, em particular podemos citar as voltadas à 
sistematização e transmissão do conhecimento, sem deixar em segundo 
plano ou de lado as responsabilidades propriamente educativas. 
 
Frente a esse cenário, Cunha, Brito e Cicillini (2006) afirmam que a formação 
pedagógica para o professor da educação superior é quase inexistente e isto recai 
na grande dificuldade de o docente enfrentar os desafios de sua profissão. Assim, 
evidenciamos que o professor da atualidade precisa alargar seu repertório de 
conhecimentos, visto que ter o título acadêmico apenas não garante uma atuação 
qualificada em sala de aula. 
A “Didática do Ensino Superior” volta-se para aos alunos dos cursos de 
graduação e pós-graduação, com o objetivo de analisar, minuciosamente, e refletir 
sobre o panorama da educação nacional, a fim de capacitar os docentes e 
interessados em atuar nas áreas de ensino, pesquisa ou gestão, sendo possível 
uma melhor compreensão das competências, habilidades e atividades necessárias 
para atuação no ensino. A partir dessas disposições, Nóvoa (2009) recomenda 
fatores importantes para alicerçar programas de formação de professores: 
 A formação de professores precisa articular teoria e prática, a partir da 
análise de situações concretas do cotidiano escolar, à procura de um 
conhecimento pertinente na reelaboração desse conhecimento, 
traduzindo um processo de inovação; 
 É relevante que a formação de professores passe para “dentro da 
formação”, isto é, ser conduzida e planejada pelos próprios professores, 
de forma que os principiantes aprendam com os mais experientes; 
 A formação de professores necessita valorizar o trabalho em equipe, pois 
a reflexão e o trabalho coletivo transformam-se em conhecimento 
profissional, instigando processos de mudança e práticas concretas de 
intervenção. 
32 
 
 
 
 
 A formação precisa incentivar os professores a darem visibilidade social 
ao seu trabalho, a aprenderem a se comunicar com o público, “a ter uma 
voz pública, a conquistar a sociedade para o trabalho educativo, 
comunicar para fora da escola” (NÓVOA, 2009, p. 43). 
Considera-se a docência, independentemente do nível de ensino em que ela 
aconteça, uma ação humana. Reconhecer a dimensão humana da docência é 
admitir e assumir que ela se constitui histórica e socialmente e, por conseguinte, a 
formação é parte integrante da identidade profissional do professor; é a “humana 
docência, onde ser educador é ser o mestre de obras do projeto arquitetado para 
sermos humanos”. (NÓVOA, 2009) 
Veiga (2006) defende a formação do futuro professor universitário articulando 
conhecimento da área especifica e conhecimentos pedagógicos para que eles 
possam compreender e realizar, efetivamente, um trabalho que contemple a 
indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, condição, segundo a 
autora, indispensável à atividade reflexiva, problematizadora e inerente à docência. 
Faz parte dessa característica integradora a produção do conhecimento bem 
como sua socialização. Articula componentes curriculares e projetos de pesquisa e 
de intervenção, levando em conta que a realidade social não é objetivo de uma 
disciplina, e isso exige o emprego de uma pluralidade metodológica. 
Ainda que pese, as discussões e proposições advindas de inúmeras pesquisas, 
as entrevistas com os pós-graduandos que tinham experiência docente no ensino 
superior evidenciaram que eles se consideravam pouco capazes de articular o 
ensino, a pesquisa e a extensão nas instituições públicas de ensino superior onde 
trabalhavam, em função das inúmeras exigências administrativas, burocráticas e, 
principalmente nas instituições da rede particular, pois o trabalho docente é 
exclusivo ao ensino. 
Contudo, o que fica evidenciado, no mais das vezes, nesses processos de 
capacitação, ainda é uma didática pautada no domínio que o professor tem da sua 
área de formação e especialização. Os próprios concursos de ingresso à carreira 
universitária exigem este domínio, embora tal proficiência no conhecimento científico 
não garanta a sua tradução adequada em saber acadêmico, por parte do aluno e da 
33 
 
 
 
 
comunidade. E, sem negar a importância desse conhecimento, consideramos que a 
didática universitária precisa ir além disso. 
 
2.2 A METODOLOGIA NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA 
 
A Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá juízos de valor. 
Juízos de realidade são juízos descritivos e constatativos. Juízos de valor são juízos 
que estabelecem valores ou normas. A partir dessa diferenciação, concluímos que 
podemos ser metodologistas sem sermos didáticos, mas não podemos ser didáticos 
sem sermos metodologistas, pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o 
estudo da Metodologia é importante por uma razão muito simples: para escolher o 
método mais adequado de ensino precisamos conhecer os métodos existentes. 
Para efetivação do ensino e aprendizagem deve-se destacar que é muito 
importante a interação do aluno e professor. Além disso, é possível ocorrer uma 
relação dialética, na qual o papel do professor e do aluno se unam e estimulem a 
aprendizagem, através das tarefas contínuas dos sujeitos, de tal forma que o 
processo interligue o aluno ao objeto de estudo. 
Assim, espera-se do professor: 
 
Que tenha conhecimento de várias técnicas ou estratégias, bem como o 
domínio do uso destas para poder utilizá-las em aula; Que desenvolva 
capacidade de adaptação das diversas técnicas, modificando-as naquilo 
que for necessário para que possam ser usadas com aproveitamento pelos 
alunos individualmente ou em grupos; Que, pelo conhecimento e domínio 
prático de muitas técnicas e por sua capacidade de adaptação das técnicas 
existentes, se torne capaz de criar novas técnicas que melhor respondam 
às necessidades de seus alunos. Afinal, técnicas são instrumentos e como 
tais podem ser criadas por aqueles que vão usá-las (MASETTO, 2012, p. 
103). 
 
2.3 A METODOLOGIA DIALÉTICA 
 
Sobre a metodologia dialética entende-se o conhecimento não pode ser 
transferido, porém construído nas suas ligações com o outro e com o mundo. Nesse 
diapasão: 
Quando o estudante se confronta com um tópico de estudo, o professor 
pode esperar que ele apresente, a respeito do mesmo, apenas uma visão 
inicial, caótica, não elaborada ou sincrética, e que se encontra em níveis 
diferenciados entre os alunos. Com a vivência de sistemáticos processos de 
34 
 
 
 
 
análise a respeito do objeto de estudo, passa a reconstruir essa visão 
inicial, que é superada por uma nova visão, ou seja, uma síntese. A síntese, 
embora seja qualitativamente superior à visão sincrética inicial, é sempre 
provisória, pois o pensamento está em constante movimento e, 
consequentemente, em constante alteração. Quanto mais situações de 
análises forem experiências, maiores chances o aluno terá de construir 
sínteses mais elaboradas. O caminho da síncrese para a síntese, 
qualitativamente superior, via análise, é operacionalizado nas diferentes 
estratégias que o professor organiza, visando sistematizar o saber escolar. 
É um caminho que se processa no pensamento e pelo pensamento do 
aluno, sob a orientação e acompanhamento do professor, possibilitando o 
concreto pensado. (ANASTASIOU, 2005, p. 09, grifos no original). 
 
Uma metodologia na perspectiva dialética baseia-se em outra concepção de 
homem e de conhecimento. Entende o homem como um ser ativo e de relações. 
Assim, entende que o conhecimento não é "transferido" ou "depositado" pelo outro 
(conforme a concepção tradicional), nem é "inventado" pelo sujeito (concepção 
espontaneísta), mas simque o conhecimento é construído pelo sujeito na sua 
relação com os outros e com o mundo. 
Isso significa que o conteúdo que o professor apresenta precisa ser trabalhado, 
refletido, reelaborado pelo aluno, para se constituir em conhecimento dele. Caso 
contrário, o educando não aprende, podendo, quando muito, apresentar um 
comportamento condicionado, baseado na memória superficial. 
O professor, ao organizar sua aula e propor uma avaliação, tem que considerar 
as etapas que o aluno irá percorrer, a partir de sua vivência social, de seu 
conhecimento prévio. Esse processo tem que ser entendido de forma dinâmica e 
não estática ou como um ritual burocrático que todos devem, necessariamente, 
cumprir, tendo como parâmetro um modelo ideal. Assim, a teoria dialética do 
conhecimento nos aponta que o conhecimento se dá, basicamente, em três grandes 
momentos: a Síncrese, a Análise e a Síntese. 
A mobilização para o conhecimento – a síncrese da teoria dialética - procura 
estabelecer um vínculo inicial entre o aluno e o objeto de estudo através de uma 
provocação, de uma pergunta instigadora. Vasconcellos (2002) acredita que realizar 
uma tarefa sem saber o porquê é uma situação típica do trabalho alienado que 
acaba por exigir do aluno memorização e não inteligência. Nesta etapa, é preciso 
resgatar a realidade concreta do aluno, seja ela coletiva ou pessoal e considerar que 
35 
 
 
 
 
os alunos já possuem uma concepção, ainda que não científica, sobre o conteúdo 
abordado. 
Vasconcellos (2002, p. 39) considera que “o papel específico do educador não 
se restringe à informação que oferece, mas exige sua inserção num projeto social 
(...) para que o educando possa continuar autonomamente a elaboração do 
conhecimento”. Neste processo, cabe ao professor provocar a abertura para a 
aprendizagem e colocar meios que possibilitem e direcionem esta etapa. 
Uma metodologia dialética poderia ser expressa através de três grandes 
momentos que, na verdade, devem corresponder mais a três grandes dimensões ou 
preocupações do educador no decorrer do trabalho pedagógico, já que não os 
podemos separar de forma absoluta, a não ser para fins de melhor compreensão da 
especificidade de cada um. Como superação da metodologia tradicional, exige-se 
pois: 
 Mobilização para o Conhecimento. 
 Construção do Conhecimento. 
 Elaboração da Síntese do Conhecimento. 
A mobilização se coloca como um momento especificamente pedagógico, em 
relação à teoria dialética do conhecimento, uma vez que esta supõe o interesse do 
sujeito em conhecer. De modo geral, na situação pedagógica este interesse tem que 
ser provocado. Visa possibilitar o vínculo significativo inicial entre sujeito e o objeto 
("approche"), provocar, acordar, desequilibrar, fazer a "corte". O trabalho inicial do 
educador é tornar o objeto em questão, objeto de conhecimento para aquele sujeito. 
Aqui é necessário todo um esforço para dar significação inicial, para que o sujeito 
leve em conta o objeto como um desafio. Trata-se de estabelecer um primeiro nível 
de significação, em que o sujeito chegue a elaborar as primeiras representações 
mentais do objeto a ser conhecido. 
Construção do Conhecimento é possibilitar o confronto de conhecimento 
entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar no objeto, compreendê-
lo em suas relações internas e externas, captar-lhe a essência. Trata-se aqui de um 
segundo nível de interação, onde o sujeito deve construir o conhecimento através da 
elaboração de relações o mais totalizantes possível. Conhecer é estabelecer 
relações; quanto mais abrangentes e complexas forem as relações, melhor o sujeito 
36 
 
 
 
 
estará conhecendo. O educador deve colaborar com o educando na decifração, na 
construção da representação mental do objeto em estudo. 
Elaboração da Síntese do Conhecimento é ajudar o educando a elaborar e 
explicitar a síntese do conhecimento. É a dimensão relativa à sistematização dos 
conhecimentos que vêm sendo adquiridos, bem como da sua expressão. O trabalho 
de síntese é fundamental para a compreensão concreta do objeto. Por seu lado, a 
expressão constante dessas sínteses (ainda que provisórias) é também 
fundamental, para possibilitar a interação do educador com o caminho de construção 
de conhecimento que o educando está fazendo. 
Acreditar que tais notas ou conceitos possam, por si só, explicar o rendimento 
do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam 
analisados o processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas para 
promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de 
estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente reducionista, 
reduzindo as possibilidades de professores e alunos tornarem-se detentores de 
maiores conhecimentos sobre aprendizagem e ensino. (ZACHARIAS, s/d, p.2). 
De uma forma geral, o método dialético está aplicado de uma forma mais 
presente nas ciências humanas, que buscam entender de uma forma mais intensa o 
porquê, para quê e como os fatos se apresentam, e como o seu acontecimento se 
torna uma questão de interesse científico e social (DINIZ; SILVA, 2008). 
 
2.4 EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA 
 
Um conjunto de normas tem de ser formulado para regular esse sistema, 
aplicando-se a todas as universidades, públicas ou privadas, e incorporando todas 
as universidades que fazem parte do sistema de produção do conhecimento 
superior, como institutos de pesquisa, empresas, hospitais, repartições públicas e 
entidades de formação de nível superior. O sistema brasileiro deve atuar no sentido 
de garantir autonomia a cada entidade, devendo, entretanto, criar um conjunto 
harmônico, capaz de funcionar com sinergia, evitando as dispersões características 
do momento atual (Buarque, 2003). 
37 
 
 
 
 
Zabalza (2004) atribui três funções aos professores universitários: o ensino 
(docência), a pesquisa e a administração em diversos setores da instituição. 
Acrescento ainda a função de orientação acadêmica: monografias, dissertações e 
teses. Novas funções agregam-se a estas, tornando mais complexo o exercício 
profissional: 
o que alguns chamaram de business (busca de financiamento, negociação 
de projetos e convênios com empresas e instituições, assessorias, 
participação como especialistas em diversas instâncias científicas, etc.). E 
as relações institucionais (que são entendidas de diferentes maneiras: da 
representação da própria universidade nas inúmeras áreas em que é 
exigida até a criação e a manutenção de uma ampla rede de relações com 
outras universidades, empresas e instituições buscando reforçar o caráter 
teórico e prático da formação e, em alguns casos, seu caráter internacional). 
(Ibidem, p.109). 
 
A docência universitária requer a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão. Essa característica integra a produção do conhecimento bem como sua 
socialização. A indissociabilidade direciona-se para atividade reflexiva e 
problematizadora do futuro profissional. A Articulação dos componentes curriculares 
e projetos de pesquisa e de intervenção, deve levar em conta que a realidade social 
não é objetivo de uma disciplina e isso exige o emprego de uma pluralidade 
metodológica. 
A pesquisa e a extensão devem ser inseridas na docência, visto a necessidade 
de interrogar o que se encontra fora do ângulo imediato de visão. Não se trata de 
pensar na extensão como diluição de ações - para uso externo - daquilo que a " 
universidade produzir de bom. O conhecimento científico produzido pela 
universidade não é para mera divulgação, mas é para a melhoria de sua capacidade 
de decisão. 
 
2.5 PLANEJAMENTOS DO ENSINO 
 
O planejamento é essencial para qualquer organização e também é a maneira 
mais segura de atingir metas. Mas também pode ser um pesadelo institucional 
quando, em vez de ser um facilitador do trabalho, torna-se um obstáculo para o 
desempenho e o crescimentoorganizacional. Basicamente, porque a maioria das 
pessoas dentro da universidade não sabe como usá-lo (implementação sem 
38 
 
 
 
 
treinamento adequado), não sabe por que elas precisam usá-lo (falta de 
comunicação interna) e, pior ainda, não querem usá-lo isto. 
Gandin (1997) defende a ideia de que existem planejadores, executores e 
avaliadores. Contudo, ele acredita que nesse grupo há poucos planejadores e 
muitos executores. Há pessoas dispostas apenas em mandar, estão sempre 
apontando a direção a ser seguida segundo seu pensamento. O sujeito dotado de 
consciência crítica, não se deixa levar por essa situação, ao contrário da pessoa 
ingênua ou mítica que vai se deixar manipular. 
Planejar não se limita apenas ao ato de fabricar planos, vai além do colocar 
ideias no papel, preparar atividade para serem executadas dentro ou fora da sala de 
aula. Com o planejamento não se reduz à elaboração, estende-se também à 
execução e à avaliação. 
Existem fatores mais importantes que determinam o sucesso do planejamento 
estratégico no superior. A competência dos funcionários, a cultura do campus, o 
orçamento e os regulamentos também são elementos essenciais que podem ajudar 
as universidades a cumprir seus objetivos e - ainda mais importante - a sustentar 
esse sucesso a tempo de serem reconhecidos pela sociedade como uma instituição 
fundamental para o bem-estar comum. 
O planejamento estratégico é um processo sistemático para projetar o futuro 
das instituições de ensino superior. Em geral, espera-se que o plano estratégico 
envolva uma abordagem coerente, consistente e cuidadosa para garantir as 
aspirações de longo prazo da organização. 
De acordo com Santana, (1986. P. 26) o planejamento é dividido em três 
etapas: A primeira é a preparação ou estruturação do plano de Trabalho Docente. 
Esta etapa é onde o professor prevê como será desenvolvido o seu trabalho durante 
certo período. O professor relaciona os conteúdos que serão trabalhados e como 
serão trabalhados, ou seja, busca uma metodologia adequada, recursos didáticos e 
tecnológicos que contribuam para melhor desenvolvimento dos conteúdos. Na 
sequência é determinado os objetivos a serem alcançados, viabilizando estratégias 
para que no decorrer do trabalho os objetivos sejam atingidos. 
39 
 
 
 
 
Kourganoff entre outros autores, vem chamando a nossa atenção sobre a 
necessidade de um estudo sistemático dos problemas didáticos em nível superior. 
Segundo ele: 
“A aplicação do espírito de investigação aos problemas pedagógicos deve 
levar cada docente a fazer uma autocrítica, a tomar consciência de suas 
responsabilidades, a repensar a maneira como desempenha suas funções e 
a fazer experiências pedagógicas que visem aperfeiçoar os diversos tipos 
de atividades que caracterizam tais funções, em particular, as voltadas à 
sistematização e transmissão do saber, sem esquecer das 
responsabilidades propriamente educativas. Por esta razão, é 
particularmente urgente melhorar o preparo pedagógico dos docentes... O 
número de seminários e outras atividades similares sobre o ensino 
universitário é pequeno quando comparado com o número de outras 
iniciativas da mesma natureza dirigidas às diferentes especialidades da 
investigação. Como recomenda o “Rapport of Berkeley”, alguns seminários 
pedagógicos apropriados aos diferentes tipos de disciplinas deveriam 
formar parte da rotina de cada docente universitário. Uma das 
preocupações de tais encontros deveria ser um inventário pedagógico 
internacional dos melhores métodos já utilizados nos diversos países” 
(1972. p. 84). 
 
Uma parte significativa do planejamento e preparação é o de realizar 
pesquisas. O estudo da teoria educacional e o exame das melhores práticas ajudam 
a definir e moldar o seu próprio ensino, pois estudar o conteúdo que você ensina em 
profundidade também ajudará você a crescer e melhorar seu ensino-aprendizagem, 
além de poder aplicá-lo com maior segurança de conhecimento em relação aos 
alunos. 
 Como professor, você deve ter o conteúdo que ensina dominado. Você deve 
entender o que está ensinando, por que está ensinando e deve criar um plano de 
como apresentá-lo aos seus alunos todos os dias. Isso acaba beneficiando seus 
alunos. É seu trabalho como professor não apenas apresentar as informações, mas 
apresentar de uma maneira que ressoe com os alunos e faça com que seja 
importante o suficiente para que eles desejem aprender. Isso ocorre através do 
planejamento, preparação e experiência. 
Uma das razões mais importantes para planejar é que o professor precisa 
identificar seus objetivos para a lição. Os professores precisam saber o que querem 
que seus alunos possam fazer no final da lição que não podiam fazer antes. Aqui 
estão mais algumas razões pelas quais o planejamento é importante: 
 
40 
 
 
 
 
 dá ao professor a oportunidade de prever possíveis problemas e, 
portanto, considerar soluções 
 garante que a lição seja equilibrada e apropriada para a aula 
 dá confiança ao professor 
 o planejamento é geralmente uma boa prática e um sinal de 
profissionalismo 
 
O plano de aula define “o que” o professor espera alcançar ao longo da lição e 
o “como” ele espera alcançá-lo. Geralmente, eles estão na forma escrita, mas não 
precisam ser. Professores novos ou inexperientes podem querer ou ser solicitados a 
produzir planos muito detalhados - mostrando claramente o que está acontecendo 
em um determinado momento da lição. No entanto, em um ambiente de ensino 
realista, talvez seja impraticável considerar esses detalhes no planejamento diário. 
Diferença entre Planejamento e Estratégia 
O planejamento como conceito, fica entre a missão e os planos operacionais. E 
historicamente no ensino superior, tem sido negligenciado nas conversas sobre cada 
um. Uma declaração de missão institucional diz por que existe uma faculdade ou 
universidade; esse é o propósito. Os melhores transmitem ações específicas em 
relação ao público-alvo, além de articular resultados. 
Por outro lado, em se tratando da diferença, a estratégia é o caminho a cumprir 
nessa missão, ou seja, é o plano de jogo que contém respostas para perguntas-
chave, como em quais áreas você se envolverá (graduação, pós-graduação; 
assistência médica, humanidades; artes liberais, profissionais; local, nacional, global; 
adulto, idade tradicional etc.) e como você vai ter sucesso? As operações são as 
etapas para implementar a estratégia e, portanto, cumprir a missão. Muitos planos 
estratégicos da universidade são principalmente resultados ou ideais (ou "listas de 
desejos" não financiadas), 
A Estratégia tem inúmeras definições, e as pessoas que trabalham com 
estratégia em outros contextos, como assistência médica ou setor corporativo, 
geralmente discordam de seu significado. Mas o que fica claro em muitas definições 
concorrentes é que a estratégia: 
 
41 
 
 
 
 
é o elo entre a missão e as realidades do mercado competitivo externo; 
I. trata de escolhas associadas à direção organizacional e 
II. difere das operações. 
O problema com muitos planos estratégicos de faculdades e universidades é 
que eles não articulam escolhas; eles são internamente, não focados externamente 
e são confusos pelas operações. Embora prioridades operacionais importantes 
sejam frequentemente avançadas nos planos estratégicos tradicionais - como a 
criação de um modelo de negócios financeiramente sustentável, alavancando a 
tecnologia ou o aumento de matrículas -elas não são uma estratégia. 
Sendo assim, a estratégia é o objetivo para o qual você executará essas 
etapas operacionais. As operações abordam como fazer as coisas corretamente, 
enquanto a estratégia é sobre as coisas certas a serem feitas. 
 
2.6 AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
 
De acordo com Bloom (1982), a avaliação é um método de adquirir e processar 
evidências necessárias para melhorar o ensino e aprendizagem; incluiuma grande 
variedade de evidências que vão além do exame usual de papel e lápis. É um auxílio 
para clarificar os objetivos significativos e as metas educacionais, e é um processo 
para determinar em que medida os alunos estão se desenvolvendo dos modos 
desejados; é um sistema de controle de qualidade, pelo qual pode ser determinada, 
etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem. 
A avaliação da aprendizagem na educação superior, de modo geral, ainda 
deveria avançar das práticas focalizadas que Luckesi (1994) denominou de 
“verificação da aprendizagem”. A avaliação precisa ser exercida como uma 
“produção de sentidos”, o que não pode estar restrito à utilização de instrumentos 
que apenas explicam o passado. 
Além disso, a avaliação precisa guardar relação com as finalidades sociais 
mais amplas da educação, com o que desejamos no futuro. Finalmente, a adesão a 
uma ou outra forma de avaliação necessita ser vista também como um ato moral, 
pois nossas escolhas qualificam o modo como vemos e interagimos com nossos 
alunos. 
42 
 
 
 
 
Apesar de ser quase unânime a ideia de que a avaliação é uma prática 
indispensável ao processo de escolarização, a ação avaliativa continua sendo um 
tema polêmico. Há uma intensa crítica aos procedimentos e instrumentos de 
avaliação frequentemente usados na sala de aula, que muitas vezes se fazem 
acompanhar da sinalização de novas diretrizes ou de novas propostas de ação. O 
olhar para essas alternativas precisa estar atento aos discursos e às práticas para 
evitar que a perspectiva técnica continue colocando na sombra a perspectiva ética. 
Há vários níveis de relacionamento entre avaliação e aprendizagem. Diversos 
estudos sobre a avaliação da aprendizagem na educação superior sugerem a 
existência de uma relação estreita entre as práticas de avaliação exercidas pelos 
professores e os diferentes níveis de desenvolvimento dos estudantes no decorrer 
da graduação. Tais práticas podem influenciar, por exemplo, a natureza das 
experiências de aprendizagem experimentada pelos alunos, como eles se envolvem 
com os estudos, que conhecimentos são importantes e como se veem no ensino 
universitário. 
Logo, analisar a programática da avaliação é primeiramente considerar ações e 
decisões que ela fundamenta de imediato e que atingem pessoas bem definidas. 
Sobre esse ponto deve-se, evidentemente, distinguir as situações: a pragmática da 
avaliação contínua durante o ano escolar remete de início, ao andamento da aula, à 
progressão no programa, à manutenção da ordem e, às vezes, à individualização da 
aprendizagem. 
 
 
43 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Questão 1 
Ano: 2015 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2015 - IF-PA - Professor - 
Pedagogia 
Sabe-se que a disciplina Didática faz parte dos currículos de Licenciaturas e 
que ela faz uso de saberes de diversas áreas do conhecimento humano sendo, 
portanto, um conjunto de saberes aparentemente constituído e sistematizado. De 
acordo com Libâneo (1992), seu objeto é: 
a. O ensino, em sua totalidade. 
b. A educação em geral. 
c. As disciplinas. 
d. Todas as alternativas estão corretas. 
 
Questão 2 
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da Criança - 
DF Prova: FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialista 
Socioeducativo - Artes Plásticas 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as diferenças fundamentais 
existentes entre a didática tradicional e a didática moderna. 
a. A didática moderna sustenta a concepção de que o ensinar predomina 
sobre o aprender, enquanto na didática tradicional o aprender é o 
objetivo principal. 
b. A didática moderna reforça a premissa de que o professor ainda é um 
ser superior que ensina a ignorantes. Para a didática tradicional, o 
educador e o educando constroem o conhecimento em conjunto. 
c. Na didática moderna, por meio dos recursos pedagógicos, o educando 
recebe passivamente os conhecimentos. A didática tradicional deixa a 
responsabilidade da escolha para o educando. 
44 
 
 
 
 
d. Para a didática moderna, a mídia e o game, entre outros, colaboram 
para tornar a aprendizagem motivadora e envolvente. Para a didática 
tradicional, o professor detém o poder do conhecimento. 
 
Questão 3 
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Suzano - SP Prova: VUNESP 
- 2015 - Prefeitura de Suzano - SP - Professor de Educação Básica Adjunto 
O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e 
avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a 
aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. Nesse sentido, 
é correto afirmar que 
a. o ensino deve potencializar a aprendizagem. 
b. a aprendizagem deve se ajustar ao ensino. 
c. as técnicas de ensino fortalecem o professor. 
d. a motivação do aluno fortalece a sequência didática. 
 
Questão 4 
Ano: 2019 Banca: CS-UFG Órgão: IF Goiano Prova: CS-UFG - 2019 - IF 
Goiano - Técnico em Assuntos Educacionais 
 O trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa 
mais ampla que ocorre na sociedade, por isso, não pode ser tratado como atividade 
restrita ao espaço da sala de aula. A disciplina que sistematiza e orienta a 
organização pedagógica é a didática. Qual o objeto de estudo da didática? 
a. O processo pedagógico 
b. O processo de ensino. 
c. O planejamento de ensino. 
d. O plano de aula. 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
Questão 5 
Ano: 2016 Banca: FACET Concursos Órgão: Prefeitura de Marcação - 
PB Prova: FACET Concursos - 2016 - Prefeitura de Marcação - PB - Professor de 
Ciências 
De acordo com a formação profissional do professor para o trabalho didático 
em sala de aula, há duas dimensões, assinale a alternativa correta que contém as 
duas dimensões. 
a. A primeira destas dimensões é a teórico-científica formada de 
conhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e 
pedagogia. A segunda é a técnico–prática, que representa o trabalho 
docente incluindo a didática, metodologias, pesquisa e outras facetas 
práticas do trabalho do professor. 
b. A didática não é a mediação entre as dimensões teórico-científica e a 
prática docente. 
c. A teórico-científica formada de conhecimentos de filosofia, sociologia, 
matemática e pedagogia. A segunda é a técnico–prática, que representa 
o trabalho docente incluindo a didática, excluindo metodologias. 
d. Libâneo (1994, p.3) define a didática como a mediação entre as 
dimensões teórico-científica e a prática docente. Uma envolve desde a 
filosofia a matemática e a outra o trabalho docente excluindo a 
metodologia. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Partindo do pressuposto que a avaliação diagnóstica é um instrumento que tem 
por objetivo identificar elementos que auxiliam o processo de construção do 
conhecimento/ aprendizagem do aluno, especifique os métodos de aplicação da 
avaliação diagnóstica. 
 
TREINO INÉDITO 
Assunto: Avaliação diagnóstica 
Assinale a alternativa que indica corretamente o objetivo da avaliação 
diagnóstica. 
46 
 
 
 
 
a. Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno domina 
b. Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno não domina 
c. Identificar inabilidades e competências que o aluno domina 
d. Identificar habilidades e ainda, incompetências que o aluno domina 
e. NDA 
 
NA MÍDIA 
O QUE É AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ACORDO COM AUTORES DA 
PEDAGOGIA 
Luckesi, (1978): a avaliação é definida como um julgamento de valor sobre 
manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. 
Sarrabbi, 1971: a avaliação educativa é um processo complexo, que começa com a 
formulação de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidência de 
resultados, interpretação dos resultados para saber em que medida foram os 
objetivos alcançados e formulação de um juízo de valor. 
Juracy C. Marques, 1956:é um processo contínuo, sistemático, compreensivo, 
comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite avaliar o conhecimento 
do aluno. 
Bradfield e Moredock, 1963: a avaliação significa a uma dimensão mensurável do 
comportamento em relação a um padrão de natureza social ou científica. 
 
Fonte: Maria Angélica 
Data: 2017 
Leia na íntegra em: https://canaldoensino.com.br/blog/o-que-e-e-quais-os-tipos-de-
avaliacao-da-aprendizagem 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
NA PRÁTICA 
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM DO ALUNO 
Existem três tipos de avaliação, entre os quais o professor pode optar por um para 
aplicar em sua sala de aula: avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação 
somativa. A diagnóstica possibilita ao professor identificar progressos e dificuldades 
por parte do aluno. Já a formativa, busca identificar as principais insuficiências de 
aprendizagens iniciais necessárias para o aprendizado de outros conhecimentos. 
 
Fonte: José Amadeu da Silva Filho, Celeciano da Silva Ferreira, Régia Maria Gomes 
Moreira, Sheila Maria Gonçalves da Silva. 
Data: 2012 
Disponível em: 
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/f7b399b81548477eec9e94f5cfccff
c7_1919.pdf 
 
PARA SABER MAIS 
Filme: A onda 
Peça de teatro: Trabalho: eu topo 
Acesse os links: https://youtu.be/AHL2Ltq0TwE 
https://youtu.be/cB9yhs9m5T8?t=1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 TECNOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS CAPÍTULO 3 - 
 
3.1 ENSINO A DISTÂNCIA 
 
Para entender o que é Educação à Distância, Moran (2009, p. 1) a define como 
“[...] o processo de ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, onde 
professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente”. Salienta, 
ainda, que é mais conveniente sua aplicação para educação de adultos, por terem 
mais consolidado a aprendizagem individual de pesquisa. A figura 3 ilustra bem 
como essa interação ocorre nos dias atuais. 
 
Figura 3 – EAD na Formação Superior de Ensino 
 
Fonte: Voz do Planalto (2019). 
 
Entende-se que não se pode pensar em avanços sociais significativos sem que 
haja acesso às tecnologias, e é a educação online que vai favorecer a aproximação 
das mídias por um contingente cada vez maior de sujeitos, que se tornarão capazes 
de atribuir-lhes novos significados com a transformação de sua visão de mundo. 
Conforme afirma Guatarri (2008, p.16): 
 
As evoluções tecnológicas, conjugadas a experimentações sociais desses 
novos domínios, são talvez capazes de nos fazer sair do período opressivo 
atual e de nos fazer entrar nessa era pós-mídia, caracterizada por uma 
apropriação e uma resingularização da utilização da mídia. 
 
O ensino a distância, é uma alternativa de educação, na qual os principais 
elementos incluem a separação física de professores e alunos durante a instrução e 
o uso de várias tecnologias para facilitar a comunicação entre aluno e 
49 
 
 
 
 
professor. Tradicionalmente, o ensino a distância tem se concentrado em estudantes 
não tradicionais, como trabalhadores em período integral, militares e não residentes 
ou indivíduos em regiões remotas que não podem participar de palestras em sala de 
aula. No entanto, o ensino a distância tornou-se uma parte estabelecida do mundo 
educacional, com tendências apontando para o crescimento contínuo, 
principalmente no Ensino Superior. 
O ensino a distância é, por definição, realizado por meio de instituições; não é 
um estudo individual ou um ambiente de aprendizado não acadêmico. As instituições 
também podem ou não oferecer instruções tradicionais em sala de aula, mas são 
elegíveis para credenciamento pelas mesmas agências que empregam métodos 
tradicionais. 
A educação a distância, como qualquer outra educação, estabelece um grupo 
de aprendizado, às vezes chamado de comunidade de aprendizado, composta por 
alunos, professor e recursos instrucionais - ou seja, livros, áudio, vídeo e gráficos 
que permitem ao aluno acessar o conteúdo da instrução. 
Um dos primeiros assessores tecnológicos da educação foi o slide lanterna 
(por exemplo, o Lanterna de Linnebach), usada no século XIX nas aulas de 
chautauqua e nas escolas de liceu para adultos e em shows itinerantes de barracas 
de palestras em todo o mundo para projetar imagens em qualquer superfície 
conveniente; esses assessores visuais se mostraram particularmente úteis na 
educação de audiências semiletradas. No início do século XX, as teorias da 
aprendizagem começaram a se concentrar em abordagens visuais da instrução, em 
contraste com as práticas de recitação oral que ainda dominavam as salas de aula 
tradicionais. 
Gonzalez (2005) define que a Educação a distância é uma estratégia de 
sistemas educativos que irá ofertar a educação a setores ou a um grupo de pessoas 
que possuem dificuldades de acesso à educação presencial, complementando os 
conceitos abordados anteriormente. 
O Brasil é pródigo em exemplos de professores muito competentes no uso de 
tecnologias e educação a distância. Mas, quase sempre, eles foram vistos como 
grupos de excêntricos ou visionários, que se dedicaram às pesquisas nesse campo 
sem apoio oficial – quando muito, alcançavam a piedosa complacência dos 
50 
 
 
 
 
gestores. Algumas vezes, os grupos que atuavam na área, disputavam entre si, em 
vez de unidos, buscarem a sensibilização dos dirigentes. O resultado disso foi que a 
educação a distância ficou sendo uma ilha em nossas universidades e instituições. 
(MEC, 2003). 
Quanto à modalidade de Educação a Distância (EaD), atualmente, a definição 
que se destaca e marca de forma simples e clara, é encontrada no site do Ministério 
da Educação (MEC, 2005): 
 
Educação a Distância é a modalidade educacional na qual alunos e 
professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se 
necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e 
comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e 
pode ser implantada na Educação Básica (educação de jovens e adultos, 
educação profissional técnica de nível médio) e na Educação Superior. 
(BRASIL, 2005). 
 
3.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIAS PARA O 
ENSINO 
 
Segundo Moran (2006), p. 25, a educação online pode ser aplicada desde a 
educação infantil até o ensino superior, contemplando não só a educação formal, 
como também a não formal e a educação corporativa, viabilizando tanto cursos 
totalmente a distância, quanto semipresenciais e presenciais: 
 
Uma estratégia pedagógica dinâmica é realizada com programas que sejam 
atualizados permanentemente, respondendo ao acelerado ritmo de 
mudança da sociedade do conhecimento e do mercado de trabalho atual, 
superando assim o anacronismo em que, cedo ou tarde, caem os conteúdos 
e programas dos sistemas presenciais. 
 
Como salienta LÉVY (1999), p. 17: 
 
tornam-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de educação e 
formação. Primeiro, a adaptação dos dispositivos e do espírito do 
aprendizado aberto e a distância (AAD) no cotidiano e no ordinário da 
educação. É verdade que o AAD explora certas técnicas do ensino a 
distância, inclusive a hipermídia, as redes interativas de comunicação e 
todas as tecnologias intelectuais da cybercultura. O essencial, porém, reside 
num novo estilo de pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os 
aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede. Nesse 
quadro, o docente vê-se chamado a tornar-se um animador da inteligência 
coletiva de seus grupos de alunos, em vez de um dispensador direto de 
conhecimentos. 
 
51 
 
 
 
 
Conforme Carvalho et al. (2011), várias são as possibilidades de se 
implementar e usar os métodos de ensino EAD. Ementas de disciplinas específicas 
se adequam perfeitamente aos moldes desse tipo de ensino, de modo que a 
utilização de recursos computacionais favoreça o aprendizado quando comparados 
ao ensino presencial. Muitas ferramentas que teriamdificuldades de estarem 
disponíveis para o aluno em sala de aula, são acessadas por estes de maneira 
rápida, através de aplicativos e softwares. 
Diversos recursos virtuais auxiliam na aquisição da informação, por meio de 
chats, correio eletrônico, fóruns e plataformas de buscas como o Google, garantindo 
assim uma extensa flexibilidade do processo de ensino-aprendizagem entre o aluno 
e o professor. A EAD, em nosso país, ganhou novos rumos e contornos a partir da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e, posteriormente, 
de alguns decretos (n°2949, n°2561, n°5622) que detalharam o funcionamento desta 
modalidade de ensino. 
E. P. Arruda (2015) ainda relata que o decreto nº 5.622/2005 possibilitou a 
oferta de cursos à distância em todos os níveis. O referido dispositivo legal, mesmo 
cercado de cuidados, possibilitou um crescimento incomum a esta modalidade 
educacional, provavelmente devido a uma demanda reprimida pela lacuna ocorrida 
entre 2001 e 2005, período em que o número de cursos à distância pouco cresceu 
no Brasil, saltando de 14 em 2001 para 189 em 2005. Para se ter uma ideia, de 
2005 ao ano seguinte o número de cursos cresceu para 349, ou seja, quase 
dobrou. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), órgão do 
governo federal, para o ano de 2013, mostravam que naquele ano o número de 
cursos superiores à distância já ultrapassava 1,2 mil. 
Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias é colaborar para que 
professores e alunos nas escolas e nas organizações transformem suas vidas em 
processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua 
identidade, do seu caminho pessoal e profissional do seu projeto de vida, no 
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes 
permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se 
cidadãos realizados e produtivos (MORAN, 2006). 
52 
 
 
 
 
A educação a distância também deve ser vista como uma forma de respeito ao 
ritmo e à forma de aprender, já que a configuração da educação presencial coloca 
obstáculos ao pleno desenvolvimento do estilo de aprendizagem do aluno, já que 
homogeneíza os estudantes — como se todos aprendessem no mesmo tempo e de 
modo igual. 
No ensino a distância, existem tarefas de leitura e compreensão de texto, 
exercícios que exigem maior raciocínio e atividades de elaboração de resumos, por 
exemplo — cada qual exigindo habilidades cognitivas específicas. 
O Ensino Superior a distância deve ser reconhecido e regulamentado pelo 
Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, ele cumpre todas as exigências, seja 
no conteúdo ou na carga horária, que um curso no formato tradicional. Por isso, não 
há diferença entre os diplomas. 
 
3.3 INTERAÇÕES EM SALA DE AULA EAD E PRESENCIAL: O PAPEL DOS 
PROFESSORES E DOS ALUNOS 
 
Embora as práticas de ensino a distância sejam teoricamente aceitas como um 
modelo para auxiliar na educação formal, uma pesquisa aprofundada deve ser 
conduzida sobre as práticas de ambos os sistemas de ensino, sendo EAD e 
presencial, e os efeitos dessas práticas em estudantes e professores devem ser 
medido. No ensino a distância, são importantes o conhecimento e as tecnologias 
interativas, bem como a capacidade dos professores e alunos de usar essas 
tecnologias interativas. O foco em uma metodologia para educação a distância 
geralmente se torna um foco em tecnologia. 
O ensino a distância aberto está agora amplamente disponível na maior parte 
do mundo e muitos adultos que trabalham optam pelo ensino a distância para obter 
qualificações. Com as prioridades concorrentes de trabalho, casa e escola, os 
adultos em todos os lugares desejam educação com um alto grau de flexibilidade e 
acessibilidade. A estrutura do ODL oferece aos alunos a maior flexibilidade. Isso 
lhes dá controle sobre o tempo, o local e o ritmo de sua educação. No entanto, 
aprender a distância não é isento de desafios (Dzakiria, Kasim, Mohamed & 
Christopher, 2013). 
53 
 
 
 
 
À medida que os alunos em um ambiente de EAD iniciam o trabalho de 
aprendizado, precisam de acesso contínuo a professores, bibliotecas e outros 
recursos dos alunos. Os alunos devem ter acesso adequado aos recursos 
apropriados para apoiar seu aprendizado. A instituição de ensino deve avaliar a 
capacidade dos alunos de obter sucesso no aprendizado on-line. 
A maioria das instituições de ensino a distância espera que os alunos interajam 
principalmente por meio de suas ferramentas tecnológicas on-line prescritas, a fim 
de aprender com sucesso e alcançar o resultado pretendido. Espera-se que os 
alunos interajam ativamente on-line com outros alunos, professores, universidade, 
conteúdo e material de estudo para obter sucesso acadêmico. 
A instituição do EAD prescreve o fórum de discussão como um link para a 
interatividade on-line entre os alunos e entre o aluno e o professor. Os professores e 
o pessoal da administração da universidade postam informações na página do fórum 
de discussão, e os alunos são incentivados a formar grupos de estudo e são 
lembrados a fazer suas tarefas para facilitar o aprendizado. As atividades nos fóruns 
de discussão também ajudam os alunos a compartilhar seus conhecimentos e 
aprender uns com os outros. 
 
3.4 DESAFIOS DO ENSINO A DISTÂNCIA 
 
Um problema secundário na educação a distância é a falta de comunicação 
aluno-aluno. As aulas tradicionais geralmente são ministradas em ambientes de 
grupo, onde os alunos podem aprender e compartilhar informações com seus 
colegas. É certo que a metodologia de ensino nas formas anteriores de instrução 
vistas no início do ensino a distância geralmente não dependia de muita interação 
ponto a ponto. 
No entanto, em várias partes do mundo, assuntos como filosofia, idiomas e 
debate foram ensinados com a confiança nas interações ponto a ponto. Sem essa 
interação, os programas de educação a distância serviriam apenas como meios de 
transferência de informações, e não como uma classe verdadeira. 
Para muitos, uma comunidade física de alunos em uma sala de aula tradicional 
é uma fonte importante de motivação, criatividade e comprometimento com o 
54 
 
 
 
 
aprendizado. No entanto, no ensino a distância, essa comunidade é problematizada 
porque existe no mundo virtual, pelo qual os alunos são estimulados a participar de 
atividades de aprendizado e a um diálogo aberto mediado pela passividade do 
mundo virtual. Este ambiente de aprendizagem carece da conexão emocional e 
física entre os alunos que é cultivada por meio de comunicação verbal e não 
verbal. O processo de aprendizagem, como resultado, é diferente e, em alguns 
casos, mais lento. 
Na maioria dos dias, nossa motivação e compromisso com o aprendizado são 
constantemente testados. Já estive em situações em que não queria, por toda a 
minha vida, concluir uma tarefa porque me sentia exausta e esgotada. Eu só queria 
dormir e comer. Essa é uma experiência comum para muitos alunos, especialmente 
aqueles em um ambiente de ensino a distância. Ainda, nesse ambiente, os 
professores precisam ter o apoio da gerência, para que, por sua vez, possam apoiar 
seus alunos através da personalização do curso e da atenção individual. 
De preferência, isso deve ocorrer através de videoconferência ao vivo - ou pelo 
menos através de e-mails regulares (individuais). Isso mantém os alunos envolvidos 
e permite que os professores forneçam feedback individual e os ajudem a resolver 
problemas de aprendizagem, além de oferecer aos alunos uma conexão humana 
durante o curso. 
Duas tendências são observadas na literatura sobre o impacto da integração 
de tecnologia na prática pedagógica. A primeira é que, contrariamente às 
expectativas, as abordagens de ensino em contextos de e-learning não estão 
necessariamente sendo transformadas ou alteradas para melhor (Conole, 2007). Em 
vez disso, há uma persistênciados modos tradicionais de ensino e, em alguns 
casos, resistência total à inovação educacional. 
Em um estudo sobre o uso do AVA por professores de uma universidade na 
Irlanda, Blin & Munro (2008) descobriram que o uso dominante do AVA era para a 
disseminação de materiais relacionados ao curso distribuídos anteriormente pela 
Intranet ou no papel (veja também Sharpe et al. al., 2006). 
Hedberg (2006) cita os resultados da pesquisa indicando que para a maioria de 
mais de 20, Com 100 estudantes e 800 funcionários pesquisados em cinco grandes 
55 
 
 
 
 
universidades tecnológicas da Austrália, o aprendizado on-line significou o 
fornecimento de informações on-line e discussões não moderadas. 
Kirkwood, observa que “Apesar do enorme investimento em infraestrutura por 
governos e instituições individuais, existem níveis decepcionantes de aceitação, 
engajamento e desenvolvimento limitado de 'comunidades de aprendizagem'” em 
ambos os campus contextos de aprendizagem e DE (2009, p. 109). 
O maior desafio para as instituições de ensino em direção ao ensino a distância 
é adotar uma visão, políticas e procedimentos singulares para a sua 
implementação. Em geral, o planejamento do ensino a distância é focado em 
questões de orçamento e de pessoal, e não nas questões pedagógicas críticas do 
ensino a distância. No entanto, o ODL é muito mais do que apenas um modo ou 
método de ensino; é um campo educacional distinto e coerente, focado em novos 
métodos de entrega com uma filosofia pedagógica 
Desafios enfrentados pelos alunos 
Insegurança quanto ao aprendizado devido à razões como perturbações da 
vida familiar, irrelevância percebida de seus estudos e falta de apoio dos 
empregadores. Não há contato pessoal com professores e os alunos têm problemas 
no auto avaliação. 
O conteúdo do curso afeta a persistência do aluno e os materiais do curso mal 
projetados contribuem para as taxas de desgaste dos alunos, assim como o 
sentimento de estar isolado, já relatado por estudantes da modalidade de ensino a 
distância, pois eles sentem falta da colaboração de uma comunidade escolar maior e 
de uma parte importante de suas vidas sociais. 
Desafios enfrentados pelo professor 
Interesse e motivação não são fatores de sucesso reservados apenas para o 
aluno, mesmo os professores precisam do mesmo. Projetar material de ensino a 
distância aumenta a carga de trabalho de professores, que já possuem material para 
salas de aula tradicionais. 
O corpo docente deve atender às necessidades dos alunos a distância, sem 
contato pessoal. O corpo docente pode perceber o ensino a distância como uma 
ameaça à posse do serviço e ao pessoal de recursos humanos. Os professores têm 
menos respeito pelos acadêmicos dos cursos a distância. Isso pode ser aprimorado, 
56 
 
 
 
 
fazendo com que os programas a distância tenham um processo de admissão 
semelhante aos cursos presenciais. 
Desafios enfrentados pela universidade / instituição 
As pessoas acreditam que os cursos a distância são inferiores aos cursos 
tradicionais e isso reduz a motivação de professores e alunos. Para provar que a 
crença está errada, as universidades precisam garantir a qualidade do conteúdo e a 
oferta desses cursos, compatíveis com o aprendizado regular em sala de aula, no 
campus. 
Embora as universidades compreendam alguns dos desafios enfrentados pelos 
estudantes, elas têm desafios próprios que os impedem de resolver os problemas de 
alunos e professores. Há conectividade/rede confiável à Internet para transportar 
grande quantidade de conteúdo de aprendizado. 
Atualmente é difícil encontrar alguém que não tenha feito um curso on-
line. Alunos do ensino fundamental e médio, estudantes de graduação, pós-
graduação, doutorandos e adultos com empregos em período integral ou em regime 
de meio período estão procurando programas de educação a distância em busca de 
uma solução de baixo custo, apoio, flexibilidade e estabilidade para sua 
continuidade. 
Alguns dos desafios que os programas de educação a distância enfrentam 
incluem a avaliação de alunos, segurança em exames, suporte a alunos, questões 
técnicas e conhecimento em informática. No entanto, com o software de avaliação 
correto, os programas de educação a distância podem começar a enfrentar esses 
desafios um a um. 
Por fim, o ensino aberto e a distância se transformará gradualmente em um 
campo de aprendizado on-line no futuro. A conectividade com a Internet e a 
flexibilidade no programa seriam os maiores facilitadores do aprendizado on-line. 
 
3.5 TECNOLOGIAS E MÍDIAS EDUCACIONAIS 
 
O ambiente digital, baseado na aplicação intensa e ampla de tecnologia de 
informação e comunicação, está afetando o processo educacional em várias e 
profundas dimensões. Este efeito pode ser estudado com base nos seguintes fatos: 
57 
 
 
 
 
a educação não é algo que acontece somente na juventude; o conhecimento tende a 
tornar-se obsoleto exigindo um ambiente que permita o aprendizado contínuo; a 
educação e o entretenimento estão convergindo para um mesmo ambiente; a 
entrega de instruções educacionais está sendo alterada para um meio eletrônico e 
mais informal; e os acessos eletrônicos a bases de conhecimento estão sendo 
viabilizados de forma fácil, barata e livre (KALAKOTA e WHINSTON, 1996). 
De acordo com Evans (2002), todo processo educacional diz respeito à 
tecnologia. Nesse sentido, a EAD tem se desenvolvido paralelamente, juntamente 
com as tecnologias de comunicação, utilizando meios como o correio, rádio, 
televisão, telefone e, agora, as novas tecnologias, chamadas de tecnologias de 
informação e comunicação (TICs). Segundo Evans (2002), 
 
“[…] a palavra tecnologia significa mais do que mero hardware ou 
ferramenta. Tecnologia significa a lógica, compreensão ou ciência do uso de 
ferramentas particulares, portanto, sons, por exemplo, são as ferramentas 
da linguagem (a tecnologia: a lógica, compreensão ou ciência dos sons para 
construir palavras e significados). Portanto, as tecnologias educacionais, 
são as maneiras as quais nós entendemos como usar ferramentas 
particulares, como a impressa, as salas de aula, os retroprojetores, os 
computadores, para propósitos educacionais”. (EVANS, 2002, p.7). 
 
Assim, em termos de representação do conhecimento, podemos pensar nos 
seguintes meios para fins educacionais: 
 Áudio 
 Gráficos 
 Informática 
 Texto 
 Vídeo 
Dentro de cada uma dessas mídias, existem subsistemas, como: 
 áudio: sons, fala 
 gráficos: diagramas, fotografias, desenhos, pôsteres, grafite 
 informática: animação, simulações, fóruns de discussão on-line, mundos 
virtuais. 
 texto: livros didáticos, romances, poemas 
 vídeo: programas de televisão, clipes do YouTube, 'cabeças falantes' 
58 
 
 
 
 
O professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento – um 
computador pode fazer isso e o faz muito mais eficientemente do que o professor – 
e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo 
de desenvolvimento intelectual do aluno (VALENTE, 1993, p.6). 
Masetto (2001, p. 23) explica o que já se pensou a respeito da tecnologia junto 
ao sistema educativo: 
 
[...] tempos houve em que se pensou que a tecnologia resolveria todos os 
problemas da educação, e outros em que se negou totalmente qualquer 
validade para essa mesma tecnologia, dizendo-se ser suficiente que o 
professor dominasse um conteúdo e o transmitisse aos alunos, hoje, 
encontramos em uma situação que defende a necessidade de sermos 
eficientes e queremos que nossos objetivos sejam atingidos da forma mais 
completa e adequada possível, e para isso, não podemos abrir mão da 
ajuda de uma tecnologia pertinente. 
 
3.6 FORMAÇÃO DE PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR 
 
Morosini (2000, p. 12) ao questionar 
 
quem é o professor universitário, no âmbito de sua formação didática [...] 
parte-se do princípio de que sua competência advém do domínioda área de 
conhecimento, na qual atua”. Nos cursos de licenciatura, dentre as 
disciplinas específicas, uma de notório destaque é a disciplina de Didática. 
Em Didática, os discentes, futuros docentes, aprendem “técnicas” para o 
exercício da docência. A Didática investiga os fundamentos, as condições e 
os modos de realizar a educação mediante o ensino. 
 
O professor deste século necessita compreender que existem novos desafios a 
serem alcançados entre eles identificar o colapso das velhas certezas, da docência 
obsoleta orientadas por paradigmas individualistas, centralistas e transmissores de 
verdades absolutas. O professor deve ser um profissional diferente, com 
competências científica, pedagógica e didática e está estruturada de maneira que 
possa permitir o docente refletir a prática pedagógica adaptando‐a aos desafios de 
enfrentar os novos problemas, conviver com as incertezas, com a transitoriedade 
dos conhecimentos e com as situações ambíguas e conflituosas. 
Na formação de professores, são necessários momentos de discussão em que 
haja troca de conhecimentos e de práticas, para que possam juntos, analisar seus 
caminhos pedagógicos. Numa profissionalização docente, não há aulas a serem 
lecionadas, e sim, momentos de reflexão para analisar como está sendo o trabalho 
em sala de aula, pois o desenvolvimento docente se dá por meio da reflexão e da 
59 
 
 
 
 
avaliação das próprias práticas. Esse processo possibilita que sejam evidenciados 
os embriões para seu aprimoramento e para a formulação de soluções inovadoras. 
Segundo Tardif (2002), toda a formação docente não são aulas, em que os 
professores viram alunos para aprender a trabalhar, mas “[...] parceiros e atores de 
sua própria formação, que eles vão definir em sua própria linguagem e em função de 
seus próprios objetivos. 
 
[...] Noutras palavras, o que se propõe é considerar os professores como 
sujeitos que possuem, utilizam e produzem saberes específicos ao seu 
ofício, seu trabalho. A grande importância dessa perspectiva reside no fato 
de os professore ocuparem, na escola, uma posição fundamental em 
relação ao conjunto dos agentes escolares: em seu trabalho cotidiano com 
os alunos, são eles os principais atores e mediadores da cultura e dos 
saberes escolares. Em suma, é sobre os ombros deles que repousa no fim 
das contas, a missão educativa da escola. (TARDIF, 2002. p. 228). 
 
Em continuidade ao pensamento de Pimenta, os novos desafios para a 
docência, o domínio restrito de uma área científica do conhecimento não é 
suficiente. O professor deve desenvolver também um saber pedagógico e um saber 
político. Este possibilita ao docente, pela ação educativa, a construção da 
consciência, numa sociedade globalizada, complexa e contraditória. Conscientes, 
docentes e discentes fazem-se sujeitos da educação. O saber-fazer pedagógico, por 
sua vez, possibilita ao educando a apreensão e a contextualização do conhecimento 
científico elaborado. 
Importância da Formação Continuada 
A formação continuada é necessária para o desenvolvimento profissional dos 
professores ao longo de toda sua carreira docente, ―para que estes possam 
acompanhar a mudança, rever e renovar os seus próprios conhecimentos, destrezas 
e perspectivas sobre o bom ensino. 
O processo formativo continuado faz com que o docente tenha confrontos entre 
o seu modelo pedagógico de referência com o modelo pedagógico do formador, 
resultando desse confronto um novo modelo pedagógico personalizado (Flores, 
1999) que é o seu modelo pedagógico ressignificado a partir dos conhecimentos 
adquiridos durante sua formação continuada. Partindo do princípio que a formação 
continuada perdure durante toda a carreira profissional do docente, esses confrontos 
passarão a fazer parte do cotidiano do professor, já que a educação e o mundo são 
dinâmicos, estão em constante transformação. 
60 
 
 
 
 
No processo de Formação Continuada efetivo é contemplar as três áreas da 
formação docente: a dimensão científica, a dimensão pedagógica e a dimensão 
pessoal. 
A dimensão científica volta-se para o desenvolvimento e atualização dos 
conteúdos a serem ensinados e da forma pela qual o ser humano aprende. Os 
professores precisam estar atualizados com os conteúdos e com às descobertas das 
ciências. A dimensão pedagógica se ocupa dos métodos, técnicas e recursos de 
ensino. Um sem fim de possibilidades metodológicas se apresentam aos 
professores em função do avanço da tecnologia em todas as áreas. A atividade de 
troca de experiências através de oficinas e workshops mostra-se bastante eficaz na 
concretização dessa dimensão. 
A formação continuada é, segundo Nóvoa, (1991), Freire, (1991) e Mello, 
(1994) saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto 
educacional contemporâneo; é recente o bastante para não dispor ainda de mais 
teorias consistentes, provavelmente, ainda em processo. É uma tentativa de 
resgatar a figura do mestre, tão carente do respeito devido a sua profissão, tão 
desgastada em nossos dias. 
O profissional consciente sabe que sua formação não termina na Universidade. 
Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e ideias, a matéria-prima de sua 
especialidade. O resto é por sua conta. "Ninguém nasce educador ou marcado para 
ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, 
permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (Freire, 1996, p. 58). 
A formação continuada de professores não pode prescindir da dimensão 
pessoal através de atividades que permitam profundas reflexões sobre crenças, 
valores e atitudes que permeiam a ação docente. 
Assim, ainda em acordo com Delors (2003), ao tratar do professor e seu fazer 
explicita que para ser eficaz terá de recorrer a competências pedagógicas muito 
diversas e a qualidades humanas como autoridade, paciência e humildade, melhorar 
a qualidade e a motivação dos professores deve, pois ser uma prioridade em todos 
os países. Partindo dessa afirmação podemos compreender que para bem realizar 
suas atividades é necessário que busque novas formas de trabalhar conteúdos, 
assim, podendo tornar o cotidiano mais leve. 
61 
 
 
 
 
Em consonância a isso Freire, (1996, p. 43), afirma que “na formação 
permanente dos professores, o momento fundamental é a reflexão crítica sobre a 
prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode 
melhorar a próxima prática”. Assim, é necessário que os docentes saiam do dito 
comodismo de uma prática constante e imutável, e (re) planejem suas ações dentro 
da sala de aula para que alcance melhor os educandos. 
De acordo com Sanmartí (2009) ensinar, aprender e avaliar, são na realidade, 
três processos inseparáveis. Portanto, é necessário sempre repensar a prática 
pedagógica. É evidente que a necessidade de avaliação constante por parte dos 
professores quanto a sua metodologia, da sua maneira de ensinar, se o mesmo está 
correspondendo ao resultado final que é a aprendizagem do aluno. Muitas vezes, o 
professor fica em dúvida quantos aos seus saberes, se estão a altura da 
necessidade do estudante e é aí que nota-se a importância da troca de informações 
entre a equipe de trabalho. 
 
Gráfico 1 – Evolução do número de matrículas em cursos de graduação, segundo a 
modalidade de Ensino no Brasil, entre 2003 e 2014. 
Fonte: Censo 2014 (ROSINI; FIGUEIREDO; AMARAL, 2016, p. 3) 
62 
 
 
 
 
De acordo com os dados apresentados no Gráfico 1, a participação da 
modalidade de ensino a distância aumentou 4,61 pontos percentuais entre 2008 e 
2014. Naquele ano, a quantidade de matrículas no Ensino a Distância (727.961) 
representava 12,53% do total de matrículas em cursos de Graduação (5.808.017 – 
considerando as duas modalidades). Já no último ano da amostra, os matriculados 
em EaD (1.341.842) representavam 17,14% do total (7.828.013). Vale destacar que 
foi em 2012 que a EaD atingiu seu primeiromilhão de matrículas. 
 
Tabela 1 - Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação - 2017 
 
Fonte: INEP (2019). 
Notas: 
(1) Não constam dados de cursos de Área Básica de Ingressantes; 
(2) Não incluem os docentes que atuam exclusivamente na Pós-Graduação 
Lato Sensu; 
(3) Corresponde ao número de vínculos de docentes a Instituições de 
Educação Superior; 
63 
 
 
 
 
(4) Quantidade de CPFs distintos dos docentes em exercício em cada 
Categoria Administrativa, podendo um docente estar em duas ou mais categorias 
diferentes. O total não é a soma das diferentes categorias. 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Questão 1 
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IFF Prova: CESPE - 2018 - IFF - Técnico em 
Assuntos Educacionais 
A educação a distância está entre as modalidades de atuação com maior 
índice de crescimento nos últimos anos. Com o surgimento das novas tecnologias 
de informação e comunicação, essa modalidade de ensino/aprendizagem sofreu 
modificações que ampliaram suas vantagens e reduziram suas desvantagens. Entre 
as possíveis desvantagens apontadas pelos especialistas está 
a. a alta relação custo-benefício. 
b. a ausência de comunicação direta. 
c. a baixa sociabilização. 
d. a dificuldade de estudo em grupo. 
Questão 2 
Ano: 2016 Banca: FUNIVERSA Órgão: IF-AP Prova: FUNIVERSA - 2016 - IF-
AP - Técnico em Assuntos Educacionais 
Acerca da educação a distância, assinale a alternativa correta. 
a. Nos cursos superiores ofertados na modalidade a distância, as atividades 
presenciais são optativas de acordo com o projeto de cada instituição. 
b. As universidades estaduais só poderão ofertar cursos superiores a distância 
se autorizadas pelos respectivos conselhos estaduais de educação. 
c. A educação a distância poderá ser ofertada na educação básica, na 
educação especial, na educação profissional e na educação superior, 
inclusive para cursos de mestrado e doutorado. 
d. Os cursos no nível básico a distância nas modalidades de educação de 
jovens e adultos, educação especial e educação profissional só poderão ser 
ofertados quando autorizados pelo Ministério da Educação. 
 
65 
 
 
 
 
Questão 3 
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: FEPESE - 2014 - MPE-SC 
- Analista - Pedagogia - Reaplicação 
Cada vez mais utilizada no Brasil, a modalidade de Educação a Distância tem 
se tornado um instrumento fundamental de promoção de oportunidades para muitos 
indivíduos, colaborando assim no processo de democratização do ensino. 
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre essa 
modalidade. 
( ) A Educação a Distância é modalidade educacional efetivada através da 
intensa utilização de meios e tecnologias de informação e da comunicação, com 
estudantes e professores, desenvolvendo atividades educativas em lugares ou 
tempos diversos. 
( ) As atividades obrigatórias, compreendendo avaliação, estágios, defesa de 
trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1° , § 1° , deverão ser 
monitoradas, através de câmeras, para que os professores e demais profissionais da 
instituição possam analisar o desempenho dos alunos. 
( ) A criação de cursos superiores em direito, medicina, odontologia e 
psicologia, inclusive em universidades e centros universitários, deverá ser 
submetida, respectivamente, à manifestação do Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde. 
( ) Polo de apoio presencial é a unidade operacional que funciona 
exclusivamente no País para o desenvolvimento centralizado de atividades 
pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a 
distância. 
( ) A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos 
poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade 
mínima e mediante avaliação do aluno, que permita sua inscrição na etapa 
adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino. 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
a. V • V • F • V • F 
b. V • F • V • F • V 
66 
 
 
 
 
c. F • V • F • V • V 
d. F • F • V • V • F 
 
Questão 4 
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: FCC - 2016 - AL-MS - Analista 
em Recursos Humanos 
A Educação à Distância − EaD é normatizada pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional e tem, como características básicas, a separação física entre o 
professor e o aluno e a utilização de meios técnicos para a comunicação. São 
tecnologias utilizadas nas diversas gerações de EaD, usualmente narradas na 
literatura: 
a. distributivas, interativas e colaborativas. 
b. padronizadas, individualizadas e customizadas. 
c. fechadas, compartilhadas e abertas. 
d. segmentadas, integradas e globais. 
 
Questão 5 
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: UEG Prova: FUNIVERSA - 2015 - UEG 
- Analista de Gestão Administrativa - Pedagogia 
A educação a distância (EaD) é um processo de ensino-aprendizagem 
mediado por tecnologias nas quais professores e alunos estão separados espacial 
e(ou) temporalmente. Considerando essa informação, assinale a alternativa correta. 
(A) Com a educação a distância, há a possibilidade de interação on-line. Esse é 
um processo de mudança uniforme e fácil que depende apenas da motivação 
e da vontade das pessoas. 
(B) Com o avanço das tecnologias de comunicação virtual, o conceito de 
presencialidade se altera, mudando o conceito de curso, de aula, que passa a 
existir em um tempo e em um espaço cada vez mais flexíveis. 
(C) Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), proporcionados pelas novas 
tecnologias de informação e comunicação (TIC), são os únicos meios de 
realização da educação a distância. 
67 
 
 
 
 
(D) Os cursos oferecidos na modalidade a distância não são os mesmos 
daqueles ofertados presencialmente, porque as aulas práticas não podem ser 
realizadas por meio de ambientes virtuais. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Sabendo que o ensino EAD cresce de maneira significativa no Brasil, explique 
o que é e, ainda, qual a função do AVA. 
 
TREINO INÉDITO 
Assunto: EAD 
Sobre o significado da sigla AVA, assinale a alternativa correspondente. 
a. Ambiente virtual de aprendizagem 
b. Ambiente veicular de aprendizagem 
c. Ambiente veicular autônomo 
d. Ambiente variável de aprendizagem 
e. NDA 
 
NA MÍDIA 
COMO FUNCIONA O EAD? 
O EAD funciona de uma forma prática e simples. Para o ingresso em um curso EAD, 
o aluno precisa de um computador com acesso à internet e conhecimentos básicos 
de informática. Ao garantir esta primeira parte, o restante é mais simples ainda. 
Após a escolha do curso, da instituição e da aprovação no processo seletivo, faz-se 
o acesso ao site. Pronto, surge um ambiente inovador e dinâmico, onde serão 
disponibilizadas inúmeras ferramentas, como áreas com conteúdo de aulas, 
exercícios e trabalhos. 
Fonte: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html 
Fonte: ENADE 
Data: Sem data 
Leia na íntegra em: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html 
 
68 
 
 
 
 
NA PRÁTICA 
EAD 
A plataforma mais utilizada é a Moodle, por ser gratuita e de software aberto, mas há 
outras, como Blackboard e TelEduc. Cabe à instituição de ensino customizar a 
plataforma e agregar os recursos necessários. Ela traz seções para o material 
pedagógico (como os textos e exercícios), para videoaulas, para transmitir aulas ao 
vivo, para acessar as notas de trabalhos e provas, área de suporte técnico e de 
apoio pedagógico, além de outras áreas que a instituição pode criar. 
 
Fonte: Guia do estudante 
Data: 2018 
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/ead-como-
funciona-uma-graduacao-a-distancia/ 
 
PARA SABER MAIS 
Filme: Entre os muros da escola 
Peça de teatro: Sala de aula 
Acesse os links: https://youtu.be/GitE0S0Dqkg 
https://youtu.be/YUkgXmrFcBQ 
 
 
69 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕESFINAIS 
 
Para minimizar os desafios enfrentados pelo ensino a distância, o uso da 
tecnologia deve ser incentivado. A infraestrutura pode ser atualizada com a 
introdução de tecnologia moderna, conexão rápida à Internet, fornecimento contínuo 
de energia, segurança, manutenção regular e administração eficiente de ensino a 
distância. 
As universidades a distância devem fornecer um laboratório de informática 
equipado com número suficiente de computadores e conectado à Internet 
rapidamente. Professores e estudantes também devem ter habilidades e confiança 
para usar equipamentos eletrônicos e ter o conhecimento necessário sobre o 
método em que as informações são entregues. Logo, a tecnologia também pode ser 
usada para melhorar a qualidade da educação tradicional, em vez de alterar os 
métodos de instrução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
 
 
 
FECHANDO A UNIDADE 
 
GABARITOS 
CAPÍTULO 01 
Questões de concursos 
01 02 03 04 05 
B D D A C 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE 
Segundo o artigo 6º da Lei 9235/2017, compete ao CNE: 
I - exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao 
Ministro de Estado da Educação nos temas afetos à regulação e à supervisão da 
educação superior, inclusive nos casos omissos e nas dúvidas surgidas na aplicação 
das disposições deste Decreto; 
II - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre pedidos de 
credenciamento, recredenciamento e descredenciamento de IES e autorização de 
oferta de cursos vinculadas a credenciamentos; 
III - propor diretrizes e deliberar sobre a elaboração dos instrumentos de 
avaliação para credenciamento e recredenciamento de instituições a serem 
elaborados pelo Inep; 
IV - recomendar, por meio da Câmara de Educação Superior, providências da 
Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da 
Educação, quando não satisfeito o padrão de qualidade para credenciamento e 
recredenciamento de universidades, centros universitários e faculdades; 
V - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre a inclusão e a 
exclusão de denominação de curso do catálogo de cursos superiores de tecnologia, 
nos termos do art. 101; 
VI - julgar, por meio da Câmara de Educação Superior, recursos a ele dirigidos 
nas hipóteses previstas neste Decreto; e 
VII - analisar e propor ao Ministério da Educação questões relativas à aplicação 
da legislação da educação superior. 
71 
 
 
 
 
Parágrafo único. As decisões da Câmara de Educação Superior de que trata o 
inciso II do caput serão passíveis de recurso ao Conselho Pleno do CNE, na forma 
do art. 9º, § 2º, alínea “e”, da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e do 
regimento interno do CNE. 
 
TREINO INÉDITO 
Gabarito: A 
Justificativa: 
A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que no artigo 7º da lei 
9235/2017 está disposto que compete ao Inep: I - conceber, planejar, coordenar e 
operacionalizar: a) as ações destinadas à avaliação de IES, de cursos de graduação 
e de escolas de governo; e b) o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - 
Enade, os exames e as avaliações de estudantes de cursos de graduação; II - 
conceber, planejar, coordenar, operacionalizar e avaliar: a) os indicadores referentes 
à educação superior decorrentes de exames e insumos provenientes de bases de 
dados oficiais, em consonância com a legislação vigente; e) a constituição e a 
manutenção de bancos de avaliadores e colaboradores especializados, incluída a 
designação das comissões de avaliação; III - elaborar e submeter à aprovação do 
Ministro de Estado da Educação os instrumentos de avaliação externa in loco , em 
consonância com as diretrizes propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão 
da Educação Superior e pelos outros órgãos competentes do Ministério da 
Educação; IV - conceber, planejar, avaliar e atualizar os indicadores dos 
instrumentos de avaliação externa in loco , em consonância com as diretrizes 
propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do 
Ministério da Educação; V - presidir a Comissão Técnica de Acompanhamento da 
Avaliação - CTAA, nos termos do art. 85; e VI - planejar, coordenar, operacionalizar 
e avaliar as ações necessárias à consecução de suas finalidades. As alternativas B, 
C e D estão incorretas, vez que seu texto é o contrário do que vem expresso no 
artigo acima mencionado. Já a alternativa E está errada, pois informa que não há 
alternativa correta, entretanto, a alternativa “a” dispõe a veracidade das informações 
analisadas. 
 
72 
 
 
 
 
CAPÍTULO 02 
Questões de concursos 
1 2 3 4 5 
A D A B A 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE 
RESPOSTA 
 Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares; 
 Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno se 
relaciona; 
 Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do aluno; 
 Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias de 
aula; 
 Questionários, perguntas e conversa com alunos. 
 
TREINO INÉDITO 
 
Gabarito: A 
Justificativa: 
A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que é importante observar que, 
em ambas as possibilidades interpretativas, a avaliação diagnóstica é um 
instrumento da interação pedagógica que tem como foco parte de um percurso da 
aprendizagem, visando à delimitação de pontos de partida e/ou de retomada para o 
ensino. Para ser qualificada como diagnóstica, uma avaliação precisa privilegiar os 
processos de ensino e aprendizagem e não a indicação de notas, classificações ou 
hierarquizações. À avaliação diagnóstica caberia contribuir para a identificação de 
habilidades e/ou competências que o aluno já domina, auxiliando na apreensão 
daquilo que precisa ser ensinado. Na concepção diagnóstica de avaliação, a 
apreensão de dificuldades de aprendizagem, visa à delimitação de estratégias 
voltadas à sua superação e não à produção de classificações ou hierarquias de 
excelência. As alternativas B, C, D estão erradas, pois não especifica 
adequadamente a definição de avaliação diagnóstica e, por fim, a alternativa E está 
73 
 
 
 
 
errada, pois diferente do que dispõe na alternativa em análise, existe veracidade no 
especificado na alternativa “A”. 
 
CAPÍTULO 03 
Questões de concursos 
1 2 3 4 5 
C C B A B 
 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE 
RESPOSTA 
O ambiente virtual de aprendizagem é composto por um conjunto de 
ferramentas disponíveis na internet. É nesta página da internet (ou software) que 
estão dispostos os conteúdos e cursos online. Neste local também é permitida a 
interação dos alunos entre si e com os professores. O ambiente virtual de 
aprendizagem e ensino possibilita aos professores o acompanhamento dos seus 
alunos. Isso traz para o acadêmico a tutela em seu aprendizado, essencial para a 
compreensão do conteúdo. 
Fonte: EADBOX 
Data: 2016 
Disponível em: https://eadbox.com/o-que-e-ambiente-virtual-de-aprendizagem/ 
 
TREINO INÉDITO 
 
Gabarito: A 
Justificativa: 
A alternativa “a” está correta, pois o significado da sigla AVA é ambiente virtual 
da aprendizagem que tem por objetivo específico simular o funcionamento de uma 
sala de aula. As alternativas B, C, D estão erradas, pois não especifica 
adequadamente a denominação da sigla e, por fim, a alternativa E está errada, pois 
diferente do que dispõe na alternativa em análise, existe veracidade no especificado 
na alternativa “A”. 
74 
 
 
 
 
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