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Cópia de Fases finais do desenvolvimento embrionário

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Fases finais do desenvolvimento embrionário 
Objetivo 1: entender como ocorre a organogênese, descrevendo as 
estruturas embriológicas 
 
A	organogênese	é	a	fase	em	que	ocorre	a	diferenciação	dos	folhetos	
em	 órgãos.	 Ela	 se	 inicia,	 nos	 cordados,	 com	 a	 neurulação,	 que	
consiste	 na	 formação	 do	 tubo	 neural	 a	 partir	 da	 ectoderme.	
Notocorda	 e	 celoma	 também	 são	 formados,	 sendo	 esse	 último	
delimitado	pela	mesoderme.	
Em	 vertebrados,	 a	 partir	 do	 ectoderma,	 forma-se	 a	 crista	 neural.	
Esta	é	 responsável	pela	 formação	de	alguns	 tipos	celulares,	como	
os	 pigmentares,	 e	 neurônios	 sensoriais	 do	 sistema	 nervoso	
periférico.	
Ectoderme: Dá	 origem	 ao	 sistema	 nervoso	 central	 e	 ao	 sistema	
nervoso	periférico;	aos	epitélios	sensoriais	de	olhos,	orelhas	e	nariz;	
à	 epiderme	 e	 a	 seus	 anexos	 (cabelos	 e	 unhas);	 às	 glândulas	
mamárias;	 à	 hipófise;	 às	 glândulas	 subcutânea	 e	 ao	 esmalte	 dos	
dentes.	 As	 células	 da	 crista	 neural,	 derivadas	 do	
neuroectoderma,		dão	origem	às	 células	dos	gânglios	espinais,	do	
crânio	(nervos	cranianos	V,	VII,	 IX	e	X)	e	dos	gânglios	autônomos;	
às	células	que	formam	as	bainhas	do	sistema	nervoso	periférico;	às	
células	 pigmentares	 da	 derme;	 aos	 tecidos	 musculares,	 tecidos	
conjuntivos	e	ossos	que	se	originam	dos	arcos	faringeos;	à	medula	
da	 suprarrenal	 e	 às	 meninges	 (membranas)	 do	 encéfalo	 e	 da	
medula	espinal.		
Mesoderme:	 A	mesoderme	é	 o	folheto	 embrionário	intermediário	
da	gástrula.	A	mesoderme	dá	origem	à	cavidade	celomática.	Sendo	
assim,	 formará	 três	 serosas	 9tecidos	 que	 revestem	 e	 protegem	
órgãos	 e	 estruturas	 internas):	 peritônio	 (abdômen),	 pericárdio	
(coração)	 e	 pleura	 (pulmões).	 O	 folheto	mesodérmico	 dá	 origem	
também	 aos	 músculos,	 tecidos	 conjuntivos	 (como	 o	 ósseo,	 o	
sanguíneo,	 a	 derme	 e	 as	 cartilagens),	 sistema	 cardiovascular	 e	
linfático,	 sistema	 urinário	 e	 genital,	 marfim	 dos	 dentes	 e	 região	
cortical	das	glândulas	suprarrenais.	
Endoderme: A	endoderme	é	 o	folheto	 embrionário	mais	 interno	
da	gástrula.	 É	 este	folheto	que	 forma	 o	 arquêntero	 –	 cavidade	
embrionária	 primitiva	 que	 dará	 origem	 ao	 sistema	 digestório.	
Dessa	 maneira,	 a	endoderme	forma	 os	 órgãos	 do	 sistema	
digestório	 e	 o	 seu	 revestimento	 epitelial,	 o	 sistema	 respiratório,	
glândulas	como	o	fígado,	pâncreas,	 timo,	 tireoide	e	paratireoides,	
assim	como	o	revestimento	da	bexiga	urinária.	
Ao	final	da	gastrulação,	o	embrião	é	chamado	de	gástrula.	A	última	
fase	 do	 desenvolvimento	 embrionário	 é	 a	 organogênese,	 onde	
ocorre	 a	 diferenciação	 dos	 tecidos	 e	 órgãos.	 O	 primeiro	 estágio	
dela	 é	 a neurulação,	 quando	há	 formação	do	 tubo	neural,	 que	 se	
diferenciará	 no	 sistema	nervoso	 central.	 Durante	 a	 neurulação,	 o	
embrião	recebe	o	nome	de	nêurula.	A	organogênese	termina	até	a	
oitava	semana	de	gestação,	por	volta	do	56º	dia.	Nesse	período,	o	
embrião	 mede	 cerca	 de	 3	 cm	 de	 comprimento.	 Depois	 da	 nona	
semana	 até	 o	 nascimento,	 o	 indivíduo	 em	 formação	 passa	 a	 ser	
chamado	 de	 feto.	 O	 nascimento	 ocorre	 em	média	 durante	 a	 38ª	
semana	de	gestação	.	
	
Objetivo 2: Entender a relação d formação do aparelho faringeo e o 
desenvolvimento da face 
 
O	aparelho	faríngeo	é	constituído	por	arcos faríngeos,	bolsas faríngeas,	
sulcos faríngeos	 e membranas faríngeas.	 Contribuem	para	 formação	 da	
cabeça	e	pescoço,	
 
 
Arcos Faríngeos: 
*Começam	 a	 se	 desenvolver	 no	 inicio	 da	 4	semana	 (células	 da	
crista	 neural	 migram	 do	 mesencéfalo	 para	 a	 futura	 região	 da	
cabeça	e	pescoço).	
*Ao	final	da	4	semana,	quatro	pares	de	arcos	são	visíveis*	
OBS:	os	arcos	faríngeos	contribuem	para	a	formação	da	face,	das	
cavidades	nasais,	da	boca,	da	laringe	da	faringe	e	do	pescoço.	
O 1º arco	 faríngeo	 forma	duas	 saliências:	A	saliência maxilar	menor	
origina	a	maxila,	o	osso	zigomático	e	a	porção	escamosa	do	vômer;	
A	saliência mandibular	maior	forma	a	mandíbula.	
O	 2º arco faríngeo	contribui	para	formação	do	osso	hioide.	
OBS:	 Os	 arcos	 faríngeos	contém	 uma	 artéria	 do	 arco	
faríngeo	(surge	do	tronco	arterial	do	coração	primitivo	e	passa	ao	
redor	 do	 primórdio	 da	 faringe	 para	 entrar	 na	 aorta	 dorsal);	um	
bastonete	 cartilaginoso	(forma	 o	 esqueleto	 do	 arco);	um	
componente	muscular	(se	transforma	em	músculos	na	cabeça	e	no	
pescoço);	nervos.	
>> A cartilagem do 1º arco (cartilagem de Meckel):	
1. Se	ossifica	e	forma	o	martelo	e	a	bigorna.	
2. Forma	 também	o	 ligamento	anterior	do	martelo	e	o	 ligamento	
esfenomandibular.	
3. Forma	o	primórdio	da	mandíbula.	
Obs:	A	musculatura	do	1	arco	forma	os	músculos da mastigação.	
>> A cartilagem do 2º arco: 
1. Forma	o	estribo	e	o	processo	estilóide.	
2. Forma	o	ligamento	estilo-hióide.	
3. Forma	o	corno	menor	e	a	parte	superior	do	corpo	do	osso	hióide.	
>> A cartilagem do 3º arco: 
1. Forma	o	corno	maior	e	a	parte	inferior	do	corpo	do	osso	hióide.	
>>		As	 cartilagens	 do	 4	 e	 6	 arcos	 se	 fundem	 para	 formar	 as	
cartilagens	 laríngeas,	 exceto	 a	 epiglote,	 que	 se	 desenvolve	 do	
mesênquima	da	saliência	hipofaríngea.	
OBS:	Cada	arco	é	suprido	pelo	seu	próprio	nervo	craniano.	
Bolsas faríngeas : 
>>		A	 faringe	 primitiva	 alarga-se	 cefalicamente	 onde	 se	 encontra	
com	 a	 boca	 primitiva	 e	 estreita-se	 caudalmente	 onde	 se	 liga	 ao	
esôfago.	
>>		Os	 pares	 de	 bolsas	 se	 desenvolvem	 entre	 os	 arcos	 (o	
endoderma	 da	 faringe	 reveste	 as	 superfícies	 internas	 dos	 arcos	
faríngeos	e	estende-se	para	as	bolsas).	
>>		O	endoderma	das	bolsas	entra	em	contato	com	o	endoderma	
dos	sulcos	faríngeos	e,	juntos,	formam	as	membranas	faríngeas.	
	*	A	1	bolsa	forma	o	recesso	tubotimpânico.	
	*	A	2	bolsa	é	em	grande	parte	obliterada	com	o	desenvolvimento	
da	tonsila	palatina.	
	*	A	3	bolsa	se	expande	e	forma	uma	parte	dorsal	bulbar	compacta	
e	uma	parte	oca	ventral	alongada.	
	*	A	4	bolsa	se	desenvolve	em	uma	paratireoide	superior	e	 forma	
um	corpo	ultimofaríngeo.	
Fases finais do desenvolvimento embrionário 
Sulcos faríngeos 
Os	sulcos	separam	os	arcos	faríngeos	externamente	
Membranas faríngeas 
Formam-se	onde	os	epitélios	dos	sulcos	e	das	bolsas	se	encontram	
	
RESUMINDO... 
	 O	 Aparelho	 Faríngeo	 começa	 a	 se	 desenvolver	 no	 início	 da	
4ªsemana	Intra-Uterina,	quando	as	células	da	crista	neural	migram	
para	as	 futuras	 regiões	da	 cabeça	e	pescoço.	As	Células	da	Crista	
Neural,	vão	formar	os	arcos	faríngeos	(arcos	branquiais).	Cada	arco	
é	 revestido	 externamente	 pelo	 ectoderma	 e	 internamente	 pelo	
endoderma,	 e	 também	possuem	mesênquima	 (Tecido	 Conjuntivo	
Embrionário)	em	seu	interior.	Ao	final	da	4ª	semana	Intra-Uterina,	
é	 possível	 notar	 os	 4	 arcos	 faríngeos.	 Esses	 arcos	 faríngeos	 são	
separados	por	uma	fissura	(Sulco	Faríngeo).	Cada	arco	faríngeo,	irá	
dar	origem	a	uma	estrutura	embrionária.	
*cada	arco	faríngeo	possui	as	seguintes	estruturas:		
1. Artéria	�	
2. Haste	Cartilaginosa	�		
3. Componente	Muscular	
4. 	Nervo	
>>	 Os	 Arcos	 Faríngeos	 contribuem	 consideravelmente	 para	 a	
formação	da	face,	cavidades	nasais,	boca,	laringe	e	pescoço.	
>		1º	Arco	Faríngeo:	(Arco	Mandibular)	
>	2º	Arco	Faríngeo:	(Arco	Hióideo)	
		
1º Arco Faringeo:	é	inervago	pelo	NERVO TRIGEMEO.	 	É	o	único	arco	que	
forma	duas	saliências:		
1) Processo	Maxilar;	
2) Processo	Mandibular.		
Estruturas	derivadas	dos	componentes	do	Arco	Faríngeo:		
1. MÚSCULOS: músculos	 da	 Mastigação.	 Masseter,	
Pterigóideo,Temporal,Tensor	do	tímpano,Tensor	do	véu	palatino	e	
etc.	
2. ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS:	 Maxila,	 Mandíbula,	 Martelo,	
Bigorna,Zigomático,	Cartilagem	de	Meckel	e	etc.	
*	 A	 Cartilagem	 do	 arco	 mandibular	 chama-se:	 CARTILAGEM DE 
MECKEL	*	
	
2º Arco Faringeo:	 É	 inervado	 pelo	 NERVO FACIAL	 (NCVII).	 Estruturas	
derivadas	dos	componentes	do	Arco	Faríngeo:	
1. MÚSCULOS: Musculos	 da	 Expressão	 Facial.	 Bucinador,	 rissório,	
frontal,	auricular,	vente	posterior	do	digástrico,	estilo-hióideoetc.	
2. ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS: Estribo,	 processo	 estilóide,	 corno	 menor	
do	osso	hioide,	parte	superior	do	corpo	do	osso	hioide.	
*	 A	 Cartilagem	 do	 arco	 hioideo	 chama-se:	 CARTILAGEM DE 
REICHERT	*	
	
3º Arco Faringeo: É	 inervado	 pelo NERVO GLOSSOFARÍNGEO	 (NC	 IX).	
Estruturas	derivadas	dos	componentes	do	Arco	Faríngeo:		
1. MÚSCULOS:	Estilofaríngeo.		
2. ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS: Corno	maior	do	osso	hioide,	parte	inferior	
do	corpo	do	osso	hioide.	
	
4º Arco Faringeo:		É	inervado	pelo	RAMO LARÍNGEO SUPERIOR DO VAGO, RAMO 
LARÍNGEO RECORRENTE DO VAGO	 (NC	 X).	 Estruturas	 derivadas	 dos	
componentes	do	Arco	Faríngeo:		
1. MÚSCULOS: Cricotireoide,	Elevador	do	véu	palatino,	constritores	da	
faringe,	intrísecos	da	laringe,	estriados	do	esôfago.		
2. ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS: Cartilagem:	tireóidea,	cricoide,	aritenoide,	
corniculada,	cuneiforme.	
	
Objetivo 3: Conhecer os anexos embrionários, destacando a 
composição e papel da placenta 
 
Os	anexos embrionários	são	 estruturas	 membranosas	
extraembrionárias	 que	 surgem	 durante	 o	 desenvolvimento	
embrionário	 de	 alguns	 animais	 vertebrados	 a	 partir	 dos	 folhetos	
germinativos.		
Anexos	 embrionários	são	 estruturas	 presentes	 durante	
o	desenvolvimento	 embrionário,	 sendo	 formadas	 pelos	 folhetos	
germinativos.	Essas	estruturas	atuam	em	processos	como:	
1. Nutrição;	
2. Respiração	
3. Excreção;	
4. Proteção	 do	 embrião,	 auxiliando,	 assim,	 em	 seu	
desenvolvimento.	
No	entanto,	é	importante	ressaltar	que	essas	estruturas	não	fazem	
parte	do	corpo	do	embrião.	
Bolsa amniótica ou âmnio	é	 uma	 membrana	 formada	 a	 partir	 do	
ectoderma	e	mesoderma	que	envolve	o	embrião	de	répteis,	aves	e	
mamíferos.	 Ele	 delimita	 a	 chamada	 cavidade	 amniótica,	 a	 qual	
apresenta	 em	 seu	 interior	 o	 líquido	 amniótico.	 Este	 possui	 como	
principais	funções	proteger	o	embrião	contra	choques	mecânicos	e	
evitar	a	sua	desidratação.	Os	animais	que	possuem	essa	estrutura	
são	chamados	de	amniotas,	e	os	que	não	possuem,	de	anamniotas.	
Permitiu	 a	 independência	 da	 água	 para	 a	 reprodução.	 A	 bolsa	
amniótica	 ou	 âmnio	 é	 constituída	 por	 uma	 fina	 membrana	 que	
delimita	essa	estrutura	cheia	de	um	líquido	denominado	amniótico.	
A placenta	também	 é	 um	 anexo	 embrionário,	 entretanto,	 essa	
estrutura	é	exclusiva	dos	mamíferos,	sendo	formada	normalmente	
pela	interação	entre	o	cório	e	o	alantoide.		
A	placenta	é	um	órgão	formado	durante	a	gestação,	que	tem	como	
papel	 principal	 promover	 a	 comunicação	 entre	 a	mãe	e	 o	 feto	 e,	
assim,	garantir	as	condições	ideais	para	o	desenvolvimento	do	feto.	
Ela	garante	a	passagem	de	nutrientes	da	mãe	para	o	feto,	a	troca	
gasosa	e	a	remoção	das	excretas.		
Tudo	isso	através	do	cordão	umbilical,	que	liga	a	mãe	ao	feto.	
As	principais	funções da placenta	são:	
1. Fornecer	nutrientes	e	oxigênio	para	o	bebê;	
2. Estimular	a	produção	de	hormônios	essenciais	para	a	gestação;	
3. Fornecer	proteção	imunológica	ao	bebê;	
4. Proteger	o	bebê	contra	impactos	na	barriga	da	mãe;	
5. Eliminar	resíduos	produzidos	pelo	bebê,	como	a	urina.	
Fases finais do desenvolvimento embrionário 
Mais	 do	 que	 um	 órgão	 de	 trocas	 respiratórias	 e	 nutritivas	 entre	
mãe	e	feto,	a	placenta	é	um	importante órgão endócrino.	Juntamente	
com	 o	 feto,		 a	 placenta	 é	 fonte	 de	 hormônios esteroides	 comuns	 ao	
ovário	(estrógeno	e	progesterona)	e	mais	outros	hormônios	por	ela	
produzidos	de	forma	exclusiva.	
Dos	hormônios	exclusivos	produzidos	pela	placenta,	destacam-se	a 
gonadotrofina coriônica humana	e	hormônio lactogêncio placentário. 
hCG – gonadotrofina coriônica humana: 
Dos	hormônios	da	gravidez,	talvez	o	mais	conhecido	seja	o	hCG	ou	
a	 gonadotrofina	 coriônica	 humana.	 O	 hCG	 é	 produzido	 pela	
camada	 de	 células	 (córion)	 do	 blastocisto	 que,	 juntamente	 com	
outras	estruturas,	formará	a	placenta	madura.	
Após	24h	da	implantação,	já	é	possível	detectar	esse	hormônio	no	
sague.	Isso	permite	que	a	gravidez	seja	diagnosticada	mesmo	antes	
do	aparecimento	dos	 seus	 sintomas	 típicos	e	 atraso	menstrual.	A	
partir	da	6º	semana,	há	um	aumento	exponencial	do	hCG	até	seu	
pico	por	volta	da	10a	semana	de	gravidez.	
Mas	não	é	só	para	anunciar	a	gravidez	que	o	hCG	é	importante.	Ele	
estimula o corpo lúteo a continuar secretar a progesterona até a sua produção ser 
assumida pela placenta.	 Sem	 esse	 estímulo,	 o	 corpo	 lúteo	 duraria	
apenas	14	dias.	
Hormônio Lactogênio Placentário (hLP): 
O	 lactogênio	 placentário	 humano	 é	 um	 hormônio	 bem	 menos	
falado.	 Tem	 ação	 mista,	 parte	 semelhante	 ao	 hormônio	 de	
crescimento	(GH),	parte	semelhante	à	prolactina,	O	hLP			estimula	
o	 desenvolvimento	 da	mama	 e	 lactação.	 Esse	 hormônio	 também	
causa resistência à ação da insulina,	 reduzindo	 a	 captação	 de	 glicose	
pelos	tecidos	maternos	a	fim	de	disponibilizar	mais	energia	para	o	
feto.	
É	pela	resistência	à	ação	da	insulina,	acentuada	pelo	pico	de	hLP	no	
segundo	 trimestre	 de	 gestação,	 que	 há	 elevação	 do	 risco	
de	diabetes	gestacional	 em	algumas	mulheres.	
objetivo 4: explicar as alterações fisiológicas da gestante no 
segundo trimestre 
 
>> ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ: 
Alterações endócrinas:	 A	 gravidez	 gera	 uma	 série	 de	 mudanças	
endócrinas	 no	 organismo.	 O	 elemento	 básico	 que	 provoca	 tais	
mudanças	é	a	implantação	da	placenta	e	sua	ação	de	sustentação	
da	 vida	 do	 feto.	 A	 placenta	 sintetiza	 dois	 tipos	 diferentes	 de	
hormônios,	 os	 peptídicos	 e	 os	 esteróides.	 Dentre	 os	 peptídicos	
estão	 o	 hormônio	 gonadotropina	 coriônica	 (HCG),	 o	 hormônio	
somatotropina	 placentária	 e	 a	 tireotropina	 placentária.	 Os	
esteróides	 produzidos	 são	 o	 estrógeno,	 a	 progesterona	 e	
andrógenos.	
	
Alterações cardiorrespiratórias:	 Anatomicamente,	 observa-se	 a	
elevação	do	músculo	diafragma	devido	ao	aumento	do	útero	e	da	
resistência	 da	 musculatura	 abdominal.	 Consequentemente,	 o	
coração	é	deslocado	para	a	esquerda	e	para	 cima,	 tomando	uma	
posição	 horizontalizada	 em	 relação	 ao	 coração	 da	 mulher	 não	
grávida.	Esse	aumento	aparente	no	tamanho	do	coração,	que	pode	
ser	 observado	 em	 radiologia,	 ocorre	 devido	 à	 hipertrofifi	 a	 do	
ventrículo	esquerdo,	dificultando	o	diagnóstico	de	cardiopatias		
em	 mulheres	 grávidas.	 O	 aumento	 do	 volume	 sanguíneo	 ocorre	
entre	a	10ª	e	20ª	semanas,	e	se	dá	principalmente	pelo	aumento	
do	volume	plasmático	e	da	pré-carga	(volume	de	sangue	que	chega	
do	 retorno	 venoso	 ao	 coração).	 Como	 consequência	 ocorre	
aumento	da	demanda	sanguínea	para	o	útero,	protegendo	a	mãe	
quanto	 ao	 retorno	 venoso	 prejudicado	 pela	 posição	 ereta,	 e	
preparando-a	 para	 os	 efeitos	 adversos	 da	 perda	 de	 sangue	 no	
parto.	
 
Alterações digestórias:	 Na	 boca	 observa-se	 hiperatividade	 das	
glândulas	salivares,	o	que	pode	levar	à	sialorréia.	A	diminuição	da	
estabilidade	 dos	 dentes	 pode	 ser	 consequência	 da	 falta	 de	 ácido	
ascórbico	 e	 cálcio,	 e	 as	 cáries,	 se	 aparecerem	 não	 são	 por	
descalcificação,	 mas	 sim	 por	 falta	 de	 flúor	 ou	 má	 higiene	 [1].	 O	
apetite	pode	diminuir	no	início	da	gravidez	e	começa	a	aumentar	a	
partir	 do	 terceiro	 trimestre.	 Náuseas	 e	 vômitos	 são	 frequentes	
[1,10,14].	O	estômago	pode	mudar	sua	posição	pela	ompressão	do	
útero.	Ocorre	aumento	no	tempo	de	esvaziamento	gástrico	e	pode	
ocorrer	 aumento	na	 pressão	 intragástrica,	 além	de	hipersecreção	
com	 hipoacidez	 e	 hipocloridria,	 não	 aumentando	 o	 poder	
fermentativo	[1].	O	esôfago	diminui	de	tamanho,	há	elaxamento	da	
cárdia	 e	 se	 houver	 aumento	 da	 pressão	 intra-abdominal	 pode	
acontecer	 reflfl	 uxo	 esofágico.	 É	 muito	 comum	 verififi	 car	 a	
presença	 de	 pirose	 (azia)	 nas	 grávidas,	 e	 isso	 ocorre	 devido	 à	
somatória	de	alguns	fatores,	como	refluxo	de	secreções	acidógenas	
para	o	esôfago	e	diminuição	da	pressão	intra-sofagiana.	
	
Alterações urinárias :	Observa-se	aumento	no	suprimento	de	sangue	
renal	 desde	 o	 início	 da	 gravidez.Os	 rins	 aumentam	 de	 peso	 e	
tamanho,	 Há	 gestantes	 normais	 que	 excretam	 glicose	 durante	 a	
gestação,	 embora	 não	 se	 deve	 descartar	 a	 hipótese	 de	 diabetes.	
Foi	 demonstrado	 que	 na	 excreção	 urinária	 da	 grávida	 há	
quantidade	 aumentada	 de	 nutrientes.	Ocorre	 perda	 de	 vitaminas	
hidrossolúveis	e	aminoácidos	muito	maior	que	nas	mulheres	não-
grávidas.	Observa-se	aumento	da	capacidade	ureteral	com	coluna	
de	urina	mais	estática	pela	diminuição	do	tônus	e	do	peristaltismo.		
	
Alterações dermatológicas:	As	alterações	na	pele	e	anexos	durante	a	
gravidez	ocorrem	principalmente	pela	ação	dos	hormônios	e	pelo	
aumento	do	metabolismo.	O	aumento	no	flfl	uxo	sangüíneo	para	a	
pele	leva	a	maior	atividade	das	glândulas	sebáceas	e	sudoríparas.	O	
efeito	 sobre	 a	 acne	 é	 imprevisível	 e	 em	 alguns	 casos	 a	 mulher	
desenvolve	acne	pela	primeira	vez	durante	a	gravidez		
[15].	 Pode	 ocorrer	 hiperpigmentação	 na	 face,	 aréolas	 mamárias,	
linha	 alba	 e	 região	 vulvoperineal.	 Alterações	 de	 pigmentação	
ocorrem	em	resposta	ao	hormônio	melanotrófifi	co	estimulante	e	
normalmente	 tendem	 a	 desaparecer	 após	 o	 parto	 [16].	 Estrias	
podem	aparecer	sobre	nádegas,	abdome	e	mamas.	
 
Alterações musculoesqueléticas:	 Com	 relação	 às	 alterações	
musculoesqueléticas	 decorrentes	 da	 gestação,	 o	 fisioterapeuta	
atua	tanto	na	prevenção	quanto	no	tratamento	dos	distúrbios	que	
possam	 ocorrer	 nesse	 período.	 Alterações	 hormonais	 induzem	 a	
um	aumento	generalizado	nas	articulações,	 favorecendo	entorses	
de	 tornozelo.	 Outras	 articulações	 que	 fifi	 cam	 com	 a	mobilidade	
aumentada	são	sacroilíaca,	sacrococcígea	e	pubiana.

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