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Anatomia do Sistema digestório: estômago, esôfago, intestino

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
Esôfago 
 
• É uma continuação com a faringe, a nível da 
cartilagem cricoidea. Isso equivale a 
aproximadamente a mesma altura que a vértebra 
C6. 
• O esôfago tem uma pequena parte cervical, uma 
parte torácica e uma pequena parte abdominal. 
• Sua metade superior está localizada 
posteriormente à traquéia. À medida que o 
esôfago se torna inferior, fica mais próximo da 
Aorta. 
• Durante seu trajeto para a cavidade abdominal 
pode assumir uma posição mais à direita por 
causa da aorta, em relação à linha mediana e 
próximo ao diafragma começa a assumir uma 
posição para a esquerda novamente. Depois ele 
atravessa o hiato esofágico no músculo 
diafragma, a nível de T10 e emerge na cavidade 
abdominal, um tanto para a esquerda, para liberar 
seu conteúdo no estômago. 
 
• Nessa imagem conseguimos observar que o 
esôfago está posterior à traqueia e está em contato 
com o arco da aorta e os brônquios principais. 
• Devido a suas relações com essas estruturas, há 
três pontos onde esse órgão vai ser obstruído, sua 
luz é reduzida. 
- Primeiro ponto: quando o esôfago se une com a faringe: 
junção faringoesofágica. Aos 15 cm. 
- Segundo ponto: condição dupla. O arco da aorta cruza o 
esôfago ao mesmo tempo que o brônquio principal 
esquerdo comprime. Junção bronco-aórtica. 10 cm 
depois. 
- Terceiro ponto: quando o esôfago passa através da 
musculatura do diafragma. Aos 35 cm. 
• Até o esôfago se abrir na cardia, primeira parte do 
estômago, tem em torno de 40 cm, considerando-
o desde os dentes incisivos na cavidade oral. 
 
• Nessa imagem podemos observar: 
- A relação do esôfago com a traqueia, fixado a ela por 
alguns tecidos conjuntivos. 
- À esquerda, observam-se as fibras que envolvem o 
esôfago. Externamente há feixes de fibras longitudinais. 
Mais profundamente há fibras circulares. Essa mudança 
de disposição de fibras é importante para os movimentos 
peristálticos, que servem para que o bolo alimentar seja 
conduzido de superior para inferiormente. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
- À direita, há uma visualização da mucosa da parte 
interna do esôfago. Bem próximo da abertura entre o 
esôfago e o estomago essa mucosa tem uma mudança 
brusca, linha Z, toda ondulada. 
- O esôfago atravessa o hiato esofágico e a própria fáscia 
que reveste a parte interna do diafragma emite duas 
extensões, uma superior e inferior. Essa fáscia sofre um 
espessamento e é mencionada como ligamento 
frenicoesofágico. Esse ligamento auxilia na estabilização 
do esôfago na sua posição, evitando saída de alguma parte 
do estômago por meio do hiato esofágico. Além disso tem 
um coxim de gordura de cada lado, prevenindo 
movimentos de fricção com o diafragma, músculo que 
está constantemente contraindo e dinâmico. 
• Vascularização: 
 
- A parte cervical do esôfago vai ser irrigada pelo ramo 
esofágico, que é ramo da artéria tireóidea inferior. 
- A parte torácica tem ramos particulares que saem do 
aspecto anterior da artéria aorta (4 a 6 ramos ímpares). 
Eles vão em direção ao esôfago. Há alguns ramos que 
podem sair de artérias mediastinais -ramos indiretos 
esofágicos-. 
- A parte abdominal é por meio de artérias gástricas, 
ramos do tronco celíaco. 
• Drenagem: 
- Há um plexo vasto de veias na parede anterior do 
esôfago. 
- Essas veias esofágicas vão drenar para o sistema ázigo 
de veias: veia hemiázigo, veia hemiázigo acessória e veia 
ázigo que se abre na veia cava superior. 
- A drenagem da parte abdominal acontece pelas veias 
esofágicas da parte abdominal, tributárias das veias 
gástricas, as quais drenam na veia porta. 
Hérnias de hiato 
 
• Há diversas formas de hérnias. 
• A hérnia é o deslizamento de alguma parte do 
estômago pelo hiato esofágico. 
- Hérnia paraesofágica: o fundo do estômago atravessa o 
hiato esofágico. Geralmente esse tipo de hérnia não está 
associado com o regurgitamento de alimento de conteúdo 
gástrico. 
- Hérnia deslizante: a primeira parte do estômago, a 
cardia, lugar onde se abre o esôfago no estômago. Ocorre 
o regurgitamento do conteúdo do estômago. 
• Essas hérnias acontecem geralmente na meia 
idade -40 a 45 anos-. Associado com o 
enfraquecimento da musculatura do diafragma, 
gerando desconforto, azia. Associado também ao 
enfraquecimento dos ligamentos 
frenicoesofágicos. 
Cavidade abdominal 
 
• Tudo abaixo do diafragma já é considerado 
cavidade abdominal. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
• Todas as vísceras do sistema digestório estão 
localizadas na cavidade abdominal e algumas se 
estendem para a cavidade pélvica (colo zigmoide, 
intestino grosso, ânus no trígono anal...). 
• Paredes abdominais: 
- Pele; 
- Tecido subcutâneo com gordura; 
- Camadas musculares: M. oblíquo externo, M. oblíquo 
interno, M. transverso do abdome. 
- Fáscia transversal; 
- Gordura extraperitonial; 
- Peritonio: células únicas que revestem a cavidade interna 
do abdome. 
• É importante salientar que essa camada 
superficial de gordura é dividida em duas: 
- A superficial tem o tecido adiposo. Fáscia de Camper. 
- A membranácea é mais profunda e não tem tanto extrato 
gorduroso. Considerada a fáscia de Scarpa. 
Divisão 
 
• Observa-se: 
- A organização do estômago, do fígado... 
- Esses órgãos são protegidos pelas costelas, pelo músculo 
diafragma. 
- O intestino grosso se organiza como se fosse um 
mosaico e ocupa a parte central. Já o intestino delgado 
fica como um quadro. 
• A cavidade abdominal pode ser dividida em 4 
quadrantes, para se referir sobre dor, acesso... 
- Para essa divisão considera-se uma linha longitudinal 
que cruza o processo xifóide e a sínfise púbica; e um plano 
transumbilical, a nível de L3. 
- Divide-se então em 4 quadrantes: quadrante superior 
direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior 
direito e quadrante inferior esquerdo. 
• Há também uma divisão em 9 partes, um pouco 
mais minuciosa: 
- Utilizada para identificar a ocorrência ou descrição de 
alguma estrutura... 
- Consideram-se duas linhas longitudinais, que são planos 
claviculares médios – o ponto central das clavículas – que 
segue até o ponto médio do ligamento inguinal – região 
entre a sínfise púbica e a crista ilíaca superior. Também 
duas linhas transversais, um plano subcostal e um plano 
intertubercular – vai aos tubérculos da crista ilíaca. 
- Regiões superiores: hipocôndrio direito, região 
epigástrica central, hipocôndrio esquerdo. 
(hipo: baixo; côndrio: costela) 
- Regiões mais inferiores: região inguinal direita (virilha 
direita), região púbica, região inguinal esquerda. 
- Central: Flanco ou região lateral direita, região 
umbilical, flanco ou região lateral esquerda. 
 
Peritônio 
• É uma camada de células que se assemelham a 
células epiteliais. 
• Ele reveste a parede abdominal – peritônio 
parietal – e a superfície de algumas vísceras – 
peritônio visceral. 
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Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
• É semelhante à pleura. 
• O peritônio associado à parede do abdome 
prossegue em direção à víscera e acaba formando 
duas pregas, o mesentério. 
• O mesentério são duas pregas que emergiram do 
peritônio parietal para um peritônio visceral. 
Entre essas duas pregas há espaço, por onde 
estruturas vasculonervosas irão acessar as 
vísceras. 
• As vísceras abdominais podem ser 
intraperitoneais ou retroperitoneal. No 
retroperitonial não ocorre a prega de peritônio. 
 
• A imagem a seguir ilustra o intraperitoneal e 
retroperitoneal: 
 
- Quando uma víscera é envolvida por completo pelo 
peritônio: Ele sai da cavidade abdominal, tem uma prega 
dupla e envolvea víscera. Víscera intraperitoneal. 
- Quando a víscera não é envolvida por completo pelo 
peritônio, é retroperitoneal. Exemplo: rins, duodeno... 
• Corte sagital da cavidade abdominal: 
 
- Visualizamos o fígado superiormente, o estômago, o 
duodeno – primeira parte do intestino delgado, uma parte 
do intestino grosso – cólon transverso, diversas alças do 
intestino delgado e os espaços entre essas estruturas. 
• Há um espaço representado em roxo escuro e uma 
em um roxo mais claro, lilás. São dois 
compartimentos dentro da cavidade abdominal. 
Eles são gerados por conta do desenvolvimento 
do sistema digestório. Ocorre uma rotação do 
tubo digestório e os órgãos associados ao 
mesentério ventral e dorsal vão crescendo e se 
adequando/organizando. Essa rotação gera os 
dois compartimentos. 
- Roxo escuro: bolsa omental maior; 
- Roxo claro: bolsa omental menor; 
- Esses espaços têm grande importância clínica pois 
permitem acesso a vísceras. 
• Observa-se: 
- Algumas estruturas que são intraperitoneais: estômago, 
fígado... 
- Todas as alças intestinais do intestino delgado são 
intraperitoneais, formando as pregas chamadas de 
mesentério. 
- Omento menor: comunica o estômago e uma parte do 
duodeno ao fígado. 
- Omento maior: extensão do mesentério relacionado 
com o estômago, que cresce e age como um avental, 
protegendo as vísceras abdominais. 
- O peritônio parietal está relacionado com a parede do 
abdome e chega um momento em que ele vai contornar 
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Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
para revestir as vísceras, tornando-se o peritônio 
visceral. Ele vai circundar todas as vísceras, reveste o 
intestino grosso, até contornar o crescimento e formar o 
omento maior, dando continuidade para a superfície 
superior do estômago, do fígado e completar o início 
peritônio. 
- O peritônio também reveste o saco menor ou bolsa 
omental menor. Essa pequena lâmina de peritônio 
também contribui para a formação do omento maior. 
 
• Corte na região do saco menor ou bolsa omental 
menor: 
 
• Observa-se: 
- O fígado anteriormente, o estômago, o baço -
intraperitoneal e os rins -retroperitoneais – 
- A bolsa omental, posterior ao estômago. A comunicação 
dessa bolsa omental com o saco maior ocorre por meio de 
um forame, o forame omental. 
• Nas delimitações do forame omental há estruturas 
vasculares importantes: 
- Na sua margem anterior há a artéria hepática própria, 
que vai irrigar o fígado, o ducto poledomo -ducto biliar 
que drena a bile produzida pelo fígado – e a veia porta. 
Eles três juntos são chamados de tríade portal. 
- Na margem posterior tem a veia cava inferior. 
 
• Manobra de Pringle: Quando ocorre um 
sangramento ao acessar o fígado, é possível 
pinçar com o dedo indicador e o polegar as 
estruturas vasculonervosas para ter uma 
obstrução da artéria hepática própria e reduzir o 
sangramento. Essa manobra é realizada na tríade 
portal. 
 
• Omento maior: 
- É a prega amarela/alaranjada. 
- Está anteriormente às alças abdominais. 
- Tem um formato de avental. 
- Formado por duas pregas de peritônio. 
- Alguns livros falam que é formado por 2 lâminas, outros 
falam 4 lâminas. Quando falam 2 consideram somente o 
peritônio que está passando e retorna. Outros consideram 
que o peritônio que está revestindo a bolsa omental menor 
também se estende para o omento maior, o que seria com 
4 lâminas. 
- Ele é formado, então, por 2 ou mais pregas de peritônio, 
que é uma extensão fixada à curvatura maior do estômago, 
margem externa. 
- Funciona como se fosse um guardião do estômago. 
Quando há uma inflamação, essa parte é paralisada em 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
termos de peristaltismo, direcionando o aumento para a 
região paralisada isolando a inflamação, evita-se assim 
uma peritonite. 
• O peritônio é inervado por nervos periféricos, 
então há dor quando ocorre inflamação extensa. 
 
• Imagem cadavérica do omento. Normalmente in 
vivo ele está menos organizado, com ou sem 
inflamação. 
 
• Esquerda: organizado, cobrindo as vísceras 
abdominais. 
• Direita: O ¨avental¨ levantado para expor as 
vísceras abdominais, principalmente o intestino 
delgado que está no centro. 
- Junto com o omento maior é possível se elevar o colo 
transverso, por conta da fixação entre eles. 
 
• Omento menor: 
- É uma prega de peritônio. 
- Emerge da curvatura menor do estômago e uma parte do 
duodeno, seguindo em direção ao fígado. 
- Por fins descritivos pode ser conhecido como ligamento 
hepatoduodenal, que seria a parte inicial do omento. 
- Ligamento hepatogástrico: fica mais próximo do 
estômago e do fígado. 
- Ele é todo contínuo. A divisão em ligamentos é mais 
para fins de descrição. 
- O ligamento hepatoduodenal é a borda anterior do 
forame omental. 
 
• Outra imagem com corte transversal e uma visão 
oblíqua 
- Musculatura da parede do abdome, uma vértebra, os 2 
rins retroperitoneais, a lâmina peritoneal, o pâncreas 
retroperitoneal, a bolsa omental. 
- O peritônio parietal passa sobre o pâncreas, chega 
próximo do baço, contorna na superfície posterior do 
estômago e prossegue formando o espaço omental. 
- Entrada do forame omental, veia cava posteriormente e 
a tríade portal anteriormente. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
Mesentério 
 
• Observa-se a formação de mesentérios: 
- O mesentério é uma prega de peritônio. 
- O colo ascendente, parte do intestino grosso e o colo 
descendente são retroperitoneais, ou seja, não são 
envolvidos por completo pelo peritônio. 
- Os intraperitoneais são: o colo transverso, o intestino 
delgado. 
- Ao retirar o intestino delgado permanece a raiz do 
mesentério. Essa raiz é oblíqua e cruza esquerda para a 
direita. 
- Parte mais distal do intestino grosso, colo sigmóide que 
também é intraperitoneal. 
• Na imagem há três mesentérios, os quais recebem 
seu nome de acordo com o tecido que estão 
associados: 
- Mesocolo transverso: associado ao colo transverso. 
- Mesocolo sigmóide: associado ao colo sigmóide. 
- Mesentério: associado ao intestino delgado. Não tem 
nome específico. 
Também há um apêndice vermiforme que tem um 
pequeno mesentério associado a ele, será chamado de 
mesoapêndice. 
 
• Visão sem o intestino delgado, com o intestino 
grosso. 
- Mostrar o mesentério, pregas; 
- Mesentério está no centro. 
- O intestino delgado é contínuo com o duodeno, que é 
retroperitoneal. Então há uma transição do retroperitoneal 
(duodeno) para intraperitoneal (parte mais distal e mais 
longa do intestino delgado). Por conta dessa transição, 
acaba formando uma fossa. Essa parte de prega de 
mesentério paraduodenal, são possíveis locais de 
aprisionamento. 
• Intestino grosso: 
- Circunda as extremidades da cavidade abdominal; 
- Colo sigmóide -formato em S e colo transverso 
presentes. 
- Mesocolo sigmóide e mesocolo transverso. 
 
• Hérnia paraduodenal: 
- Na transição da prega paraduodenal, pode ocorrer o 
aprisionamento de alguma alça intestinal, principalmente 
o intestino delgado. Isso vai gerar uma obstrução de fluxo 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
sanguíneo e dor, chamado de hérnia paraduodenal. 
Geralmente requer intervenção cirúrgica. 
Estômago 
• Continuação com o esôfago. 
• Parte mais dilatada do sistema digestório. 
• Localizado principalmente na região epigástrica, 
podendo se estender para o hipocôndrio esquerdo. 
• Seu fundo, embora coberto pelo diafragma, pode 
atingir até a 4ta vértebra torácica, ao nível do 
mamilo. 
 
• Tem uma forma em J. 
• Capacidade de até 1.5 L. 
• Tem algumas partes: 
- Fundo; 
- Cardia: onde o esôfago se abre dentro doestômago; 
- Corpo: maior parte; 
- Parte pilórica: extremidade distal do estômago. Ela é 
estreita e pode ser dividida em: antro pilórico e canal 
pilórico. Antro vem de caverna, que precede o canal, mais 
estrito e leva para o orifício/óstio pilórico, cercado por um 
anel muscular – esfíncter pilórico. Sua contração vai 
permitir a passagem do conteúdo gástrico para a primeira 
parte do intestino delgado (duodeno). 
• Além dessas partes, o estômago tem uma 
curvatura maior, que é a margem externa e 
convexa e uma curvatura menor, que é a margem 
interna do estômago e côncava. 
• Também há uma incisura cardial – transição da 
margem do esôfago para o fundo. 
• Incisura angular – transição da curvatura menor 
para a parte pilórica do estômago. 
 
• Imagem endoscópica onde se vê: 
- Antro pilórico; 
- Piloro: orifício. 
 
• Estômago: 
- Observa-se a incisura angular, cardial, a parte pilórica, o 
fundo, o corpo. 
• Chamar a atenção dos músculos que envolvem o 
estômago: 
- Tem a musculatura longitudinal, mais superficial, 
contínuas com as longitudinais externas do esôfago. 
- Camada circular, média. 
- Camada oblíqua, mais profunda. 
- Todas essas fibras permitem o movimento de mistura do 
alimento do estômago, assim como o direcionamento para 
a parte pilórica do estômago. Mistura-se o bolo alimentar 
com enzimas, suco gástrico, até conduzi-lo para o canal 
pilórico e o duodeno. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
 
• Interior do estômago, quando vazio, apresenta: 
- Pregas gástricas bem proeminentes, localizadas nas 
extremidades do estômago. 
- Próximo da curvatura menor essas pregas gástricas são 
menos existentes e é por onde passa a saliva, canal 
gástrico. 
 
• Órgãos que fazem parte do leito do estômago: 
- Glândula suprarrenal; 
- Parte do baço; 
- Rim; 
- Pâncreas; 
- Pilares do diafragma; 
- Artéria: tronco celíaco e artéria esplênica que passa na 
margem superior do pâncreas. 
- É importante o pâncreas e os vasos, porque qualquer 
úlcera perfurante do estômago pode lesar o pâncreas e 
também o vaso esplênico – vaso volumoso que geraria 
uma hemorragia bem acentuada. 
 
• Úlceras pépticas: 
- São na parte pilórica do estômago ou na primeira parte 
do duodeno. 
- Acontece por uso de medicamentos anti-inflamatórios 
não esteroidais, fumo, má alimentação... 
- Em estágios muito avançados pode gerar uma perfuração 
e atingir um vaso ou outro órgão. 
Intestino delgado 
 
• É uma continuação com o estômago. 
• Tem em torno de 6/7 m. 
• Dividido em: 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
- Duodeno: a palavra vem de 12 dedos, seu comprimento. 
É a menor parte – 25 cm. 
Consegue-se definir a transição do duodeno para o jejuno, 
mas não do jejuno para o íleo. 
- Jejuno: Localização no quadrante superior esquerdo. 
Equivale a 2/5 do ID. 
- Íleo: Localizado no quadrante inferior direito. Equivale 
2/5 do ID. 
 
• Duodeno: 
- Formato em C. 
- Sua concavidade aloja a cabeça do pâncreas. 
- Apresenta 4 partes: parte superior – 5 cm, parte 
descendente – 6/7 cm, parte inferior – 8 cm e uma parte 
ascendente – 5 cm. 
- Todo o duodeno é retroperitoneal, exceto uma pequena 
região da primeira parte – a ampola – que é intraperitoneal 
– equivale a 2 cm. 
- Posterior à primeira parte tem o ducto biliar (ducto 
poledo), o pâncreas, a artéria gastroduodenal. 
- A parte descendente tem relação com o rim e com o 
fundo da vesícula biliar – em verde- onde armazena a bile 
que é drenada do fígado. 
- A parte inferior que está anteriormente à veia cava 
inferior e à artéria aorta. Os vasos mesentéricos superiores 
passam sobre essa parte inferior do duodeno. 
- A parte ascendente que vai fazer a transição com o 
jejuno. 
 
• Observa-se: 
- Primeira parte do duodeno, que é a ampola. 
- Todo o formato em C. 
- Pregas circulares na extensão do duodeno. 
- Transição da parte ascendente com o jejuno, que é a 
flexura duodeno-jejunal. É uma mudança muito brusca do 
trajeto do duodeno para o jejuno. 
- A abertura na parte descendente do duodeno é o ducto 
biliar (poledo), drenando bile do fígado e o ducto 
pancreático principal. Eles se unem e se abrem na papila 
maior do duodeno. 
- Há também uma papila menor, que é um ducto 
pancreático acessório, que vai se abrir na papila duodenal 
menor. 
 
• Camadas musculares do duodeno: 
- Camada longitudinal, mais superficial. 
- Camada circular, mais interna. 
- Na flexura duodeno-jejunal, no ápice, há uma estrutura 
músculo ligamentar, que se fixa ao pilar direito do 
diafragma, dito como músculo suspensor do duodeno ou 
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Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
ligamento de Treitz, que dá o suporte para essa parte final 
do duodeno. 
• Jejuno e íleo: 
- Continuação do sistema digestório, do ID. 
• Não há uma definição exata de onde termina o 
jejuno e se inicia o íleo, apenas algumas 
características: 
 
- As pregas circulares são bem mais presentes no jejuno 
que no íleo. 
- A vascularização no jejuno há arcadas maiores, no íleo 
há menores. 
- As artérias que saem dessas arcadas são maiores no 
jejuno, enquanto no íleo são menores, até por conta do 
tamanho das arcadas. 
- A gordura mesentérica é menor no jejuno do que no íleo. 
 
• Observa-se: 
- Artérias rectas maiores no jejuno e menores no íleo. 
- Arcadas menores e em maior número no íleo. Menor 
número e maiores no jejuno. 
 
• O diâmetro do jejuno é maior do que o íleo. À 
medida que se torna mais distal, o intestino 
delgado vai se tonando mais fino, com menos 
pregas circulares. 
 
• O intestino delgado vai se abrir, principalmente o 
íleo, na primeira parte do intestino grosso, que é 
o ceco. 
- Vai se abrir em uma projeção que se chama papila ileal. 
A papila ileal tem um lábio superior e um lábio inferior. 
Acima do lábio superior é o colo ascendente e abaixo do 
lábio inferior é o ceco. 
 
• Papila ileal: 
- Há um músculo que funciona como esfíncter para que o 
conteúdo do ceco não retorne para o intestino delgado. 
Mm. da papila ileal. 
Intestino grosso 
• Está nas extremidades da cavidade abdominal. 
• O ceco se inicia na pelve falsa, podendo chegar 
na pelve verdadeira. 
• Está na região inguinal direita, segue como colo 
ascendente pelo flanco direito, há uma flexura do 
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Digestório 
colo ascendente para o colo transverso no 
hipocôndrio direito, depois colo descendente, 
colo sigmóide, reto e ânus. 
 
• Observa-se no intestino grosso fora da cavidade 
abdominal: 
- Ceco, colo ascendente, flexura cólica direita/hepática – 
relacionada com o fígado, colo transverso, flexura cólica 
esquerda/esplênica – mais elevada e acentuada, associada 
ao baço, colo descendente, colo sigmóide, reto e canal 
anal. 
• Características: 
 
- Diâmetro interno maior; 
- Apresenta saculações – ondulações. 
- Apresenta tênias, que são fibras musculares que seguem 
ao longo de todo o intestino grosso bem organizadas. São 
três: Tênia livre, tênia mesocólica e a tênia omental. Ao 
longo dessas tênias há pequenas bolsas de gordura, que 
são os apêndices omentais. 
- Há no seu interior pregas semilunares. 
 
• Tênias: São três fitas de músculo que seguem 
todo o intestino grosso e começam a desaparecer 
quando chegam na junção do colo sigmóide com 
o reto. 
- Tênia livre: anteriormente; 
- Tênia mesocólica; 
- Tênia omental; 
 
• Ceco: 
- Primeira parte do intestino grosso; 
- Ele é intraperitoneal. 
- O íleo se abre nele. 
- Aderido à sua margem posteromedial há o apêndice, 
estrutura tubular de fundo cego que contêm diversos 
tecidos linfóides e pode assumir diversas posições na 
cavidade pélvica. Uma forma de encontrá-loé seguir a 
tênia livre, pois ela coincide com a origem do apêndice 
vermiforme. 
- O apêndice tem um mesentério, chamado de 
mesoapêndice. 
- O ceco é contínuo com o colo ascendente. 
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Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
Digestório 
 
• Possíveis posições do apêndice vermiforme: 
- Ele pode estar: retrocecal, subcecal, pélvica – a mais 
frequente, pré-ileal, pós-ileal. 
- Seu comprimento pode variar de 3 cm até 10 cm. 
 
- Dores de inflamação ocorrem na região inguinal direita, 
no ponto de McBurney se faz a incisão cirúrgica para ter 
acesso a essa estrutura. É o ponto médio entre a espinha 
ilíaca antero-superior e o umbigo. 
 
• Em continuação com o Ceco têm-se o colo: 
- Colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo 
sigmoide e o reto. 
- Nessa imagem tem o sulco paracólico, que são goteiras 
nas laterais, por onde conteúdos/extravasamento de 
líquido ou de sangue descem por ele da cavidade supra-
cólica para a infra-cólica. Esse sulco é formado pela 
parede póstero-lateral do abdome. Além disso, esse sulco 
para-cólico é um possível meio de acesso às vísceras sem 
gerar maior dano vascular, pois a irrigação chega do 
centro para as extremidades laterais. 
 
• Flexuras: 
- Flexura cólica direita ou hepática; 
- Flexura cólica esquerda ou esplênica. Bem mais elevada 
e mais acentuada. Geralmente está ligada ao diafragma 
pelo ligamento frênico-cólico, que permite sua fixação em 
um ponto mais elevado. 
- O colo transverso arqueia, podendo chegar à altura do 
umbigo, a nível de L3. 
 
• A continuidade com o cólon descendente é o 
sigmoide, que segue com o reto e depois o canal 
anal, que é o estreitamento do reto. 
 
• Essa junção do colo sigmoide com o reto ocorre a 
nível de S3. Junção retossigmóidea. 
• Começam a desaparecer as tênias. 
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• Reto: 
- Parte mais distal: ampola do reto. 
- A ampola segue com o canal anal, que é cercado por 
músculos esfincterianos; Músculo esfíncter externo e 
interno. 
- Embora o reto acompanhe a curvatura do sacro, ele 
também possui outras: uma para o lado direito e superior, 
outra para o lado esquerdo e uma inferior para o lado 
direito. 
 
• Flexura anorretal: 
- Ela muda de direção porque o músculo bulborretal puxa 
a extremidade caudal do reto anteriormente. Isso é como 
se fosse uma forma de conter o esfíncter para continência 
fecal. 
 
• Observa-se: 
- Pregas chamadas de colunas anais. Essas colunas são 
unidas nas extremidades inferiores por válvulas. 
- Essas válvulas geralmente têm uns seios, chamados de 
seios anais. 
- Logo abaixo há uma linha pectinada. Sé a junção das 
válvulas que circulam todo o canal anal. 
- Abaixo dela tem a linha anocutânea, que é a transição da 
mucosa do sistema digestório para a pele, que contêm 
certos pelos. 
- Há umas gorduras na fossa isquioanal que dão certo 
suporte para o reto. 
 
• Prolapso retal e inanição: 
- No caso de inanição, ou seja, perda de peso excessiva ou 
falta de alimento pode ocorrer o prolapso retal, pois a 
gordura da fossa isquioanal diminui. 
 
• Ileostomia e colostomia: 
- Situações nas quais é necessário retirar parte do intestino 
delgado, que é a ileostomia ou casos em que é preciso 
realizar uma colostomia – retira-se o colo completo ou o 
colo sigmoide. 
- No caso de colite, inflamação, deixa-se parte do intestino 
na parede abdominal para que a excreção seja liberada por 
ali. 
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• Megacolon: 
- Dilatação excessiva do colo. 
- Neoplasia endócrina múltipla: tumores em diversas 
glândulas endócrinas e gera grande constipação. 
- A doença de chagas pode acabar prejudicando o sistema 
nervoso e a pessoa não consegue evacuar.

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