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Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • O sistema urinário é composto por 2 rins, órgãos retroperitoneais. Sua altura varia de T12 até L3. Rins • Os rins: - Têm aproximadamente 10 a 11 cm de comprimento, 5 a 6 cm de largura e 3 a 2.5 cm de espessura: - Possuem formato de grão de feijão, onde apresentam uma margem lateral convexa e uma margem medial côncava – local onde entram estruturas vasculho- nervosas. - O polo superior do rim tem contato com a glândula suprarrenal. - Entre eles há estruturas como a veia cava inferior e a artéria aorta, - Relaciona-se com estruturas musculares da parede posterior do abdômen. • Os rins são os locais onde ocorre a produção de urina, além de ser considerado um órgão endócrino, pois libera renina e outros fluidos. • Para drenar a urina produzida nos rins, há dois ureteres – ductos de paredes espessas, aprox. 30 cm – que vão em direção à bexiga urinária – órgão circular localizado na pelve menor, responsável por armazenar urina. • Saindo da bexiga urinária, está a uretra – difere de tamanho de acordo com o sexo – para excretar a urina que ficou armazenada temporariamente na bexiga urinária. Localização • Órgão retroperitoneal. - O peritônio passa sobre a face anterior de cada rim, - O pâncreas também é um órgão retroperitoneal, mas na figura é possível observar que ele está anteriormente ao rim – principalmente ao rim esquerdo. - O baço está lateralmente ao rim esquerdo. - O estômago está anterior ao pâncreas e como consequência ao rim esquerdo. - Cada rim está embebido em uma gordura, que os auxilia a fixar-se na sua posição natural. É uma gordura diferente da subcutânea, mais fibrosa. Ela vai dar sustentação e amortecimento para cada rim. Sistema Renal Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Relações • Órgãos/Estruturas relacionados com o rim direito: - O fígado cobre a parte superior, mais na posição da glândula suprarrenal; - A veia cava inferior tem uma proximidade com a glândula suprarrenal; - Parte do colo ascendente, flexura direita e uma pequena parte do colo transverso; - Parte descendente do duodeno; - Intestino delgado, ocupa toda a região central; - Vesícula biliar. - Glândula suprarrenal; • Órgãos relacionados com o rim esquerdo: - Pâncreas (cauda) está anteriormente ao polo superior do rim. - Glândula suprarrenal, que apresenta maior afinidade com o rim. - O baço, superior e à esquerda. - Estômago ocupando toda a parte anterior. - Flexura esquerda, parte do colo transverso, colo descendente e uma pequena parte do polo inferior do rim teria contato com o jejuno, que é a primeira parte do intestino delgado. • Rins retirados de sua posição anatômica para demonstrar as partes específicas nas quais esses possuem relação com eles. • Imagem sem alguns órgãos, ressaltando em bege o peritônio. - As fissuras são os locais onde o peritônio foi rebatido, ao tirar vísceras retroperitoneais. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Vista posterior: - O rim esquerdo está em torno de um centímetro mais elevado que o direito, por conta do fígado. Ao estar mais elevado, o rim esquerdo tem uma relação na sua face posterior com a 11 e 12 costelas. O rim direito, por estar mais abaixo, só se relaciona com a 12 costela. - As outras cores representam a relação desses rins com a musculatura que faz parte da parede posterior do abdômen: M. Psoas maior; M. Quadrado lombar, M. Transverso do abdome. • Além disso, a face posterior do rim, mais inferiormente, tem relação com dois nervos: o nervo ílio-hipogástrico – que está mais superiormente e paralelo a ele, mais inferior, o nervo ilioinguinal, que segue para a região inguinal. • Em pessoas magras é possível palpar o polo inferior do rim, aprox. 2 ou 3 cm acima da crista ilíaca. • O rim está envolvido por uma gordura fibrótica que dá mais sustentação e permite com que ele fique estável na região. • Além da gordura, é circundado por uma fáscia, que apresenta uma lâmina anterior e uma lâmina posterior. Essas lâminas prosseguem para a linha mediana do abdome e são contínuas com os principais vasos e suas ramificações. Lateralmente, essas lâminas se unem e prosseguem junto com a fáscia transversal – que reveste a face interna do M. do abdome. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • A fáscia separa a gordura que circunda o rim em uma gordura perirrenal – localizada dentro das duas lâminas de fáscia e a gordura pararrenal – externamente às duas lâminas de fáscia. - Essas gorduras são chamadas de cápsula adiposa, como um todo (para + peri). • Corte coronal: - Visualiza-se o rim e a glândula suprarrenal. Lâmina posterior e lâmina anterior da fáscia. - Gordura perirrenal (interna) e pararrenal (externa). - As lâminas se unem superiormente e se ligam à face que recobre a superfície interna do diafragma. - As glândulas suprarrenais têm uma maior aderência às lâminas do que ao próprio rim. Em pessoas muito magras onde há uma redução significativa dessa gordura, o rim pode descer pela fáscia e ficar alojado na pelve, já que as lâminas não se unem inferiormente – permitindo que esse rim desça, condição chamada de ptose renal, que pode prejudicar a vascularização e obstrução do ureter, impedindo a descida da urina para a bexiga. Nesses casos, a suprarrenal permanece no seu local pela grande aderência à fáscia. • O rim é coberto também por uma cápsula fibrosa. Características • Referente à imagem acima, é possível observar: - O rim possui margem lateral convexa e uma medial que mais centralmente é côncava e polos convexos. - A parte côncava serve para a formação do hilo, que é o local de entrada de estruturas vasculonervosas, assim como a pelve renal – parte do sistema coletor do rim. - Cada rim tem uma face anterior e posterior, polos inferior e superior. Estrutura interna Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Observa-se que: - A margem medial é a entrada onde as estruturas vasculo- nervosas e os ductos coletores se relacionam com o rim, região chamada de hilo. - O seio renal é o local onde estão localizados os sistemas coletores – cálices, e o sistema vascular e nervoso que vão se ramificando para todas as áreas do rim. - Os espaços que não são preenchidos por essas estruturas acabam tendo a presença de gordura, dando suporte aos vasos e ductos. - O rim pode ser separado em uma parte cortical, mais externa e uma parte mais interna, chamada de medula. - A medula é onde tem as estruturas piramidais, chamadas de pirâmides renais. A base dessas pirâmides está voltada para o córtex e o ápice para o interior do sistema coletor. A urina vai ser formada dentro desses tecidos e um sistema de tubos vai drenar para o ápice da pirâmide, chamado de papila renal. - Na papila se abrem diversos orifícios pequenos, ou seja, é uma superfície cribriforme. Diversos sistemas coletores se abrem nos orifícios e assim a urina será drenada para os cálices renais (maiores ou menores) – sistema tubular direcionado para a estrutura afunilada e achatada, chamada de pelve renal. - Cada cálice menor está relacionado com o ápice de cada pirâmide, ou seja, uma papila renal. - Dá para ver na imagem: 3 cálices menores se unem para formar um cálice maior; 2 cálices se unem e formam um cálice maior x2 e a união desses cálices maiores formama pelve renal, que é toda a estrutura. Ela vai se afunilando até formar um tubo único, o ureter. - O ureter será direcionado para a bexiga urinária. - Geralmente, têm-se entre 3 e 5 cálices menores que se unem e formam aprox. 3 a 2 cálices maiores. Esses cálices maiores se unem e formam a pelve renal, a qual se transforma em ureter etc. - Entre as pirâmides renais estão as colunas renais, áreas de continuidade do córtex renal para a região medular. Néfrons corticais • É possível observar microscopicamente a unidade funcional do rim, que tem em torno de 1 milhão desses: Néfrons. • Na imagem é possível observar um nervo cortical, mais na região do córtex. • Os néfrons são um sistema tubular. Na parte mais proximal tem uma estrutura com forma de C, onde a concavidade tem um sistema vascular, chamado de glomérulo. - No glomérulo vão chegar um enovelado de vasos sanguíneos. - Da cápsula glomerular sai um sistema tubular : ductos contorcidos proximais, ducto descendente, ducto ascendente – formato de U, ductos contorcidos distais, até prosseguir em um ducto coletor único que se direciona para a papila renal, que vai se abrir no cálice menor. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • O excesso de líquido que precisa ser eliminado por meio da urina, chega pelos vasos sanguíneos e passa para o sistema coletor. • Com a liberação do hormônio ADH, o líquido que entrou no sistema coletor pode ser reabsorvido. • Essas estruturas recebem um alto grau de vascularização. Néfrons justamedulares he • Mais próximo da base da pirâmide renal. • A alça de Henie prossegue para o interior da pirâmide renal. • Esse néfron é mais longo. Comparação • Na imagem é possível observar a diferença de tamanho entre os tipos de néfrons. • Ambos no final do sistema tubular vão direcionar para um ducto coletor único. Esse sim prossegue em direção à papila renal. • O cálice menor, em seguida, recebe a urina formada. • Ao lado direito é possível observar 2 cálices menores que vão se unir para formar um cálice maior. Rim lobado de criança • Rim lobado, comum em crianças. • Com o desenvolvimento ele muda sua superfície para um formato mais liso. Contudo, alguns traços podem permanecer na vida adulta, menos proeminente. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Vascularização Rim • Cada rim recebe uma artéria renal, que sai da margem lateral da aorta abdominal. A direita é mais longa que a esquerda – ela vai passar posteriormente à veia cava inferior em direção ao hilo renal direito, enquanto a esquerda é mais curta – está posterior à veia renal esquerda. • A veia renal direita é bem curta, tem 1/3 do tamanho da veia renal esquerda – bem maior. Elas se originam do hilo renal e seguem em direção à veia cava inferior. Contudo, a veia renal esquerda passa anteriormente à artéria aorta e sob a artéria mesentérica superior. - A veia renal esquerda pode ser facilmente obstruída pela artéria mesentérica superior, que pode prensá-la na parede anterior da aorta. Com isso, o retorno de sangue será prejudicado. Sendo assim, outras estruturas podem ser afetadas, já que por exemplo, a veia gonadal se abre na veia renal, assim como a veia que drena a glândula suprarrenal. Variações da artéria renal • Normalmente a artéria renal segue em direção ao hilo e ali se ramifica em 5 ramos (apical, inferior, 2 centrais – anterior superior e anterior inferior, posterior). • Porém, essas artérias podem se originar antes de chegar ao hilo, saindo da artéria renal ou diretamente da aorta. - Bifurcada; - Artéria renal polar superior ou inferior; Variações de veias • Veia renal esquerda pode se bifurcar © tendo uma parte que passa anterior e posterior à aorta. • Veia renal esquerda que em vez de prosseguir (D) para a veia cava inferior, vai drenar para a veia ilíaca comum. • (B) A veia chega um pouco acima da veia ilíaca comum, drenando no início da veia cava inferior. • (A) passa posteriormente à artéria aorta. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Parte interna do rim • A artéria renal, depois de entrar pelo hilo, vai se dividir em cinco ramos segmentares: - Apical: artéria do segmento superior. - Central: artéria segmentar ântero-superior e a artéria ântero-inferior. - Inferior: Artéria segmentar inferior. Irrigam a face anterior. - Posterior: Ramo maior, artéria renal segmentar posterior. • Próximo das pirâmides, cada artéria segmentar se divide em artérias interlobares – 2 a 3 que seguem em direção ao ápice de cada pirâmide. • Cada uma dessas artérias interlobares vão suprir artérias arqueadas – elas prosseguem na lateral de cada pirâmide e faz um arco sobre a base de cada pirâmide. Essas artérias arqueadas quase nunca anastomosam entre si. • Essas artérias arqueadas suprem artérias interlobulares, pequenos ramos que saem delas e vão em direção ao córtex e às colunas renais. • Cada artéria interlobular têm pequenas ramificações que saem lateralmente e seguem em direção ao néfron. • Na imagem é possível observar a área de superfície de vascularização dos segmentos. Zoom em uma pirâmide renal • É possível observar: - Artérias arqueadas; - Diversas artérias interlobulares, que estão emergindo das arqueadas. - Pequenos vasos eferentes e aferentes que chegam para formar o glomérulo, um emaranhado de vasos sanguíneos que chegam na cápsula renal (forma o glomérulo). Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal - Pequenas artérias - Peritubulares e retas, que são todas as pequenas artérias na parte inferior que nutrem o sistema tubular que compõe o néfron, para que seja coletada a urina em diração à papila renal. Cálculos renais • Localizados na pelve renal, perto aos cálices maiores e menores. Ureteres • Emerge do hilo renal. • Prolongamento da pelve renal. • Cada ureter desce paralelamente à coluna vertebral, a 5 cm dos processos transversos das vértebras. Entram na pelve renal até a bexiga urinária. • O curso desse ureter desde a pelve renal até a bexiga pode apresentar 3 pontos de constrição: - 1: Quando o ureter se une com a pelve renal – junção pelve-uretérica, ponto de estreitamento. Embora a união seja pouco definida, há uma alteração e pode causar constrição. - 2: Quando o ureter atravessa a borda superior da pelve e cruza os grandes vasos dessa região (vasos ilíacos). Ao estar em contato com as estruturas há a constrição. - 3: Quando o ureter entra na parede muscular da bexiga urinária. • Esses três pontos são locais potenciais para que um cálculo renal venha obstruir o sistema tubular. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Ureteres em homens • A única estrutura que passa medialmente a eles é o ducto deferente, que também prossegue para o fundo da bexiga urinária, para se encontrar com a próstata e glândulas seminais. Ureteres em mulheres • O ureter passa inferiormente à artéria uterina, o que pode ser problema ao intervi-lo, já que pode lesar a pele uterina. Comparação • Observa-se: - Lado direito: O ducto deferente cruzando medialmente ao ureter. - Lado esquerdo: a artéria uterina passa superiormente ao ureter. Vascularização do ureter • Superiormente à Artéria ilíaca comum é a parte abdominal do ureter. Abaixo dela é a parte pélvica. • Parte abdominal: - A vascularização emerge daartéria renal, da artéria gonadal, artéria aorta e da ilíaca comum. - Sempre medial para lateral. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Parte pélvica: - A vascularização emerge de vasos da artéria ilíaca interna e seus ramos. - A posição dos ramos é lateral para medial. Durante cirurgias que há a necessidade de manipulação do ureter, se for rebater para um dos lados, deve ser feito para próximo da aorta (na parte abdominal) e lateral (na parte pélvica). Ele deve ser deslocado para perto da origem das artérias que o suprem. Isso para evitar o arrebentamento dos vasos ao puxá-los, mesmo que eles estejam bem anastomosados. Bexiga urinária • O ureter prossegue para a base posterior da bexiga urinária e entra na parede muscular dela. • Observa-se: - O ureter passa externamente ao ducto deferente e logo entra inferior a ele e superior à glândula seminal. Penetra nas laterais da bexiga urinária. Há em torno de 5 cm entre um ureter e outro – externamente. - Esse ureter prossegue uma distância de aprox. 2 cm intramuscular, até se abrir na face interna da bexiga urinária, onde cada abertura estará em uma distância de 2 cm +/-. • Isso é importante porque ao encher-se a bexiga, o espaço se fecha intramural se fecha e impede com que a grande pressão de urina ocasione um fluxo retrógrado em direção ao rim. Características • Encontra-se na cavidade pélvica, apoiada no diafragma pélvico, posteriormente à sínfise púbica. • Alojada mais centralmente ao arcabouço pélvico. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Na imagem é possível observar o diafragma pélvico, que é um conjunto de músculos (levantador do ânus e coccígeo). Esses mm que darão sustentação à bexiga urinária. - O M. levantador do ânus é formado pelos músculos: iliococcígeo, pubococcígeo e puborretal. • Esses músculos deixam um hiato urogenital em formato de U, coberto pela membrana do períneo. • Nesse local só há espaço para a uretra, a vagina no caso das mulheres e o reto – parte do trígono posterior. • Observa-se: - Hiato urogenital entre a musculatura do diafragma pélvico. - A bexiga estará na parte anterior. - Caso masculino, com somente uma abertura para saída da uretra. Os ureteres levam a urina à bexiga e a uretra – tubo único – drena a urina da bexiga para o exterior. • Alguns ligamentos – espessamento da fáscia que recobre a musculatura do diafragma pélvico, vão ajudar na fixação da bexiga: - O ligamento pubovesical medial – que sai da margem inferior do púbis em direção ao colo da bexiga. - O ligamento pubovesical lateral – localizados mais lateralmente e prosseguem para o colo da bexiga. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Há outros ligamentos: - Ligamento pubovesical: localizado na mulher. Medial. - Ligamento puboprostático. Obs: percebam que a próstata se encontra em contato com o colo da bexiga urinária. Localização • Nas mulheres: - Encontra-se posteriormente à sínfise púbica, no espaço retropúbico, com uma quantidade de gordura que da sustentabilidade, além de acomodar seu aumento de tamanho quando está cheia de urina. - Posteriormente têm-se a vagina. - Superiormente à bexiga tem o útero. - Durante a gravidez, o útero empurra a bexiga urinária e aumenta a frequência da urina. • Nos homens: - Encontra-se posteriormente à sínfise púbica, no espaço retropúbico, com uma quantidade de gordura que da sustentabilidade, além de acomodar seu aumento de tamanho quando está cheia de urina. - A face posterior está em contato com o reto, separado pela fáscia retovesical, que protege a disseminação de câncer de próstata para o reto. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Continuação de características • Quando está vazia, fica quase completamente na região pélvica, no plano do púbis. • Quando se eleva pode chegar até o umbigo, suportando em torno de 500 ml de urina. • Quando vazia, assume um formato tetraédrico. - Apresenta superfície superior. - Colo da bexiga, mais inferiormente. - Posteriormente, a base, onde entram os ureteres. - Ápice, mais anteriormente. Contêm o ligamento umbilical mediano, resquício embrionário. - Entre a base e o ápice, há o corpo da bexiga urinária. - Em transparência estão os 2 óstios dos ureteres que estão alinhados superiormente e na direção central, o óstio interno da uretra. - A distribuição desses óstios forma um trígono, chamado de trígono da bexiga. Essa região é mais lisa que todas as outras partes da bexiga urinária (internamente), já que a bexiga é basicamente um órgão muscular, pois precisa se contrair para expelir a urina. • Visão interna da bexiga: - Trígono, região lisa. - Áreas adjacentes rugosas, por conta do músculo detrusor. - Aberturas dos óstios. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Hiato urogenital, por onde atravessa a uretra. • Membrana do períneo, com a passagem da uretra, sendo que nas mulheres também há uma abertura para a vagina. • Membrana do períneo e o corpo perineal – estrutura musculo-tendínea de união de todos os músculos que formam o leito da bexiga. • Observa-se: - Membrana do períneo, que cobre o hiato urogenital. - Imagem superior membrana do períneo feminina, a inferior masculina. - A região superior à membrana do períneo é chamada de região profunda do períneo. A parte inferior é a região superficial do períneo. - A região superficial está fixada nos órgãos reprodutores externos, masculino e feminino. - Na região interna tem diversos músculos que são esfincterianos. - No homem, como só tem a passagem da uretra, tem um esfíncter externo para a uretra, que é circular e pequeno. O restante do espaço profundo do períneo é preenchido pelo músculo transverso profundo do períneo, que vai contribuir para a região esfincteriana. - Nas mulheres, apresenta um número maior de músculos. Além de ter o músculo esfíncter externo da uretra, tem o esfíncter uretrovaginal – músculo circular que envolve o óstio da uretra e a abertura para a vagina; e o compressor da uretra – sai das extremidades da membrana do períneo, prossegue anteriormente e segue para a lateral. Além desses tem a musculatura profunda do períneo que vai se misturar com todas as fibras de músculos esfincterianos. Toda essa musculatura é para evitar as incontinências urinárias, principalmente após o parto. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Uretra • Há uma imensa diferença de tamanho, com relação ao sexo. Na mulher tem em torno de 4 cm e no homem em torno de 15 a 22 cm. • Emerge do óstio interno da uretra na bexiga urinária. • Na mulher ela atravessa a membrana do períneo e se abre no óstio externo da uretra, entre o clitóris e a abertura da vagina, em uma região chamada de vestíbulo do pudendo. • Nos homens, ela tem: uma parte pequena pré- prostática, mede em torno de um centímetro; uma parte prostática, que passa por dentro da próstata, em torno de 4 cm; uma parte membranosa, que está passando na membrana do períneo, 1.5 cm; parte esponjosa, que passa dentro do corpo esponjoso, 15 cm. Essa uretra tem uma parte mais dilatada proximalmente, exatamente no bulbo do pênis e uma segunda dilatação na fossa navicular. Depois, se abre no óstio externo da uretra na glande do pênis. O homemtem o esfíncter interno da uretra, envolvido com a próstata. Ele é importante porque ao ocorrer a ejaculação, ele se contrai, para que o sêmen tenha um caminho único, para o exterior e não siga para dentro da bexiga. Uretra masculina • Uretra atravessando a próstata: - A uretra tem uma crista uretral, prega da parede posterior que se dilata, como colículo seminal. Essa prega junto ao colículo formam os seios prostáticos – laterais, que abrem os ductos glandulares da próstata. - O utrículo prostático é um órgão residual existente na uretra prostática. É uma estrutura hipoplásica sacular, que se abre através do orifício do utrículo prostático. Corresponde na mulher ao útero. É uma pequena bolsa de fundo cego que se abre no colículo seminal. - Abaixo de utrículo vai estar a abertura dos ductos ejaculatórios. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Corte coronal na bexiga e uretra do homem: - Visualiza-se uma pequena parte da uretra, aonde ela chega no bulbo do pênis, que tem uma dilatação, e seguiria posteriormente para o pênis. • Observa-se: - O óstio externo da uretra abrindo na glande do pênis. Uretra feminina • Corte coronal na bexiga e uretra da mulher: - Uretra bem curta, abrindo no vestíbulo pudendo. • A uretra feminina contém: - Glândulas uretrais, que vão lubrificar a uretra. • Observa-se: - Óstio externo da uretra, entre os lábios menores, na região chamada de vestíbulo. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal • Observa-se: - Óstio externo da uretra, delimitada entre os lábios menores. - Abertura da vagina. - Abertura da glândula parauretral que vai lubrificar essa região. Vascularização Bexiga urinária • A irrigação ocorre principalmente pelas artérias vesical superior e inferior, que são ramos do tronco anterior da artéria ilíaca interna (ramo da artéria ilíaca comum). • Essa artéria ilíaca interna se divide em anterior e posterior. Do tranco anterior há diversos ramos. • A artéria vesical superior vai irrigar a parte superior e anterior da bexiga. Já a artéria vesical inferior vai nutrir mais a base e o colo da bexiga urinária. - A artéria vesical inferior é substituída pela artéria vaginal nas mulheres (ramo da artéria uterina ou da ilíaca interna. Ela não é presente nas mulheres. • A drenagem venosa ocorre pelas veias que seguem o mesmo padrão das artérias. Porém, há a formação de certos plexos, como o plexo que mistura os vasos prostáticos com a bexiga, drenando junto ao plexo retal e seguem em direção às vias mais superiores – ilíacas, ilíacas comuns, veia cava. • A drenagem linfática, principalmente os ureteres e os rins são drenados para os linfonodos lombares, que são os aórticos e cavais. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal Rim • Os principais vasos linfáticos seguem as artérias do interior do rim e se dirigem para os linfonodos lombares. • A inervação do rim vem dos segmentos de T10 a L1, recebendo uma inervação simpática que fazem conexões com os gânglios – mesentérico superior, celíacos. • Dentre os nervos esplâncnicos, estão os nervos imo, maior e menor – conduzem fibras dos segmentos mais inferiores, a nível de T11-L1/L2. • Os ureteres também são inervados por esses segmentos mais inferiores, de T10 a L1, que prosseguem diversos plexos hipogástricos nessa região. • O SNS vai inervar os vasos sanguíneos, causando vasoconstrição. • A inervação parassimpática é oriunda dos segmentos S2 a S4, que entram no plexo nervoso por meio de nervos esplâncnicos pélvicos. • A principal função de uma inervação parassimpática é a contração da musculatura da bexiga urinária para excretar a urina. • Logo, inervação simpática é regulação vascular. A parassimpática, para contração da bexiga. • O reflexo da bexiga cheia e a dor seguem as vias parassimpáticas -vias inconscientes e assim acontece a vontade de urinar. INERVAÇÃO a partir da linha pontilhada e a baixo da linha ??? • As regiões abaixo da linha pontilhada de dor pélvica seguem as vias parassimpáticas, porém nem sempre chega à consciência, nas crianças, por exemplo, é involuntário. Acima dessa linha, já é inervação simpática que chega à consciência. As dores seguem as vias simpáticas que saem de Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem e Obstetrícia Angie Martinez Anatomia Sistema Renal T10 a L1. As dores dessa região são sentidas e reconhecidas. • Essas dores seguem as vias simpáticas que estão saindo a nível de T10 a L1.
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