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Leite Materno: Composição e Fisiologia

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Módulo 02
Caso 5
Título: Leite materno: o melhor alimento para o bebê
Objetivo 1: Descrever a fisiologia da lactação e a composição do leite materno.
Estágios da LACTAÇÃO:
Estágio 1:  A lactogênese começa no último trimestre da gravidez
OBS: No último trimestre a mama está apta a produzir leite (pré colostro). Porém não ocorre produção láctea em razão da inibição ocorrida pela progesterona
No pós parto, inicia-se quando os níveis de progesterona caem e os de prolactina se mantem elevados.
Esse processo INDEPENDE da sucção pela criança até o terceiro, quarto dia pós parto, quando a produção diminui se o leite não for extraído da mama
Estágio 2: APOJADURA ou “descida do leite”.
Ocorre dois a três dias após o parto.
OBS: Após o parto e a expulsão da placenta, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem e, assim, a prolactina pode exercer seus efeitos lactogênicos. Nos 3 primeiros dias, tem o aumento no fluxo sanguíneo das mamas, e secreta o colostro. Com o aumento progressivo da secreção láctea ocorre a apojadura
Estágio 3: GALACTOPOESE. É o período que ocorre a manutenção da lactação.  Para que a produção de leite continue, é necessário que o eixo hipotálamo hipófise mantenha a produção de prolactina e ocitocina.
A falta de sucção impedirá que o hipotálamo estimule a hipófise a produzir prolactina
A sucção vai estimular receptores  localizados na região da aréola e do mamilo, que irão enviar mensagens ao hipotálamo, que por sua vez vai estimular a hipófise anterior a produzir prolactina e a hipófise posterior a produzir ocitocina.
Composição do leite materno:
O leite humano é considerado o alimento ideal para a criança e atende às ne-cessidades nutricionais favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento ade-quados. Apesar de a alimentação materna ter grande variação, o leite humano apresenta composição quase semelhante entre as mulheres (fatores como ge-nética, nutrição materna e fase de lactação alteram um pouco a composição do leite). Apenas mulheres com desnutrição grave podem ter o leite afetado em quantidade e qualidade. A composição nutricional do leite é balanceada e apresenta agentes anti-inflamatórios, enzimas digestivas, vários tipos de hormônios e fatores de crescimento.A Tabela 1 mostra a composição de macronutrientes e micronutrientes do leite humano nos três estágios de lactação.
O colostro humano é definido como o primeiro produto lácteo da nutriz, produzido até o sétimo dia pós-parto. Apresenta aspecto amarelado e espesso, maior conteúdo de proteína, vitaminas lipossolúveis e minerais, como sódio e zinco, e menor teor de gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis, quando comparado com o leite maduro. O volume produzido varia de 10 a 100 mL/dia, com média em torno de 30 mL, aumentando aos poucos até atingir a composição do leite maduro. Tem também altas concentrações de fatores de imunoglobulinas (IgA, IgM, IgG), lisozimas, lactoferrina, fator bí-fido e outras substâncias imunomoduladoras, além de agentes anti-inflama-tórios, destacando-se os fatores de crescimento e os leucócitos, oferecendo proteção ao bebê.
A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado de leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama.
O leite de transição é o produzido no período intermediário entre o colostro e o leite maduro, ou seja, entre o sétimo e o 14º dia pós-parto. Nesta fase, ocorre a diminuição na concentração de proteínas e vitaminas liposso-lúveis, mas ainda em quantidades elevadas. A lactose, a gordura, o conteúdo calórico e as vitaminas hidrossolúveis aumentam, variando a composição do leite até se transformar em leite maduro.
Fisiologicamente, a lactação está sob controle de hormônios, principalmente os de origem hipofisária, no qual a produção é influenciada por estímulos externos e emoções maternas. O ínicio e a manutenção da lactação consistem em processos neuroendócrinos complexos que envolvem os nervos sensoriais do mamilo, a pele adjacente a mama, a parede torácica, a medula dorsal, o hipotálamo e a hipófise com vários hormônios particulamente a prolactina, o hormônio adrenocorticotrófico(ACTH), os glicocorticoides, o hormônio de crescimento e a ocitocina.
HORMÔNIOS DA LACTAÇÃO:
-Prolactina:
Esse hormônio atua nas células alveolares, fazendo com que elas produzam o leite, especialmente a proteína. Os níveis de prolactina eles são proporcionais a sucção quatro dias após o parto porque antes desse período, o leite é produzido sem precisar do estímulo da sucção. Dessa forma, as técnicas corretas que possibilitem que o bebê sugue adequadamente, vão ser fundamentais na produção de leite. Por volta de 3 meses de lactação, a sucção diminui a elevação de prolactina, sugerindo assim que a partir desse período há diminuição do seu efeito, porém a produção de leite se mantém nas mesmas proporções de antes e os níveis de prolactina atingem picos mais baixos no período mais avançado da amamentação.
Essa situação fisiológica pode ser transportada para o manejo do aleitamento materno, pois a maior vulnerabilidade para o desmame é entre 1 a 3 meses, período que exige maior atenção e cautela em relação as técnicas de amamentação. O fator inibidor da prolactina(PIF) liberado pelo hipotálamo controla a produção de prolactina pela hipófise e parece ser controlado pelas catecolaminas. Fármacos ou eventos que diminuem as catecolaminas também reduzem o PIF e em consequência aumentam a produção de prolactina. A progesterona é considerada o principal hormônio inibidor da prolactina. O estrogênio também tem efeito negativo na lactação, pois é antagonista da prolactina, inibindo a secreção do leite. A prolactina mantém o ritmo circadiano durante a lactação, com níveis mais elevados durante a noite.
-Ocitocina:
 Sobre a composição do leite materno: (AINDA SOBRE O OBJETIVO 1)
LEITE MADURO:
O leite propriamente dito, apresenta como posição mais estável a partir do 15 dia após o parto.
-Proteína: As variações nas concentrações de proteína dos leites de diferentes espécies animais estão relacionadas as suas taxas de crescimento específicas. A menor taxa de crescimento e a menor contração proteica no leite foram encontradas na espécie humana. A quantidade de proteína do leite humano varia de 1,2 a 1,5g; dL, adequada a valocidade do crescimento do lactente. É representada por 60% de proteínas do soro(alfalactalbumina, imunoglobulinas,enzimas) e 40% de caseína. No colostro, essa relação chega a ser 90% e 10% respectivamente, por causa da presença das proteínas não nutricionais, representadas principalmente pelas imunoglobulinas. A caseína, quando sofre hidrólise é fracionada em flocos finos de fácil digestão. A alfalactalbumina do leite humano, que seria a proteína nutricional das proteínas do soro e também a correspondente da betalactoglobulina do leite de vaca, apresenta concentração de 0,22 a 0,46g; dL. O leite materno possui quantidades suficientes de cistina(aminoácido não essencial) e portnto não precisa produzi-la a partir de metionina,  o que economiza essa etapa.
-Carboidrato:
-Lipídio:
-Minerais e oligoelementos:
-Vitaminas:
-Imunoglobulinas:

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