Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O Processo Epidêmico! Deaths due to COVID-19 weekly for top 7 regions in the world. O Processo Epidêmico! Determinada doença, em relação a uma população, pode ser caracterizada como: 1. presente em nível endêmico 2. presente em nível epidêmico 3. presente em nível pandêmico 3. presente em casos esporádicos 4. inexistente. Endemia É a ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acomete sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém a sua incidência constante. Refere-se à doença habitualmente presente entre os membros de um determinado grupo, em uma determinada área (população definida). Endemicidade A intensidade de caráter endêmico de determinada doença, em determinado lugar e intervalo cronológico, é a endemicidade dessa doença no lugar e no tempo considerado. Os valores atribuídos à endemicidade podem ser expressos em escala nominal: Hipoendêmicos Mesoendêmicos Hiperendêmicos Usados para quantificar uma ocorrência, uma situação ou uma incidência. Ex: Uma doença que ocorre sazonalmente em uma população e atinge aproximadamente 35%, com incidência constante. Endemicidade mesoendêmica! No Brasil, existem áreas endêmicas. Febre Amarela comum na Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser vacinadas. Dengue, são registrados focos da doença em um espaço limitado, ou seja, ela não se espalha por toda uma região, ocorre apenas onde há incidência do mosquito transmissor da doença. Epidemia Ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo. Esta definição remete a fato empírico, primitivo, como uma ocorrência em massa de fenômeno natural que se passa em nível de indivíduo. Quando pensamos em epidemia com o processo saúde-doença de massa, a definição se modifica: Conceito Operativo É uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido. Daí advém que, o estado de saúde-doença da população deve estar em constante vigilância e controle. Necessidade de ação imediata! Mecanismos que levam a doença a nível epidêmico Exemplo: Coronavírus (origem em países asiáticos) com disseminação mundial através de transporte aéreo ou marítimo de passageiros, alertando os sistemas de saúde devido à gravidade da doença. Modificações ocorridas na estrutura epidemiológica Quando a endemia passa a epidemia. Ex.: Epidemia de Encefalite ocorrida no Vale do Ribeira, SP, de 1975 a 1977. Região com extensa vegetação, clima úmido, alta pluviosidade, zonas alagadas, aves e morcegos naturalmente infectados por arbovírus mantendo ciclo aves-vírus-mosquitos. Epidemia ocorreu de forma abrupta com 323 (1975), 384(1976) e 92 (1977). Obs.: Depende dos índices pré estabelecidos para endemia. Duração das epidemias A epidemia é restrita a um intervalo de tempo marcado por um começo e um fim, com retorno dos patamares endêmicos observados antes da ocorrência epidêmica. A intoxicação alimentar exemplifica um evento extremamente curto. A febre tifoide (Salmonella) é caso de duração intermediária. Inicialmente uns poucos casos acontecem e poderão prosseguir em ascensão contínua (progressão) e finalmente vem o declínio (egressão). A AIDS é um exemplo de epidemia de longa duração. COVID-19, por exemplo, é uma doença “nova” que se iniciou como surto epidêmico. Assim, a ocorrência de um único caso de uma doença transmissível (ex.: poliomielite) ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área (ex.: gripe do frango) requerem medidas de avaliação e uma investigação completa, pois, representam um perigo de originarem uma epidemia. Abrangência das epidemias Surto epidêmico: uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente limitado como uma escola, um edifício, uma festa, um bairro, etc. Pandemia: é caracterizada por uma larga distância espacial, atingindo várias nações. Pode ser tratada como uma série de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo tempo. Conglomerado espacial Casos de doença de etiologia conhecida ou desconhecida, com doentes exibindo sintomas e sinais iguais, para os quais pode ser suspeitada uma origem idêntica, associados a algum fator, surgidos em um território circunscrito, com limites definidos. 1.Casos autóctones: são casos de doenças que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referência, sob investigação. 2.Casos alóctones: são os casos importados; o doente emigrou da região onde foi contaminado. 3. Fatores inerentes ao lugar: são os agentes etiológicos e as condições propiciatórias, que contribuirão para a geração da doença. (alimentação, sistema de saúde, contato com animais, etc.) 4. Fatores agregados: são os fatores que, até então eram inexistentes na área e foram trazidos de outro lugar, ou gerados na própria área, por modificação epidemiológica.(modificação climática, alterações alimentares, etc.) Conglomerado temporal Entende-se por conglomerado de casos ou de óbitos um conjunto de casos ou de óbitos para os quais se poderia hipotetizar origem idêntica, seja a ação de uma substância química, de um agente infeccioso, a retirada de um fator ambiental e, até mesmo, os modos de vida. Pandemia A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. Resumão: quando uma doença existe apenas em uma determinada região é considerada uma endemia (ou proporções pequenas da doença que não sobrevive em outras localidades). Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou região, denominamos epidemia. Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se espalhando pelos continentes, ou pelo mundo, ela é considerada pandemia. Os critérios de definição de uma pandemia são os seguintes: a doença ou condição além de se espalhar ou matar um grande número de pessoas, deve ser infecciosa. Câncer (responsável por inúmeras mortes) não é considerado uma pandemia porque não uma é doença infecciosa, ou seja, não é transmissível. Exemplos de Pandemias AIDS, tuberculose, gripe asiática, ebola e a febre de hemorragia boliviana, COVID-19 são doenças altamente contagiosas e mortais com o potencial teórico de se tornar pandemias. Umas das formas para se dizer se uma determinada doença é epidêmica ou endêmica, baseia-se na seguinte equação: Incidência máxima esperada = Media da incidência + 2 x Desvio padrão Para exemplificar, pegaremos uma doença X, que tem sua incidência medida de ano em ano. Se o número de casos que ocorreram, superar o valor da ‘’’incidência máxima esperada’’’, temos um caso epidêmico, se for inferior, temos um caso endêmico. Incidência máx. esperada X (2019) = 1200 / 1000 000 Hab + 2 x DP= 196 / 1000 000 Hab. Incidência máx. esperada X (2019) = 1592 / 1000 000 Hab. Incidência esperada X (2020) = 1730 / 1000 000 Hab. X= Epidemia!!! Em 2020! Porém...., uma situação epidêmica não necessariamente deve ter como precedente uma situação endêmica. A ocorrência de um único caso de uma doença transmissível há muitos anos ausente na população em causa (ex.: poliomielite) ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área (ex.: COVID-19) requerem notificação imediata e uma investigação completa e já representam uma situação epidêmica. Assim uma doença "nova" começa como surto epidêmico.
Compartilhar