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Resumo – Capítulo 13: Mercados eficientes e finanças comportamentais Apesar de ser útil separar as decisões de investimento e as de financiamento, há semelhanças básicas nos critérios para considerá-las. O fato de um dos ativos ser real e o outro financeiro não interessa. Acabamos, em ambos os casos, calculando o valor presente líquido. As decisões de investimento não são só mais simples do que as decisões de financiamento como há também situações em que as decisões de financiamento são muito mais fáceis do que as decisões de investimento. Em primeiro lugar, as decisões de financiamento não têm o mesmo grau de finalidade que as decisões de investimento e são mais fáceis de serem desfeitas. Em segundo lugar, é mais difícil ganhar dinheiro por meio de estratégias de financiamento inteligentes. Nos mercados financeiros, os seus concorrentes são todas as empresas que procuram fundos. Os investidores que fornecem fundos são, relativamente, numerosos e bastante espertos: o dinheiro atrai cérebros. O financista amador costuma encarar os mercados de capitais como segmentados, ou seja, divididos em setores distintos. Mas o dinheiro flui entre esses setores, e, de modo geral, move-se com rapidez. Em 1953, Maurice Kendall, um estatístico inglês, apresentou um artigo bastante controverso sobre o comportamento dos preços das ações e das mercadorias para a Royal Statistical Society. Ele tinha procurado identificar ciclos regulares de preços, mas, para sua surpresa, não os encontrou. Quando Maurice Kendall sugeriu que os preços das ações seguem um movimento aleatório, estava admitindo que as variações dos preços são independentes umas das outras, tal como os ganhos e as perdas do nosso jogo. Se as alterações anteriores dos preços pudessem ser utilizadas para prever a alteração futura deles, os investidores facilmente obteriam ganhos. resultado disso e que toda a informação sobre o histórico dos preços vai se refletir nos preços das ações hoje, não amanhã. Os economistas definem três níveis de eficiência para o mercado, que se distinguem pelo grau de informação refletido nos preços dos títulos. No primeiro nível, os preços refletem a informação contida no histórico. O segundo nível de eficiência requer que os preços reflitam não apenas o seu comportamento passado, mas também toda as informações públicas. Já no terceiro nível os preços refletem toda a informação que pode ser obtida, com base em uma análise apurada da empresa e da economia. Agora, os princípios nos informam que não é possível identificar um retorno superior a menos que se conheça qual é a taxa normal esperada. Portanto, se tentarmos identificar se um mercado é eficiente, geralmente temos que adotar um modelo de avaliação de ativos que especifique a relação entre risco e retorno esperado. Para lucrar com esses padrões de curto prazo, é preciso ser um profissional com um olho sempre na tela do computador e o outro no seu bônus anual. Os gestores financeiros corporativos devem ficar mais preocupados sobre avaliações erradas de preços de títulos que durem meses ou anos. Quando as empresas emitem ações para o público, os investidores geralmente se apressam para comprá-las. Os pesquisadores descobriram, entretanto, que esses ganhos precoces se transformam, muitas vezes, em perdas. A extrema dificuldade de avaliar ações de empresas recém-cotadas tem duas consequências importantes. Primeiro, os investidores creem que é mais fácil atribuir o preço a uma ação estabelecendo uma relação com os preços anteriores, ou relacionando-o com o preço corrente de títulos semelhantes. Segundo, a maioria dos testes de eficiência do mercado trata de preços relativos e está centrado na possibilidade de realizar lucros facilmente. E quase impossível verificar se as ações estão corretamente avaliadas, porque ninguém consegue medir com precisão o valor verdadeiro. Quando os preços sobem rapidamente, podem resultar em bolhas, e mais e mais investidores entram no jogo sob o pressuposto de que os preços continuarão a aumentar. Uma atitude possivelmente racional seria a de imitar os outros, contanto que você esteja seguro de que há pessoas ainda mais tolas a quem consiga vender. Mas lembre-se de que grandes quantias talvez serão perdidas por você quando a bolha estourar. Por que os preços se desviam dos valores razoáveis? Alguns acreditam que a resposta está na psicologia do comportamento. As pessoas não são totalmente racionais durante todo o tempo. A psicologia analisa as atitudes perante o risco e as crenças sobre as probabilidades, ou excesso de confiança. Ha também muitos investidores profissionais teimosos que administram altas somas de dinheiro. Uma das razoes e que há limites à arbitragem, isto e, limites sobre a habilidade dos investidores racionais de explorarem ineficiências do mercado. Na prática, a arbitragem e definida de forma mais casual como uma estratégia que explora ineficiências do mercado e gera retornos superiores se, e quando, os preços retornam aos valores razoáveis. Essas estratégias podem ser muito recompensadoras, mas raramente são livres de riscos. A hipótese da eficiência do mercado enfatiza o fato de a arbitragem eliminar rapidamente quaisquer oportunidades de lucro e fazer que os preços se estabilizem em valores justos. O princípio de “não haver nada gratuito” nos fornece as seis lições seguintes da eficiência do mercado, à saber: “o mercado não têm memória”, “confie nos preços de mercado”, “leia nas entrelinhas”, “não há ilusões financeiras”, “a alternativa do faça você mesmo” e “depois de ver uma ação, todas elas são vistas”.
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