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Projeto de sinalização e segurança viária Professor: Frederico Rodrigues Especialidade: Doutor Onde trabalha: ImTraff – Mobilidade e Geotecnia E mail: frederico@imtraff.com.br/ emaildofred@gmail.com Bibliografia Indicada: Série Amazon: Upload (carros tomam decisões) IPR 703/1998; NBR 15486/2016 Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura (CNT) Manual de medidas de Segurança Viária (Rune Elvik) Software Placa Pro (Diagramação) Software Auto Turn (faz estudo de raio de giro) o AULA 1 Segurança viária CURIOSIDADES/ CONCEITOS INICIAIS - Não se usa mais o termo “ACIDENTES DE TRÂNSITO”, foi substituído para o termo “SINISTROS DE TRÂNSITO”. - Os SINISTROS DE TRÂNSITOS são previsíveis. - Objetivo: Reduzir a severidade dos SINISTROS. (Não queremos óbitos ou lesões graves) - 1,3 milhões de pessoas morrem anualmente no trânsito ao redor do mundo. E no Brasil cerca de 35 a 40 mil por ano. - Reduziu o número de tráfego, mas em algumas cidades o número de SINISTROS DE TRÂNSITO aumentou, porque com a rodovia mais vazia possibilita aumento de velocidade. Redução da velocidade reduz o número de acidentes graves, porém aumenta as colisões traseiras que não são tão severas. - Cultura interfere na relação acidentes. Brasil ocorre muitas imprudências no trânsito. Existem rodovias na Alemanha que não tem limite de velocidades. - Paradoxo da melhoria de rodovias (usuários desenvolve velocidades maiores sem buracos na pista). - Velocidade menor para veículos pesados (reduz a energia cinética, reduz a severidade, porém pode gerar outros sinistros). - Radar é uma solução paliativa. Mudar a geometria do traçado. - Travessia urbanas precisa de moderação de tráfego. - Quanto maior o índice de congestionamento, menor é o índice de sinistros, porque a velocidade está baixa. - NÃO TEMOS PERCEPÇÃO DE RISCO (Ninguém sai pra viajar pensando que vai sofrer um acidente). - COLISÃO FRONTAL é o sinistro que mais mata pessoas. SAÍDA DE PISTA/ COLISÃO COM OBJETOS FIXOS são os sinistros que geram mais vítimas. ATROPELAMENTO é o sinistro mais letal. - Não podemos deixar na mão do usuário a responsabilidade integral dos sinistros. - NBR 15.486 SEGURANÇA NO TRÁFEGO: A defensa tem que estar na frente da drenagem e não atrás dela, o carro precisa estar plano para a defensa cumprir seu objetivo. Defensas devem ser instaladas a 65cm do meio fio. mailto:frederico@imtraff.com.br/ mailto:emaildofred@gmail.com - Segurança viária é um INVESTIMENTO e não um GASTO, porque reduz os usuários da saúde pública. - Conforto é diferente de segurança. O conforto gera mobilidade. - 50% das saídas de pistas acontecem em tangentes. (Sonorizador seria uma boa solução) - Quase 50% das rodovias tem sua sinalização considerada REGULAR ou PIOR. - Desde 2015 o tráfego tem se reduzido ao longo dos anos, por causa da crise financeira. - Uma rodovia sem infraestrutura é uma rodovia mais segura. - COLISÃO LATERAL (os dois veículos no mesmo sentido) / COLISÃO TRANSVERSAL (veículos batem em 90º) - Defensas são ruins para motociclistas (partem ele ao meio). Existem defensas amigáveis ao motociclista com proteção em baixo. - Não se usa mais tachão no centro da pista, por que causa acidentes nos motociclistas. Substituir pelo cilindro. - Área de checagem de freios (Canadense), pode substituir a área de escape e tem custo menor. - Não pode usar a palavra ATENÇÃO em sinalização, porque devemos ter atenção em todas as situações e não só naquela em específico. Segundo os psicólogos exigem diferentes graus de atenção, e os motoristas dirigem com ATENÇÃO DIVIDIDA, porém deveriam dirigir com a ATENÇÃO DE VIGILÂNCIA. Para isso deve-se ter a SINALIZAÇÃO OSTENSIVA, ou seja, mudar o estado de atenção do usuário. - Transição de defensa metálica para barreira rígida deve ter pilares afastados a 1m (normalmente o afastamento é de 2m) e folha tripla onda. - REDUZIR COLISÃO FRONTAL: Todos pensam em duplicação que é 10 milhões por km, enquanto colocar cilindros na LFO é 50 mil/ km e reduz as ultrapassagens. - Acesso irregular é um PROBLEMA grande nas rodovias porque não pode sinalizar, e sem sinalização fica ainda mais perigoso. Manual 728 de acessos de propriedades marginais a rodovias federais, custa cerca de 1 milhão de reais com todas as exigências, uma solução seria ter níveis de exigência diferentes para cada acesso, desburocratizar. - CANTEIRO CENTRAL FICTÍCIO muito eficaz. Conseguiu reduzir a velocidade em travessias urbanas pode usar ONDULAÇÕES TRANSVERSAIS em sequência, e estreitar a faixa de tráfego. - Inteligência artificial: MACHINE LEARNING (aprendizado de máquina). - DENATRAN tem novas normas para radares. (Precisa avisar onde tem radar, desrespeito aos limites de velocidades). - Não usar nenhum elemento que não seja regulamentado para ter aparato judicial. (Ex.: contador regressivo) - QUALQUER BRASILEIRO PODE PROPOR UMA SINALIZAÇÃO NOVA, que é colocada em teste e depois homologada, caso siga todas as diretrizes. - Grande parte dos sinistros com vítimas acontecem em travessias urbanas, interseções e curvas acentuadas. Segurança viária: • NBR 15486 • Dispositivos auxiliares • Fechamento de rotatórias vazadas • Moderação de tráfego • Gradis/ telas antiofuscantes (canalizar pedestres) • Melhor delineamento de curvas • Sinalização ostensiva • Tratamento de interseções • Tratamento de travessias urbanas • Sonorizador nas LBOs (linha de bordo) e LFOs (linha de fluxo oposto – linha amarela no meio da pista). Pode ser feito no pavimento ou na própria sinalização. • iRAP • Regulamentação de Novas Tecnologias (Regulamentar algo que não tem no Brasil, ex.: fim de área de ultrapassagem, contador eletrônico). • Aplicação de conhecimentos antigos (IPR 703/1998) CAUSAS DE SINISTROS: • Causas mais comum (fatores humanos) Velocidades incompatíveis, falhas de percepção de riscos, consumo de bebidas alcóolicas e drogas, falta de uso de cinto de segurança, falta de atenção e distrações, ultrapassagens arriscadas, idade do motorista, sonolência e stress, uso do celular. • Causas mais comum (fatores viários) Geometria e traçado, estado técnico e superfície do pavimento, estado técnico e qualidade da sinalização, presença e estado técnica dos acostamentos, condições de drenagem, presença de obstáculos laterais, condições de iluminação, presença de pedestres e ciclistas na via, presença de animais de grande porte e etc. Dados da polícia rodoviária federal - prf: Dados de localização, data, hora, causa e tipo de acidente, classificação da severidade, uso do solo, condições climáticas, tipo e traçado da pista, número de feridos e óbitos e etc. Efeitos reversos de contramedidas: - Impactos do aumento da largura de faixa no número de acidentes; quanto mais larga a faixa maior o número de acidentes podendo aumentar em até 19% em trechos retos. - Impacto da defensa metálica no número de acidentes; os motociclistas tem maiores chances de mortes e ferimentos quando há saídas de pistas. - Impactos de ciclovias e ciclofaixas no número de acidentes; aumenta significativamente o índice de acidentes em cruzamentos. Análise econômica dos sinistros: - Muito fácil obter uma relação custo benefício satisfatória por que é muito caro o custo de uma vida perdida. o AULA 2 O uso da metodologia irap para melhoria da segurança viária em rodovias objetivos: • INSPECIONAR VIAS DE ALTO RISCO E ELABORAR CLASSIFICAÇÕES POR ESTRELAS E PLANOS DE INVESTIMENTOS PARA VIAS MAIS SEGURAS (Avalia e propõem medidas de segurança). • PROVER TECNOLOGIA, CAPACITAÇÃO E APOIO NECESSÁRIO AOS LOCAIS ONDE SÃO ANALISADOS OS PROJETOS. • MONITORAR O DESEMPENHO DA SEGURANÇA DAS VIAS DE TAL MANEIRA QUE AS INSTITUIÇÕES POSSAM AVALIAR OS BENEFÍCIOS DE SEUS INVESTIMENTOS (Consegue financiamento mais fácil com os bancos se a análise tiver sido feita pelo iRAP). Software vida: A classificaçãopor estrelas é dada a cada 100 metros. Curiosidades/ pontos fracos - Não trabalha bem com colisões laterais, colisões traseiras longe de cruzamentos e recuperações (quase acidentes). - Não realoca pontos de ônibus, nem retornos. - Os dados da PRF superam os dados que o software pede. o AULA 3 Projetos de sinalização O que é? Conjunto de elementos (sinais e dispositivos) utilizados em vias urbanas e rurais para regulamentar as condições locais de tráfego de veículos e pessoas, bem como informar aos usuários peculiares, regras de circulação, usos da via com objetivo primordial de manter a segurança viária. Recomendações: 1- Estar de posse dos manuais de sinalização do CONATRAN/ DETRAN e verificar o que é obrigatório ou opcional. (Não vá ao manual somente nas dúvidas - São 06 manuais); 2- Estar de posse de todos os conjuntos de placas de sinalização vertical passiveis de utilização; 3- Realizar o projeto olhando imagens de satélite e street viewer para compreender o ambiente projetado, mesmo após a visita ao local; 4- Ter discutido com o cliente o “estilo de sinalização”; 5- Sempre que tiver uma decisão, faça-a a favor da segurança; 6- Estar sempre em contato com o cliente; 7- Indicativa, antes de sinalizar é necessário um estudo e planejamento; 8- Travessias urbanas precisam ter muito foco em segurança. Curiosidades - Faixa de pedestre deve ter rebaixo para pessoas com deficiências. E a altura de meio fio define qual tipo de rebaixo vai ser empregado, porque tem uma declividade máxima. - 2 tipos de distância: distância de VISIBILIDADE e distância de TOMADA DE AÇÃO/ MANOBRA. - O projeto de sinalização depende do estudo de tráfego, que não se resume a cálculo de número N. - LRE: Linha de retenção e precisa estar a 10 metros de distância do semáforo. - Não pode instalar ondulações transversais (quebra-molas) em inclinações maiores de 6%. - Em breve sairá o Manual Volume XI de dispositivos auxiliares. - SINALIZAÇÃO INDICATIVA precisa ter sequência/ continuidade. Com duas placas se faz a sinalização indicativa, uma pré confirmativa e uma confirmativa. Ex.: Paracatu há 100 km; Paracatu - Sinalização URBANA ≠ Sinalização RURAL: placas maiores, densidade da sinalização, posicionamento, afastamentos e etc. - Em ÁREAS HISTÓRICAS é permitido placas menores para causar o mínimo de intervenção. - Capacidade de uma faixa de tráfego é 1.500 veículos. - SETA MOF (seta esconsa) indicando mudança obrigatória de faixa, usada geralmente quando a 3ª faixa acaba. E deve estar acompanhada de placa de sinalização de advertência correspondente ao estreitamento da pista. Os 07 princípios da sinalização de trânsito: • LEGALIDADE: Código de Trânsito Brasileiro e legislação complementar. Toda concepção da sinalização viária deve estar de acordo com as leis de trânsito. • SUFICIÊNCIA: Permitir fácil percepção do que realmente é importante, com quantidade de sinalização compatível com a necessidade. • PADRONIZAÇÃO: Situações iguais devem ser sinalizadas com o mesmo critério. (As placas são padronizadas, não podem serem feitas como a gente quer). • CLAREZA: Transmitir mensagens objetivas de fácil compreensão. • PRECISÃO E CONFIABILIDADE: No Brasil temos uma falta de credibilidade na sinalização (estimular o desrespeito a sinalização) • VISIBILIDADE E LEGIBILIDADE: Ser vista na distância necessária e ter tempo hábil pra tomar a decisão. • MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO: Placas limpas para não atrapalhar a retro refletância. Exemplo de padrão de legenda de um projeto de sinalização: Exemplo de como não projetar: • EVITAR ROTATÓRIA VAZADA, ou rotatória que dá preferência pra quem está seguindo fazendo com que quem está nela acaba parando. • Colocar ONDULAÇÃO TRANVERSAL sem moderar a velocidade resulta em colisões traseiras. Dicas de projeto: • Canalizar o tráfego para evitar conflitos no trânsito; • Não sinaliza que o motorista pode mudar de faixa, ele pode fazer isso quando quiser; • Marcador de alinhamento é na parte EXTERNA da curva; • PARE é usado pra quem chega com a velocidade menor; • HACHURAS no fundo melhora a aparência dos projetos; Como iniciar um projeto: 1 – Abra todos os manuais de sinalização; 2 – Abra o CTB; 3 – Rapidamente leia todas as placas passíveis de utilização; 4 – Rapidamente veja todos os sinais e marcas viárias passíveis de utilização; 5 – Leia a geometria do seu projeto, identificando pontos chaves e compreendendo quais informações o usuário precisa receber; 6 – Utilize tudo que for disponível nos manuais e normas, de acordo com as regras, para fazer a sinalização.
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