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SEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (HAS)

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Nicolas Martins 2025.1 - IEC ( Semio )
SEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (HAS)
Introdução aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
A Hipertensão é uma patologia comum na
clínica médica podendo ser definida como
uma doença crônica, não transmissível,
definida por níveis pressóricos. Trata-se
de uma condição multifatorial, que
depende de fatores genéticos, ambientais
e sociais, determinar esses fatores é de
suma importância para que se chegue a
uma etiologia dessa hipertensão
Epidemiologia aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
A HAS é o principal fator de risco
modificável com associação independente
linear e contínua para doenças
cardiovasculares, doença renal crônica e
morte prematura. No paciente que possui
essa patologias e são hipertensos
devemos trabalhar a possibilidade de
reversão e controle da pressão arterial
pois são fatores de risco modificáveis, ou
seja, podem ser hipertensos mas podem
controlá-la ou revertê-la por mudanças de
estilo de vida
- Os fatores genéticos podem
influenciar os níveis de PA entre
30-50%. Ao contrário do que
muitas pessoas pensam, a maior
causa de HAS não é de origem
genética.
- 65% dos indivíduos acima de 60
anos apresentam HAS. A faixa
etária está intimamente ligada ao
nível de HAS
- Nos indivíduos mais jovens
acomete mais homens que
mulheres. Na faixa etaria mais
avançada o quadro se inverte e a
incidencia maior é no sexo
feminino.
Fatores de Riscoaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
⇒ Genética
⇒ Idade
⇒ Etnia - Etnia negra são mais propensos
⇒ Sobrepeso/Obesidade - Fator
Reversível
⇒ Alta ingesta de sódio
⇒ Sedentarismo
⇒ Álcool
⇒ Apneia obstrutiva do sono
⇒ Condições socioeconômicas - Pessoas
de baixa condição sócio-econômico
possuem menor condições de possuir
dieta equilibrada e prática de exercício
físico
⇒ Medicações ( antiinflamatórios,
glicocorticoides, hormônios tireoidiano )
⇒ Drogas ilícitas ( Cocaína, cannabis
sativa, anfetamina 3,4-
metilenodioximetanfetamina ( MDMA )
OBS.: Perda de peso e exercício físico
são os fatores que mais impactam no
quadro de HAS. Não adianta o paciente
tomar a medicação se não mudar o seu
estilo de vida, como a baixa ingesta de
sódio, atividade física, redução do
consumo de bebida alcoólica e a perda de
peso. O tabagismo não possui um grande
impacto na redução da HAS.
Fisiopatologia aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Pressão arterial é o resultado do débito
cardíaco x resistência vascular periférica e
como toda equação, tudo que
atingir/interferir no DC e na RVP vai
interferir na PA. O débito cardíaco é o
resultado do volume sistólico x frequência
cardíaca, ou seja, qualquer fator que
altere essas duas variáveis irá ter impacto
direto no débito cardíaco e com isso um
impacto indireto na pressão arterial.
É importante entender que todos os
processos se dão por um controle
hormonal, pelos barorreceptores do seio
carotídeo, pela resposta do coração por
meio do DC, pela resposta dos vasos por
meio da RVP e diversos receptores
distribuídos pelos vasos sanguíneos e no
centro bulbar. Um exemplo claro seria
uma artéria com grau de aterosclerose
importante com baixa complacência, o
que é comum no idoso, acabam
aumentando a pós carga naturalmente
que ao se estender por longos períodos
de tempo além de níveis fisiológicos
acabam gerando HAS
Outros exemplos:
Ex.: Um paciente hipovolêmico o volume
sistólico está reduzido ( menos sangue
para aorta ) afetando o DC, o diminuindo,
diminuindo a PA. Lembrando que o
organismo cria mecanismos intrínsecos
de compensação desses fatores. No caso
da hipovolemia o organismo compensa,
pela ativação de centros bulbares e
receptores que respondem agentes
químicos ou hormonais , realizando o
aumento da RVP
Um paciente hipervolêmico terá uma
redução da RVP por um aumento da
complacência dos vasos. Desse modo,
podemos perceber que alterações do
débito levam a ativação de fatores de
reatividade vascular, liberação de agentes
químicos e hormonais que possuem uma
influência neurogênica que irão alterar o
calibre ou complacência vascular
afetando o débito.
Ex.2: Quando ocorre < DC por disfunção
do ventrículo se trata de uma IC,
podendo ter hipotensão atrelada a isso,
desse modo o coração > FC para
aumentar o VS e compensar a redução do
DC.
Ex.3: Anemias intensas tendem a alterar
a viscosidade sanguínea levando a sua
redução. O coração de forma reflexa
reduz o calibre vascular ( > RVP ),
aumentando a volemia, aumentando o DC
e com isso aumentando a Pressão arterial
● Aferição de Pressão Arterial
1. O paciente deve estar em repouso
por 05 min antes de se aferir a
pressão arterial
2. Devemos nos certificar que o
paciente NÃO está com a bexiga
cheia, praticou exercícios físicos
há pelo menos 60 minutos, Ingeriu
bebidas alcoólicas, café ou
alimentos, Fumou nos 30 minutos
anteriores.
Use o Manguito adequado para a
circunferência do braço
3. O manguito deve ser posicionado
ao nível do coração
4. A palma da mão deve estar
voltada para cima e as roupas não
devem garrotear o braço
5. As costas e o antebraço devem
estar apoiados, as pernas
descruzadas, e os pés apoiados
no chão
6. Meça a PA nos dois braços, de
preferência simultaneamente, para
detectar possíveis diferenças entre
os braços. Use o braço com o
maior valor com referência.
Classificação da HA AAAAAAAAAAAA
A classificação nos 03 estágios é de suma
importância para definir tempo para mudar
o estilo de vida e quais classes de
anti-hipertensivos deve ser usada. Além
disso, quanto maior estágio maior o risco
cardiovascular
Consequências da Hipertensão Arterial
⇒ Acidente Vascular encefálico
⇒ Doença cardíaca coronária
⇒ Insuficiência cardíaca
⇒ Morte cardiovascular
⇒ Cardiomiopatia hipertensiva
⇒ Insuficiência cardíaca com fração de
ejeção preservada
⇒ Fibrilação atrial
⇒ Cardiopatia valvar
⇒ Doença arterial periférica
⇒ Doença renal crônica
⇒ Demências
⇒ Diabetes mellitus
⇒ Disfunção erétil
RESUMO:

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