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Anticoncepcionais não hormonais

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José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS NÃO HORMONAIS 
 
COMPORTAMENTAIS 
A partir dos quais a mulher identifica o início e o fim do seu período fértil, portanto, ela tem que estar atenta às suas 
mudanças corporais. 
Eles apresentam vantagens como não produzir efeitos colaterais ou risco à saúde, entretanto, não protegem contra 
DST’s e têm baixa eficácia contraceptiva. 
MÉTODOS BASEADOS NO CALENDÁRIO: DIAS-PADRÃO OU RITMO DO CALENDÁRIO 
DIAS PADRÃO: nesse método, o período fértil está entre o dia 8 e 19 do ciclo menstrual (o primeiro dia de sangramento 
é considerado o primeiro dia do ciclo menstrual), portanto, o casal só pode ter relações desprotegidas do primeiro ao 
sétimo dia e do 20º até o sangramento menstrual. 
Observação: todas as mulheres que possuem pelo menos 10 ciclos menstruais por ano com duração entre 26 e 32 dias 
são elegíveis para usar esse método. 
No entanto, aquelas que estão nos extremos da vida reprodutiva, quando os ciclos menstruais podem ser mais 
irregulares, devem usar esse método com mais cautela. 
Portadoras de ciclos menstruais irregulares não devem usar esse método. 
Recomenda-se o não uso ou o uso com precaução em pessoas que estejam tomando medicação que possa interferir 
no ciclo (antidepressivos, certos antibióticos e anti-inflamatórios não esteroides por longo período de tempo). 
RITMO DO CALENDÁRIO: nesse método, o cálculo do período fértil pode ser feito baseado na duração dos últimos 
seis ciclos menstruais: toma-se o ciclo mais curto e subtraem-se 18, exemplo: ciclos de 26 dias (26-18=8); 
E o mais longo e subtraem-se 11, exemplo: ciclo de 32 dias (32-11=21). 
Nesse exemplo, o período fértil está entre os dias 8 e 21. Consequentemente, nessa época o casal deve usar 
preferencialmente camisinha ou diafragma; lembrar que coito interrompido e os espermicidas são pouco eficazes. 
MÉTODOS BASEADOS NA OBSERVAÇÃO DE SINAIS DE FERTILIDADE 
MÉTODO DE DOIS DIAS: consiste na procura, todas as tardes ou noites, por secreções do colo, a partir de exploração 
com o dedo intravaginal ou por visualização no papel higiênico ou absorvente ou, ainda, pela sensação de umidade 
dentro ou fora da vagina. 
A presença de secreção, de qualquer cor ou consistência, indica o início do período fértil, que só terminará após 2 dias 
secos, ou seja, com o desaparecimento da secreção. 
Mulheres portadoras de infecção vaginal ou outra condição que altere o muco cervical não são elegíveis para usar esse 
método. 
AVALIAÇÃO DO MUCO CERVICAL: trata-se da verificação diária da existência do muco cervical nos dedos, após 
exploração vaginal, em roupas íntimas ou papel higiênico e a sensação de umidade dentro ou fora da vagina, 
O período fértil inicia-se com a percepção do muco e só termina quatro dias depois que ele desaparecer ou se tornar 
opalescente e sem viscosidade. 
Deve-se evitar o uso desse método após o sangramento menstrua intenso, porque o muco fica difícil de ser percebido. 
MEDIDA DA TEMPERATURA BASAL: essa medida deve ser feita todas as manhãs antes de levatar-se da cama ou de 
qualquer atividade física. 
Sugere-se anotar a temperatura em papel milimetrado e qualquer elevação de seus valores entre 0,2 ºC e 0,5 ºC é 
indicativo de ovulação. 
O casal deve evitar ter relações entre o primeiro dia indicativo de ovulação até três dias depois. 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
MÉTODOS SINTOTÉRMICOS 
É a associação dos métodos anteriores (muco e temperatura basal) e a percepção de outros sinais, como a dor à 
ovulação. 
COITO INTERROMPIDO 
Ejaculação fora da vagina; o ejaculado não pode entrar em contato com a região vulvar. 
Tem a vantagem de estar sempre disponível e envolver o homem na contracepção. Entretanto, tem baixa efetividade. 
Sugere-se o uso da contracepção de emergência em situações em que o coito interrompido não foi adequadamente 
praticado. 
MEDIDOR PORTÁTIL DE HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH) E DE GLICONATOS DE ESTRIOL 
O aparelho identifica o período fértil baseado na análise das concentrações hormonais. 
Uma fita, após ser embebida em urina, é inserida no aparelho e o resultado aparece na tela do equipamento. 
Esses produtos ainda não estão disponíveis no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE BARREIRA 
Impedem, a partir de ações mecânicas e químicas, a ascensão do espermatozoide para dentro da cavidade uterina. 
MECÂNICOS 
PRESERVATIVO MASCULINO, CONDOM OU CAMISINHA DE VÊNUS: é um dispositivo feito de látex ou plástico, tem 
forma cilíndrica, envolve o pênis ereto e não permite que o sêmen entre em contato com a vagina. 
Possui efeito protetor contra as DST’s, câncer de colo do útero, recorrência de doença inflamatória pélvica e, 
consequentemente, infertilidade. 
O único risco para saúde é quando existe grave alergia ao látex, que é um evento raro. 
→Equívocos que devem ser corrigidos: o preservativo masculino não deixam o homem impotente, estéril e fraco e 
não diminuem seu libido, não ficam perdidos dentro da mulher, não causam refluxo de espermatozoide e não são 
feitos para serem usados somente fora do casamento. 
→Recomendações: 
• Pessoas que possuem alergias a balões ou luvas de borracha possivelmente serão também alérgicas as 
camisinhas de látex; 
 
• Não existem indicações para o emprego de duas a três camisinhas superpostas. O uso de duas delas causa 
mais ruptura do preservativo do que apenas uma; 
 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
• Em casos de rompimento ou deslizamento da camisinha deve-se utilizar contracepção de emergência. 
 
• Caso haja o rompimento e ainda exista o risco de DST, utilizar: antirretrovirais (para evitar HIV) e profilaxia 
especifica para as outras DSTs. 
• Não deve usar ducha vaginal, porque ela não previne contra a gravidez e pode aumentar a chance de contrair 
DSTs. 
• O sexo anal desprotegido apresenta risco cinco vezes mais alto de adquirir HIV. 
• Não podem ser reutilizados. 
• Devem ser coletados com o pênis ereto e antes de qualquer contato. 
• Deve-se adapta-lo a extremidade do pênis e desenrolar até a base do mesmo. 
• Após a ejaculação, o preservativo deve ser segurado com os dedos na base do pênis; a seguir retira-se o pênis 
da vagina e, com o órgão ainda ereta faz-se a retirada do condom. 
• Na presença de irritações é indicado a troca do condom por outra fabricante. 
• O uso de alguns medicamentos (miconazale ou econazale) vaginais danificam o látex. Nesses casos deve-se 
trocas o método contraceptivo ou se abster do sexo até o final do tratamento. 
 
PRESERVATIVO FEMININO DE PLÁSTICO (POLIURETANO): 
É feito de uma película de plástico transparente fina e macia, lubrificado por dentro e por fora com uma substancia a 
base de silicone. 
Mecanismo: Ele se adapta de maneira frouxa às paredes da vagina e possui dois anéis; um na sua extremidade fechada, 
e outro na sua extremidade aberta, que se fixa na parte externa da vagina. 
Benefícios: • Método contraceptivo, protege contra DSTs. 
• Só existe um tamanho para esse preservativo feminino e esse fator não altera a sua eficácia. 
• As mulheres relatam que se sentem melhor com o preservativo feminino do que com o masculino, e que o anel 
externo, em alguns casos, promove a estimulação sexual adicional. 
 • Os homens relatam que o preservativo feminino apresenta as seguintes vantagens: pode ser colocado bem antes 
do ato sexual, não causa contrição do pênis, não causa diminuição da sensibilidade e não precisa ser removido 
imediatamente após o ato sexual. 
• A mulher pode utilizar deste método mesmo em caso de gravidez, para prevenir-se de DSTs. 
Pontos negativos: Exige cooperação do parceiro e exige treinamento correto para o uso. 
Equívocos: Ele não se perde dentro da vagina e não é difícil de ser usado, embora exija aprendizado. 
Recomendações: 
• Lavar previamente as mãos com água e sabão. 
• Verificar a data de validade e a integridade do preservativo.• Não deve ser usado concomitantemente com o preservativo masculino, porque causa rompimento dos condoms. 
 • Não é indicado a sua reutilização. 
 • Colocá-lo bem antes de qualquer contato físico; pode ser aplicado até oito horas antes do ato sexual. 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
• Usar para a colocação a posição em que se sentir mais confortável (agachada, assentada, em pé com a perna elevada 
ou deitada). 
• Esfregar uma parede contra a outra do preservativo, para espalhar o lubrificante. 
• Introduzir o dispositivo pelo lado fechado; dobrar o anel com os dedos para reduzir o seu diâmetro e com os dedos 
da outra mão afastar os grandes lábios. A seguir, inserir o dispositivo o mais profundo possível na vagina. Os ajustes 
finais podem ser feitos com a introdução do dedo no preservativo. 
• Durante o ato sexual, assegurar-se de que o pênis foi introduzido no anel externo. 
• A retirada não precisa ser feita de forma imediata após a ejaculação. Recomenda-se que o anel externo deva ser 
rodado varias vezes em um mesmo sentido, para promover o fechamento de sua extremidade aberta, a fim de evitar 
o extravasamento de sêmen. A retirada deve ser feita com a usuária em pé. 
• Os preservativos de plásticos, ao contrário dos de látex, permitem o emprego de qualquer tipo de lubrificante (à 
base de água, silicone e óleo) sem dano na sua estrutura. 
• Caso o preservativo cause dor, recomenda-se a retirada e a inserção do mesmo ( o anel pode estar atrás do osso do 
púbis ou fora do lugar). 
 • Caso apareça algum barulho recomenda-se mais lubrificante. 
• Caso haja irritações no pênis e na vagina inserir mais lubrificante. 
• A mulher pode utilizar deste método mesmo em caso de gravidez, para prevenir-se de DSTs. 
DIAFRAGMA: 
Mecanismo: Consiste em uma calota (com um lado côncavo e outro convexo) circundada por um anel de pouca 
flexibilidade feito de látex ou de plástico. 
É usado isoladamente ou com espermicidas e atua bloqueando o espermatozoide para não penetrar no colo uterino. 
Contraindicações: 
• Parto ou aborto de segundo trimestre (o ideal é esperar seis meses para o retorno do colo do útero ao tamanho 
normal; nesse caso faz se a associação do espermicida com o diafragma). 
• Ter risco de contrair HIV. 
• Ter alergia ao látex. 
• Ser portadora de prolapso vaginal. 
Recomendações: 
 • O médico coloca a paciente em decúbito dorsal em posição ginecológica e introduz os dedos médio e indicador na 
vagina para determinar o tamanho do diafragma. 
• O diafragma adequado não pode causar desconforto a paciente, mesmo quando ela estiver em pé ou em movimento. 
• Recomenda-se usar espermicida no diafragma e em seu anel. 
 • As mãos da usuária devem ser lavadas com água e sabão antes do procedimento. 
• Aperta-se as bordas do anel para reduzir-se o diâmetro e, a seguir introduz a vagina; a usuária pode fazer a 
introdução agachada, de pé com a perna elevada, assentada ou deitada. 
• Caso o diafragma cause algum desconforto deve ser retirado e inserido novamente. 
• Deve ser retirado 6 horas após o ato sexual. 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
• Não deve ser deixado na vagina por mais de 24 horas, porque aumenta a chance de síndrome de choque tóxico, 
odor desagradável e corrimento vaginal. 
• As mãos devem estar limpas para o procedimento de retirada do diafragma. Para retira-lo usando o dedo indicador 
prenda o no anel e puxe-o para fora. 
• O diafragma deve ser lavado com água e sabão e secado. 
• Em casos de atos sexuais múltiplos, insere-se mais espermicidas na vagina, sem retirar o diafragma. 
• Os diafragmas devem ser guardados em locais sem exposição a sol. 
 • Após o parto ou aborto de segundo trimestre medidas devem ser tomadas acerca do diafragma 
CAPUZ CERVICAL: 
O capuz é feito de látex ou plástico emborrachado e cobre o colo uterino. 
Deve ser utilizado com espermicida para aumentar a sua eficácia. 
Contraindicações: 
 • Não deve ser usado por mulheres com alergia â látex. 
 • Mulheres que tiveram parto ou aborto de segundo trimestre nos últimos seis meses. 
• Portadoras de aids ou com riscos de contrair HIV. 
• Mulheres que foram tratadas ou com neoplasias intraepteliais cervicais. 
Recomendações: 
• O capuz deve ser escolhido pelo médico. 
• A usuária deve preencher 1/3 do capuz com espermicida e em seguida introduzir o capuz na vagina, acoplando-o ao 
colo uterino. Depois, fazer a pressão sobre a cúpula do capuz em direção ao colo do útero, pra promover a sua selagem. 
• Ele pode ser introduzido até 42 horas antes do ato sexual e retirado até 48 horas depois do ato. 
• Não deve ser deixado além do tempo mencionado a cima, porque aumenta a chance de síndrome de choque tóxico, 
odor desagradável e corrimento vaginal Obs. Este método não está disponível no Brasil . 
QUÍMICOS 
ESPERMICIDA: 
São substancias que matam os espermatozoides e devem ser colocados o mais profundo na vagina. 
Os espermicidas mais comuns são: nonoxinol-9, cloreto benzalcônio, clorexidina, menfegol, octoxinol 9 e docusato de 
sódio. 
Os espermicidas podem ser: gelatinas, cremes e espumas (são usados isoladamente ou com o diafragma, camisinha 
ou com capuz cervical). 
Películas, supositórios de espuma, supositórios e comprimidos podem ser usados isoladamente ou com condoms. 
Os cremes e as espumas devem ser colocados em um aplicador e esvaziados o mais profundo dentro da vagina. (1 
HORA ANTES DO ATO SEXUAL). 
Comprimidos, geleias e supositórios devem ser introduzidos o mais profundo com o auxilio de aplicado ou dedo (10 
minutos antes do ato sexual). 
 
 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
 
As películas ou filmes devem ser dobrados e inseridos com o dedo na vagina até 10 minutos antes do ato sexual. 
Efeitos negativos: Aumentam em duas vezes a chance de infecções urinária quando usado duas ou mais vezes por dia 
e o nonoxinol-9 aumenta a chance da pessoa contrair Aids. 
Benefícios: 
• Não causam câncer de colo ou defeitos congênitos. 
• Não alteram o desejo sexual nem do homem nem da mulher. 
• Não provoca sangramento vaginal. 
Recomendações: As duchas vaginais só devem ser usadas após 6 horas do ato sexual. Obs. 
Este método não está disponível no brasil. 
ESPONJA VAGINAL: 
Consiste em uma esponja de plástico que contém espermicida em seu interior; é colocada dentro da vagina após ser 
umedecida com água, próximo do colo do útero. 
Obs. Este método não está disponível no brasil. 
MÉTODO DA AMENORRÉIA DA LACTAÇÃO (MAL): 
O método tem a vantagem de ter eficácia de uma falha por 100 mulheres por ano. 
Mecanismo: fundamenta-se no bloqueio da ovulação resultante das alterações hormonais produzidas pela lactação. 
Requisitos importantes para que o método seja eficaz: 
• A criança deve ter menos de seis meses de idade. 
• A mulher deve estar em amenorreia, ou seja, sem sangramento menstrual. 
 • A criança deve estar em aleitamento materno exclusivo ou quase. 
Contraindicações: 
• Mulheres portadoras de HIV. 
• Usuárias de medicações como antidepressivos, ansiolíticos, reserpina, ergotamina, ciclosporina, dose elevada de 
corticoide, bromocriptina e alguns anticoagulantes. 
• Mulheres com dificuldade de amamentação: prematuros e neonatos internados em unidade de cuidado intensivo, 
com dificuldade de deglutição e com deformidades na boca, palato e mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
MÉTODOS IRREVERSÍVEIS 
ESTERILIZAÇÃO 
A lei 9.263 regulamenta a esterilização. Só é permitida a esterilização voluntaria nas seguintes condições: 
(1) Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou com pelo menos 2 filhos. 
(2) Risco a vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto (testemunhado em relatório escrito e assinado por dois 
médicos). 
(3) É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestaçãoda vontade em documento 
escrito e firmado, após a informação dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e 
opções de contracepções reversíveis existentes. 
(4) É vedada a esterilização cirúrgica em mulheres durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de 
comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. 
(5) A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, 
vasectomia ou de outro meio cientificamente aceito. 
(6) É vedada a esterilização cirúrgica através de histerectomia e ooforectomia. 
(7) A esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. 
(8) A esterilização cirúrgica de incapaz somente poderá ocorrer mediante autorização judicial. 
FEMININA: 
1)SALPINGOTRIPSIA BILATERAL: contracepção cirúrgica feminina. É também conhecida como laqueadura tubária, 
ligadura tubária. 
As técnicas utilizadas para a oclusão tubária são: Ligadura tubaria, oclusão tubaria, anel sislástico, eletrocoagulação 
tubária bilateral, colocação de um clipe plástico de Filshie. Utiliza-se também a Salpingectomia bilateral (retirada das 
tubas). 
A esterilização feminina não torna a mulher mais fraca, não causa dor nas costas, no útero, no abdome, não leva a 
futura retirada do útero, não altera o padrão menstrual, não muda o peso, o apetite, a aparência, o comportamento 
sexual e reduz significativamente o risco de gravidez ectópica. 
2)BLOQUEIO TUBÁRIO VIA HISTEROSCOPIA: A técnica utiliza um dispositivo chamado Essure (que é uma malha de 
polietileno). 
Esse dispositivo é inserido na luz tubária provocando uma resposta inflamatória que se finaliza em oito a dez semanas, 
com intensa fibrose, oclusão das tubas e fixação definitiva do dispositivo. 
3)QUINACRINA: É um procedimento onde se injeta quinacrina que é uma droga que provoca a destruição do epitélio 
tubário, hialinização subepitelial e fibrose reativa. 
Essas modificações resultam na oclusão das tubas na porção intersticial, impedindo, consequentemente, a passagem 
dos espermatozoides. 
 Eficácia: 2,6 gestações/100 mulheres em um ano. 
MASCULINA: 
A esterilização masculina é feita a partir da interrupção dos ductos deferentes, utilizam-se técnicas cirúrgicas como: 
corte ou bloqueio pela aplicação de ligaduras com fios cirúrgicos, calor ou eletrocoagulação. 
O efeito final desse procedimento é impedir a passagem dos espermatozoides de saírem no material ejaculado. 
 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
Obs. É necessário utilizar outro método contraceptivo durante um período de 3 meses ou até a realização do 
espermograma negativo. 
A vasectomia não diminui o desejo sexual, não afeta a ereção nem o volume ejaculado, não promove o ganho de peso, 
não produz fraqueza ou outras doenças no futuro e não previne contra DSTs. 
Eficácia testada com espermograma três meses após o procedimento. 
 
 
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT4 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS REVERSÍVEIS DE LONGA DURAÇÃO 
DIU DE COBRE 
O principal mecanismo de ação do DIU de Cobre situa-se no desencadeamento pelos sais de cobre e polietileno da 
reação de corpo estranho pelo endométrio. 
A liberação de uma pequena quantidade de metal estimula a produção de prostaglandinas e citocinas no útero. 
Como resultado, forma-se uma “espuma” biológica na cavidade uterina, esta, por sua vez, possui efeito tóxico sobre 
espermatozoides e óvulos, alterando a viabilidade, o transporte e a capacidade de fertilização deles, além de dificultar 
a implantação por meio de uma reação inflamatória crônica endometrial. 
A presença de cobre no muco cervical também atua na diminuição da motilidade e viabilidade dos gametas 
masculinos. 
A inibição da ovulação não está presente neste método. 
Além dos efeitos pré-fertilização, pode-se observar retardo ou aceleração no transporte dos embriões, dano a eles e 
diminuição da implantação. 
EFICÁCIA: Trussell observou 0,8% de gestações no primeiro ano de uso típico. 
A taxa de gestação acumulada em 12 anos atinge 2%. 
 A falha está relacionada principalmente ao deslocamento do dispositivo, fato mais frequente no primeiro ano de uso. 
Quanto à taxa de continuação do uso após 1 ano, Trussell encontrou 78%. 
BENEFÍCIOS: 
• O dispositivo intra-uterino pode ser inserido em qualquer ponto do ciclo menstrual, desde que a gravidez tenha sido 
descartada anteriormente. O DIU pode ser colocado imediatamente após o parto ou aborto. 
• É um método que tem demonstrado retorno rápido à fertilidade. 
• Muito rentável 
• Prevenção ao câncer endometrial e cervical. 
• Acredita-se que o câncer endometrial seja prevenido por meio de uma resposta inflamatória criada pelo DIU. 
• O mecanismo pelo qual o câncer cervical pode ser prevenido é menos entendido, mas o aumento da imunidade 
celular iniciada pelo dispositivo é uma das principais teorias. 
PONTOS NEGATIVOS: não melhora a menorreia ou a dismenorreia. Em algumas mulheres os sintomas até pioram com 
o DIU de cobre. 
Equívocos: 
• O DIU não causa doença inflamatória pélvica (DIP). 
• Não causa infertilidade. 
• Não aumenta o risco de infecção sexualmente transmissível. 
Observação:Os adolescentes são mais propensos a abandonar os métodos contraceptivos quando comparado com 
mulheres mais velhas (35 anos). 
No entanto, os adolescentes são menos propensos a descontinuar os métodos LARC (contracepção reversível de longa 
duração) do que os não LARC. 
Isso só ocorre quando a orientação é dada de maneira correta e antes do início, pois eles vão saber o que esperar. 
A inserção do DIU pode causar um desconforto ou dor, e é variável e depende de mulher pra mulher.

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