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Passivo x Provisões x Passivo Contigente

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Passivo x Provisões x Passivo
Contingente
Introdução
Os componentes descritos a seguir assim como sua correta mensuração,
evidenciação e classificação, são de grande importância para a garantia do
alcance do objetivo central dos relatórios contábil-financeiros, que é: reportar
de forma fidedigna informações que tragam ao público interessado
(stakeholders) a situação econômica e financeira das entidades.
Obrigações
Na contabilidade, geralmente o termo obrigação está diretamente atrelado a um
passivo genuíno - obrigação existente no presente, advinda de um evento já
ocorrido e que espera-se que resulte em desembolso de recursos para liquidá-la
em um futuro e em valores conhecidos. Via de regra, é o que se ensina nas
matérias mais básicas da contabilidade e o que se segue no processo de
escrituração contábil de pequenas e médias empresas.
Todavia, este termo ganha uma abrangência maior quando passamos a olhar a
contabilidade seguida por organizações maiores, muitas delas sociedades
anônimas - abertas ou não - que devem seguir a risca os delineamentos propostos
pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis - CPC, assim como a Comissão de
Valores Mobiliários - CVM e outros entes reguladores, responsáveis por criar e
monitorar um ambiente de convergência da contabilidade brasileira para a
contabilidade internacional, guiada pelas International Financial Reporting
Standards (IFRS) que por sua vez são emitidas e revisadas pelo International
Accounting standards Board (IASB).
Mas calma leitores e leitoras, não se assustem com estes termos, foi apenas para
contextualizar a definição de obrigação que nos leva até a figura do passivo
contingente e provisão, assim, esta definição se divide em dois pontos
importantes:
i) obrigações legais, que são aquelas oriundas de operações formalizadas por
contratos, notas fiscais, legislação e etc, ou seja, são visualizadas de forma mais
fácil.
ii) obrigação não formal (ou não formalizada), está advém de algum
comportamento ou declaração da entidade, que gera no público interessado
alguma expectativa de cumprimento de uma dada ação que resultará em
desembolso de recurso da entidade se concretizada, ou ainda por padrões
historicamente seguidos pela empresa
Um bom exemplo de obrigações não formalizadas são as garantias promocionais
oferecidas pelas empresas em relação aos seus produtos e serviços.
Observe que esta análise introdutória do termo obrigação é de suma importância,
visto que ele engloba os três pontos seguintes, passivo genuíno, provisão e por
inferência o ativo contingente (já que este último pode ser visto como uma
obrigação não formalizada de terceiros para com a empresa).
Passivo Genuíno (Outros Passivos) ou Provisão
O passivo representa uma obrigação que a empresa tem no presente originada de
fatos já ocorridos, e espera-se futuros dispêndios de recursos para sua quitação.
No entanto, pode ocorrer de a administração não ter certeza quanto aos prazos
de pagamento e valor a ser liquidado. Assim, tendo bases de estimativas
confiáveis a transação deverá ser reconhecida como uma Provisão, justamente
por conta dessa incerteza quanto ao seu prazo ou valor.
Ou seja, podemos observar que para reconhecimento como uma provisão, não
pode haver dúvidas quanto ao fato gerador, (o fato passado que originou a
obrigação). Comportando a provisão assim, aceita apenas incertezas quanto ao
prazo e valor de liquidação.
CURIOSIDADE: “Provisões” que não são provisões
Nos planos de contas contábeis de escritórios de contabilidade, é muito comum a utilização do
termo “Provisão de Férias” para a contabilização do reconhecimento por competência das
despesas com férias dos funcionários ou ainda “Provisão de 13º salário”, mas estas apesar de a
primeira vista cumprirem os pré requisitos de uma provisão, não se encaixam como tal sob a
luz do CPC 25. Isso porque o grau de incerteza no processo de estimativa é muito pequeno
para ser considerado como uma provisão de fato.
Passivo Contingente
Pode ser que a empresa possua uma obrigação presente originada de eventos
anteriormente ocorridos mas sobre o qual não existe certeza de que haverá
futuramente desembolsos de recursos para quitação, que seja impossível estimar
o seu prazo de vencimento ou valor a ser pago. Neste caso surge a figura do
passivo contingente que é assim descrito pelo CPC 25, 10:
(a) uma obrigação possível resultado de eventos já ocorridos e cuja existência
será concretizada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos no
futuro, que são incertos e não estão totalmente sob o controle da entidade.;
ou
(b)uma obrigação existente que é resultado de eventos já ocorridos, mas que
não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que traga benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) impossibilidade de mensuração confiável do valor da obrigação.
Ativo Contingente
Pode ser definido por analogia com o Passivo Contingente, ou seja, trata-se de um
ativo possível de recebimento resultante de eventos já ocorridos, tendo sua
existência pendente de confirmação por meio da ocorrência ou não de um ou
mais eventos incertos e futuros, sob o qual a entidade não tem total controle, ou
ainda que não seja provável a ocorrência de ingressos de recursos ou não haja a
possibilidade de mensurar o seu valor com confiabilidade.
OBSERVAÇÃO: Os passivos e ativos contingentes não devem ser reconhecidos
(evidenciados) no balanço patrimonial, devendo todavia, serem expostos em nota
explicativa.
Para melhorar o entendimento do tema, veja o quadro a seguir.
Características da Obrigação Classificação
Obrigação originou-se de evento passado e
não há dúvidas quanto ao seu prazo de
vencimento e valor a ser liquidado.
Passivo Genuíno, (ou Outros Passivos)
Deve ser reconhecido nas demonstrações
como tal.
Obrigação originou-se de evento passado
todavia existem dúvidas quanto ao seu
prazo de vencimento e/ou valor de
liquidação, mas é possível estimar com
confiabilidade.
Provisão.
Deve ser reconhecido nas demonstrações
como tal.
Obrigação Possível de ocorrer resultante de
eventos passados, podendo ou não se
concretizar a depender da ocorrência de
eventos futuros não controlados pela
entidade.
Passivo Contingente
Não deve ser reconhecido no balanço
patrimonial e sim evidenciada em notas
explicativas
Obrigação Presente originada de evento
passado, havendo no entanto, incertezas
sobre saídas de caixa futuros para sua
liquidação, ou não sendo possível estimar o
valor a pagar com confiabilidade.
Passivo Contingente
Não deve ser reconhecido no balanço
patrimonial e sim evidenciada em notas
explicativas
Para auxiliar na determinação da probabilidade de um passivo contingente ou
uma provisão, as empresas devem valer-se de especialistas quando não forem
capazes de por mero conhecimento do negócio chegar a tais conclusões.
Em relação à uma ação judicial na qual a empresa é ré por exemplo, a equipe
jurídica com base na jurisprudência e no seu expertise, pode fornecer
informações quanto ao grau de probabilidade de que a ação seja perdida.
Classificando-se as probabilidades em:
i) provável - reconhece uma provisão (se os demais pré requisitos para isso
forem preenchidos).
ii) possível - evidencia-se em notas explicativas um passivo contingente.
iii) remota - Não faz nada, apenas segue monitorando e muda o tratamento de
acordo com eventuais mudanças futuras.
AUTORIA
REFERÊNCIAS
LOPES, R. R; NASCIMENTO, S. O. D. A. D. N. Contabilidade de receitas e grupos
empresariais: Edição 1. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2017.
Pronunciamento Técnico CPC 25: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunc
iamento?Id=56> Acesso em: 23 maio de 2021.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=56
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=56

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