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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ANDERSON MAICON DE SOUZA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) EM EMPRESAS DE SERVIÇOS METALÚRGICOS DUQUE DE CAXIAS/RJ 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 2 2. JUSTIFICATIVA ................................................................................. 3 3. OBJETIVOS ....................................................................................... 4 3.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................ 4 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 4 4. METODOLOGIA ................................................................................ 5 5. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................. 6 5.1. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ........................... 6 5.1.1. Conceito ............................................................................................ 6 5.1.2. Origem e Evolução ........................................................................... 8 5.1.3. O Plano de Produção ..................................................................... 11 5.1.4. O PCP na Indústria Metalúrgica .................................................... 12 6. REFERÊNCIAS ................................................................................ 15 2 1. INTRODUÇÃO O estudo terá como tema a implementação do Planejamento e Controle da Produção (PCP) em empresas de serviços metalúrgicos. Tal tema se mostra relevante por observa-se, na atualidade, que a forte concorrência global cresceu consideravelmente nos últimos tempos. A procura intensa por custos menores e diminuição e até mesmo a eliminação dos desperdícios, advieram a ser uma obrigação para as empresas que buscam sobreviver dentro do mercado atuante. Contudo, observa-se também que as expressivas modificações nos panoramas econômicos, políticos e sociais estão induzindo os gestores empresariais a alterarem de forma radical as estratégias, bem como a avaliação de desempenho da produção, onde apenas a diminuição dos custos não é mais o suficiente. Na indústria metalúrgica, nota-se que um sistema de gestão competente é importante para a sobrevivência, pois trata-se de um mercado competitivo, que prioriza a qualidade, e vem sendo referência para várias que alcançaram diversos objetivos, como satisfação dos clientes e colaboradores, ampliação da qualidade almejada e melhoria contínua, já que, a conquista do cliente se encontra absolutamente conexa à qualidade ofertada. Deste modo, com o avanço da demanda, aumenta-se igualmente a responsabilidade sobre a gestão de um elevado fluxo de materiais. Sendo assim, para atender a estas alterações de maneira ligeira e extensa, tem-se o PCP, que vem aprimorando cada vez mais seu desempenho dentro das empresas. Como problema da pesquisa, sabe-se que o tipo de produção define o sistema de PCP a ser aproveitado. Assim, para pôr em prática o PCP, tem-se dois pré-requisitos básicos: o primeiro se refere ao roteiro da produção, que apresentará como o produto será montado e como as peças serão produzidas. O segundo trata- se do planejamento global da produção, que incide na procura de um programa que componha as expectativas de vendas com a capacidade de produção industrial. Todavia, tendo o gestor empresarial a posse destas informações importantes, o PCP demanda inúmeras funções inerentes a produção, notadamente na indústria metalúrgica, onde há uma necessidade de otimização de recursos no processo de fabricação devido a competitividade das indústrias. Sendo assim, questiona-se: qual o impacto do PCP na produtividade do setor industrial? 3 2. JUSTIFICATIVA O estudo se justifica pela oportunidade de mostrar que o PCP, além de possuir uma função essencial dentro de uma empresa, como planejar e controlar a produção, pode também afetar os outros segmentos envolvidos caso o seu trabalho não seja eficiente. A ausência do planejamento e controle apropriado pode vir a afetar negativamente o setor de vendas, como por exemplo: o atraso das entregas, gerando perdas como a ampliação dos custos, a insatisfação do cliente, a diminuição de lucros etc. A pesquisa é relevante em razão de se perceber que o planejamento da produção se trata de um dos principais aspectos de empresas atuantes no campo da indústria. Um mau planejamento pode proceder em elevados custos em razão do excesso de estoque ou até mesmo em ausência de produto para atender a demanda. Por isto, o estudo poderá mostrar que os sistemas de gestão da produção precisam ser apropriados de unificar o papel de operações dos sistemas produtivos com as demais funções dentro da empresa. Para a sociedade, a pesquisa poderá contribuir mostrando que a o Planejamento e Controle da Produção traz benefícios para o cliente final, pois diminuiu e até mesmo elimina atrasos na entrega dos produtos. Para a comunidade científica, a pesquisa contribui ressaltando que o segmento industrial abrange uma ampla área de atividades fabris, que abrange a produção de máquinas, veículos, equipamentos e componentes, cuja fabricação, quer seriada, quer não-seriada, exibe expressivos desafios envolvendo programação e controle da produção. 4 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Analisar a influência do PCP na produtividade industrial de empresas metalúrgicas. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Apresentar conceitos, origem e evolução, e o plano de produção do PCP; • Mostrar uma breve contextualização, particularidades e objetivos do PCP; • Discorrer sobre o PCP na indústria metalúrgica; 5 4. METODOLOGIA A metodologia aplicada para o desenvolvimento do presente será a revisão bibliográfica. Tal método será aplicado por meio de obtenção e análise de artigos científicos, dissertações, teses e publicações. Todo o material será obtido por meio de sites de busca eletrônica e bibliotecas virtuais, tais como Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Como critérios de seleção, serão selecionadas apenas obras publicadas nos últimos vinte anos (2001-2021). Após a fase de levantamento bibliográfico, será realizada uma triagem de todo o material que aborda em específico o assunto aqui estudado. Os descritores utilizados na busca eletrônica serão os seguintes: Indústria Metalúrgica; Planejamento e Controle da Produção; Produtividade. A pesquisa realizada foi exploratória-descritiva, a qual teve um aspecto de análise qualitativa. A abordagem usada nesta pesquisa será a qualitativa, em que irá existir a coleta de informações para posteriormente serem expostas e analisadas, além da observação de documentos, com a preocupação de colher e atentar para uma maior quantidade de elementos, objetivando assim um entendimento maior e mais profundo do problema trabalhado. 6 5. REFERENCIAL TEÓRICO 5.1. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 5.1.1. Conceito O PCP é uma ferramenta disponível para a gerência atingir os objetivos estabelecidos e declarados. Assim, um sistema de produção é englobado pelos quatro fatores, ou seja, quantidade, qualidade, custo e tempo. O planejamento da produção começa com a análise dos dados fornecidos, ou seja, demanda de produtos, cronograma de entrega etc., e com base nas informações disponíveis, um esquema de utilização de recursos de empresas como máquinas, materiais e homens é elaborado para obter o alvo da maneira mais econômica(VOLLMAN, 2006). Depois que o plano é preparado, a execução do plano se dá de acordo com os detalhes fornecidos no plano. Frente a isto, o controle de produção entra em ação se houver algum desvio entre o real e o planejado. A ação corretiva é tomada então para atingir as metas definidas conforme o plano, usando técnicas de controle (RODRIGUES, 2014). Assim, o planejamento e o controle da produção podem ser definidos como a direção e coordenação dos recursos das empresas para atingir as metas prefixadas. De acordo com Corrêa e Corrêa (2006, p. 52), “o planejamento e o controle da produção ajudam a obter fluxo ininterrupto de materiais através da linha de produção, disponibilizando os materiais no momento certo e quantidade necessária”. O processo de PCP desempenha um papel vital na coordenação do fluxo de materiais e de informações entre os clientes e fornecedores de uma empresa. É um componente do processo global de planejamento estratégico, tático e operacional das empresas. Ele gerencia o fluxo de material, a utilização de funcionários e equipamentos, e responde às expectativas dos clientes (GAITHER; FRAZIER, 2002). De tal modo, sua finalidade é harmonizar a venda de produtos e serviços com a demanda por esses clientes. Por isso, desempenha um papel importante no atendimento das expectativas dos clientes. O processo cumpre sua função nas ações que podem ser seguidas (NEUMANN, 2010). 7 Já Rodrigues (2014, p. 19) diz que “o planejamento de produção se trata do “planejamento de módulos de produção e fabricação em uma empresa ou indústria. Ele utiliza a alocação de recursos de atividades de funcionários, materiais e capacidade de produção, a fim de atender a diferentes clientes”. Para tanto, diferentes tipos de métodos de produção, tais como fabricação de itens individuais, produção de lotes, produção em massa, produção contínua etc., têm seu próprio tipo de planejamento de produção. O planejamento da produção pode ser combinado com o controle da produção no planejamento e controle da produção, ou pode ser combinado e/ou integrado ao planejamento de recursos da empresa (LUSTOSA et al., 2008). O planejamento de produção é usado em empresas de diversos setores, incluindo agricultura, indústria, indústria de diversões etc. O planejamento da produção é um plano para a produção futura, em que as instalações necessárias são determinadas e organizadas. Segundo Tubino (2007, p. 41), um plano de produção é feito periodicamente por um período de tempo específico, chamado de “horizonte de planejamento”. Nisto, ele pode compreender as seguintes atividades: - Determinação do mix de produtos e carga de fábrica necessários para satisfazer as necessidades dos clientes; - Combinar o nível de produção necessário com os recursos existentes; - Agendar e escolher o trabalho real a ser iniciado na fábrica; - Configuração e entrega de ordens de produção para instalações de produção. Frente a isto, para desenvolver planos de produção, o planejador de produção - ou o departamento de planejamento de produção -, precisa trabalhar em conjunto com o departamento de marketing e o departamento de vendas. Eles podem fornecer previsões de vendas ou uma lista de pedidos de clientes (RODRIGUES, 2014). O trabalho geralmente é selecionado de uma variedade de tipos de produtos que podem exigir recursos diferentes e atender clientes diferentes. Portanto, a seleção deve otimizar medidas de desempenho independentes do cliente, como o tempo de ciclo e medidas de desempenho dependentes do cliente, como a entrega no prazo (WERKEMA, 2006). No entanto, um fator crítico no planejamento da produção trata-se da estimativa precisa da capacidade produtiva dos recursos disponíveis, mas, essa é 8 uma das tarefas mais difíceis de se ter um bom desempenho. Sendo assim, o planejamento da produção deve sempre levar em consideração a disponibilidade de material, a disponibilidade de recursos e o conhecimento da demanda futura (PEINADO; GRAEML, 2007). 5.1.2. Origem e Evolução Conforme Tubino (2007, p. 42), “modernos métodos e ferramentas de planejamento de produção foram desenvolvidos desde o final do século XIX”. Na Administração Científica, o trabalho para cada homem ou cada máquina é mapeado antecipadamente. Com isto, Kaplan resumiu que a demanda por informação para planejamento e controle interno aparentemente surgiu na primeira metade do século XX, quando firmas, fábricas têxteis e ferrovias tiveram que planejar procedimentos administrativos internos para coordenar os múltiplos processos envolvidos no processo As primeiras fábricas eram bastante simples e relativamente pequenas. Produziam um pequeno número de produtos em grandes lotes. Ganhos de produtividade vinham do uso de peças intercambiáveis para eliminar operações de montagem demoradas. No final do século XIV, as empresas manufatureiras estavam preocupadas em maximizar a produtividade dos equipamentos caros da fábrica (VOLLMAN, 2006). De tal modo, manter a alta utilização era um objetivo importante. Os encarregados governavam suas lojas, coordenando todas as atividades necessárias para o número limitado. Eles contratavam operadores, compravam materiais, geriam a produção e entregavam o produto, eram especialistas com habilidades técnicas superiores, e eles (não um corpo de funcionários separado) planejavam a produção (KRAJEWSKI; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). Em sua primeira forma, os sistemas de PCP consistiam em grupos de chefes de fábricas, cada um responsável pelo cronograma de produção, pedido de materiais e remessa de produtos dentro de sua área de fábrica. Todavia, embora muitas vezes sua habilidade variasse muito, o projeto e a operação relativamente simples dessas plantas permitiam que até mesmo o supervisor mais mal treinado as operasse com sucesso (VOLLMAN, 2006). De tal modo, à medida que essas primeiras empresas da era industrial 9 evoluíram, sistemas pontuais de produção e controle de estoques altamente especializados substituíram gradualmente o sistema simples e muitas vezes ineficiente de produção (KRAJEWSKI; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). Na década de 1920, notou-se que o planejamento da produção estava rapidamente se tornando uma das necessidades mais vitais da administração. De fato, sabe-se que todo estabelecimento, não importa quão grande ou pequeno tenha planejamento de produção de alguma forma; uma grande porcentagem deles não tem planejamento que possibilite um fluxo de material uniforme e uma quantidade mínima de dinheiro atrelada a estoques (TONDATO, 2004). Os sistemas de ponto de reabastecimento foram descritos como sendo de natureza posicional. Ou seja, eles usam uma abordagem histórica para prever a demanda futura de estoque, o que pressupõe que os dados do passado são representativos da demanda futura. Se, a qualquer momento, o nível de estoque de um item ficar abaixo de um nível predeterminado, um estoque adicional é pedido ou novas ordens de produção são liberadas em quantidades fixas (VOLLMAN, 2006). No entanto, embora a maioria destes sistemas iniciais fossem manuais, os sistemas automatizados de ponto de reabastecimento logo se seguiram, quando os computadores mainframe comerciais foram introduzidos, no final da década de 1950 e início da década de 1960 (KRAJEWSKI; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). As forças motrizes por trás da evolução de cada etapa do PCP se correlacionam muito com o clima de negócios em mudança da época . Na década de 1960, o principal impulso competitivo era o custo, o que resultou em uma estratégia de produção focada no produto, baseada na produção de alto volume, minimização de custos e condições econômicas estáveis (VOLLMAN, 2006). O PCP recém-informatizado atendeu às necessidades básicas de produção das empresas naquele tempo. Na década de 1970, o principal impulso competitivo mudou para o marketing,o que resultou na adoção de estratégias de mercado-alvo com ênfase na maior integração e planejamento da produção. Os sistemas PCP se encaixam bem nesse requisito. Na década de 1980, o principal impulso competitivo mudou para a qualidade. A estratégia de fabricação enfatizava um maior controle de processo, fabricação de classe mundial e redução de custos indiretos (TONDATO, 2004). O agendamento de loop fechado, relatórios aprimorados de chão de fábrica e recursos detalhados de relatório de custos dos sistemas MRP-II foram projetados 10 para suportar muitas dessas atividades. Grande parte da informação que documenta essa mudança pode ser encontrada na literatura sobre o aumento da era da informação, fabricação pós-industrial e competição global (KRAJEWSKI; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). No final da década de 1980, a crescente instabilidade de fabricação enfrentada pelas empresas norte-americanas poderia estar diretamente ligada à natureza mutável da tecnologia da informação e ao aumento da concorrência baseada no tempo. Neste contexto, a tecnologia cria e transforma a escolha, o que, por sua vez, transforma o mercado por meio de mudanças revolucionárias nas capacidades do cliente e do fornecedor (TONDATO, 2004). Avanços rápidos na tecnologia da informação tornaram obsoletas as “velhas regras” da concorrência e os entendimentos de longo prazo das relações com os clientes. Os clientes não se importavam mais com a forma como os fornecedores faziam negócios no ano passado ou até mesmo ontem. O que passou a importar foi a capacidade do fornecedor de criar ou adaptar novos produtos e serviços em tempo hábil para atender às necessidades específicas de um cliente (KRAJEWSKI; RITZMAN; MALHOTRA, 2009). A solução para esse problema surgiu durante o início dos anos 90, na forma de sistemas de execução de manufatura. O surgimento dos sistemas focados no gerenciamento das atividades de produção representou o desenvolvimento de uma interface crítica entre os sistemas MRP-II de uma empresa e seus sistemas de controle de fábrica e de dispositivos. A contribuição mais importante do destes sistemas trata-se da junção dos principais processos de fabricação em um sistema de entrega de valor focado em atender às necessidades e demandas dos clientes (VOLLMAN, 2006). Ele fornece a execução flexível, em tempo real, feedback e controle de uma ampla gama de processos relacionados à manufatura para melhor atender às necessidades futuras do mercado. A implementação dos sistemas focados no gerenciamento das atividades de produção ampliou significativamente os recursos atuais de PCP de uma empresa, dando suporte a uma maior integração vertical e horizontal em suas funções de fabricação (SANTOS; BATALHA, 2010). Evolutivamente, os impulsionadores da Tecnologia da Informação (TI) por trás da crescente adoção e aceitação destes sistemas supracitados, incluem o desenvolvimento de sistemas automáticos de identificação e coleta de dados. 11 Tecnologias melhoradas, tais como leitores de código de barras, transponders de frequência de rádio, sistemas de visão, sistemas de controle de dispositivos e sistemas de toque, gradualmente vão substituindo as pessoas ou reduzindo a oportunidade para que cometam erros na coleta de dados de fabricação (SABOUNI; LOGENDRAN, 2013). O surgimento de sistemas computacionais de baixo custo e tolerantes a falhas, o amadurecimento das tecnologias de bancos de dados relacionais e as melhorias nas redes locais de alta capacidade permitem a coleta, processamento e transmissão mais rápida e confiável de uma maior variedade de tipos de dados, e em tempo real (SANTOS; BATALHA, 2010). Finalmente, a migração para padrões de sistema aberto permitiu que muitos computadores e sistemas de software diferentes se comuniquem com mais eficiência através de projetos de interface comuns e/ou manipulação de dados e ferramentas de troca (SABOUNI; LOGENDRAN, 2013). 5.1.3. O Plano de Produção Planejar os processos de produção para uma produção tranquila é extremamente vital para um negócio. Produção dentro de um negócio é a fase mais agitada e desafiadora, pois é nela que um produto ganha vida. Assim, com o planejamento de produção, pode-se prever cada etapa que cada máquina ou recurso para concluir o processo de transformar um conjunto de matérias-primas em um produto semiacabado. Todo esse fluxo de trabalho é um processo longo e requer atenção cuidadosa em cada etapa. O planejamento envolve a execução de tarefas no momento certo e sob a circunstância e ambiente corretos (NEUMANN, 2010). Segundo Rodrigues (2014, p. 20), “o planejamento de produção responde às perguntas sobre o que, como e quando se trata de realizar uma tarefa específica”. Neste estágio, como gerente, precisa-se testar o tempo e habilidades de tomada de decisão ao projetar o produto e o sistema de produção, que é uma combinação do processo de produção e do PCP. Para Tubino (2007, p. 42), nesta fase, o gestor também deve olhar para o tipo de sistema de produção que se precisa para o negócio ser bem-sucedido. Neste contexto, o gestor pode escolher entre uma “produção unitária; produção contínua; e produção intermitente”. 12 Assim, é preciso entender que, durante o planejamento da produção, deve-se ter uma visão de longo prazo deste sistema de produção dentro da empresa e, portanto, precisa-se garantir que o planejamento de produção contenha os objetivos de disponibilidade de materiais nas quantidades certas e na hora certa, o tempo todo; uso completo dos recursos e lançá-lo junto com as previsões que se planejou Com isso, o planejamento de produção cuida do roteamento e agendamento (PEINADO; GRAEML, 2007). Na etapa de roteamento, o planejamento abrange a rota exata que o produto ou materiais tomará enquanto estiver na linha de produção. Toda a operação é cuidadosamente planejada e projetada, e seu caminho e ordem sequencial são estabelecidos e acordados. É nesse estágio que o uso de máquinas e o recurso certo são levados em consideração (RODRIGUES, 2014). Além disto, a quantidade envolvida no trabalho da máquina contra a mão de obra é determinada e planejada. Nesse caso de roteamento, ao planejar esse estágio, é essencial entender que essa etapa incentiva os gerentes de projeto a encontrar a melhor e mais econômica linha de trabalho que as operações precisam passar. A gestão da qualidade é assegurada dentro das tarefas desta etapa (NEUMANN, 2010). Na etapa de agendamento, determina-se o tempo necessário em torno do processo, máquinas e recursos para concluir uma tarefa, atividade ou etapa específica. Esses passos individuais são então combinados e o tempo total para uma operação roteada é determinado, dando ao gerente de projeto informações suficientes para traçar um plano eficiente para criar e empacotar produtos na linha. A priorização é outro fator que é dada a devida importância nesta etapa. O fluxo de trabalho e os padrões baseados no tempo e na prioridade são determinados aqui (PEINADO; GRAEML, 2007). 5.1.4. O PCP na Indústria Metalúrgica Em uma empresa metalúrgica, o processo de produção é um sistema de produção em que as matérias-primas são convertidas em metal acabado. Nesse sistema de produção, alguns subprodutos também são gerados. O sistema de produção possui um grande número e variedade de processos que diferem em sua natureza, tecnologia e ambiente de trabalho (NOGUEIRA; SANTOS; SILVA, 2015). 13 Deste modo, o objetivo primordial do PCP em metalúrgica é que a operação desses diversos processos produtivos seja realizada de forma eficiente, econômica e integrada, para então produzir e despachar os produtos metalúrgicos solicitados pelos clientes. Isso pode ser alcançado por meio do planejamento adequado e do exercício dos controles necessários nos níveis e locais exigidos (ARAÚJO, 2012). Além disso,uma grande quantidade de dados é gerada no sistema de processo que precisam ser coletados e analisados para que os dados possam ser apresentados de uma maneira que se tornem úteis para o monitoramento adequado dos processos, bem como para a tomada de decisões. Em suma, funções de PCP muito próximas devem ser realizadas nas empresas metalúrgicas para o funcionamento adequado do sistema de produção (PEREIRA et al., 2012). Nos processos de fabricação de metal, vários tipos de produtos são fabricados a partir de minério de ferro, carvão e outras matérias-primas importadas do exterior com base em solicitações de clientes em vários setores (por exemplo, automóveis, construção naval, pontes e eletrodomésticos) por meio de processos de explosão em forno para conversão, fundição contínua, laminação, recozimento e tratamento de superfície. O padrão de produção é flow shop tipo V (ramificação) (NAKAGAWA, 2010). Além do mais, as especificações do produto incluem vários requisitos com base na aplicação de produtos, como qualidade dos materiais (por exemplo, resistência e tenacidade), temperatura do interior e da superfície das placas e tamanho (por exemplo, espessura e largura) (NOGUEIRA; SANTOS; SILVA, 2015). As especificações variam amplamente, embora isso varie dependendo do tipo de produto. Além disso, suas condições de fabricação consistem em uma combinação de vários fatores, como componentes de metal fundido, tamanho de laminação, temperatura de recozimento e tipo de galvanização. A variedade de condições de fabricação é equivalente às especificações do produto (ARAÚJO, 2012). Neste contexto, o planejamento e a programação da produção determinam o tempo e a sequência do processamento em cada processo de manufatura para cada pedido, enquanto as condições de manufatura e a data de entrega em cada processo são satisfeitas. Portanto, é necessário um julgamento abrangente em consideração à qualidade, custos, datas de entrega e outros vários índices de desempenho (PEREIRA et al., 2012). 14 Nos processos de fabricação de metal, em particular, a produção de grandes lotes em que produtos com as mesmas condições de fabricação são continuamente fabricados, é vantajosa do ponto de vista de qualidade e custos (incluindo lucratividade) e, portanto, tal produção é direcionada. No entanto, conforme explicado acima, as condições para a fabricação de produtos variam de processo para processo, e as datas de entrega também são diferentes. Portanto, é difícil planejar um único cronograma de produção ao longo de todos os processos de fabricação enquanto se equilibra qualidade, custos e datas de entrega (NAKAGAWA, 2010). 15 6. REFERÊNCIAS ARAÚJO, M. C. B. A reorganização do layout na redução de custos em uma empresa metalúrgica: um estudo de caso. XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012. CORRÊA, H; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura e serviços. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. GAITHER, N; FRAZIER, G. Administração de produção e operações. 8ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2012. KRAJEWSKI, L; RITZMAN, L; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. 8ª ed. São Paulo; Pearson Prentice Hall, 2009. LUSTOSA, L; MESQUITA, M. A; QUELHAS, O; OLIVEIRA, R. Planejamento e controle da Produção. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2008. NAKAGAWA, M. Gestão estratégica de custos - conceito, sistemas e implementação. São Paulo: Atlas, 2010. NEUMANN, C. Apostila de Planejamento e Controle da Produção – PCP. Departamento de Engenharia de Produção - UFJF, 2010. NOGUEIRA, A. A. N; SANTOS, G. E. P. dos; SILVA, J. R. Estudo de caso: reorganização do layout da célula de corte de chapas de uma empresa. Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC’ 2015 Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza - CE 15 a 18 de setembro de 2015. PEINADO J; GRAEML A. R. Administração da Produção (Operações Industriais e de Serviços). UnicenP, 2007. PEREIRA, K. L. B; CAMARGO, R. C. de; SANTOS, V. P. dos; LOPES, V. P. Programa 5S: uma ferramenta para eliminar desperdícios e otimizar os custos no processo produtivo. Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 03, nº 07, 2012. RODRIGUES, M. V. Entendendo, Aprendendo e Desenvolvendo Sistemas de Produção Lean Manufacturing. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. SABOUNI, M. T. Y; LOGENDRAN, R. Carryover sequence-dependent group scheduling with the integration of internal and external setup times. European Journal of Operational Research, v. 224, nº 01, 2013. SANTOS, D. T dos: BATALHA, M. O. Estratégia de produção em arranjos produtivos cerâmicos. 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