Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
→ É de grande importância porque é o nosso contato com o meio externo, então todo nosso reconhecimento depende de uma regulação grande para que respostas imunes não sejam desencadeadas quando não há necessidade. Por termos contato com o meio externo, a nossa necessidade de reconhecimento do próprio para o não próprio parte inicialmente do reconhecimento das mucosas e da pele. → A área do sistema imune relacionada a mucosa é a nossa maior área de exposição, é o local onde vamos ter (com exceção do linfonodo) uma das maiores populações de linfócitos de maneira geral. → Tecido mucoso: → É subdividido para interpretação, então quando falamos a respeito de tecido linfoide associado a mucosas chamamos isso de MALT, que pode ser dividido em GALT (intestino), NALT (nasofaringe) e BALT (pulmão). → O NALT consiste de agregados linfoides conhecido como anel de Waldeyer que está localizado na orofaringe e nasofaringe, inclui os órgãos secundários: adenoides e as tonsilas palatina e lingual. São locais importantes para amadurecimento e direcionamento de especificidade. → Na entrada do trato respiratório superior e na entrada do trato gastrodigestorio, temos esses locais onde vai haver reconhecimento de antígenos para a proliferação de resposta imune específica. → A manutenção desse tecido é extrema, já que é um ponto de convergência tanto da entrada da parte respiratória quando gastrointestinal. G A L T → Formado basicamente por células epiteliais, é o tecido mucoso composto por uma camada dessas células, que separem a luz do intestino da lâmina própria. → Nele estão presentes as células caliciformes responsáveis pela produção de muco, células de Paneth (presentes nas criptas do intestino e fazem reconhecimento imune muito importante), e células M (microprega) que são encontradas estruturalmente no epitélio e tem função importante de reconhecimento e no transporte dos antígenos direto, abaixo delas sempre vai haver uma placa de Payer (tecido similar ao linfonodo só que não está capsulado), ou seja é um vigia do processo, já que todas as substâncias presentes na luz acabam sendo transportados pela célula M, reconhecendo se está tudo bem). → O muco é produzido continuamente pelas células caliciformes, com presença de proteína e polissacarídeos e mucina que dá a viscosidade. Tem uma camada mais espessa próxima as células, e outra camada mais externa associada água, mais fluida. → Isso é importante tanto para a absorção dos nutrientes quanto para a resposta imune, associado ao muco temos os peptídeos antimicrobianos produzidos principalmente pela célula de Paneth, que fica aderido em maior porção ao muco da camada interna, e a presença de microrganismos comensais associados ao muco de camada externa. → Essas células de Paneth produzem constitutivamente tanto proteína quanto na verdade peptídeos, com ação antimicrobiana e vão ser crescendo secretados o tempo todo ficando presente nessa camada interna do muco, então é uma primeira linha de defesa. → Assim como essa associação entre nossa defesa com essas bactérias que se consegue manter a homeostase do intestino, já que as comensais são bactérias que auxiliam a nossa digestão e quebram algumas proteínas e auxiliam na competição direta com bactérias patogênicas (impedem a proliferação excessiva delas). Estão sempre na luz do intestino, e não na lâmina própria. → Então temos: ✓ Uma camada de células do epitélio; ✓ Nas criptas a presença das células de Paneth; ✓ Células M que fazem parte constituinte da membrana da mucosa; ✓ A placa de Payer (conjunto de células dendríticas, linfócitos B e T, com conformação semelhante a de um linfonodo, porém eles não são capsulados/delimitados, tem ligação direta com a lâmina própria) ✓ Existem as células dendríticas na lâmina própria e aderidas ao epitélio – podendo lançar pseudópodes por entre as células epiteliais, mas o principal local é de forma mais interna, não estão fora do tecido epitelial, mas podendo se comunicar com a parte externa. Tem responsabilidade desse reconhecimento do antígeno. ✓ Presença de linfócitos intraepiteliais, que vão estar presentes aderidos e entre as células epiteliais, participando ativamente da defesa. ✓ Macrófagos e mastócitos , células linfoides inatas residente e produtora de anticorpo direto. → O tecido epitelial da mucosa está o tempo inteiro trabalhando para nossa barreira, trabalhando para deixar o enterócito capaz de absorver nutrientes pelos microvilos e não passar por infecção o tempo todo. ✓ Tem como principal função a capacidade de produzir interleucina IL-22 e IL-17, que vão direcionar a forma com que nós vamos reagir a entrada de antígenos (bactérias e vírus...) via célula M ou mesmo quando conseguem romper nossa barreira epitelial. ✓ Então a presença dessas estruturas linfoides, no caso da placa de Payer, tem como responsabilidade interpretar o estímulo assim como os linfonodos fazem. A distribuição células na placa é muito semelhante ao linfonodo, a célula dendrítica traz a informação que vai ser processada na extremidade do folículo – já tem células com resposta específica, e aí vai haver formação de célula T e B específica para resposta imune direta. ✓ É justamente nessa placa, assim como no linfonodo, que o linfócito B e o TCD4+ vão interagir, é o local onde acontece essa cooperação do linfócito T com o linfócito T helper folicular. É onde inicialmente vamos ter a produção de anticorpos, não mais os anticorpos naturais da mucosa, mas anticorpos específicos ao possível agressor que acabou entrando. ✓ Na estrutura do vilo intestinal existe a presença de ducto linfático aferente, que vai levar informação para linfonodo mesentérico para gerar resposta imune específica: ✓ De maneira geral no intestino tem o funcionamento tanto do reconhecimento específico via placa de Payer, quanto o reconhecimento via linfonodo mesentérico. Visto não só a área, mas a quantidade de bactérias e a quantidade de toxinas e possíveis agressores que temos contato pelo intestino. → Esse reconhecimento via mucosa intestinal vai funcionar tanto para o possível agressor quanto para as proteínas alimentares, podendo por exemplo, uma proteína reconhecida como não própria estimular resposta imune específica, tóxica ou alérgica, utiliza todo esse mecanismo. → Papel da microbiota e do epitélio na modulação da resposta imune: ✓ Essa microbiota tanto de vírus e bactérias, estão presentes no muco e tem relação direta e de extrema importância com a nossa resposta imune direta, em estados normais e de eubiose temos a presença de microrganismos comensais que são controlados pelo nosso próprio sistema imunológico. ✓ Temos liberação tanto de anticorpo do subtipo IgA quanto peptídeos antimicrobianos controlando o número e o tipo desses comensais presentes no muco, a resposta imune é produzida e controlada inicialmente por peptídeos. ✓ (*) Todo o controle que ocorre depende dessa quantidade e do tipo das bactérias. Em um estado normal, os microrganismos produzem metabólitos que vão ser introduzidos nos nossos tecidos, as células epiteliais têm capacidade de reconhecer esses metabólicos – principalmente através das moléculas de reconhecimento tipo NOD2 presente na célula epitelial (enterócito). A partir do momento em que esse reconhecimento via NOD2 há um aumento na produção de peptídeos antimicrobianos, que vai controlar essa população que vive no nosso muco: → Essas células através dos linfócitos residentes (das células inatas residentes de tipo 3), vão produzir a IL- 22 e a IL-17, mas principalmente IL-22 que vai agir em cima das células epiteliais – estimulando a produção de maisou menos peptídeo antimicrobiano. ✓ Esses peptídeos induzidos pelas células epiteliais associadas a células inatas, controla esse número de microrganismos comensais presentes no intestino. ✓ O tempo todo está havendo a passagem de componente estrutural desses microrganismos residentes → há o reconhecimento via célula linfoide inata até mesmo pelos Toll like receptor (TLR), que interpreta se a molécula é “ruim ou boa” de modo a liberar a citocina que vai controlar a quantidade de peptídeo antimicrobiano: ✓ Ou seja, aumentou a flora, aumenta a quantidade do peptídeo – diminui a flora, diminui a quantidade de peptídeo. ✓ Os componentes que vão ser reconhecidos podem ser estruturais de bactérias e de nossas células próprias. → Essa tolerância é gerenciada através das células dendríticas, que vão se diferenciar em tolerogênicas (que produzem pouca quantidade de molécula coestimulatória e grande quantidade de TGF-β que induz as células Treg sejam produzidas) ✓ As células Treg promovem tolerância a antígenos alimentares e de microrganismos comensais. ✓ Quando está havendo bom funcionamento entre produção de peptídeos antimicrobianos, população dessas bactérias comensais, as nossas células residentes estão reconhecendo isso como algo normal, a passagem de ácidos graxos de * cadeia curta relacionados a homeostase e bom funcionamento do muco e células epiteliais, temos a célula dendrítica tolerando, estimulando TGF-β, principalmente associado a ácido retinóico (proveniente da vitamina A da dieta), vai fazer tolerância antígeno alimentar e a microrganismos comensais, fazendo equilíbrio. → Enquanto não há sinal de infecção ou de agressão por toxina, por exemplo, essa célula dendrítica está produzindo esse TGF-β (1), que induz a ação do Treg, para manter todo mundo trabalhando de forma estável em eubiose/homeostase. Nesse cenário não tem produção de resposta imune inflamatória, existe apenas a manutenção desse estado de tolerância: → Quando há presença de patógeno, ou desequilíbrio dessas bactérias comensais, ou seja, um processo infeccioso chamado disbiose – desregulação da mucosa comensal, que leva principalmente a lesão ou destruição das células epiteliais (quebra da barreira), vai ocorrer a entrada do próprio microrganismo, e um conjunto de substancias que não são reconhecidas como aqueles “não ruins”, as células linfoides residentes (principalmente do tipo 1 ) vai reconhecer esse antígeno, através das PAMPs e das DAMPs. Começam a produzir IFN-γ, e esses componentes estruturais (PAMPs e DAMPs), estimulam a célula dendrítica madura a apresentar o antígeno e a resposta deixa de ser via Treg e passa a ser via Th1 ou Th17, dependendo tipo de agressor presente, em conjunto desse IFN-γ que é produzido pela célula linfoide inata residente tipo 1, junto com o que vai ser produzido via célula dendrítica, temos o estímulo para aumento de produção (e para trazer para o campo do processo inflamatório) do linfócito Th1 e Th17, essas células podem ser estimuladas diretamente por receptores de parte interna, principalmente do tipo Toll e faz com que o próprio enterócito seja capaz de produzir citocina que também vai gerar aumento de célula Th1 e Th17. ✓ Esse aumento de patógeno no lúmen faz estímulo pró-inflamatório, tanto pela lesão direta do endotélio (1) (gerando os PAPMs e os DAMPs – 2), reconhecimento via células linfoides inatas do tipo 1 (3), produção de IFN-γ (4) → aumento na ação e no reconhecimento de célula dendrítica, que por sua vez vai estimular Th1 e Th17 (5). ✓ Mas também pode acontecer estímulo direto (6), quando esse antígeno é reconhecido via TLR (7) estrutural do enterócito que vai produzir citocina pró-inflamatória (8) também para estímulo de inflamação via Th1 e Th17, que por sua vez vão trazer para o campo neutrófilo e ativação de macrófago. Obs.: nesse caso então não ocorre indução de tolerância porque a resposta inflamatória está completa, ou seja, tem um recrutamento das células imunes como um todo. O mecanismo que estava havendo na eubiose, a partir do momento que há um agressor/lesão ao endotélio, vai parar e vai haver uma resposta imune completa. → Células da microprega ou células M: constituem diretamente o tecido epitelial, e são capazes de transportar continuamente as substâncias que estão presentes na luz para o interior da placa de Payer, e onde o sistema imune vai ser capaz de reconhecer o antígeno comensal ou o antígeno patogênico. Então como a célula M faz parte da estrutura do epitélio mucoso, ela fica como um porteiro, ou seja, deixa entrar e essa apresentação/passagem é feita por 1 1 2 3 4 5 6 7 8 dentro da célula M. E ela joga direto para a placa de Payer – mal comparando, é como uma vênula de endotélio alto levando o estímulo para dentro do linfonodo. ✓ É importante essa passagem, para que se possa fazer a identificação da alteração da própria composição da microbiota. Por exemplo, bactérias que em pequenas quantidades são comensais, mas que por alguma alteração de pH ou dieta favorável, o que antes era comensal pode agora ser reconhecido como patogênico pela célula M, que vai estar sempre superior a uma placa de Payer. ✓ Então a M é capaz de englobar essa partícula sólida ou líquida e realizar essa transcitose (passagem) por dentro da célula mostrando esse antígeno para a placa de Payer, então embaixo das células M vai ter presença de célula dendrítica, linfócito B e linfócito T (que são componentes da placa): ✓ Essa captura do antígeno pela célula M pode acontecer por endocitose, onde o antígeno vai ser transportado através da célula até chegar na placa, ele pode passar (dependendo do tamanho e da estrutura) constitutivamente por dentro da célula M, no caso, por exemplo de ácidos graxos de pequena cadeia. Pode haver outras partículas menores que também vão chegar na placa, mas o principal mecanismo é captura do antígeno por endocitose e posteriormente por fagocitose – transportado pela célula M em vesícula, é liberado na membrana basal, e em baixo na placa de Payer, que vai reconhecer se é próprio ou não, principalmente para direcionar nossa resposta. ✓ Se o microrganismo capturado faz parte da microbiota comensal ou é um antígeno alimentar, a célula dendrítica faz esse reconhecimento da substância estranha e não vai ativar o modo completo de resposta imune. Então na presença do acido retinóico junto com o TGF-β, ela estimulam Treg que induz a tolerância – manutenção da homeostase. ✓ Se o antígeno for derivado de patógeno, há ativação completa da célula dendrítica, graças ao reconhecimento dessas PAMPs e DAMPs, e isso gera resposta imune específica. ✓ Quando a célula dendrítica (CD) reconhece antígeno de origem helmíntica, ela apresenta esse antígeno na presença de IL-4, esse estímulo diferencia a célula Th – helper, em célula do tipo Th – helper do tipo 2, que produz IL-,IL-5 e IL-13, que vão estimular célula B (produtora de IgE, anticorpo que vai se aderir a mastócito, estimular macrófago do tipo m2, eosinófilo, fazendo resposta imune específica para helminto). ✓ A diferenciação do linfócito na placa de Payer vai depender do tipo de estímulo que está acontecendo , quando ele é oriundo de helminto, essa diferenciação vai ser em linfócito T-helper 2, que faz defesa principalmente contra patógeno extracelular (bactéria) e helminto (verme). Também é o mecanismo inflamatório para resposta alérgica, asma, alimentar. ✓ Se o estímulo para CD vem através de outros tipos de patógeno, por exemplo, de fungo, vírus, bactérias intracelulares, tem o estímulo dessa CD, e ai vão ser receptores diferentes quevão ser estimulados, logo a diferenciação de linfócito vai ser diferente. Então dependendo do tipo de estímulo a CD vai liberar interleucinas diferentes. Logo o linfócito T também vai ser diferente. Então essa CD vai nesse caso, estimular resposta via Th17 e Th22, que vão produzir respectivamente IL-17 e IL-22 (reconhece os peptidoglicanos dos antígenos), que vão estimular resposta imune de outra forma, trazer para o local células imunes diferentes do que seria uma resposta do tipo 2. ✓ Dependo do tipo de estímulo, a resposta da placa de Payer vai ser diferente, assim como no linfonodo. Um dos problemas dessa ativação excessiva, por exemplo da célula M via célula dendrítica, é o que pode gerar a autoimunidade, então quando estão mal ativadas (reconhecem antígeno próprio, ou estão hiper ativadas), aumenta a possibilidade de gerar um autoantígeno, onde vai haver indução de alto imunidade. → Linfócitos intraepiteliais: estão aderidos direto ao tecido epitelial, não são parte constitutivas, para fazer reconhecimento. Existem 2 formas: ✓ Tipo A (resposta a antígenos): a célula epitelial infectada por vírus, por exemplo, faz uma apresentação de antígeno derivada do vírus via MHC I – então o MHC dessa célula vai expor proteína do vírus via MHC I, que são reconhecido pelos linfócitos, e eles reagem liberando grânulo citotóxico direto (granzimas e perforinas), destruindo essa célula, ou fazendo o reconhecimento via Faz-FasLigante, induz apoptose dessa célula. ✓ Tipo B (resposta ao dano ou estresse): pode agir independente da apresentação via MCH I, então a célula epitelial infectada ou lesionada, apresentam na superfície ligante que mostra a presença de dano celular, que apresentam receptores do tipo NKG2D e esses receptores liberam grânulos citotóxicos fazendo destruição direta dessas células (sem que haja reconhecimento via MHC). Então tem a presença de marcadores de dano ou infecção celular, a célula endotelial expressa principalmente os marcadores do tipo MIC-A e MIC-B, que vão ser reconhecidos pelos linfócitos intracelulares pelo receptor NKGD2, e ai o linfócito libera perforina e granzina, sem que haja estímulo via MHC. O dano causado pode ter sido, por exemplo, por uma toxina alimentar que lesou o enterócito. ✓ Essa diferença de resposta de maneira patológica vai trazer quadros clínicos diferentes. Por exemplo, o Tipo A, quando se tem reconhecimento não via vírus, mas via autoantígeno é lesão endotelial causada na doença de Cronh (expressão via MHC de uma proteína da célula endotelial, diferente do que era ideal, passa a ser reconhecida como não própria). No tipo B, que não passa pelo MHC é o acontece na doença celíaca (o glúten gera dano na célula epitelial que gera esse tipo de resposta). → Produção de IgA: é muito importante para a mucosa do TGI, que é secretada se associa ao muco e participa diretamente do combate ao patógeno, em geral o anticorpo que é produzido é um IgM, e posteriormente vai haver uma troca de classe para produção da IgA. Então existem 2 formas de produção na mucosa GALT: ✓ T dependente: depende de célula T, antígeno é transportado via célula M para dentro da placa de Payer (1), vai ser reconhecido pela CD, ser processado e ser expresso na superfície da CD – apresentação de antígeno normal (2). CD por sua vez ativa linfócito T específico (CD4+ naive), esse se diferencia em linfócito T auxiliar ativada/efetora (3). Essa vai apresentar o antígeno para célula B dentro do folículo (4), se diferencia em Plasmoblasto(5), que vai começar a produzir anticorpos IgA que vão ser liberados direto na mucosa, mas principalmente via sanguínea (6) (passa pela parte circulatória até ser liberado na mucosa de novo vai ser atraído pelo próprio processo infeccioso intestinal), plasmócito secretor de IgA e liberada na mucosa (7). ✓ T independente: a PAMP/bactéria é reconhecida diretamente pela célula do enterócito (não pela célula M), entra na lâmina própria e é reconhecida pela CD via mecanismo do Toll (TLR). Esse tipo de reconhecimento quando a CD é ativada por esses polissacarídeos direto de bactéria, ela vai secretar citocina, TGF-β, APRIL e BAFF, e são elas que vão estimular a célula B presente na lâmina própria, a mudar de classe e produzir IgA que vai ser liberada direta na mucosa. Então a presença do APRIL e BAFF, quando no linfócito B que reconhece esse polissacarídeo por exemplo, ele substitui a necessidade daquele reconhecimento CD40- CD40L, necessário para ativação do linfócito B, de forma que o linfócito B presente na lâmina troque a classe de corpo que está sendo produzida de IgM para IgA que vai ser secretada na luz intestinal. → Esse tipo é uma exceção que ocorre no GALT. Nos linfonodos é preciso do reconhecimento CD40-CD40L. → A relação principalmente pela ativação direta de IgA da mucosa, que não passa pelo linfócito T, tem se observado que é a própria microbiota intestinal que faz essa regulação, ou seja, quando só entra antígeno reconhecido como comensal, a quantidade de IgA secretada na luz intestinal é regulada por conta dessa microbiota. Então menos microbiota, menos IgA na mucosa, e mais microbiota vai aumentar IgA. → A importância da microbiota direta na produção de IgA funciona dessa forma: ✓ Por exemplo, um alimento rico em fibra, onde vão fermentar graças a microbiota intestinal, essa fermentação produz ácidos graxos de cadeia curta (butirato, acetato e propionato) que quando penetra de forma passiva no epitélio, são capazes de estimular o desenvolvimento de célula dendrítica com função tolerogênica. ✓ Então os ácidos graxos vão entrar diretamente via enterócito e aumentam desenvolvimento e especificidade de CD de função regulatória, que na lâmina própria aumentam expressão de FoxP3 (citocina de diferenciação que favorece o Treg) e isso mais as células helper foliculares, cooperam com o linfócito B para que haja tolerância da mucosa. ✓ Consequentemente regulam a liberação da IgA, de forma que só controle a presença do microrganismo comensal, ele não estimula doença, então a presença de uma microbiota regulada, tem ação total no crescimento e diferenciação no crescimento do microrganismo comensal - diminui a entrada e possibilidade de crescimento de um patógeno ou mesmo de uma descompensação desse microrganismo comensal. ✓ Age em conjunto com os peptídeos antimicrobianos. → Transporte da IgA na mucosa: a IgA que foi produzida de “manutenção e regulação da microbiota”, é o principal mecanismo dessa IgA de 1 2 3 4 5 6 7 controle é o mecanismo T independente. Então o plasmócito produtor da IgA, expressa também uma proteína chamada cadeia J que faz a junção de 2 cadeias de IgA formando um dímero. Essa proteína de cadeia J, ao mesmo tempo que une as duas porções da IgA, vai ser capaz de se ligar a um receptor de imunoglobulina – receptor poli-Ig presente na lâmina própria. ✓ Então a IgA é produzida no plasmócito e liberada como IgA dimérica, são 2 moléculas de IgA associadas a uma proteína de cadeia J, e essa cadeia J tem a capacidade de se ligar ao receptor poli-Ig (tem a capacidade de se aderir a cadeia J), para direcionar e levar essa IgA produzida até o enterócito. ✓ Esse receptor poli-Ig junto com a IgA vão ser englobados pela célula do enterócito, vão passar por dentro da célula constitutiva de parede e depois vai ser liberada na luz intestinal. ✓ A IgA sempre vai ser liberada na luz intestinal ainda com uma parte do receptor, que é a porção secretora, que tem importante papel onde essa IgA consegue uma sobrevida no lúmen, ou seja, se ela fosse liberada puramente presa na cadeia J, a sobrevida dela no lúmen seriamuito menor, visto a presença desse resíduo desse receptor de passagem. ✓ Quando se tem estímulo de produção de IgA via T dependente, ela chega na mucosa da luz do mesmo jeito, mas a grande diferença é que chega do mesmo jeito, então tem sobrevida menor, já que faz infecção aguda. → Funções de IgA na mucosa: ✓ 1 – Principalmente realizar neutralização direta do patógeno na luz do órgão recoberto pela mucosa. ✓ 2 – Capaz, enquanto ainda está sendo transportada, se houver presença de toxina no caminho, a vesícula da IgA é capaz de entrar em contato e neutralizar ela ainda dentro do endossomo. Então no momento que a CD vai fagocitar IgA, se nesse citoplasma que vai ficar dentro do endosso, houver a presença de toxina, a IgA já tem capacidade de se aderir. ✓ 3 – Durante o próprio transporte ela capturar essas toxinas que já estejam presentes na lâmina própria do indivíduo, levando consigo para o lado de fora, ou seja, conforme o IgA foi liberada do plasmócito, e ela está sendo direcionada para se ligar a proteína que vai carreá-la para dentro da célula, se no meio da lâmina própria for capaz de encontrar alguma coisa já se adere e leva. ✓ Então ela já trabalha a partir do momento em que foi liberada. → Papel da IgD na resposta de Mucosas: controle da própria homeostase, participa de todo o processo. Produzida em grande quantidade por linfócitos B, principalmente os presentes no NALT. Assim como o IgA ele é produzido por uma mudança de classe (switching) de um IgM para IgD. ✓ Presença de citocina no centro germinativo, faz com que a célula B naive com a presença de IgD seja estimulada a hipermutação, a célula que é liberada para circulação tem a presença tanto de IgM quanto IgD, mas como a presença do estímulo é para a produção de IgD, tem um switching de uma célula B naive produtora de IgM para uma célula produtora de IgD. ✓ Então o plasmócito produtor de IgD cai na circulação e será um secretor direto na luz do intestino, produzindo assim IgD de alta afinidade. ✓ Então as células da nasofaringe (células B), começam a produção de IgD na superfície, e ela transportada para a luz vai se ligar aos microrganismos comensais e a antígenos alimentares principalmente. ✓ O aumento dos plasmócitos do tipo IgD, produzem esse anticorpo que se liga ao mastócito e ao basófilo, diferente da IgE, por um receptor específico de IgE se liga a Galactina 9 e ao CD44 (específico para IgD) e estimula mastócito e basófilo a bloquear mediadores de inflamação, principalmente aos de alergia. ✓ Então a ação da IgD vai estar ligada diretamente a tolerância de antígenos alimentares. Essa ação direta da ação direta no mastócito e basófilo, faz com que essas células não reconheçam os antígenos alimentares como algo ruim, e consequentemente a gente tolera alimentos e não faz alergia alimentar. ✓ Os mastócitos e basófilos que são estimulados por IgD, vão estar envolvidos na defesa de mucosa, diminuem o recrutamento de células envolvidas na inflamação, faz com que eles aumentam a liberação do BAFF, que além de estimular Th2, aumenta a produção de IgG1 e IgG4, em quantidade maior que a IgE, ou seja, ela suprime a reação alérgica direta: (hipermutação somática significa proliferação clonal, e começa depois que a célula B foi ativada). → Sistema imunológico associado à pele: reconhecimento e produção de células de resposta vai ser o mesmo, mudam alguns detalhes como tipo de citocina, algumas células (como a de Langherans). O linfócito intraepitelial TCD8 na presença de peptídeo antimicrobiano, reconhece o dano ou a infecção viral, igual no GALT: no restante da derme, até a passagem para o linfático, reconhecimento específico, depois presença de células especificas de resposta. ✓ Pele não tem uma quantidade de bactérias comensais como o intestino, mas também possui. → De forma geral essa resposta imune de imigração do linfócito que foi descrita, é exatamente como vai acontecer aqui, mas essa chegada depende de cofatores. → Na pele tem estímulo direto, que gera reconhecimento do CD, que quando vai processar esse antígeno, ela processa associado a esse estímulo, ela processa associado metabolitos pequenos da vitamina → No caso do intestino, ao invés de ter vitamina D vai haver metabolitos de vitamina A, e a CD vai até o linfonodo procurar o linfócito T para apresentar esse antígeno, ele faz isso na presença desses metabólitos, D, por exemplo, na hora que a CD chega no linfonodo e vai apresentar para célula T desenrolar a defesa, esse antígeno inicial vai ser estimulado associado a esses metabolitos da vitamina D. Então as citocinas que vão ser produzidas nessa comunicação CD e linfócito T no linfonodo, vai estar presente nos metabolitos, e consequentemente esse linfócito já sai procurando a pele. logo o estímulo de citocina e molécula de adesão vai ser diferente, e então a célula vai saber que precisa ir para o intestino. → Ativação do antígeno alimentar junto com o estímulo da vitamina D, do sol, os receptores de citocinas que são estimulados é o CCR10, CCR4 e a P-selectina. → Diferente de quando esse estímulo é oriundo da pele, tem a interleucina estimulatoria α-4-β7, bem como receptor CCR9. Quando o patógeno chega associado a esses marcadores, o destino desse linfócito T específico vai ser direcionado para a pele. → Dependendo do fator tecidual tem um estímulo ao linfócito T específico, e de acordo com as citocinas e as moléculas de adesão produzidas caminhar para o tecido de destino. → Célula dendrítica em contato com a vitamina A, mais o antígeno, leva toda a informação para dentro do linfonodo, e apresenta para célula B ou T naive, o tipo de estímulo que vai já tem o receptor de superfície CCR9, que se liga a proteína na membrana do endotélio e assim como vai haver receptor específico para o que o linfócito está trazendo informação para os radicais metabólicos oriundos da vitamina A, sabendo que o local onde deve ir é para o intestino. → Na pele:
Compartilhar