Buscar

Imunidade de Mucosas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

→ É de grande importância porque é o nosso contato 
com o meio externo, então todo nosso 
reconhecimento depende de uma regulação grande 
para que respostas imunes não sejam desencadeadas 
quando não há necessidade. Por termos contato com o 
meio externo, a nossa necessidade de reconhecimento 
do próprio para o não próprio parte inicialmente do 
reconhecimento das mucosas e da pele. 
→ A área do sistema imune relacionada a mucosa é a 
nossa maior área de exposição, é o local onde vamos 
ter (com exceção do linfonodo) uma das maiores 
populações de linfócitos de maneira geral. 
→ Tecido mucoso: 
 
 
→ É subdividido para interpretação, então quando 
falamos a respeito de tecido linfoide associado a 
mucosas chamamos isso de MALT, que pode ser 
dividido em GALT (intestino), NALT (nasofaringe) e 
BALT (pulmão). 
→ O NALT consiste de agregados linfoides conhecido 
como anel de Waldeyer que está localizado na 
orofaringe e nasofaringe, inclui os órgãos secundários: 
adenoides e as tonsilas palatina e lingual. São locais 
importantes para amadurecimento e direcionamento 
de especificidade. 
 
 
→ Na entrada do trato respiratório superior e na 
entrada do trato gastrodigestorio, temos esses locais 
onde vai haver reconhecimento de antígenos para a 
proliferação de resposta imune específica. 
→ A manutenção desse tecido é extrema, já que é um 
ponto de convergência tanto da entrada da parte 
respiratória quando gastrointestinal. 
G A L T 
→ Formado basicamente por células epiteliais, é o 
tecido mucoso composto por uma camada dessas 
células, que separem a luz do intestino da lâmina 
própria. 
→ Nele estão presentes as células caliciformes 
responsáveis pela produção de muco, células de 
Paneth (presentes nas criptas do intestino e fazem 
reconhecimento imune muito importante), e células M 
(microprega) que são encontradas estruturalmente no 
epitélio e tem função importante de reconhecimento e 
no transporte dos antígenos direto, abaixo delas 
sempre vai haver uma placa de Payer (tecido similar ao 
linfonodo só que não está capsulado), ou seja é um 
vigia do processo, já que todas as substâncias 
presentes na luz acabam sendo transportados pela 
célula M, reconhecendo se está tudo bem). 
→ O muco é produzido continuamente pelas células 
caliciformes, com presença de proteína e 
polissacarídeos e mucina que dá a viscosidade. Tem 
uma camada mais espessa próxima as células, e outra 
camada mais externa associada água, mais fluida. 
→ Isso é importante tanto para a absorção dos 
nutrientes quanto para a resposta imune, associado ao 
muco temos os peptídeos antimicrobianos produzidos 
principalmente pela célula de Paneth, que fica aderido 
 
em maior porção ao muco da camada interna, e a 
presença de microrganismos comensais associados ao 
muco de camada externa. 
→ Essas células de Paneth produzem 
constitutivamente tanto proteína quanto na 
verdade peptídeos, com ação antimicrobiana e vão 
ser crescendo secretados o tempo todo ficando 
presente nessa camada interna do muco, então é 
uma primeira linha de defesa. 
 
→ Assim como essa associação entre nossa defesa 
com essas bactérias que se consegue manter a 
homeostase do intestino, já que as comensais são 
bactérias que auxiliam a nossa digestão e quebram 
algumas proteínas e auxiliam na competição direta 
com bactérias patogênicas (impedem a proliferação 
excessiva delas). Estão sempre na luz do intestino, 
e não na lâmina própria. 
→ Então temos: 
✓ Uma camada de células do epitélio; 
✓ Nas criptas a presença das células de Paneth; 
✓ Células M que fazem parte constituinte da 
membrana da mucosa; 
✓ A placa de Payer (conjunto de células dendríticas, 
linfócitos B e T, com conformação semelhante a de 
um linfonodo, porém eles não são 
capsulados/delimitados, tem ligação direta com a 
lâmina própria) 
✓ Existem as células dendríticas na lâmina própria e 
aderidas ao epitélio – podendo lançar 
pseudópodes por entre as células epiteliais, mas o 
principal local é de forma mais interna, não estão 
fora do tecido epitelial, mas podendo se comunicar 
com a parte externa. Tem responsabilidade desse 
reconhecimento do antígeno. 
✓ Presença de linfócitos intraepiteliais, que vão 
estar presentes aderidos e entre as células 
epiteliais, participando ativamente da defesa. 
✓ Macrófagos e mastócitos , células linfoides inatas 
residente e produtora de anticorpo direto. 
→ O tecido epitelial da mucosa está o tempo inteiro 
trabalhando para nossa barreira, trabalhando para 
deixar o enterócito capaz de absorver nutrientes pelos 
microvilos e não passar por infecção o tempo todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Tem como principal função a capacidade de 
produzir interleucina IL-22 e IL-17, que vão 
direcionar a forma com que nós vamos reagir a 
entrada de antígenos (bactérias e vírus...) via célula 
M ou mesmo quando conseguem romper nossa 
barreira epitelial. 
 
✓ Então a presença dessas estruturas linfoides, no 
caso da placa de Payer, tem como 
responsabilidade interpretar o estímulo assim 
como os linfonodos fazem. A distribuição células 
na placa é muito semelhante ao linfonodo, a célula 
dendrítica traz a informação que vai ser processada 
na extremidade do folículo – já tem células com 
resposta específica, e aí vai haver formação de 
célula T e B específica para resposta imune direta. 
 
✓ É justamente nessa placa, assim como no 
linfonodo, que o linfócito B e o TCD4+ vão interagir, 
é o local onde acontece essa cooperação do 
linfócito T com o linfócito T helper folicular. É onde 
inicialmente vamos ter a produção de anticorpos, 
não mais os anticorpos naturais da mucosa, mas 
anticorpos específicos ao possível agressor que 
acabou entrando. 
 
✓ Na estrutura do vilo intestinal existe a presença de 
ducto linfático aferente, que vai levar informação 
para linfonodo mesentérico para gerar resposta 
imune específica: 
 
 
 
 
 
✓ De maneira geral no intestino tem o 
funcionamento tanto do reconhecimento 
específico via placa de Payer, quanto o 
reconhecimento via linfonodo mesentérico. Visto 
não só a área, mas a quantidade de bactérias e a 
quantidade de toxinas e possíveis agressores que 
temos contato pelo intestino. 
→ Esse reconhecimento via mucosa intestinal vai 
funcionar tanto para o possível agressor quanto para as 
proteínas alimentares, podendo por exemplo, uma 
proteína reconhecida como não própria estimular 
resposta imune específica, tóxica ou alérgica, utiliza 
todo esse mecanismo. 
→ Papel da microbiota e do epitélio na modulação da 
resposta imune: 
✓ Essa microbiota tanto de vírus e bactérias, estão 
presentes no muco e tem relação direta e de 
extrema importância com a nossa resposta imune 
direta, em estados normais e de eubiose temos a 
presença de microrganismos comensais que são 
controlados pelo nosso próprio sistema 
imunológico. 
 
✓ Temos liberação tanto de anticorpo do subtipo IgA 
quanto peptídeos antimicrobianos controlando o 
número e o tipo desses comensais presentes no 
muco, a resposta imune é produzida e controlada 
inicialmente por peptídeos. 
 
✓ (*) Todo o controle que ocorre depende dessa 
quantidade e do tipo das bactérias. Em um estado 
normal, os microrganismos produzem metabólitos 
que vão ser introduzidos nos nossos tecidos, as 
células epiteliais têm capacidade de reconhecer 
esses metabólicos – principalmente através das 
moléculas de reconhecimento tipo NOD2 presente 
na célula epitelial (enterócito). A partir do 
momento em que esse reconhecimento via NOD2 
há um aumento na produção de peptídeos 
antimicrobianos, que vai controlar essa população 
que vive no nosso muco: 
 
 
 
 
 
 
→ Essas células através dos linfócitos residentes (das 
células inatas residentes de tipo 3), vão produzir a IL-
22 e a IL-17, mas principalmente IL-22 que vai agir em 
cima das células epiteliais – estimulando a produção de 
maisou menos peptídeo antimicrobiano. 
 
✓ Esses peptídeos induzidos pelas células epiteliais 
associadas a células inatas, controla esse número 
de microrganismos comensais presentes no 
intestino. 
 
✓ O tempo todo está havendo a passagem de 
componente estrutural desses microrganismos 
residentes → há o reconhecimento via célula 
linfoide inata até mesmo pelos Toll like receptor 
(TLR), que interpreta se a molécula é “ruim ou boa” 
de modo a liberar a citocina que vai controlar a 
quantidade de peptídeo antimicrobiano: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Ou seja, aumentou a flora, aumenta a quantidade 
do peptídeo – diminui a flora, diminui a quantidade 
de peptídeo. 
✓ Os componentes que vão ser reconhecidos podem 
ser estruturais de bactérias e de nossas células 
próprias. 
→ Essa tolerância é gerenciada através das células 
dendríticas, que vão se diferenciar em tolerogênicas 
(que produzem pouca quantidade de molécula 
coestimulatória e grande quantidade de TGF-β que 
induz as células Treg sejam produzidas) 
✓ As células Treg promovem tolerância a antígenos 
alimentares e de microrganismos comensais. 
 
✓ Quando está havendo bom funcionamento entre 
produção de peptídeos antimicrobianos, 
população dessas bactérias comensais, as nossas 
células residentes estão reconhecendo isso como 
algo normal, a passagem de ácidos graxos de 
* 
cadeia curta relacionados a homeostase e bom 
funcionamento do muco e células epiteliais, temos 
a célula dendrítica tolerando, estimulando TGF-β, 
principalmente associado a ácido retinóico 
(proveniente da vitamina A da dieta), vai fazer 
tolerância antígeno alimentar e a microrganismos 
comensais, fazendo equilíbrio. 
 
→ Enquanto não há sinal de infecção ou de agressão 
por toxina, por exemplo, essa célula dendrítica está 
produzindo esse TGF-β (1), que induz a ação do Treg, 
para manter todo mundo trabalhando de forma estável 
em eubiose/homeostase. Nesse cenário não tem 
produção de resposta imune inflamatória, existe 
apenas a manutenção desse estado de tolerância: 
 
 
→ Quando há presença de patógeno, ou desequilíbrio 
dessas bactérias comensais, ou seja, um processo 
infeccioso chamado disbiose – desregulação da 
mucosa comensal, que leva principalmente a lesão ou 
destruição das células epiteliais (quebra da barreira), 
vai ocorrer a entrada do próprio microrganismo, e um 
conjunto de substancias que não são reconhecidas 
como aqueles “não ruins”, as células linfoides 
residentes (principalmente do tipo 1 ) vai reconhecer 
esse antígeno, através das PAMPs e das DAMPs. 
Começam a produzir IFN-γ, e esses componentes 
estruturais (PAMPs e DAMPs), estimulam a célula 
dendrítica madura a apresentar o antígeno e a resposta 
deixa de ser via Treg e passa a ser via Th1 ou Th17, 
dependendo tipo de agressor presente, em conjunto 
desse IFN-γ que é produzido pela célula linfoide inata 
residente tipo 1, junto com o que vai ser produzido via 
célula dendrítica, temos o estímulo para aumento de 
produção (e para trazer para o campo do processo 
inflamatório) do linfócito Th1 e Th17, essas células 
podem ser estimuladas diretamente por receptores de 
parte interna, principalmente do tipo Toll e faz com 
que o próprio enterócito seja capaz de produzir 
citocina que também vai gerar aumento de célula Th1 
e Th17. 
 
✓ Esse aumento de patógeno no lúmen faz estímulo 
pró-inflamatório, tanto pela lesão direta do 
endotélio (1) (gerando os PAPMs e os DAMPs – 2), 
reconhecimento via células linfoides inatas do tipo 
1 (3), produção de IFN-γ (4) → aumento na ação e 
no reconhecimento de célula dendrítica, que por 
sua vez vai estimular Th1 e Th17 (5). 
 
✓ Mas também pode acontecer estímulo direto (6), 
quando esse antígeno é reconhecido via TLR (7) 
estrutural do enterócito que vai produzir citocina 
pró-inflamatória (8) também para estímulo de 
inflamação via Th1 e Th17, que por sua vez vão 
trazer para o campo neutrófilo e ativação de 
macrófago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: nesse caso então não ocorre indução de 
tolerância porque a resposta inflamatória está 
completa, ou seja, tem um recrutamento das células 
imunes como um todo. O mecanismo que estava 
havendo na eubiose, a partir do momento que há um 
agressor/lesão ao endotélio, vai parar e vai haver uma 
resposta imune completa. 
→ Células da microprega ou células M: constituem 
diretamente o tecido epitelial, e são capazes de 
transportar continuamente as substâncias que estão 
presentes na luz para o interior da placa de Payer, e 
onde o sistema imune vai ser capaz de reconhecer o 
antígeno comensal ou o antígeno patogênico. Então 
como a célula M faz parte da estrutura do epitélio 
mucoso, ela fica como um porteiro, ou seja, deixa 
entrar e essa apresentação/passagem é feita por 
1 
1 
2 3 
4 
5 
6 
7 
8 
dentro da célula M. E ela joga direto para a placa de 
Payer – mal comparando, é como uma vênula de 
endotélio alto levando o estímulo para dentro do 
linfonodo. 
✓ É importante essa passagem, para que se possa 
fazer a identificação da alteração da própria 
composição da microbiota. Por exemplo, bactérias 
que em pequenas quantidades são comensais, mas 
que por alguma alteração de pH ou dieta favorável, 
o que antes era comensal pode agora ser 
reconhecido como patogênico pela célula M, que 
vai estar sempre superior a uma placa de Payer. 
 
 
✓ Então a M é capaz de englobar essa partícula sólida 
ou líquida e realizar essa transcitose (passagem) 
por dentro da célula mostrando esse antígeno para 
a placa de Payer, então embaixo das células M vai 
ter presença de célula dendrítica, linfócito B e 
linfócito T (que são componentes da placa): 
 
✓ Essa captura do antígeno pela célula M pode 
acontecer por endocitose, onde o antígeno vai ser 
transportado através da célula até chegar na placa, 
ele pode passar (dependendo do tamanho e da 
estrutura) constitutivamente por dentro da célula 
M, no caso, por exemplo de ácidos graxos de 
pequena cadeia. Pode haver outras partículas 
menores que também vão chegar na placa, mas o 
principal mecanismo é captura do antígeno por 
endocitose e posteriormente por fagocitose – 
transportado pela célula M em vesícula, é liberado 
na membrana basal, e em baixo na placa de Payer, 
que vai reconhecer se é próprio ou não, 
principalmente para direcionar nossa resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Se o microrganismo capturado faz parte da 
microbiota comensal ou é um antígeno alimentar, 
a célula dendrítica faz esse reconhecimento da 
substância estranha e não vai ativar o modo 
completo de resposta imune. Então na presença do 
acido retinóico junto com o TGF-β, ela estimulam 
Treg que induz a tolerância – manutenção da 
homeostase. 
 
✓ Se o antígeno for derivado de patógeno, há 
ativação completa da célula dendrítica, graças ao 
reconhecimento dessas PAMPs e DAMPs, e isso 
gera resposta imune específica. 
 
✓ Quando a célula dendrítica (CD) reconhece 
antígeno de origem helmíntica, ela apresenta esse 
antígeno na presença de IL-4, esse estímulo 
diferencia a célula Th – helper, em célula do tipo Th 
– helper do tipo 2, que produz IL-,IL-5 e IL-13, que 
vão estimular célula B (produtora de IgE, anticorpo 
que vai se aderir a mastócito, estimular macrófago 
do tipo m2, eosinófilo, fazendo resposta imune 
específica para helminto). 
 
✓ A diferenciação do linfócito na placa de Payer vai 
depender do tipo de estímulo que está 
acontecendo , quando ele é oriundo de helminto, 
essa diferenciação vai ser em linfócito T-helper 2, 
que faz defesa principalmente contra patógeno 
extracelular (bactéria) e helminto (verme). 
Também é o mecanismo inflamatório para 
resposta alérgica, asma, alimentar. 
 
✓ Se o estímulo para CD vem através de outros tipos 
de patógeno, por exemplo, de fungo, vírus, 
bactérias intracelulares, tem o estímulo dessa CD, 
e ai vão ser receptores diferentes quevão ser 
estimulados, logo a diferenciação de linfócito vai 
ser diferente. Então dependendo do tipo de 
estímulo a CD vai liberar interleucinas diferentes. 
Logo o linfócito T também vai ser diferente. Então essa 
CD vai nesse caso, estimular resposta via Th17 e Th22, 
que vão produzir respectivamente IL-17 e IL-22 
(reconhece os peptidoglicanos dos antígenos), que vão 
estimular resposta imune de outra forma, trazer para o 
local células imunes diferentes do que seria uma 
resposta do tipo 2. 
✓ Dependo do tipo de estímulo, a resposta da placa 
de Payer vai ser diferente, assim como no 
linfonodo. Um dos problemas dessa ativação 
excessiva, por exemplo da célula M via célula 
dendrítica, é o que pode gerar a autoimunidade, 
então quando estão mal ativadas (reconhecem 
antígeno próprio, ou estão hiper ativadas), 
aumenta a possibilidade de gerar um 
autoantígeno, onde vai haver indução de alto 
imunidade. 
 
→ Linfócitos intraepiteliais: estão aderidos direto ao 
tecido epitelial, não são parte constitutivas, para fazer 
reconhecimento. Existem 2 formas: 
✓ Tipo A (resposta a antígenos): a célula epitelial 
infectada por vírus, por exemplo, faz uma 
apresentação de antígeno derivada do vírus via 
MHC I – então o MHC dessa célula vai expor 
proteína do vírus via MHC I, que são reconhecido 
pelos linfócitos, e eles reagem liberando grânulo 
citotóxico direto (granzimas e perforinas), 
destruindo essa célula, ou fazendo o 
reconhecimento via Faz-FasLigante, induz 
apoptose dessa célula. 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Tipo B (resposta ao dano ou estresse): pode agir 
independente da apresentação via MCH I, então a 
célula epitelial infectada ou lesionada, apresentam 
na superfície ligante que mostra a presença de 
dano celular, que apresentam receptores do tipo 
NKG2D e esses receptores liberam grânulos 
citotóxicos fazendo destruição direta dessas 
células (sem que haja reconhecimento via MHC). 
Então tem a presença de marcadores de dano ou 
infecção celular, a célula endotelial expressa 
principalmente os marcadores do tipo MIC-A e 
MIC-B, que vão ser reconhecidos pelos linfócitos 
intracelulares pelo receptor NKGD2, e ai o linfócito 
libera perforina e granzina, sem que haja estímulo 
via MHC. O dano causado pode ter sido, por 
exemplo, por uma toxina alimentar que lesou o 
enterócito. 
 
✓ Essa diferença de resposta de maneira patológica 
vai trazer quadros clínicos diferentes. Por exemplo, 
o Tipo A, quando se tem reconhecimento não via 
vírus, mas via autoantígeno é lesão endotelial 
causada na doença de Cronh (expressão via MHC 
de uma proteína da célula endotelial, diferente do 
que era ideal, passa a ser reconhecida como não 
própria). No tipo B, que não passa pelo MHC é o 
acontece na doença celíaca (o glúten gera dano na 
célula epitelial que gera esse tipo de resposta). 
 
→ Produção de IgA: é muito importante para a mucosa 
do TGI, que é secretada se associa ao muco e participa 
diretamente do combate ao patógeno, em geral o 
anticorpo que é produzido é um IgM, e posteriormente 
vai haver uma troca de classe para produção da IgA. 
Então existem 2 formas de produção na mucosa GALT: 
✓ T dependente: depende de célula T, antígeno é 
transportado via célula M para dentro da placa de 
Payer (1), vai ser reconhecido pela CD, ser 
processado e ser expresso na superfície da CD – 
apresentação de antígeno normal (2). CD por sua 
vez ativa linfócito T específico (CD4+ naive), esse se 
diferencia em linfócito T auxiliar ativada/efetora 
(3). Essa vai apresentar o antígeno para célula B 
dentro do folículo (4), se diferencia em 
Plasmoblasto(5), que vai começar a produzir 
anticorpos IgA que vão ser liberados direto na 
mucosa, mas principalmente via sanguínea (6) 
(passa pela parte circulatória até ser liberado na 
mucosa de novo vai ser atraído pelo próprio 
processo infeccioso intestinal), plasmócito 
secretor de IgA e liberada na mucosa (7). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ T independente: a PAMP/bactéria é reconhecida 
diretamente pela célula do enterócito (não pela 
célula M), entra na lâmina própria e é reconhecida 
pela CD via mecanismo do Toll (TLR). Esse tipo de 
reconhecimento quando a CD é ativada por esses 
polissacarídeos direto de bactéria, ela vai secretar 
citocina, TGF-β, APRIL e BAFF, e são elas que vão 
estimular a célula B presente na lâmina própria, a 
mudar de classe e produzir IgA que vai ser liberada 
direta na mucosa. Então a presença do APRIL e 
BAFF, quando no linfócito B que reconhece esse 
polissacarídeo por exemplo, ele substitui a 
necessidade daquele reconhecimento CD40-
CD40L, necessário para ativação do linfócito B, de 
forma que o linfócito B presente na lâmina troque 
a classe de corpo que está sendo produzida de IgM 
para IgA que vai ser secretada na luz intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Esse tipo é uma exceção que ocorre no GALT. Nos 
linfonodos é preciso do reconhecimento CD40-CD40L. 
→ A relação principalmente pela ativação direta de IgA 
da mucosa, que não passa pelo linfócito T, tem se 
observado que é a própria microbiota intestinal que faz 
essa regulação, ou seja, quando só entra antígeno 
reconhecido como comensal, a quantidade de IgA 
secretada na luz intestinal é regulada por conta dessa 
microbiota. Então menos microbiota, menos IgA na 
mucosa, e mais microbiota vai aumentar IgA. 
→ A importância da microbiota direta na produção de 
IgA funciona dessa forma: 
✓ Por exemplo, um alimento rico em fibra, onde vão 
fermentar graças a microbiota intestinal, essa 
fermentação produz ácidos graxos de cadeia curta 
(butirato, acetato e propionato) que quando 
penetra de forma passiva no epitélio, são capazes 
de estimular o desenvolvimento de célula 
dendrítica com função tolerogênica. 
 
✓ Então os ácidos graxos vão entrar diretamente via 
enterócito e aumentam desenvolvimento e 
especificidade de CD de função regulatória, que na 
lâmina própria aumentam expressão de FoxP3 
(citocina de diferenciação que favorece o Treg) e 
isso mais as células helper foliculares, cooperam 
com o linfócito B para que haja tolerância da 
mucosa. 
 
✓ Consequentemente regulam a liberação da IgA, de 
forma que só controle a presença do 
microrganismo comensal, ele não estimula doença, 
então a presença de uma microbiota regulada, tem 
ação total no crescimento e diferenciação no 
crescimento do microrganismo comensal - diminui 
a entrada e possibilidade de crescimento de um 
patógeno ou mesmo de uma descompensação 
desse microrganismo comensal. 
 
✓ Age em conjunto com os peptídeos 
antimicrobianos. 
→ Transporte da IgA na mucosa: a IgA que foi 
produzida de “manutenção e regulação da 
microbiota”, é o principal mecanismo dessa IgA de 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
controle é o mecanismo T independente. Então o 
plasmócito produtor da IgA, expressa também uma 
proteína chamada cadeia J que faz a junção de 2 
cadeias de IgA formando um dímero. Essa proteína de 
cadeia J, ao mesmo tempo que une as duas porções da 
IgA, vai ser capaz de se ligar a um receptor de 
imunoglobulina – receptor poli-Ig presente na lâmina 
própria. 
✓ Então a IgA é produzida no plasmócito e liberada 
como IgA dimérica, são 2 moléculas de IgA 
associadas a uma proteína de cadeia J, e essa 
cadeia J tem a capacidade de se ligar ao receptor 
poli-Ig (tem a capacidade de se aderir a cadeia J), 
para direcionar e levar essa IgA produzida até o 
enterócito. 
 
✓ Esse receptor poli-Ig junto com a IgA vão ser 
englobados pela célula do enterócito, vão passar 
por dentro da célula constitutiva de parede e 
depois vai ser liberada na luz intestinal. 
 
✓ A IgA sempre vai ser liberada na luz intestinal ainda 
com uma parte do receptor, que é a porção 
secretora, que tem importante papel onde essa IgA 
consegue uma sobrevida no lúmen, ou seja, se ela 
fosse liberada puramente presa na cadeia J, a 
sobrevida dela no lúmen seriamuito menor, visto 
a presença desse resíduo desse receptor de 
passagem. 
 
✓ Quando se tem estímulo de produção de IgA via T 
dependente, ela chega na mucosa da luz do 
mesmo jeito, mas a grande diferença é que chega 
do mesmo jeito, então tem sobrevida menor, já 
que faz infecção aguda. 
 
→ Funções de IgA na mucosa: 
✓ 1 – Principalmente realizar neutralização direta do 
patógeno na luz do órgão recoberto pela mucosa. 
 
✓ 2 – Capaz, enquanto ainda está sendo 
transportada, se houver presença de toxina no 
caminho, a vesícula da IgA é capaz de entrar em 
contato e neutralizar ela ainda dentro do 
endossomo. Então no momento que a CD vai 
fagocitar IgA, se nesse citoplasma que vai ficar 
dentro do endosso, houver a presença de toxina, a 
IgA já tem capacidade de se aderir. 
 
✓ 3 – Durante o próprio transporte ela capturar essas 
toxinas que já estejam presentes na lâmina própria 
do indivíduo, levando consigo para o lado de fora, 
ou seja, conforme o IgA foi liberada do plasmócito, 
e ela está sendo direcionada para se ligar a 
proteína que vai carreá-la para dentro da célula, se 
no meio da lâmina própria for capaz de encontrar 
alguma coisa já se adere e leva. 
 
✓ Então ela já trabalha a partir do momento em que 
foi liberada. 
→ Papel da IgD na resposta de Mucosas: controle da 
própria homeostase, participa de todo o processo. 
Produzida em grande quantidade por linfócitos B, 
principalmente os presentes no NALT. Assim como o 
IgA ele é produzido por uma mudança de classe 
(switching) de um IgM para IgD. 
✓ Presença de citocina no centro germinativo, faz 
com que a célula B naive com a presença de IgD 
seja estimulada a hipermutação, a célula que é 
liberada para circulação tem a presença tanto de 
IgM quanto IgD, mas como a presença do estímulo 
é para a produção de IgD, tem um switching de 
uma célula B naive produtora de IgM para uma 
célula produtora de IgD. 
 
✓ Então o plasmócito produtor de IgD cai na 
circulação e será um secretor direto na luz do 
intestino, produzindo assim IgD de alta afinidade. 
 
✓ Então as células da nasofaringe (células B), 
começam a produção de IgD na superfície, e ela 
transportada para a luz vai se ligar aos 
microrganismos comensais e a antígenos 
alimentares principalmente. 
 
✓ O aumento dos plasmócitos do tipo IgD, produzem 
esse anticorpo que se liga ao mastócito e ao 
basófilo, diferente da IgE, por um receptor 
específico de IgE se liga a Galactina 9 e ao CD44 
(específico para IgD) e estimula mastócito e 
basófilo a bloquear mediadores de inflamação, 
principalmente aos de alergia. 
 
✓ Então a ação da IgD vai estar ligada diretamente a 
tolerância de antígenos alimentares. Essa ação 
direta da ação direta no mastócito e basófilo, faz 
com que essas células não reconheçam os 
antígenos alimentares como algo ruim, e 
consequentemente a gente tolera alimentos e não 
faz alergia alimentar. 
 
✓ Os mastócitos e basófilos que são estimulados por 
IgD, vão estar envolvidos na defesa de mucosa, 
diminuem o recrutamento de células envolvidas na 
inflamação, faz com que eles aumentam a 
liberação do BAFF, que além de estimular Th2, 
aumenta a produção de IgG1 e IgG4, em 
quantidade maior que a IgE, ou seja, ela suprime a 
reação alérgica direta: 
(hipermutação somática significa proliferação clonal, e 
começa depois que a célula B foi ativada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Sistema imunológico associado à pele: 
reconhecimento e produção de células de resposta vai 
ser o mesmo, mudam alguns detalhes como tipo de 
citocina, algumas células (como a de Langherans). O 
linfócito intraepitelial TCD8 na presença de peptídeo 
antimicrobiano, reconhece o dano ou a infecção viral, 
igual no GALT: no restante da derme, até a passagem 
para o linfático, reconhecimento específico, depois 
presença de células especificas de resposta. 
✓ Pele não tem uma quantidade de bactérias 
comensais como o intestino, mas também possui. 
 
→ De forma geral essa resposta imune de imigração do 
linfócito que foi descrita, é exatamente como vai 
acontecer aqui, mas essa chegada depende de 
cofatores. 
→ Na pele tem estímulo direto, que gera 
reconhecimento do CD, que quando vai processar esse 
antígeno, ela processa associado a esse estímulo, ela 
processa associado metabolitos pequenos da vitamina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ No caso do intestino, ao invés de ter vitamina D vai 
haver metabolitos de vitamina A, e a CD vai até o 
linfonodo procurar o linfócito T para apresentar esse 
antígeno, ele faz isso na presença desses metabólitos, 
D, por exemplo, na hora que a 
CD chega no linfonodo e vai 
apresentar para célula T 
desenrolar a defesa, esse 
antígeno inicial vai ser 
estimulado associado a esses 
metabolitos da vitamina D. 
Então as citocinas que vão ser 
produzidas nessa comunicação 
CD e linfócito T no linfonodo, 
vai estar presente nos 
metabolitos, e 
consequentemente esse 
linfócito já sai procurando a 
pele. 
 
logo o estímulo de citocina e molécula de adesão vai ser diferente, e então a célula vai saber que precisa ir para o 
intestino. 
→ Ativação do antígeno alimentar junto com o estímulo da vitamina D, do sol, os receptores de citocinas que são 
estimulados é o CCR10, CCR4 e a P-selectina. 
→ Diferente de quando esse estímulo é oriundo da pele, tem a interleucina estimulatoria α-4-β7, bem como receptor 
CCR9. Quando o patógeno chega associado a esses marcadores, o destino desse linfócito T específico vai ser 
direcionado para a pele. 
→ Dependendo do fator tecidual tem um estímulo ao linfócito T específico, e de acordo com as citocinas e as moléculas 
de adesão produzidas caminhar para o tecido de destino. 
 
→ Célula dendrítica em contato com a vitamina A, mais o antígeno, leva toda a informação para dentro do linfonodo, 
e apresenta para célula B ou T naive, o tipo de estímulo que vai já tem o receptor de superfície CCR9, que se liga a 
proteína na membrana do endotélio e assim como vai haver receptor específico para o que o linfócito está trazendo 
informação para os radicais metabólicos oriundos da vitamina A, sabendo que o local onde deve ir é para o intestino. 
 
 
→ Na pele:

Outros materiais