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Clivagem: Até 24h após a fertilização, o zigoto inicia uma série de rápidas divisões celular mitóticas denominada clivagem. Ao longo das clivagens, são geradas células-filhas menores, denominadas blastômeros, ao mesmo tempo em que ocorre o transporte do embrião em direção ao útero para a posterior implantação 2° dia: estágio de 4 blastômeros; As clivagens são assíncronas. No estágio de 8 células, os blastômeros iniciam a compactação, que é um processo que possibilita a melhor interação célula- célula e é um pré-requisito para a posterior segregação das células internas que formarão a massa celular interna ou embrioblasto Compactação: - Proteínas de adesão célula-célula são fundamentais para a compactação do embrião recém-formado 3° dia: estágio de 12-32 blastômeros, o embrião é denominado mórula; - As células internas da mórula formarão a massa celular interna ou embrioblasto, que serão envolvidas pela camada de células achatadas, ou trofoblasto 4° dia: mórula alcança o útero e tem início o processamento de cavitação, com a formação da cavidade blatocística ou blastocele; - Neste estágio, o embrião é denominado blastocisto Implantacao - Com o aumento de líquido na cavidade blastocística, os blastômeros são segregados em duas partes: Embrioblasto: grupo pequeno de blastômeros -> primórdio do embrião Trofoblasto: células externas achatadas que darão origem a estruturas extraembrionárias, assim como a parte embrionária da placenta No ambiente uterino, a zona pelúcida começa a se degenerar e desaparecer; Por volta do 5° dia, o blastocisto eclode da zona pelúcida, um processo importante para o crescimento do blastocisto e a sua implantação na parede uterina Aproximadamente ao 6° dia após a fertilização, o blastocisto se adere ao endométrio uterino a partir do polo embrionário do blastocisto; - Polo embrionário X Polo abembrionário (parte inferior do blastocisto) Implantação: Aproximadamente a partir do 7° dia, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas celulares: - Citrofoblasto: camada de células internas e mitoticamente ativas; - Sinciciotrofoblasto: camada externa formada por uma massa protoplasmática e multinucleada que invade o endométrio uterino Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio; O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e libera enzimas proteolíticas que erodem o tecido materno, permitindo que o blastocisto se insira cada vez mais no endométrio Reação residual: com o início da implantação do blastocisto no endométrio uterino, as células do estroma endometrial começarão a se diferencias em células secretoras metabolicamente ativas, denominadas células deciduais - Tais células envolverão o embrião e ocuparão grande parte do endométrio, sendo fundamentais no fornecimento de um ambiente imunologicamente privilegiado para o desenvolvimento do concepto Ao final da 1ª semana, uma nova camada de células cuboides aparece na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística: o hipoblasto (endoderma primitivo) 2ª semana de desenvolvimento: Completa implantação do blastocisto; Formação do disco embrionário bilaminar, composto por duas camadas: epiblasto e hipoblasto; Formação das estruturas extra- embrionárias: cavidade amniótica, âmnio, saco vitelínico (ou vesícula umbilical) e o saco coriônico; Formação do sistema circulatório uteroplacentário Ao final da primeira semana, o blastocisto encontra-se superficialmente implantado no endométrio; Formação do disco embrionário bilaminar, a partir da reorganização do embrioblasto em camadas de células; - Hipoblasto (ou endoderma primitivo); - Epiblasto Estabelecimento do eixo dorsal-ventral primitivo do embrião No início da 2ª semana o sinciotrofoblasto continua se expandindo e invadindo a parede uterina e, assim, empurrando o blastocisto para seu interior; Sinciotrofoblasto secretará hcg (gonadotrofina coriônica humana), que manterá o corpo lúteo gravídico; O acúmulo de líquido entre o epiblasto e o citotrofoblasto leva a formação da cavidade amniótica Ao 9° dia o embrião está completamente implantado no endométrio uterino; Com a expansão do sinciciotrofoblasto, este passa a envolver todo o embrião; Formação das lacunas trofoblásticas -> importantes para o posterior desenvolvimento do sistema circulatório uteroplacentário; Início da formação do saco vitelínico primário (membrana exocelômica ou membrana de Heuser), a partir da migração das células do hipoblasto para o interior da cidade blastocística Simultaneamente ao desenvolvimento do saco vitelínico primário, é formado o mesoderma extraembrionário, que se dividirá em duas camadas para formar a cavidade coriônica ou celoma extraembrionário As lacunas trofoblásticas começam a se expandir e anastomosar com os capilares maternos, tornando-se repletas de sangue -> início da circulação uteroplacentária Uma 2ª onda de migração das células do hipoblasto formará o saco vitelínico secundário ou definitivo, enquanto que o saco vitelínico primário é empurrado e se fragmenta Ao final da 2ª semana, o disco bilaminar com seu âmnio dorsal e saco vitelínico (definitivo) ventral estará suspenso na cavidade cariônica por um espesso pedículo de conexão - O saco vitelínico definitivo ou vesícula umbilical é o principal local de hematopoiese (produção de células sanguíneas) e onde inicialmente são encontradas as células germinativas primordiais (CGPs) Sistema circulatório uteroplacentário: sistema pelo qual os sangue materno e fetal fluem através da placenta, entrando em proximidade e trocando gases metabólicos - Entre 11° a 13° dias: proliferação do citotrofoblasto em direção ao sinciotrofoblasto: vilosidades coriônicas tronco primárias - Ao 21° dia: o mesoderma extraembrionário começa a se diferenciar em tecido conjuntivo e vasos sanguíneos: vilosidade coriônicas tronco terciárias Gravidez ectópica: Normalmente, o blastocisto se implanta na parede posterior da cavidade uterina, entretanto em raros casos ele pode se implantar em regiões fora do útero, resultando em gravidez ectópica; O tipo mais comum de gravidez ectópica é aquela que ocorre na tuba uterina
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