Fertilização

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 Fertilização: visão geral 
 É a sequência de eventos coordenados que 
se iniciam com o contrato entre um 
espermatozoide e um ovócito, que 
normalmente ocorre na ampola da tuba 
uterina, e tem como resultado a formação 
do zigoto 
 Estrutura do ovócito e ovulação: 
 Durante a ovulação, o ovócito secundário é 
expelido, envolto por uma camada de 
células foliculares que compõe a corona 
radiata 
 Corona radiata: camada de células 
foliculares que envolvem o ovócito; 
 Zona pelúcita: camada de glicoproteínas 
que envolvem o ovócito, sendo produzida 
pelas células foliculares e o próprio ovócito 
durante a foliculogênese 
 Estrutura do ovócito: 
 Zona pelúcida: 
- As 4 glicoproteínas que compõe a zona pelúcida 
são denominadas: ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4; 
- ZP3 servirá como um receptor para ligação do 
espermatozoide à superfície da zona pelúcida, 
desencadeando a reação acrossômica; 
- A zona pelúcida atuará prevenindo a polispermia, 
ou seja, asseguram que apenas um único 
espermatozoide será capaz de se ligar ao ovócito 
secundário 
 Grânulos corticais: são pequenas vesículas 
secretórias localizadas abaixo da 
membrana do ovócito, sendo ricas em 
proteases e mucopolissacarídeos 
- São liberados durante a reação cortical, ou seja, 
no momento em que o espermatozoide interage 
com a membrana do ovócito; 
- Uma vez liberados no espaço perivitelínico, 
tornarão a zona pelúcida impenetrável para outros 
espermatozoides, bloqueando a poliespermia. 
 
 
 
 Transporte dos espermatozoides no 
sistema reprodutor masculino e feminino: 
 
 
 Transporte e capacitação dos 
espermatozoides: 
1. Ambiente ácido da vagina: faz a primeira seleção 
dos espermatozoides; 
2. As contrações musculares uterinas e da tuba 
uterina auxiliam no transporte dos espermatozoides; 
3. Os espermatozoides passam mais lentamente no 
istmo, por ser uma estrutura estreita; 
4. Termotaxia: a temperatura mais elevada do istmo 
torna os espermatozoides mais ativos, que seguem 
em direção ao ovócito; 
 
 
 
 
 
5. Quimiotaxia: as células da corona radiata 
secretam progesterona, que atrai os 
espermatozoides em direção ao ovócito 
 
 Fases da fertilização: 
 A-B: passagem do espermatozoide 
através da corona radiata: papel da 
enzima hialuronidase do acrossoma e dos 
movimentos do flagelo 
 C-D: ligação e penetração da zona pelúcida: 
ligação à ZP3 pela proteína de superfície 
do espermatozoide SED1 ; 
- Reação acrossômica: liberação de enzimas do 
acrossoma, que degradam a zona pelúcida, 
favorecendo a passagem do espermatozoide 
Principais enzimas acrossômicas: acrosina, enterase, 
colagenase, neuraminidase, hialuronidase, proteína 
ácida, dentre outras 
 E-F: fusão das membranas plasmáticas do 
espermatozoide e ovócito: espermatozoide 
ultrapassa o espaço perivitelínico e se liga 
à membrana do ovócito 
- Reação cortical ou zonal: liberação das vesículas 
secretórias dos ovócitos contendo proteases e 
mucopolissacarídeos tornam a zona pelúcida 
impenetrável a outros espermatozoides 
 
 
 Formação dos pronúcleos masculino e 
femino: 
- A penetração do espermatozoide no citoplasma do 
ovócito o induz a completar a segunda divisão 
meiótica, formando um ovócito maduro e 1 corpo 
polar; 
- Os cromossomos do ovócito se condensam 
formando o pronúcleo feminino; 
- A cauda do espermatozoide se degenera e o 
núcleo originará o pronúcleo masculino; 
- Os pronúcleos masculino e feminino têm a 
duplicação do material genético (diploide 2n); e se 
aproximam durante a metáfase da primeira divisão 
mitótica do zigoto 
 Resultados da fertilização: 
 Estimula o ovócito a completar a segunda 
divisão meiótica, gerando o segundo 
corpúsculo polar; 
 Restaura o número diploide (46) normal de 
cromossos no zigoto; 
 Resulta na variação da espécie humana 
através da mistura de cromossomos 
paternos e maternos (herança biparental); 
 Determina o sexo cromossômico do 
embrião (XX ou XY); 
 Causa a ativação metabólica do ovócito e 
inicia a clivagem (divisão celular) do zigoto 
 
 Fertilização in vitro: é um tratamento 
de reprodução humana assistida para 
casos de infertilidade feminina ou 
masculina, tais como: obstrução da 
tuba uterina; problemas na ovulação; 
endometriose; produção e função 
inadequada dos espermatozoides; 
doenças genéticas