Mamas - estrutura, conteúdo, funções e mudanças

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1 Maryanna Dantas 
Mamas – Estruturas, Funções e Mudanças 
 
 As mamas femininas são a parte mais anterior e proeminente do tórax e 
possui função reprodutora. 
 A superfície da mama é dividida em quadrantes para facilitar a localização 
anatômica e descrição de tumores e cistos. 
Quadrantes Mamários: superior medial e lateral, inferior medial e lateral. 
 
 
 O tamanho das mamas não lactantes é determinado pela gordura ao 
redor do tecido glandular. Sendo assim, durante a puberdade, as 
mamas femininas normalmente aumentam, em parte devido ao 
desenvolvimento glandular, mas principalmente por aumento da 
deposição de gordura. 
 Além disso, o tamanho e o formato da mama são determinados, em parte, 
por fatores genéticos, étnicos e alimentares. 
 O corpo da mama é delimitado por possui um sulco inframamário e as 
duas mamas separadas por um sulco intermamário. 
 
O médico pode descrever a 
localização de alguma 
consistência irregular conforme 
os quatro quadrantes (superior 
ou inferior e lateral ou medial) e 
segundo as horas, baseado num 
sistema horário. 
 
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 O corpo aproximadamente circular da mama feminina fica apoiado sobre 
um leito que se estende transversalmente da margem lateral do esterno 
até a linha axilar média e verticalmente da costela II a VI. 
 Dois terços do leito são formados pela fáscia peitoral sobre o músculo 
peitoral maior; o outro terço, pela fáscia que cobre o músculo serrátil 
anterior. 
 
 
 Entre a mama e a fáscia peitoral há um plano de tecido conjuntivo frouxo 
ou espaço potencial – o espaço retromamário. 
 Esse plano contém pouca gordura e permite que a mama tenha algum 
grau de movimento sobre a fáscia peitoral. 
 
 
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Observação: esse plano tem uma correlação clínica com tumores malignos. 
Quando um tumor atinge esse espaço ele perde sua mobilidade e adquire alta 
capacidade de metastizar. 
 As glândulas mamárias são os lobos presentes na mama que totalizam 
de 15 a 20. Estão localizados nos lóbulos e fixos à derme da pele 
sobrejacente por ligamentos cutâneos, os ligamentos suspensores da 
mama (também chamados ligamentos de Cooper). 
 Esses ligamentos são formados por tecido conjuntivo fibroso, mais 
desenvolvidos na parte superior da glândula e ajudam a sustentar os 
lobos e lóbulos da glândula mamária. 
 Os ductos mamários são tubos pequenos que carregam o leite dos 
lóbulos ao mamilo. 
 Ambos compõem o parênquima mamário. Eles se associam ao 
estroma, tecidos gorduroso e conjuntivo que circunda os ductos e 
lóbulos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. 
 Cada ducto tem uma parte dilatada, situada profundamente à aréola, o 
seio lactífero. 
 
 O seio lactífero acumula pequenas gotículas de leite, sendo tal seio 
estimulado pelo reflexo de ejeção do leite, causado pela sucção 
promovida pelo recém-nascido. Esse reflexo é um fenômeno hormonal 
que permite a secreção do leite na boca do bebê, sem que ele precise 
suga-lo da glândula. 
 Na puberdade, ocorre uma proliferação de ductos lactíferos em virtude 
do aumento da taxa de hormônios ovarianos. Esse é um dos fatores que 
levam ao aumento do tamanho das mamas nesse período, somado à 
deposição de gordura. 
 Na gravidez, a ação conjunta de hormônios leva ao crescimento das 
glândulas mamárias. Ocorre também uma proliferação de ductos e a 
formação de novas estruturas secretoras em um processo de preparação 
 
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para a amamentação. No entanto, a secreção de leite só ocorre na fase 
de lactação. 
 
 As aréolas são áreas pigmentadas e discoides que circundam a papila 
dérmica, encontradas na face superficial e anterior das mamas, em seus 
pontos médios. 
 
 
 
 Tubérculos areolares são saliências, destacadas em vermelho na figura, 
presentes ao redor da aréola, conhecidos como tubérculos de Morgani. 
 Tratam-se de glândulas sebáceas com características particulares que se 
apresentam em número de 12 a 20 em cada aréola. 
 Têm o objetivo de proteger e hidratar a aréola e a papila mamária. 
 Durante a gravidez elas crescem de tamanho, estimuladas por hormônios 
gonadotrópicos. São estruturas aliadas da amamentação pois secretam 
um sebo com função antibacteriana e hidratante. Assim, protege e evitam 
lesões e fissuras que prejudiquem a amamentação. 
 Existem evidências de que no puerpério tais estruturas liberem uma 
substância que atue como estimulante olfativo para o bebê, 
estimulando o aleitamento materno. 
 
 As aréolas são mais rosadas em crianças e em nulíparas (mulheres que 
nunca tiveram um filho viável), e escurece após a fecundação. Durante a 
 
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gravidez aumenta de tamanho, como foi dito, e adquire uma cor castanho-
escuro (aumento de melanócitos estimulado por estrógeno e 
progesterona). Após o aleitamento volta a clarear. 
 Papilas mamárias são as proeminências localizadas no centro da aréola 
de cada mama, conhecidas também como mamilos. 
 São constituídas por fibras musculares lisas cilíndricas que possuem 
duas funções: causam ereção da papila quando estimulada e auxiliam na 
saída do leite dos seios lactíferos à medida que comprimem os ductos 
quando o bebê suga a região. 
 Esses músculos também se encontram na parte interna da aréola mas 
são mais desenvolvidos na base da papila. 
 Durante o último trimestre da gravidez e nos primeiros aleitamentos, as 
papilas podem secretar o colostro, um líquido cremoso branco a 
amarelado que precede o leite. Ele é uma importante fonte nutritiva para 
o bebê pois contém proteínas, agentes imunes, vitaminas e minerais. 
 Elas podem apresentar-se em diferentes formas: cilíndrica, cônica, 
semiesférica, apendiculada e, até mesmo retraída. A retração é 
consequência de um erro no desenvolvimento embriológico cuja 
manifestação pode dificultar a amamentação. 
 Geralmente, as papilas de nulíparas são usadas como ponto de 
referência para a localização do 4o espaço intercostal. Mas em 
mulheres multíparas (que já deram a luz a duas ou mais crianças), as 
mamas costumam ser grandes e penduradas, fato que impede o uso 
dessa referência em mulheres adultas. 
 Em idosas, ocorre diminuição da gordura e do tecido glandular, o que 
reduz o tamanho da mama. 
 As alterações ocorrem em cada fase da vida da mulher e também pode 
ocorrer durante a embriogênese. 
 Durante a fase de desenvolvimento cutâneo embrionário, a ectoderme se 
espessa bilateralmente e dá origens a duas faixas ao longo do ventre, as 
cristas mamárias que vão da axila até a região inguinal. 
 
 
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 Nelas é esperado que apareçam dois focos mamários na região peitoral 
mas, em algumas pessoas, aparecem outros em sua extensão ou não 
aparece nenhum. 
 Politelia é definida pelo aparecimento de papilas malares acessória. 
 Polimastia é definida pelo estabelecimento de mamas numéricas, que 
podem apresentar ou não tecidos glandulares. 
 Amastia é quando não há desenvolvimento mamário. 
 
 
 
 Nos homens, a parte glandular das mamas é rudimentar e não funcional. 
Geralmente as mamas masculinas são pequenas e podem sofrer um 
discreto aumento temporário durante a puberdade. A ginecomastia é a 
hipertrofia de mamas masculinas após a puberdade e está relacionada a 
síndromes genéticas, desequilíbrios hormonais, uso de medicamentos e 
até tumores. 
 
 
Pré-operatório de paciente com 
mamas supranuméricas bilateral. 
Pré-operatório de paciente com mamas 
supranuméricas bilateral acima da área 
peitoral, na linha axilar.