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Arbovirose: Referência Bibliográfica: Livro: MICROBIOLOGIA MEDICA, 8º edição Livro: VIROLOGIA HUMANA, 3º edição Ecologia: temos muitas florestas no brasil e cada vez mais Características: Viroses transmitidas por artrópodes Não é uma família viral, só apenas uma classificação Podem causar encefalites, febres hemorrágicas Vetor: artrópodes Hospedeiro vertebrados: homem (ou outros animais) Hospedeiro final é o homem as cidades expandem em direção a elas nos deixando mais ex- postos as arboviroses Arboviroses: 210 espécies de arbovírus foram isoladas no Brasil 36 espécies causam doenças em humanos de forma espo- rádica, endêmica e/ou epidêmica Família Flaviviridae: Vírus de dengue, febre amare- la, Nilo Ocidental, Zika, Rocio, vírus da encefalite de St. Lo- uis Família Família Bunyaviridae: Vírus Oropouche, La Crosse, ví- rus da encefalite da Califórnia Família Togaviridae: Vírus Mayaro, Chikungunya, ví- rus de encefalites equinas venezuelana, do leste, e do oeste Círculo urbano: artrópode da cidade (quando o vírus é ca- paz de se multiplicar dentro desse mosquito) → homem Círculo silvestre: artrópode que vivem na floresta → vertebrado → homem em contato com a floresta Órgão alvo Controles: vacina, controle do vetor, educação pública e consciência ecológica Patogênese: Infecção após picada Replicação epitelial e/ou macrófagos e monócitos Flu-like (vírus RNA, interferon) – sinais e sintomas iniciais são semelhantes a um resfriado – dor no corpo, dor de cabeça Viremia Tropismo secundário Laboratórios de Referência: IAL, FIOCRUZ, IEC, CDC Recuperação: Imunidade inata – NK e Interferon Imunidade celular e humoral Anticorpos ajudam o controle da viremia Diagnósticos: Dificuldade Métodos imunoenzimáticos (ELISA) PCR (reação em cadeia da polimerase) Família Flaviviridae - Dengue, Zika: vírus de Rna fita simples e positiva ssRNA + Envelopado: capsídeo, com material genético dentro * * * * * * * * - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Zika Vírus – apenas um sorotipo Vírus da dengue – 4 sorotipos (vários genótipos) Vírus da Febre amarela – 1 sorotipo Proteína E no envelope Uma única sequencia aberta de leitura, traduzida em uma grande poliproteina que vai ser clivada (por proteases) em proteí- nas estruturais (fazem a estrutura viral, as que formam o capsí- deo, proteína E ligada ao envelope) e não estruturais (não fazem parte da estrutura viral – presentes só na replicação) 3 proteínas estruturais e 7 não estruturais O próprio material genético desses vírus já são RNA mensa- geiros, no próprio citoplasma consegue fazem replicação Proteína M: na membrana O genoma codifica uma poliproteína, a qual é clivada durante Genoma: e após a tradução por proteases virais e celulares As proteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, As proteínas estruturais (C, prM e E, azul) são codificadas à esquerda da ORF (aminoterminal) NS4B e NS5, rosa) são codificadas à direita da ORF (carboxiter- minal) Replicação: Adsorção: proteína G do envelope viral é capaz de ad- Replicação: absorveu na célula hospedeira, reconheceu um receptor e é endocitado (temos alteração de ph), após isso teremos o desnudamento que é a liberação do material genético no citoplasma, uma parte do vírus vai fazer uma poliproteina grande no ribossomo, e outra vai servir de mol- des para síntese de ssRNA (-) sorver a múltiplos receptores de diferentes tipos celulares em diferentes hospedeiros Genoma com ~ 10700 nucleotídeos Dengue vírus (DENV): Doença febril viral aguda A maioria dos pacientes se recupera após evolução clí- nica leve e autolimitada Pequena parte progride para doença grave A mais importante arbovirose que afeta o ser humano Sério problema de saúde pública no mundo Família Flaviviridae Gênero Flavivirus RNA, fita simples + Envelopado contém uma única open reading frame (ORF), flanquea- da por duas regiões não traduzíveis (UTR) Variação gênica entre os sorotipos 4 sorotipos: DENV 1-4 Obs: 2,5 bilhões de pessoas vivem sob risco de dengue e Genótipos: DENV 1 e 2 (5 genótipos) DENV 3 (4 genótipos) DENV 4 (2 genótipos) Não consideramos esse DENV 5, é apenas uma hipóte- se, pois em 2007 - Isolado de amostras da Malásia de um caso grave inicialmente classificado como DENV4 50 milhões de infecções/ano * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * - - - - - - - - - Ovos resistentes à dessecação no ambiente a um ano e 2 me- Vetor da dengue: Mosquito: gênero Aedes Américas: espécie A. aegypti Ásia e Pacífico: espécie A. albopictus Hábitos do Mosquito: Diurno e doméstico Reprodução Recipientes naturais/artificiais Dentro/peridomicílio Água limpa ou não Capacidade adaptativa ses e são resistentes a inseticidas Dengue hemorrágica/choque do dengue A dengue é a mais frequente arbovirose!!!! Infecção pode ser: Assintomática Febre do dengue O mosquito foi infectado pois ingeriram sangue conta- Transmissão: minado (pequena quantidade), dentro do mosquito o vírus se replica no intestino médio -ocorrendo no período extrín- seco de incubação (viremia no mosquito) - migrando para outros tecidos chegando até a glândula salivar, por isso que quanto picam outra pessoa tem uma grande quantidade de vírus para infecta-lo – período intrínseco incubação (vire- mia no homem) 1 dia ou 2 antes da febre a sorologia pode dar positiva, porém no final dela por causada dos anticorpos combaten- do o PCR pode dar negativo – importante para saber quan- do realizar o exame Replicação do vírus da Dengue (monócitos, macrófa- gos, células endoteliais, dendríticas) - - - - - - - - - - - - - - - - Sampson Exemplo: uma pessoa foi infectada com dengue 2, depois de um tempo produziu anticorpos contra o dengue 2. Essa pessoa po- de se infectar com dengue 1 posteriormente, pois os anticorpos de 2 não serve para o tipo 1, porem nosso corpo não distinguiu a diferencia entre os tipos, e quando infectada com dengue 1 o nos- so corpo produz vários anticorpos para dengue do tipo 2 que não é neutralizante para o tipo 1, porem se ligam aos vírus formando imunocomplexos, que serão fagocitados pelos macrófagos e os ví- rus iram se multiplicar dentro dessas células – teremos a produ- ção de citocinas, ativando sinema complemente e liberando subs- tancias como anafilotoxinas que alteram a permeabilidade dos vasos levando a uma coagulação intravascular, choque hipovolê- mico e edema Exame de sangue: hematócrito alterado, linfócitos atípicos, Tratamento importante é a hidratação do paciente para evitar o choque hipovolêmico leucopenia, diminuição de plaquetas Presença de anticorpos não neutralizantes opsonizantes é de- Dengue e imunidade humoral: A imunidade gerada para um sorotipo de DENV é protetora contra o sorotipo homólogo Não é protetora contra infecção por sorotipos heterólogos letéria Vacina Precisa ser tetravalente para ser completamente segu- ra contra dengue hemorrágica expressando glicoproteínas do envelope de dengue NS1 Vacina da Sanofi-Pasteur: indicado para pacientes que já tiveram dengue alguma vez vírus vacinal da febre amarela quimérico Urbano – homem Febre amarela: Doença febril aguda Curta duração (no Máximo 12 dias) Gravidade variável Apresenta-se como infecções subclínicas e/ou leves, até formas graves, fatais Apresenta-se como infecções subclínicas e/ou leves, até formas graves, fatais Formas graves com complicação hepática e renal Família: Flaviviridae Gênero: Flavivirus Envelopado, RNAss+ Vetor artrópode - Haemagogus janthinomis e Aedes aegypti (só a fêmea) Silvestre - macacos Febre amarela silvestre (Aedes, Haemagogus e Sabe- 2 ciclos epidemiológicos da febre amarela: Febre amarela urbana (A. aegypti) thes) Quadro Clínico: Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansa- ço e calafrios náuseas, vômitos e diarréia recupera-se completamente e fica permanentemente imuni- zado contra a doença. Complicações: * * * * * * * * * * * * - - - - - - - - - - • • As pessoasque sobrevivem recuperam-se totalmente Período toxêmico (fenômenos hemorrágicos) 15% dos doentes infectados apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em 50% dos casos Febre, dores abdominais, diarréia e vômitos Manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) Complicações hepática (icterícia) e renal (anúria) Doação de sangue: pode ser realizada 30 dias após vacinação Vacina: Vírus atenuado produzidos em ovos embrionados monovalen- te A partir de 09 meses - Dose única CUIDADO - VER CONTRA INDICAÇÕES VIAJANTES: Administrar a vacina 10 dias antes da viagem Porém há registro de mortes e manifestações neurológi- Zika: Família Flaviviridae Vírus RNA linear Envelopados Polaridade positiva Maioria dos indivíduos são assintomáticos, porem quando sin- tomáticos apresentam: doença febril aguda, autolimitada e sem muitas complicações em indivíduos sem comorbidades Com duração de três a sete dias cas, além de causar a microcefalia (Fonte: Ministério da Saúde, 2018) Transfusão sanguínea (viremia?) Transmissão: Vetorial (Aedes) Transmissão vertical (mãe-filho) - vírus no líquido am- niótico Sexual (vírus no sêmen) * * * * * * * - - - - - - - - - - - - - - - Citotrofoblasto (sistema Transmissão vertical: Tropismo do vírus pelo SNC nervoso do embrião em de- senvolvimento) Células Hof- bauer (macrófagos da placen- ta) - acesso aos vasos sanguí- neos do feto) O vírus tem tropismo pelo sistema nervoso central Patogênese do ZIKA: Flavivírus Replicação nas células dendríticas e citoplasma dos fibroblas- tos e queratinócitos da epiderme e derme; dispersão para os lin- fonodos e a corrente sanguínea Edema de extremidades, mialgia, astenia e dor de cabe- Patogênese: Infecção congênita pelo vírus Zika – especialmente no pri- meiro trimestre de gestação pode resultar em alterações cerebrais graves no recém-nascido, dentre as quais se destaca a microcefa- lia infecção pelo Zika prejudica a interação entre os neurônios e as células da glia, considerada essencial para o desenvolvimento do córtex cerebral Quadro Clínico: Infecção não fetal pelo Zika vírus Duração de 4 a 7 dias Exantema maculopapular de início precoce Febre (65 - 72%; com duração média de 2,9 dias Hiperemia ocular não purulenta Artralgia ou artrite ça Recém-nascidos à termo do sexo masculino que apre- Estima-se que 80% dos pacientes infectados sejam as- sintomáticos Em relação aos recém-nascidos, serão notificados e investi- gados como microcefalia: Recém-nascidos à termo do sexo feminino que apresen- tarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual à 31,5 cm sentarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual à 31,9 cm Família: Togaviridae Vírus envelopado - - - - - - - - - - - - - - - - Chikungunya deriva de uma palavra em Makonde - Significa RNAss de fita simples + 4 proteínas não estruturais e 5 proteínas estruturais Chikungunya (CHIKV): Chikungunya - doença febril A característica clínica mais importante e debilitante é a ar- tralgia Fonte: Ministério da Saúde (2017) Gênero: Alphavirus Importante alfavírus brasileiro que causa febre com poli- artrite “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pessoas que sofrem com a artralgia característica Atualmente, o único estado do país sem registro de casos au- O CHIKV foi isolado inicialmente na Tanzânia por volta de 1952 Desde então, há relatos de surtos em vários países do mundo (40 paises) Nas Américas, em outubro de 2013, teve início uma grande epidemia de chikungunya em diversas ilhas do Caribe 2014: Transmissão autóctone no Brasil Estados do Amapá e da Bahia tóctones é o Rio Grande do Sul Transmissão: Através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas pelo CHIKV Período de incubação: 2 a 10 dias após a picada Com duração média de sete dias Fase aguda ou febril: Febre de início súbito Surgimento de intensa poliartralgia (90% dos casos) Debilitante - Bilateral – simétrica Punhos, mãos e pés Edema Rash cutâneo - exantema (presente em mais de 50% dos casos) Outros sintomas – cefaléia, conjuntivite, fadiga, mial- gia, náusea e vômito * * * * * * * * * * * * - - - - - - - - - - - - - Edema persistente Fase aguda: Desaparecimento da febre Persistência da artralgia (poliartrite) Múltiplas articulações Tenossinovite (síndrome do túnel do carpo) Exantema mãos e pés Lesões cutâneas (bolhas e vesículas) Púrpuras Prurido Fase crônica: Artropátias crônico-degenerativas: musculoesquelética e neu- ropática Duração: três a seis anos Fase crônica - mais da metade dos pacientes Fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 Desordem articular preexistente e maior intensidade das le- sões articulares na fase aguda anos, significativamente maior no sexo feminino - - - - - - - - - - - - - -
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