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APS 10o-9o semestres 2020.2 - UNIP - Direito _ Mirela

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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
9º e 10º Semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discente: Mirela Aparecida de Souza de Oliveira - RA T8250b0 - Turma: DR9P18 
Discente: Adriana Angelica da Silva Silveira Coelho - RA T8113F3 - Turma: DR9P18 
Discente: Marlon Mandú Rodrigues - RA B719540 - Turma: DR0P18 
Discente: Nayara Caroline Silva de Oliveira - RA: C1655D8 - Turma: DR0P18 
Discente: Antônio Pizorusso Neto - RA. C944408 - Turma DR0P18 
Discente: Sergio Marangoni - RA T1120D0 - Turma DR0P18 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
Novembro 2.020 
 
 
1. PROBLEMA APRESENTADO 
 
Leiam atentamente a notícia abaixo: 
 
DECISÃO 
02/08/2019 06:50 
Companheira concorre igualmente com descendentes quando se tratar de 
filiação híbrida 
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu parcial 
provimento a recurso especial para fixar que o quinhão hereditário a que faz jus a 
companheira, quando concorre com os demais herdeiros – filhos comuns e filhos 
exclusivos do autor da herança –, deve ser igual ao dos descendentes quando se tratar 
dos bens particulares do de cujus. 
O recurso foi interposto pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul 
contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que, em sede de agravo de 
instrumento no curso de ação de inventário de bens, decidiu que os institutos do 
casamento e da união estável deveriam ter tratamento diferente e que, em relação aos 
bens adquiridos na constância da união estável, caberia à companheira receber quinhão 
hereditário igual ao dos filhos comum e exclusivos do inventariado. 
Para o MP, concorrendo a companheira com o filho comum e, ainda, com os 
filhos exclusivos do falecido, deveria ser adotada a regra do inciso II do artigo 1.790 do 
Código Civil, pois esta seria a que melhor atenderia aos interesses dos filhos – ainda 
que a filiação seja híbrida –, não se podendo garantir à convivente cota maior em 
detrimento dos filhos do falecido, pois já lhe cabe a metade ideal dos bens adquiridos 
onerosamente durante a união. 
O Ministério Público alegou também violação ao artigo 544 do Código Civil 
por força da doação de imóvel pelo de cujus à sua companheira em 1980 (bem que 
integraria o patrimônio comum dos companheiros, pois foi adquirido na constância da 
união). 
No caso analisado, o homem viveu em união estável com a recorrida de 
outubro de 1977 até a data do óbito, tendo com ela um filho. Além desse filho, o 
falecido tinha seis outros filhos exclusivos. 
Inconstitucionalidade 
O relator, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, afirmou que o Supremo 
Tribunal Federal já havia reconhecido como inconstitucional a diferenciação dos 
regimes sucessórios do casamento e da união estável, ao julgar o RE 878.694. 
"Ocorre que o artigo 1.790 do CC foi declarado, incidentalmente, 
inconstitucional pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do RE 
878.694, sendo determinada a aplicação ao regime sucessório na União Estável o quanto 
disposto no artigo 1.829 do CC acerca do regime sucessório no casamento", observou. 
Concorrência 
Sobre o reconhecimento, pelo acórdão recorrido, de que a convivente teria 
direito ao mesmo quinhão dos filhos do autor da herança em relação aos bens 
adquiridos na constância do casamento, o ministro observou que, ao julgar o REsp 
1.368.123, a Segunda Seção do STJ fixou entendimento de que, nos termos do artigo 
1.829, I, do CC de 2002, o cônjuge sobrevivente, casado no regime de comunhão 
parcial de bens, concorrerá com os descendentes do cônjuge falecido somente quando 
este tiver deixado bens particulares, e a referida concorrência será exclusivamente 
quanto aos bens particulares. 
Sanseverino explicou que, quando "reconhecida a incidência do artigo 
1.829, I, do CC e em face da aplicação das normas sucessórias relativas ao casamento, 
aplicável o artigo 1.832 do CC, cuja análise deve ser, de pronto, realizada por esta Corte 
Superior, notadamente em face da quota mínima estabelecida ao final do referido 
dispositivo em favor do cônjuge (e agora companheiro), de ¼ da herança, quando 
concorre com seus descendentes". 
De acordo com o relator, o Enunciado 527 da V Jornada de Direito Civil 
fixou que a interpretação mais razoável do enunciado normativo do artigo 1.832 do 
Código Civil é a de que a reserva de 1/4 da herança se restringe à hipótese em que o 
cônjuge concorre com filhos comuns do casal e com os filhos exclusivos do cônjuge 
que faleceu. 
Descendentes 
Segundo o ministro, tanto a Constituição Federal (artigo 227, parágrafo 6º) 
quanto a interpretação restritiva do artigo 1.834 do CC asseguram a igualdade entre os 
filhos e o direito dos descendentes exclusivos de não verem seu patrimônio reduzido 
mediante interpretação extensiva da norma. 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4744004
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1303827&num_registro=201201031033&data=20150608&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1303827&num_registro=201201031033&data=20150608&formato=PDF
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1829
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1829
https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/596
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art227%C2%A76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1834
Para Sanseverino, não é possível falar em reserva quando a concorrência se 
estabelece entre o cônjuge e os descendentes apenas do autor da herança, ou, ainda, em 
hipótese de concorrência híbrida, ou seja, quando concorrem descendentes comuns e 
exclusivos do falecido. 
"É de rigor, por conseguinte, a parcial reforma do acórdão recorrido, 
reconhecendo-se que a recorrida concorrerá com os demais herdeiros apenas sobre os 
bens particulares (e não sobre a totalidade dos bens do de cujus), recebendo, cada qual, 
companheira e filhos, em relação aos referidos bens particulares, o mesmo quinhão", 
concluiu. 
O ministro entendeu não ter sido demonstrada violação à legislação no 
questionamento trazido pelo MP em relação à validade de doação da sua propriedade de 
imóvel feita pelo finado à sua companheira em 1980. 
Leia o acórdão. 
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):REsp 1617501 (Disponível em: 
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Companheira-
concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-
da-heranca.aspx. Acesso em 28 de agosto de 2020) 
 
As atividades que o grupo deverá realizar são: 
 
1. Pesquisar os artigos, julgados e enunciados mencionados para conhecer seu 
inteiro teor. 
 
2. Redigir um comentário jurídico sobre a decisão e definir se concorda ou não 
com a decisão do STJ e, quais os motivos que fundamentam a opinião do grupo. 
Caso haja discordância entre os membros do grupo deverão apontar os 
argumentos discordantes. 
 
A princípio nos cabe esclarecer que trata-se de uma decisão referente a uma 
ação de sucessão legítima, presente e fundamentada no artigo 1.928 do CC/02. Em que 
na relação sucessória, estão envolvidos um filho em comum do de cujus com a 
companheira e outros 6 filhos exclusivos do de cujus, também chamados de 
descendentes híbridos. 
 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1821038&num_registro=201602009126&data=20190701&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&termo=REsp%201617501
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca.aspx
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca.aspxhttp://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca.aspx
A lide se desenrola no sentido de que a companheira do de cujus, que viveu 
com ele em situação de união estável por aproximadamente 40 anos, não seria herdeira 
necessária, vez que não é cônjuge. Por este motivo não concorreria com os demais 
herdeiros necessários. 
 
O relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, suscitou a 
inconstitucionalidade do artigo 1.970 do CC/ dada pelo STF, ao diferenciar regimes de 
união. Com isso, a companheira passou a ter os direitos enquanto herdeira necessária, 
sendo reservada sua meação de todos os bens adquiridos onerosamente no curso da 
união, também assegurado um imóvel doado a mesma pelo de cujus em vida em 1.999. 
 
Mas fato principal foi a consideração da companheira em condição de 
igualdade face a todos os herdeiros comuns e híbridos, quanto partilha dos bens 
particulares, como bem disciplina o artigo 1.829 CC/02: 
 
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo 
se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no 
da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, 
no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado 
bens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais.” 
 
Outra questão resolvida por meio da decisão proferida pelo STJ, foi quanto 
a reserva da quarta parte para o cônjuge com a morte do De Cujus conforme artigo 
1.832 do CC/02: 
“Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao 
cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a 
sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos 
herdeiros com que concorrer.” 
 
O STJ considerou apenas a reserva da quarta parte da herança quando a 
concorrência for com os descendentes comuns, afastando a concorrência com 
descendentes híbridos. 
 
Conforme pesquisa realizada, tendo como fonte o portal jurídico Migalhas 
(referências bibliográficas/fontes em tópico oportuno), a corrente doutrinária majoritária 
em cabeçada por Flávio Tartuce, concordam com entendimento manifestado com a 
decisão supramencionada do STJ no REsp 1617501. 
 
Entendem como correto a interpretação na integra do artigo 1.832 CC/02, 
pela não manutenção da reserva da quarta parte da herança ao cônjuge, quando este 
concorrer com herdeiros/filhos exclusivos do de cujus. 
 
Entretanto, outros doutrinadores, entre eles Silvio de Salvo Venosa, 
entendem pela aplicabilidade extensiva do artigo 1.832 do CC/02 para assim abarcar 
não apenas a concorrência quanto a quarta parte da herança com os descendentes 
comuns, mas também com os descendentes híbridos. 
 
Segundo esta corrente, a união de duas pessoas tem como objetivo a 
construção de vida em comum, e isso vai além da simples constituição de família e 
procriação, O casal, em regra, se uni e constrói seu patrimônio no desenrolar do 
casamento/união. 
 
Por este motivo, privar o cônjuge/companheiro da reserva da quarta parte 
pela simples concorrência com filhos híbridos violaria uma das razões da existência do 
casamento e feriria diretamente patrimônio do cônjuge/companheiro. 
 
Em conclusão, o grupo emite opinião condizente ao que julgou o STJ em 
REsp 1617501, certos de que, deve ser preservado a corrente positivada e o estabelecido 
por lei seja cumprido, sob risco de ofensa a segurança jurídica. E por não entendermos 
que haja ofensa ao direito de herança amparado pelo artigo 5º, XXX da CF/88 já que o 
cônjuge herdeiro mantém sua meação, bem como herda na concorrência a todos os 
demais herdeiros os bens particulares. 
https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&termo=REsp%201617501
https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&termo=REsp%201617501
Desta forma, não há o que se falar de qualquer tipo de injustiça ou 
desigualdade de condições e/ou direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas e Fontes 
 
Manual de Direito Civil, Volume Único, GAGLIANO, Pablo S.; FILHO, 
Rodolfo P., 2.017, Saraiva Jur; 
 
Constituição Federal da Republica Federativa do Brasil, 1.988, Assembleia 
Constituinte; 
 
Código Civil Brasileiro, 2002, Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm>, acessado em 
03/11/2020, ás 23:50; 
 
A reserva da quarta parte da herança (art. 1.832 do Código Civil) e a 
sucessão híbrida – 26/02/2.020, TARTUCE, Flávio - Disponível em < 
https://migalhas.uol.com.br/coluna/familia-e-sucessoes/320842/a-reserva-da-quarta-
parte-da-heranca--art--1-832-do-codigo-civil--e-a-sucessao-hibrida>, Acessado em 
03/11/2.020 ás 22:15; 
 
Companheira concorre igualmente com descendentes quando se tratar de 
bens particulares do autor da herança? – 2.019, TORRES, Lorena - Disponível em 
https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/noticias/739345262/companheira-concorre-
igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-
heranca, Acessado em 03/11/2.020 às 22:45; 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm
https://migalhas.uol.com.br/coluna/familia-e-sucessoes/320842/a-reserva-da-quarta-parte-da-heranca--art--1-832-do-codigo-civil--e-a-sucessao-hibrida
https://migalhas.uol.com.br/coluna/familia-e-sucessoes/320842/a-reserva-da-quarta-parte-da-heranca--art--1-832-do-codigo-civil--e-a-sucessao-hibrida
https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/noticias/739345262/companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca
https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/noticias/739345262/companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca
https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/noticias/739345262/companheira-concorre-igualmente-com-descendentes-quando-se-tratar-de-bens-particulares-do-autor-da-heranca

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