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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DR. 
JOANADABE XISTO DA EGRÉGIA 4ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO 
TRABALHO DO PARANÁ. 
 
 
 
 
Processo n° ... 
 
 
 CONSTRUTORA NOVA LTDA., devidamente qualificada no processo em 
epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista 
proposta por JOÃO DA SILVA, já qualificado, inconformado com a respeitável 
decisão (mov. ...), vem respeitosamente, de modo tempestivo, perante Vossa 
Excelência opor: 
 
 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
 Com fulcro nos artigos 897-A da CLT, bem como de forma subsidiária e 
supletiva o artigo 1.022 do Código de Processo Civil, de maneira que passam a 
ser expostos os fatos e fundamentos a seguir. 
I. PRESSUPOSTOS 
Para que o presente recurso seja validado, demonstro a presença de 
todos os pressupostos extrínsecos e intrínsecos necessários ao processo. 
I.I. TEMPESTIVIDADE 
 O presente recurso se encontra tempestivo, visto que respeitou o prazo 
legal para ser interposto. 
I.II. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL 
 O advogado que conduz o processo consta devidamente contratado, e 
com procuração assinada pela parte, para que assim possa representar a 
Recorrente de maneira legal em todos os atos praticados neste processo. Pois, 
para o momento processual atual, não pode ser utilizado o instituto do jus 
postulandi, súmula 425 TST. 
I.III. PREPARO 
 O preparo não se aplica para o presente recurso de Embargos de 
Declaração, conforme o artigo 1.023 do Código de Processo Civil. Assim, ele 
não consta presente, mas o requisito continua preenchido, visto a não 
necessidade. 
I.IV. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS 
 Em observação a todos os pressupostos intrínsecos, como legitimidade 
para recorrer, interesse em recorrer e inexistência de fato impeditivo ou extintivo 
para que ocorra o recurso, todos eles se encontram preenchidos, sendo possível 
a oposição do atual recurso de Embargos de Declaração. 
II. HISTÓRICO PROCESSUAL 
João da Silva, autor da Reclamação Trabalhista contra a Embargante 
Construtora Nova Ltda, pedindo horas extras, a qual foi julgada procedente. Em 
inconformidade, esta propôs recurso ordinário para impugnar sentença, no que 
cabia a súmula 85, IV, TST e a desconsideração do acordo de compensação, 
apontado os devidos artigos. 
A reclamante apresentou contrarrazões, o que encaminhou os autos ao 
TRT da 30ª Região, para a 4ª Turma, tendo como relator o Desembargador Xisto. 
Entretanto, este decidiu por ratificar a sentença proferida, mas não analisou a 
tese do recorrente referente a compensação de horário, que possui base legal 
no artigo 7°, inciso XIII, da Constituição Federal. 
III. DO ACORDO DE COMPENSAÇÃO 
Não existe dentro do ordenamento jurídico brasileiro lei que aplique 
penalidade para o descumprimento ao limite de jornada de trabalho diária, ou, 
ainda, que tenha ocorrido trabalho em dia que visava à compensação. 
Neste sentido, portanto, o acórdão não deixa claro ou explícita qual foi o 
ordenamento jurídico que penaliza o desrespeito ao limite de jornada de trabalho 
diário ou referente a trabalhar em dia que seria objetivado à compensação. A 
decisão se respaldou na súmula 85 do TST, que não possui efeito vinculante, 
bem como não se equipara a lei ou se equivale a tal. 
Em decorrência do explicado, não caberia ao Poder Judiciário delimitar 
regras ou penalizações a artigo de lei, que desrespeitem o entendimento da 
Constituição Federal, visto que a disciplina consonante a este embargo está 
estipulada no artigo 7°, inciso XIII, da Constituição, não havendo artigos dentro 
da lei que estipulem o contrário. 
Assim, o fato de a compensação ser desconsiderada na decisão judicial, 
e o pagamento de horas extras ser imposto, faz com que a pena seja aplicada 
duas vezes (bis in idem). Neste caso, manter a sentença faz com que seja 
aplicada a sanção duplicada, o que é ilícito, conforme o artigo 884 do Código 
Civil. 
Requer-se assim a manifestação em relação a indagação acima, 
formalizada, no sentido respeitável da Turma julgadora, para que seja apontada 
a efetiva contradição existente entre a sentença e o artigo 7°, XIII, da 
Constituição Federal. Além, deve-se ressaltar que tal decisão de 1° grau foi 
pautada exclusivamente na súmula 85 do TST, a qual não é vinculante. 
Isto exposto, requer que seja conhecido e provido a presente medida 
judicial nos termos da fundamentação, devendo a respeitosa 4ª Turma 
manifestar-se sobre as indagações acima abordadas. Em caso de necessidade, 
que ocorra a intimação do Embargado para se manifestar a respeito ante a 
possibilidade de modificação da sentença por essa colenda Turma Recursal. 
 
 Termos em que, 
 espera deferimento. 
Curitiba, 27 de maio de 2020. 
Advogado... OAB/PR

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