Buscar

Direito Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Penal 
→ Dos Crimes Contra a Administração 
Pública 
Esses crimes contra a Adm Pública começam 
no Artigo 312 do CP. 
Antes de começar de fato, é necessário 
entender algumas denominações: 
1. Crime Funcional: 
É o crime praticado por funcionário público 
contra a Administração Pública. 
Existem os crimes funcionais próprios e os 
crimes funcionais impróprios. 
2. Crime Funcional Próprio: 
É a conduta proibida que só se configura 
enquanto crime, quando for praticada no 
âmbito da Adm Pública, se tirar o caráter da 
Adm Pública e trazer para o âmbito comum, 
deixa de ser uma conduta proibida. Cabe a 
desclassificação do delito. 
3. Crime Funcional Impróprio: 
É a conduta proibida tanto no âmbito da Adm 
Pública, quanto fora do âmbito da Adm 
Pública. 
4. Comunicabilidade das circunstâncias 
judiciais: 
Obs: Artigo 30 do CP. 
A elementar do crime é quando tira a figura 
típica, ele não será mais o mesmo crime. 
Sempre que as circunstâncias ou caráter 
pessoal for das circunstâncias desse tipo, vai 
se comunicar autores e partícipes. Nesse 
caso, todos que vierem a cooperar/auxiliar o 
funcionário público a praticar o crime, 
responderam pelo mesmo crime, desde que 
saibam dessa condição do funcionário 
público. Sendo assim, eles respondem p-elo 
mesmo crime, comunicam-se entre os 
coautores e participes, desde que saibam 
dessa condição. Se eles não souberem, eles 
responderam pelo crime a parte e não o 
mesmo do funcionário público. 
5. Princípio da Insignificância: 
Não se aplica o princípio da insignificância nos 
crimes contra a Administração Pública, pois 
nesses crimes não é o patrimônio que está 
sendo protegido, e sim a moralidade da 
Administração Pública. 
Pois, o que é analisado é a conduta do 
funcionário público com o objetivo de lesar a 
moralidade da Adm Pública. 
→ Sumúla 599 STJ 
 
→ Conceito de funcionário público para 
fins penais: 
1. Quem, embora transitoriamente ou sem 
remuneração, exerce cargo, emprego ou 
função pública. 
2. Funcionário Público por equiparação. (327, 
parágrafo 1º do CP). 
3. Autarquias (INSS) 
4. Sociedades de economia mista (Banco do 
Brasil) 
5. Empresas Públicas (Correios) 
6. Fundações Instituídas pelo Poder Público 
(FUNAI) 
7. Causa de aumento de pena 
Sendo assim, funcionário público para fins 
penais não se restringe a apenas a aquele que 
fez concurso público. 
 
→ Peculato 
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público 
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: 
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Bem Jurídico Protegido: é a moralidade da 
Adm Pública. 
Sujeitos: O sujeito ativo é crime próprio, é ser 
funcionário público, e o sujeito passivo é a 
Adm Pública ou aquele que teve seu 
patrimônio violado. 
Obs: Decreto – Lei 201/67 – Quando o 
peculato é praticado por prefeitos, aplica-
se esse decreto e não o artigo do CP. 
Obs: Existe o peculato doloso e o peculato 
culposo, o que vamos trabalhar agora é o 
peculato doloso, que inclui o peculato-
furto, o peculato apropriação e o peculato-
desvio. 
Tipo Objetivo: 
a) Peculato-apropriação: é uma 
apropriação indébita praticada por funcionário 
público, ou seja, tem uma qualificação do 
sujeito ativo. É necessário que o funcionário 
público tenha a posse da coisa em razão do 
seu cargo. Ou seja, é necessário que a 
posse venha a se dar em razão do cargo. 
b) Posse lícita: A posse inicial deve ser 
lícita em razão do cargo, ou seja, ele deve 
ter as coisas na sua mão de forma lícita, a 
Adm Pública entrega a coisa nas suas mãos. 
E é depois que ele passa a agir como se fosse 
dono da coisa. Sendo assim, primeiro ele tem 
uma posse funcional e depois ele começa a 
exercer um domínio sobre a coisa pessoal. A 
posse tem que ser lícita porque se não for 
ilícita não será o crime de peculato. Ex: se ele 
se utilizar de fraude, não se caracteriza mais 
como crime de peculato, será enquadrado em 
outro crime. Não deve ser utilizado 
violência, fraude ou engano! Deve ser 
entregue de forma livre ao funcionário 
público em razão do seu cargo e de forma 
livre. 
Sendo assim, os requisitos para o peculato-
apropriação são: posse em razão do cargo e 
posse lícita. 
Obs: Peculato-malversação: é quando o 
funcionário público pega coisa do 
particular que está sob proteção da 
Administração Pública para utilizar como 
se fosse dono. A utilização da coisa como 
se dele fosse. É uma forma de peculato-
apropriação que é chamado de peculato-
malversação. 
Obs: o bem imóvel não é objeto do 
peculato. Apenas os bens móveis, dinheiro 
ou valor. 
Obs: Peculato-Desvio: é a conduta 
praticada pelo agente que tem o poder de 
destinar a coisa, o dinheiro ou valor. Ao 
invés de ele destinar para a Administração 
Pública, ele destina para ele ou para 
terceiro. Não confundir com o peculato-
apropriação, pois no peculato-apropriação 
o agente tem posse da coisa, e aqui nesse 
peculato ele tem a obrigação de 
destinação. 
No PECULATO-DESVIO o objeto material 
do crime, deve beneficiar o próprio 
funcionário público ou um terceiro. Se o 
desvio for em proveito da própria 
Administração, será outro crime, e não o 
de peculato. Será o crime descrito no 
Artigo 315 do CP (emprego irregular de 
verbas ou rendas públicas). Ex: se aquela 
verba especifica está destinada a 
Educação, não pode ser aplicada na 
cultura. Apenas na Educação, de acordo 
com a lei. Apenas em estado de 
necessidade é possível utilizar as verbas 
destinadas a uma coisa, em outra coisa, 
pois nesse caso é justificável, mas, caso 
seja injustificável, poderá o agente 
responder pelo crime do 315 do CP. 
Obs: Peculato-furto: Nesse caso, o tipo 
objetivo é SUBTRAIR. O Crime é subtrair 
ou concorrer para que outrem subtraia. Se 
caracteriza quando o funcionário público 
utilizando a facilidade do seu cargo, 
subtrai ou concorre dolosamente para que 
outrem subtraia. Se o funcionário não se 
utilizar pela facilidade proporcionada pelo 
seu cargo, não é peculato-furto. 
Objeto Material: 
O objeto material do peculato é restrito, recai 
sobre dinheiro. Ou seja, o objeto material do 
peculato é o dinheiro da Administração 
Pública, é o dinheiro público. Pode ser o 
dinheiro ou qualquer outro bem móvel. 
Lembrando que para o peculato deve ser a 
moeda corrente. 
→ Não se pune o peculato de uso. Se 
ficar demonstrado no caso concreto 
que o agente não queria a coisa para 
si, ou não tinha animus sobre a coisa. 
Se ele queria apenas usar e restituir, e 
for provado isso, não pratica crime. 
→ Pune a quitação de obrigação com a 
Administração Pública. 
Tipo Subjetivo: O crime é doloso. 
Consumação: 
No peculato-apropriação o crime será 
caracterizado quando ele passa a agir como 
se dono fosse, e acontece quando o agente 
nega devolver a coisa ou algo semelhante a 
recusa. Ela nega restituição ou dispôs da 
coisa. 
No peculato-desvio o crime se caracteriza 
quando o dinheiro é desviado para ele ou para 
terceiro. 
No peculato-furto, o crime está caracterizado 
quando o agente furta a coisa. 
 
→ Peculato Culposo 
Art. 312, parágrafos 2º e 3º do CP: 
Parágrafo 2º. Se o funcionário concorre 
culposamente para o crime de outrem: 
Pena – detenção, de três meses a um ano. 
Parágrafo 3º. No caso do parágrafo anterior, a 
reparação do ano, se processe a sentença 
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é 
posterior, reduz de metade a pena imposta. 
O peculato culposo é o único crime na 
modalidade culposa que é praticado pelo 
funcionário público contra a Administração 
Pública, todos os outros são dolosos. Se ele 
concorrer dolosamente para outrem, é 
crime DOLOSO, mas se ele concorrer 
culposamente, é crime CULPOSO. 
Existem alguns requisitos par que se 
caracterize crime culposo: 
a) Violação deum dever objetivo de 
cuidado: Ele só irá responder pelo crime se ele 
tiver a obrigação objetiva de cuidar daquele 
bem. 
b) Conexão com crime doloso de terceiro: 
é necessário que o agente concorra para o 
crime doloso de terceiro, ou seja, o 
comportamento deve ter sido irregular. 
c) Lesão ao erário: o mesmo objeto 
material do peculato doloso, é o mesmo objeto 
do peculato culposo. Então, a conduta dolosa 
de terceiro tem que ter relação com o objeto 
material. Se não tiver relação com o objeto 
material, o agente que teve um 
comportamento irregular não responderá 
culposamente pelo fato ocorrido. É necessário 
que a conduta de terceiro venha alcançar 
dinheiro, valor ou outro bem móvel público ou 
particular sob a guarda da Administração. 
d) Inexistência de vínculo subjetivo entre 
o funcionário público e o terceiro que agiu 
dolosamente. 
Reparação do dano: 
1. Se antes da sentença irrecorrível o 
crime for reparado, haverá extinção da 
punibilidade. A reparação pode ser feita pelo 
próprio agente público ou por qualquer 
pessoa. 
2. Se for após o trânsito em julgado, reduz 
pela metade a pena imposta. 
Acima está falando sobre a reparação do 
dano no peculato culposo. 
Obs: Existe reparação do dano no peculato 
doloso? O artigo 16 do CP, traz o 
arrependimento posterior. No peculato 
doloso a reparação do dano pode sim ter 
algum benefício, e esse benefício é o 
arrependimento posterior. Se essa 
reparação se der até o recebimento da 
denúncia. Se for depois do recebimento da 
denúncia, tem uma circunstância 
atenuante genérica, tem uma redução de 
pena. 
 
→ Peculato mediante erro de 
outrem: 
Art. 313 – Apropriar-se de dinheiro ou de 
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, 
recebeu por erro de outrem: 
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e 
multa. 
É quando um particular está em uma falsa 
percepção da realidade, e esse particular 
entrega a coisa para ele, e quando ele vê que 
a coisa não era pra ele, ele mesmo assim, fica 
com a coisa. O particular acha que ele era o 
responsável por receber a coisa. 
Obs: Peculato-Estelionato (é a mesma 
coisa que peculato mediante erro de 
outrem; São chamados das duas formas) 
Obs: Só é considerado peculato, se a 
destinação específica de forma contínua 
para interesse particular. 
Bem jurídico tutelado: moralidade da 
Administração 
Sujeito Ativo: crime próprio – é o funcionário 
público que pratica 
Sujeito Passivo: A Adm e o particular 
Tipo objetivo: Apropriar-se. (ficar com a posse 
como se dela fosse dono(a).) 
Obs: O erro não deve ser provocado pelo 
funcionário público, se ele provocar o erro 
o crime será de ESTELIONATO. Mas se ele 
não provocar é o 313. 
Obs: Apesar de o crime se chamar 
peculato-estelionato, o crime deve ocorrer 
no âmbito da Adm Pública. Então se retirar 
o âmbito da Adm Pública (se a pessoa que 
recebe não for func. Público), desclassifica 
o crime tanto de ESTELIONATO como de 
PECULATO, será enquadrado no crime do 
169 do CP. 
Modos de execução: 
Possui 3 formas: 
1. Entrega de um bem quando não 
necessário 
2. Entrega de bens mais valioso do que 
deveria 
3. Entrega a funcionário diverso do que 
deveria 
É um CRIME DOLOSO, e é CRIME 
MATERIAL. 
 
→ Concussão 
Art. 316 – Exigir, para si ou para outrem, direta 
ou indiretamente, ainda que fora da função ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida: 
Pena – Reclusão, de dois a doze anos, e 
multa. 
→ Concussão x Corrupção: Na 
concussão ele EXIGE e na corrupção 
ele PEDE/SOLICITAR. São 
diferenciados pela forma que é 
imposto o nível de exigência do 
funcionário público. 
Núcleo do tipo: exigir. 
Sujeito ativo: crime próprio (func. Público) 
Obs: O particular pode praticar concussão, 
desde que em concomitância com o 
funcionário público. Em concurso de 
pessoas. Cabe coautoria e participação. 
Sujeito passivo: A Adm Público e o particular 
que está sendo prejudicado, que está no polo 
passivo da exigência. 
Tipo objetivo: impor, determinar, constranger 
alguém. 
Nesse crime, a vantagem pode ser de 
qualquer natureza, não precisa ser apenas de 
cunho patrimonial. 
Consumação: crime formal. Se caracteriza 
quando ocorre a exigência, então já se 
caracteriza o delito. 
Tipo subjetivo: crime doloso. 
 
→ Corrupção Passiva 
Art. 317. Solicitar, ou receber, para si ou para 
outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida ou aceitar 
promessa de tal vantagem: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
Obs: É mais grave que o crime de 
concussão. 
Obs: A Corrupção ativa ou passiva, iremos 
estudar apenas aquela que se aplica no 
âmbito penal, pois existe corrupção em 
outros âmbitos, como por exemplo no 
âmbito sociológico, mas iremos estudar 
apenas o aspecto penal da corrupção 
passiva e ativa. 
Sujeito ativo: crime próprio. 
Sujeito passivo: A Adm Pública 
Obs: Exceção à teoria monista, porque 
apesar de as pessoas responderem ao 
mesmo fato delituoso, responderam por 
crimes diferentes. Haverá uma exceção à 
teoria monista no concurso de pessoas. 
Crime praticado entre particular e 
funcionário público, eles respondem por 
crimes diferentes, mesmo que ambos 
concorram para lesar a Adm Pública. 
Tipo objetivo: crime misto alternativo ou tipo 
de ação múltipla. 
a) Solicitar 
b) Receber 
c) Aceitar 
Obs: Receber o agrado/presente em favor 
de sua função, caracteriza crime. Quando 
não é em razão de sua função não há que 
se falar em crime. 
Tipo subjetivo: crime doloso 
Consumação: crime formal nos núcleos do 
tipo solicitar e aceitar. Mas atualmente, a 
doutrina vem seguindo um liame de que a 
consumação é crime material no núcleo do 
tipo receber. 
Causa de aumento de pena: aumenta de 1/3 
quando o funcionário retarda ou deixa de 
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional 
 
→ Corrupção Passiva Privilegiada 
Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou 
retarda ato de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de 
outrem: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou 
multa. 
 
 
→ Corrupção Ativa 
Art.333 – Oferecer ou prometer vantagem 
indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato 
de ofício: 
Pena- reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
Parágrafo único – A pena é aumentada de um 
terço, se, em razão da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou omite ato 
de ofício, ou o pratica infringindo dever 
funcional. 
Bem jurídico tutelado: é a Administração 
Pública e sua moralidade, que quer tratar 
coisa pública como algo a ser negociado. 
Tipo Objetivo: Tipo misto alternativo (2 
núcleos do tipo). O primeiro é oferecer 
vantagem indevida e o segundo é prometer 
vantagem indevida. 
Nesse crime é o corruptor ativo (particular) 
que vai oferecer a vantagem. É a conduta de 
quem quer corromper o funcionário público. 
Obs: é possível que existe a corrupção 
ativa sem a corrupção ativa, quando o 
particular oferece ou promete e o agente 
público não recebe e não aceita. é possível 
que existe as duas ao mesmo tempo 
também, mas para ocorrer as duas, é 
necessário que a conduta primária venha a 
partir do corruptor ativo (particular), e o 
func. público aceita, então está 
caracterizada a bilateralidade. 
É um crime de forma livre. 
É um crime formal. 
→ Quando houver a bilateralidade 
(presença da corrupção ativa e 
passiva) haverá uma exceção a teoria 
monista do concurso de pessoas. 
Sendo assim eles não responderão 
pelos mesmos crimes, eles vão 
responder por crimes diferentes. 
Pode ser uma vantagem de qualquer espécie 
(mas tem que ter uma finalidade, que é: 
praticar, omitir ou retarda ato de ofício) para 
caracterizar o crime. 
Obs: PEDIDO DO PARTICULAR 
(PARTÍCIPEDA CORRUPÇÃO PASSIVA 
PRIVILEGIADA). O particular que pede 
favor ao funcionário púbico não pratica 
crime de corrupção ativa, e sim aquele que 
OFERECE OU PROMETE. Aquele que 
quebra galho do func. público também não 
pratica crime de corrupção ativa, mas 
pratica crime de corrupção ativa 
privilegiada. 
Tipo Subjetivo: É crime DOLOSO, tem que ter 
o dolo com especial fim de agir. Deve ter a 
finalidade de corromper o funcionário público 
com a violação de um dever funcional. 
Sujeitos: O sujeito ativo é crime comum, 
praticado por qualquer pessoa. 
O sujeito passivo é a Administração Pública e 
o funcionário público. 
Consumação: Crime formal. 
Causa de aumento de pena: Quando os dois 
praticam o crime, há aumento de pena para 
ambos. Se em virtude da promessa ou da 
vantagem recebida o func. público viola o seu 
dever funcional haverá causa de aumento de 
pena, tanto para o funcionário tanto para o 
particular. 
 
→ Prevaricação 
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo 
contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, e 
multa. 
É um crime subsidiário, ou seja, é menos 
grave. É um crime praticado por funcionário 
público para atender seu interesse pessoal. 
Sujeitos: O sujeito ativo é próprio, praticado 
por funcionário público, e o sujeito passivo é a 
Administração Pública ou terceiros que 
venham a ser lesados. 
Obs: prevaricação x corrupção passiva 
privilegiada: a prevaricação engloba 
quando viola a lei por interesse ou 
sentimento pessoal, quando não há 
interesse ou sentimento pessoal e cede a 
um pedido de outro, é corrupção passiva 
privilegiada. 
→ A diferença estará no elemento 
subjetivo do tipo. 
Só haverá prevaricação se for contra 
disposição expressa na lei, se ele agir de 
acordo com a disposição expressa na lei não 
se caracteriza crime. 
Consumação: crime formal. 
 
→ Resistência 
Art. 329 – Opor-se à execução de ato legal, 
mediante violência ou ameaça a funcionário 
competente para executá-lo ou a quem lhe 
esteja prestando auxílio. 
Pena – detenção, de dois meses a dois anos. 
Bem jurídico protegido: a Administração 
Pública e o funcionário que está revestido da 
ameaça ou da resistência. 
Tipo Objetivo: é o núcleo do tipo OPOR-SE, 
ou seja, colocar obstáculos, ou apresentar 
objeção. É criar essa objeção mediante 
VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA. 
É uma oposição qualificada negativamente 
pela violência ou grave ameaça. 
Obs.1: o momento da resistência (só 
caracteriza a resistência, se a violência ou 
grave ameaça no momento que o 
funcionário público está praticando o ato 
legal ou irá praticá-lo, no caso, está bem 
perto) sendo que a oposição é sobre o ato 
do funcionário público. se acontecer muito 
antes ou muito depois não é crime de 
resistência, e sim, crime de ameaça. 
Obs.2: não há crime de resistência se o ato 
do funcionário público for ilegal, se for 
ilegal a pessoa pode resistir, e não será 
crime. a legalidade formal é a lei prevista 
em lei e a legalidade material é a legal 
execução do previsto em lei. 
Obs.3: ato legal é diferente de ato injusto. 
Obs.4: ato legal e excesso de execução. se 
no começo do ato do funcionário público é 
um ato legal, mas depois há um excesso de 
execução, o ato começa a ser ilegal e não 
há que se falar em crime de resistência, 
caso a pessoa venha a resistir na exceção 
de execução. 
Obs.5: a violência tem que recair sobre a 
pessoa ou sobre o funcionário público que 
está praticando o ato legal, a resistência 
não pode ser contra coisas e objetos, e sim 
contra a pessoa. 
Sujeitos: Crime comum (sujeito ativo) e a 
Administração Pública e possível terceiro que 
estava prestando auxílio (sujeito passivo). 
Consumação: Crime Formal. 
Forma Qualificada: Resistência Qualificada. O 
crime do caput é crime formal, no entanto, se 
em virtude da resistência, o funcionário 
público não consegue praticar o ato legal, terá 
a resistência qualificada, se tornando crime 
qualificado. 
Concurso Material Obrigatório: O agente 
responde pela pena da resistência e pela pena 
da violência que poderá caracterizar lesão 
corporal ou homicídio. Caso o agente venha a 
causar mais danos para o funcionário público. 
Haverá o cumulo material das penas, as 
penas serão somadas. 
 
→ Desobediência 
Art. 330 – Desobedecer a ordem legal de 
funcionário público: 
Pena – detenção, de quinze dias a seis 
meses, e multa. 
Sujeitos: o sujeito ativo é crime comum e 
sujeito passivo é a Adm Público ou quem irá 
oferecer auxílio. 
Tipo Objetivo: desobedecer 
Obs.1: a ordem do funcionário público 
deve ser direta e individualizada, e tem que 
ser uma ordem legal. 
Obs.2: tem que haver obrigatoriedade do 
atendimento da ordem, ou seja, o agente 
tem que cumprir a ordem, caso ele não 
cumpra, ele pratica crime. 
Obs.3: não há sanção especial ao 
descumprimento da ordem. 
Obs.4: aplica-se o princípio da última ratio 
ao crime de desobediência. só será 
aplicado o crime de desobediência se não 
houver uma sanção extrapenal para ser 
aplicada. 
Tipo Subjetivo: crime doloso 
Consumação: crime formal 
 
→ Desacato 
Art. 331 – Desacatar funcionário público no 
exercício da função ou em razão dela: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, 
ou multa. 
Bem jurídico tutelado: moralidade quanto a 
respeitabilidade da Administração. 
Sujeitos: o sujeito ativo é crime comum e o 
sujeito passivo é a Administração e o 
funcionário que foi desacatado. 
Tipo Objetivo: O objeto material é a honra 
funcional. E o núcleo do tipo é desacatar. 
→ É desacatar no exercício ou em razão 
da função, funcionário público 
determinado, pluralidade de 
funcionários ou na presença de 
funcionário. 
Tipo Subjetivo: crime doloso. 
Consumação: crime formal. 
 
→ Tráfico de Influência 
Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter para 
si ou para outrem, vantagem ou promessa de 
vantagem, a pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário público no exercício 
da função: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
e multa. 
Parágrafo único – A pena é aumentada da 
metade, se o agente alega ou insinua a 
vantagem é também destinada ao funcionário. 
Obs: cuidado para não confundir com 
estelionato. Pois no crime de tráfico de 
influência é o famoso “conversa furada”, 
ele engana e mente. 
Bem jurídico: é a moralidade da Administração 
Pública. 
Sujeitos: O sujeito ativo é crime comum, e o 
sujeito passivo e subsidiariamente a pessoa 
que foi enganada. 
Os sujeitos ativos podem ser o traficante de 
influência, particular que compra a influência 
ou funcionário público, que são considerados 
como sujeitos comuns e o funcionário público 
a ser supostamente influenciado é 
necessariamente inocente, que é o sujeito 
passivo. Existe um tipo de torpeza bilateral. 
Tipo Subjetivo: Esse crime é um crime de 
concurso necessário. 
Tipo objetivo: é um tipo misto alternativo 
Obs: a promessa não precisa ser só de 
dinheiro ou bens patrimoniais, pode ser 
qualquer coisa. 
Obs: o especial fim de agir, tem que ser 
com o pretexto de influir no exercício do 
cargo do funcionário público. 
Consumação: é um crime formal. 
 
1. Denunciação Caluniosa 
Art. 339. Dar causa a instauração de 
investigação policial, de processo judicial, 
instauração de investigação administrativa, 
inquérito civil ou ação de improbidade 
administrativa contra alguém, imputando-lhe 
crime de que o sabe inocente. 
Conceito: Trata-se da conduta do agente que 
imputa falsamente crime a outrem, dando 
causa a procedimentos que ferem a 
Administração da Justiça. 
Obs: não é para confundir denunciação 
caluniosa com calunia! 
Bem jurídico: é a proteção da Administração 
da Justiça. É um crime pluriofensivo. 
Objeto Material: Investigação do inquéritomaterial. Pode ocorrer também o processo 
judicial, de natureza civil ou penal. 
Núcleo do tipo: Crime de forma livre. 
Obs: o crime que o agente imputar a outro 
deve ser um crime determinado, deve ser a 
imputação de um fato determinado. Deve 
ter também a pessoa determinada ou 
determinável. 
Obs: A imputação deve ser falsa! Crime ou 
contravenção que não aconteceu, crime ou 
contravenção praticado por pessoa 
diversa, mas o agente disse que foi pessoa 
específica, crime ou contravenção mais 
graves da que realmente aconteceu. O fato 
deve ser típico, e não atípico. 
É um crime material. 
 
→ Favorecimento Pessoal 
Art. 348 – Auxiliar a subtrair-se à ação de 
autoridade pública autor de crime a que é 
cominada pena de reclusão: 
Pena – detenção, de um a seis meses, e 
multa. 
§1º - Se o crime não é cominado pena de 
reclusão: 
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, 
e multa. 
§2º - Se quem presta auxílio é ascendente, 
descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, 
fica isento de pena. 
É o crime daquele que dá fuga ao criminoso, 
ou seja, o crime daquele que ajuda o 
criminoso. Está de algum modo dando suporte 
ao criminoso depois que ele já praticou o 
crime, para que este não venha a ser 
alcançado pela autoridade pública. 
Conceito: auxílio prestado para que o autor de 
crime não seja alcançado pela autoridade 
pública, mediante a dissimulação do 
criminoso ou facilitação de sua fuga. 
Bem Jurídico: A Administração Pública. 
Tipo Objetivo: 
a) Autoridade Pública: Aqui não poderá 
ser enquadrado o Segurança de 
Shoppings. Apenas serão 
consideradas as autoridades públicas. 
b) Autor do Crime: O ajudante não pode 
estar ajudando qualquer pessoa, tem 
que estar ajudando o AUTOR DO 
CRIME. Ou seja, ajudando aquele que 
praticou o crime. 
c) Crime comissivo: tem que haver a 
ajuda ao autor. A omissão não faz parte 
desse crime, pois esse crime é 
mediante AÇÃO. 
d) Crime acessório, de fusão ou 
parasitário: para que exista o 
favorecimento pessoal, tem que ter um 
crime antecedente. 
O tipo penal cita o autor de CRIME, e não o 
autor de contravenção penal. Então se aquilo 
que foi praticado pelo agente foi atípico ou foi 
contravenção penal, não haverá 
favorecimento pessoal. A pessoa tem que ter 
praticado um CRIME. 
e) Sentença Absolutória: Se for 
instaurada uma sentença absolutória 
para o autor, não se poderá punir 
aquele que favoreceu. Ex: se o agente 
praticou um fato e depois for 
considerado inocente, não poderá 
punir por favorecimento pessoal aquele 
que o ajudou, pois, favorecimento 
pessoal é acessório. 
Obs: não confundir favorecimento pessoal 
com participação. Se os 2 agentes estão 
combinando a prática do crime, isso é 
considerado participação, mas houve a 
ajuda somente depois do crime praticado, 
é considerado favorecimento. A 
participação que é o concurso de pessoas, 
ocorre de forma antecedente ou 
concomitante a prática do delito, e o 
favorecimento pessoal vem depois. 
Obs: favorecimento pessoal e exercício 
regular de direito são coisas diferentes. 
Não há favorecimento pessoal se o 
ajudante recusa dar acesso a sua casa 
durante a noite. 
Tipo Subjetivo: Crime doloso. 
Consumação: Crime formal. Não necessita de 
resultado naturalístico. O crime já se 
caracteriza no momento que o agente auxilia 
na fuga. 
Figura Privilegiada: Está presente no 
parágrafo 1º do Art. 348 do CP. Se o crime for 
punível com detenção. 
Causa de Extinção de Punibilidade: Está 
presente no parágrafo 2º do Artigo. 348. 
Obs: Em relação ao companheiro ou 
companheira que presta auxílio. Nesse 
caso se utiliza os princípios penais, onde 
só cabe analogia in bonam partem, ou seja, 
só cabe analogia benéfica, por isso é 
possível a analogia entre cônjuge e 
companheiro/companheira, pois irá trazer 
um resultado benéfico para o agente. 
 
→ Favorecimento Real 
Art. 349 – Prestar a criminoso, fora dos casos 
de coautoria ou de receptação, auxílio 
destinado a tornar seguro o proveito do crime: 
Pena – detenção, de um a seis meses, e 
multa. 
Art. 349 – A. Ingressar, promover intermediar, 
auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho 
telefônico de comunicação móvel, de rádio ou 
similar, sem autorização legal em 
estabelecimento prisional. 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 
ano. 
Diferentemente do favorecimento pessoal, o 
favorecimento real presta auxílio para que se 
continue colhendo os benefícios do objeto do 
crime. 
No favorecimento pessoal o auxílio é para o 
autor do crime consiga de esquivar da 
autoridade pública, e no favorecimento real vai 
auxiliar para que o produto do crime venha a 
ter segurança ou se tornar seguro. 
Conceito: Auxílio efetuado com o propósito de 
tornar o seguro proveito do crime. Ou seja, 
ajudar o autor do crime a tornar seguro o 
proveito do crime dele. 
Tipo Objetivo: 
a) Não há escusa absolutória: Ou seja, 
aquela possibilidade do §2º do Art. 348, 
não irá existir nesse. 
b) Deve existir proveito do crime: é um 
crime parasitário/acessório, pois isso 
deve existir proveito do crime 
antecedente. 
c) Proveito do Crime: Pode ser proveito 
direto e imediato ou proveito mediato e 
indireto. Está relacionado com o objeto 
material do delito, ou seja, não 
necessariamente precisa ser um crime 
contra o patrimônio, mas precisa ter um 
proveito. 
d) Crime anterior: é necessário ter o delito 
antecedente. 
Obs: Favorecimento real e receptação não 
se confundem. Receptação é um crime 
contra o patrimônio, e favorecimento real é 
contra a Administração da Justiça. A 
grande diferença entre os dois é no dolo. 
Na receptação, o dolo do agente é ter a 
coisa para si ou para outrem, ele 
recebe/oculta o proveito do crime para si 
ou para outrem, e não par ao autor do crime 
antecedente. Já no favorecimento real o 
agente vai ocultar/esconder a coisa para o 
próprio autor do crime, para tornar seguro 
este proveito do crime para a satisfação do 
interesse próprio do autor do crime. 
Tipo Subjetivo: Crime doloso. 
Consumação: Crime formal. O crime já se 
caracteriza no momento que o agente 
ocultou/tornou seguro ou tentou tornar seguro 
o proveito do crime. 
 
→ Coação no curso do processo 
Art. 344 – Usar de violência ou grave ameaça, 
com o fim de favorecer interesse próprio ou 
alheio, contra a autoridade, parte, ou qualquer 
outra pessoa que funciona ou é chamada a 
intervir em processo judicial, policial ou 
administrativo, ou em juízo arbitral: 
Pena – reclusão de um a quatro anos, e multa, 
além da pena correspondente à violência. 
É a ameaça dentro do processo para ter 
resultado útil no processo, ou seja, usar 
violência ou grave ameaça com um fim 
especial de agir. 
Bem Jurídico: é a Administração da Justiça. 
Núcleo do Tipo: Violência ou grave ameaça 
contra a autoridade, parte ou qualquer pessoa 
do processo. 
Objeto Material: 
1. Autoridade 
2. Parte 
3. Toda e qualquer pessoa que participe 
do processo. 
Sujeitos: 
a) Sujeito Ativo: Crime comum, praticado 
por qualquer pessoa. 
b) Sujeito Passivo: diretamente é a 
Administração da Justiça, e 
indiretamente é a pessoa que sofre a 
grave ameaça ou a violência. 
Tipo Subjetivo: Crime doloso, mas requer um 
especial fim de agir, ou seja, a grave ameaça 
e a violência têm que ter uma finalidade 
específica. Essa finalidade especifica é 
favorecer interesse próprio ou alheio à causa 
que está sendo discutida no processo. 
Consumação: Crime formal, não necessita de 
resultado naturalístico. O crime já está 
caracterizado no momento que ocorrer a 
grave ameaça ou a violência. 
Obs: Haverá o concurso material 
obrigatório. O mais correto é ser chamado 
de “cumulo material obrigatório”. Ele não 
irá responder apenas pelo 344. Ex: Se o 344 
foi praticado pelo agente com violência. 
Ele irá responder pelo 344 e pela violência, 
se por exemplo, elepraticou lesão 
corporal.

Outros materiais