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CURSO PRÁTICO DE EBERICK V10 Engenheiro civil: Emanuel Dantas 2018 iii SUMÁRIO SUMÁRIO ....................................................................................................................................... iii 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1 2. INTERFACE DO SISTEMA ...................................................................................................... 2 2.1. Tela de boas-vindas do sistema ............................................................................................. 2 2.2. Novo projeto ........................................................................................................................... 2 2.3. Tipos genéricos de estruturas ............................................................................................... 4 2.5. Pontos de captura .................................................................................................................. 4 2.6. Importação de desenhos em DWG ....................................................................................... 6 2.7. Salvar e abrir arquivos no Eberick ...................................................................................... 8 2.8. Teclas de atalho ...................................................................................................................... 8 3. LANÇAMENTO DA ESTRUTURA NO EBERCIK ............................................................. 10 3.1. Lançamento dos pilares ....................................................................................................... 10 3.2. Lançamento das vigas.......................................................................................................... 11 3.3. Lançamento das lajes .......................................................................................................... 13 3.4. Lançamento das fundações ................................................................................................. 15 3.5. Lançamento das escadas ..................................................................................................... 16 4. CONFIGURAÇÕES DO SISTEMA ........................................................................................ 20 4.1. Materiais e durabilidade ..................................................................................................... 20 4.2. Detalhamento ....................................................................................................................... 23 4.2.1. Detalhamento de pilares ............................................................................................. 23 4.2.2. Detalhamento de vigas ............................................................................................... 25 4.2.3. Detalhamento de lajes ................................................................................................ 31 4.2.4. Detalhamento de sapatas ............................................................................................ 35 4.2.5. Detalhamento de blocos ............................................................................................. 36 4.3. Dimensionamento ................................................................................................................ 38 4.3.1. Dimensionamento de pilares ...................................................................................... 38 4.3.2. Dimensionamento de vigas ........................................................................................ 44 4.3.3. Dimensionamento de lajes ......................................................................................... 54 4.3.4. Dimensionamento de sapatas ..................................................................................... 63 4.3.5. Dimensionamento de blocos ...................................................................................... 69 4.4. Pranchas e RA ...................................................................................................................... 78 4.5. Vento ..................................................................................................................................... 79 4.6. Verificações ao ELS ............................................................................................................. 80 iv 4.7. Cargas das lajes .................................................................................................................... 81 4.8. Elementos genéricos ............................................................................................................. 82 4.9. Configuração de unidades ................................................................................................... 83 5. PROCESSAMENTO E DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA .................................. 85 5.1. Analise estática linear do pórtico espacial ......................................................................... 85 5.2. Análise dinâmica da grelha ................................................................................................. 86 5.3. Determinação das flechas nas lajes .................................................................................... 86 5.4. Determinação das flechas no pórtico ................................................................................. 87 5.5. Dimensionamento dos elementos estruturais .................................................................... 87 6. ANALISE DOS RESULTADOS FINAIS ............................................................................... 89 6.1. Analise dos resultados dos pilares ...................................................................................... 89 6.2. Analise dos resultados das vigas ......................................................................................... 90 6.3. Analise dos resultados das lajes .......................................................................................... 92 6.4. Analise dos resultados das escadas ..................................................................................... 93 6.5. Analise dos resultados dos blocos ....................................................................................... 94 7. RELATÓRIOS DA ESTRUTURA .......................................................................................... 96 7.1. Relatórios gerais ................................................................................................................... 96 7.2. Relatórios dos pilares .......................................................................................................... 97 7.3. Relatórios das vigas ............................................................................................................. 98 7.4. Relatórios das lajes ............................................................................................................ 100 7.5. Relatórios das escadas ....................................................................................................... 100 7.6. Relatórios dos blocos de fundação .................................................................................... 101 8. DETALHAMENTO E GERAÇÃO DE PRANCHAS FINAIS ........................................... 102 8.1. Detalhamento das lajes ...................................................................................................... 102 8.2. Detalhamento das vigas ..................................................................................................... 103 8.3. Detalhamento dos pilares .................................................................................................. 103 8.4. Detalhamento das escadas .................................................................................................104 8.5. Detalhamento dos blocos de fundação ............................................................................. 104 8.6. Planta de locação ................................................................................................................ 104 8.7. Planta de cargas ................................................................................................................. 104 8.8. Planta de forma .................................................................................................................. 105 8.9. Impressão das pranchas finais .......................................................................................... 105 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 109 Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 1 1. INTRODUÇÃO O software Eberick e um sistema de cálculo estrutural desenvolvido e comercializado pela AltoQi e que está na sua versão V10, o software é vendido em forma de uma plataforma básica que contempla vários recursos e módulos adicionais para incremento de novas funcionalidades ao programa. Para que o programa realize o cálculo e dimensionamento da estrutura é necessário que usuário insira os dados e parâmetros iniciais em nosso curso será demonstrado como estes dados devem ser lançados, utilizando-se como referência uma obra real composta por um pavimento térreo, 3 pavimentos tipo e um pavimento cobertura. Para a elaboração deste curso foi utilizado a versão Basic do Eberick V10, sendo a sua última versão lançada, chamada de 2017-10 que pode possui restrição de 5 pavimentos, 120 elementos entre vigas e pilares por pavimento e 8000 metros quadrados de área, nenhum modulo adicional foi utilizado para realização deste curso sendo assim tudo que será visto aqui pode ser replicado em qualquer versão do sistema. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 2 2. INTERFACE DO SISTEMA O Eberick conta com uma interface simples e amigável aos usuários que demanda pouco tempo para sua compreensão, isso torna a interação usuário sistema mais fácil de ser compreendida, o sistema é composto por uma tela de CAD onde é realizado o lançamento dos elementos estruturais e das cargas da edificação o sistema também conta com telas de preenchimento de dados amigáveis ao usuário como serão demonstradas no decorrer do curso. 2.1. Tela de boas-vindas do sistema Ao se iniciar o Eberick pela primeira vez nos deparamos com uma tela onde é possível exibir um guia rápido do programa, uma opção para iniciar um novo e outra para procurar um projeto já desenvolvido, além de mostrar todos os últimos projetos que foram abertos pelo sistema. Mais abaixo encontra-se uma caixa que pode ser marcada caso o usuário não deseje mais visualizar esta tela ao se iniciar o programa, deixando o usuário livre para executar os comandos que assim achar conveniente. Figura 2.1: Tela de boas-vindas do sistema 2.2. Novo projeto Ao iniciarmos um novo projeto o programa abre a seguinte tela. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 3 Figura 2.2: Tela para início de um novo projeto no Eberick já preenchida Nesta tela o usuário deve definir alguns parâmetros como: a) Modelo onde é possível escolher um modelo de configuração já existente para que possa ser utilizado, nestes modelos podem conter dados específicos para cada local onde projetista atua, como por exemplo, cargas de vento, recobrimento das armaduras, tipo de agregado utilizado, resistência do concreto entre outros. b) Pavimento aqui serão criados os pavimentos que compõem a edificação, os pavimentos podem ser inseridos acima ou abaixo de outros pavimentos já existentes. c) Repetições nestes campos é possível determinar a quantidade de repetições cada pavimento terá no projeto, por exemplo, o edifício desenvolvido terá um pavimento baldrame, um pavimento térreo, 3 pavimentos tipo e um pavimento cobertura, sendo assim basta digitarmos 3 na repetição do pavimento tipo que automaticamente são criados 3 pavimentos tipo. d) Altura aqui é onde definimos qual altura terá cada pavimento do nosso projeto a unidade de medida pode ser selecionada nas configurações de sistema que serão mostradas mais à frente. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 4 e) Título neste campo podemos dar um nome ou uma descrição completa ao projeto que está sendo desenvolvido para facilitar a organização de projetos e versões futuras. 2.3. Tipos genéricos de estruturas Listaremos alguns padrões que podem ser utilizados no Eberick para determinação dos pavimentos de uma estrutura simples. a) Edificação térrea (1 pavimento): • Pavimento fundação • Pavimento cobertura b) Edificação de dois andares (2 pavimentos): • Pavimento fundação • Primeiro pavimento • Pavimento cobertura c) Edificação de três ou mais andares (3 pavimentos ou mais): • Pavimento fundação • Primeiro pavimento • Segundo pavimento • Pavimento cobertura d) Edificação onde é necessário inserir caixa d’água em local onde é necessário ter cintas e pilares: • Pavimento fundação • Pavimentos necessários • Pavimento cobertura • Caixa d’água 2.5. Pontos de captura No Eberick é possível selecionar alguns tipos de capturas de ponto e capturas auxiliares sendo eles: Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 5 Figura 2.3: Pontos de captura e comandos auxiliares a) Captura personalizada onde é possível determinar quais pontos do desenho serão capturados pelo cursor do mouse, vale salientar que este é um recurso disponível apenas na versão V9 em diante. b) Ponto médio captura o ponto central de um determinado elemento. c) Extremidade captura o ponto extremo do elemento. d) Centro captura o ponto central de uma circunferência. e) Quadrante permite capturar os pontos externos de uma circunferência qualquer. f) Ponto no elemento permite capturar qualquer ponto no elemento desde que não seja o ponto médio ou ponto na extremidade. g) Interseção captura o ponto que apresenta a interseção entre dois elementos do desenho. h) Perpendicular captura um ponto perpendicular ao primeiro objeto selecionado. i) Ponto médio com esta função auxiliar ativada é possível clicarmos em dois pontos distintos e será retornado um ponto médio entre os dois pontos clicados. j) Ponto relativo esta função auxilia quando não há uma linha de referência lançada, com esta ferramenta é possível clicarmos em um ponto e indicar uma coordenada desejada para captura do ponto X e Y em relação ao primeiro ponto. k) Quadrante esta ferramenta é bastante parecida com o ponto relativo porem com ela ativada é possível determinar por meio de coordenadas qual quadrante será utilizado. l) Ponto na interseção com a ferramenta selecionada ao clicarmos e um duas linhas surgirá na interseção das duas o ponto desejado. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 6 2.6. Importação de desenhos em DWG Para realizamos a importação dos desenhos para o Eberick, devemos clicar no símbolo de mais referente ao pavimento desejado, onde será aberta as opções de “Croqui”, “Forma” e “Arquitetura”, para uma correta importação dos desenhos deve-se selecionar a disciplina “arquitetura” e dar um duplo clique com o botão esquerdo do mouse sobre ela. Importando o desenho para a disciplina “Arquitetura” o desenho ficará travado na disciplina “Croqui” não permitindo que sejam feitas alterações por engano nos desenhos, somente será possível realizar alterações no desenho original se entrarmos na disciplina “Arquitetura” Figura 2.4: Disciplina para qual será importada a “arquitetura”Abre-se assim uma janela de CAD onde faremos a inserção do desenho, para versão V9 ou anterior iremos na aba “ferramentas”, “ler DWG/DXF” para a versão V10 em diante devemos ir em “projetos”, “ler DWG/DXF”. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 7 Figura 2.5: Tela de importação de arquivo DWG Feito isto será aberta uma caixa de diálogo, em “escala” selecione “Converter logo após a leitura” e em “níveis de desenho” selecione “Inserir todos no nível” e selecione o nível arquitetura e pressione o botão “OK”. Figura 2.6: Tela para configuração de escala e níveis de desenho Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 8 Com o desenho importado para o Eberick devemos selecionar agora uma medida conhecida para que o programa possa converter corretamente a escala do desenho em 1:50. Para que isso seja possível basta clicar em dois pontos onde já seja conhecida as distancias originais, como por exemplo, os pilares de referência inseridos no AutoCad, após selecionar os dois pontos digite a distância e pressione Enter. Com o desenho já na escala correta devemos posicionar a sua origem na origem do programa, para isto iremos em “Ferramentas” e escolhemos “Posicionar origem” e clicamos no ponto inferior esquerdo do desenho importado, estes passos devem ser seguidos para todos os pavimentos que se julgar necessários no projeto, com estes passos executados nossa planta já está pronta para o lançamento da estrutura. 2.7. Salvar e abrir arquivos no Eberick O programa dispõe de dois tipos de salvamento de arquivos o “Salvar” e “Salvar como”, por meio do botão “Salvar” é possível fazer um salvamento rápido do projeto, com a opção “Salvar como” é possível selecionar onde o arquivo será salvo e seu nome, função muito útil para quando se precisa salvar uma nova versão de um projeto por exemplo. A abertura de um projeto existente pode ser realizada na tela de “Boas vindas” já mencionada anteriormente ou por meio do botão abrir onde em ambos o caso é possível escolher o arquivo a ser aberto pelo Eberick. O Eberick salva o projeto na extensão prj porem recomenda-se a criação de uma pasta exclusiva para projeto pois a cada lançamento e analise da estrutura o programa cria uma série de outros arquivos e memorias e cálculo. 2.8. Teclas de atalho Quando o sistema é instalado existem poucas teclas de atalho definidas, estas teclas de atalho servem para auxiliar o usuário no lançamento da estrutura, podendo diminuir consideravelmente o tempo de lançamento de uma estrutura no Eberick. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 9 Para configurar nova teclas de atalho o usuário deve ir em “Configurações”, “Teclas de atalho” lembrando que caso o usuário por algum motivo precise reinstalar o programa em sua máquina estas teclas de atalho definidas serão perdidas. Figura 2.7: Definição das teclas de atalho do sistema. Nesta tela além de definir as teclas de atalho do sistema o usuário pode definir abreviaturas para o comando, que quando digitadas na área de CAD abre o comando desejado, nesta tela o usuário também pode visualizar as teclas de atalho já definidas, além de haver a possibilidade de mudar estes atalhos a qualquer momento. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 10 3. LANÇAMENTO DA ESTRUTURA NO EBERCIK O lançamento da estrutura no Eberick é feito de modo simplificado e intuitivo, para realizar o lançamento da estrutura, na arvore de projetos, basta dar dois cliques sobre o pavimento onde se deseja realizar o lançamento e será aberto o croqui com o desenho de arquitetura que permite realizar o lançamento. Com o croqui do pavimento desejado aberto basta ir no menu “elementos” que temos acesso as ferramentas de lançamento de fundação, pilares, vigas, lajes e escadas, além do lançamento de cargas, barras, nó, renumeração de elementos entre outros. 3.1. Lançamento dos pilares Para o lançamento dos pilares no desenho o usuário deve ir no menu “Elementos”, “Pilares”, “Adicionar...” feito isso será aberta uma tela onde o usuário deve inserir os dados do pilar a ser adicionado, lembrando que a dimensão mínima para pilares segundo a norma NBR 6118:2014 é de 14 cm, com a área mínima do pilar sendo de 360 cm², portanto as dimensões mínimas para pilar são de 14 x 26 cm². Figura 3.1: Tela para inserção dos dados do pilar Para realizar o lançamento o lançamento dos pilares basta preencher os dados e logo após selecionar o local de inserção no desenho. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 11 • Clique o no canto do desenho onde desejasse que o ponto fixo do pilar fique colocado. • Indique o ângulo de rotação do pilar que pode ser feito digitando o valor de rotação ou com o cursor do mouse. • Indique a posição final do pilar com o auxílio do mouse. • Para terminar a inserção de um pilar aceite a solicitação de deslocamento de 1,5 cm referente ao revestimento do elemento ou apenas digite outro valor caso desejado e pressione Enter, durante este curso o valor escolhido será 0 pois o revestimento já foi considerado no lançamento dos pilares no AutoCad. Após todos os pilares serem lançados no croqui deve-se renumera-los para isto basta acessar o menu “Elementos”, “Pilares”, “Renumerar” e indicar o número do qual deve começar a contagem, por padrão o sistema marca a contagem a partir do pilar 1, bastando assim pressionar o botão “OK” para realizar a renumeração dos pilares. 3.2. Lançamento das vigas Realizado o lançamento dos pilares podemos realizar o lançamento das vigas, para tal o usuário deve selecionar o menu “Elementos”, “Vigas”, “Adicionar vigas...” e será aberta para inserção dos dados do elemento. Figura 3.2: Tela para inserção dos dados da viga Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 12 A tela de lançamento de vigas também permite que seja lançada cargas de paredes sobre as vigas para tal basta clicar no botão “Lançar...” que será aberta uma nova tela com para preenchimento dados de altura, espessura e peso da parede a ser lançada, além de possíveis aberturas. Figura 3.3: Tela para inserção das cargas de parede sobre a vigas Com todos os dados preenchidos basta clicar no botão “OK” para que o usuário tenha os controles para inserir as vigas, para inserção de vigas entre dois pilares o usuário deve: • Clicar nos pontos notáveis de cada um dos dois pilares. • Indicar o lado que a viga deve seguir em relação a primeira linha criada. Para lançar uma viga que começa em um pilar e termina em uma outra viga o usuário deve: • Clicar no ponto notável do pilar. • Ativar a ferramenta “perpendicular” ou a captura personalizada estar com o “perpendicular” selecionado. • Ligar a nova viga ao centro da viga existente. • Indicar o lado para o qual a viga será lançada em relação a linha original. Para lançar uma viga que nasce em uma viga e termina em outra viga o usuário deve: Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 13 • Selecionar a ferramenta “ponto relativo”. • Escolher um ponto de referência. • Digitar as coordenadas a partir do ponto selecionado e dar Enter, com isso se iniciará o desenho da viga. • Em seguida o usuário deve desligar a ferramenta “ponto relativo” e ligar a ferramenta “perpendicular” e clicar no eixo da viga que receberá a nova viga lançada. • Indicar o lado para o qual a viga será lançada em relação a linha original Mais detalhes sobre o lançamento das vigas são mostrados nas aulas número xx. Concluído o lançamento das vigas na estrutura pode-se realizar a renumeração dos elementos bastando o usuário selecionar o menu “Elementos”, “Vigas”, “Renumerar” e escolher o nomea ser dado as vigas, esta renumeração de elementos será vista com mais detalhes no decorrer do curso. Caso o usuário deseje alterar o tipo de vinculação de uma viga lançada deve- se acessar o menu “Elementos”, “Vigas” e selecionar qual o tipo de vínculo será utilizado sendo possível selecionar rotula, engaste e nós semirrígidos, para aplicar a modificação basta selecionar o encontro entre a viga e o pilar que receberá o novo vinculo. Para cada vinculo o usuário deve estar ciente que a estrutura terá um comportamento diferente ficando a cargo do usuário definir qual o melhor vinculo para cada situação de projeto, no projeto executado no curso optou-se por manter todas as vinculações entre viga e pilar como engastadas. 3.3. Lançamento das lajes O lançamento das lajes segue o mesmo método já visto até o momento, para realizar o lançamento das lajes o usuário deve ir em “Elementos”, “Lajes”, “Adicionar...” com isso abre-se uma janela onde o usuário deve inserir os dados referente as lajes. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 14 Figura 3.4: Tela para inserção das lajes Nesta tela é possível escolher o tipo de laje a utilizada e sua espessura, bem como os carregamentos que irão atuar na mesma, na versão 2018 do Eberick foi adicionado o recurso de grupo de cargas onde o usuário pode utilizar uma carga já predefinida pelo programa ou adicionar um outra no banco de dados do programa, facilitando assim a usabilidade do programa, nas versões anteriores o usuário deve inserir estas cargas manualmente de acordo com a norma NBR 6120:1980. Com todos os dados já definidos basta o usuário clicar em “OK” para começar a inserir as lajes na estrutura, para realizar a inserção da laje basta o usuário clicar em um ponto interno formado por 4 vigas. Caso o usuário necessite lançar uma viga em balanço deve-se lançar barras rígidas de contorno e então clicar em um ponto interno, realizando assim o lançamento da laje. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 15 3.4. Lançamento das fundações Para realizar o lançamento da fundação o usuário deve acessar a planta do primeiro pavimento e selecionar o menu “Elementos”, “Pilares”, “Converter para fundação”, feito isto basta o usuário selecionar todo o desenho que somente os pilares serão incluídos na seleção e pressionar o Enter, após este processo será aberta uma nova tela para que o usuário determine o tipo de fundação a ser utilizada. Figura 3.5: Tela para inserção das fundações O usuário deve então selecionar o tipo de fundação e dados da fundação, para o curso será utilizado fundações do tipo bloco sobre estacas e o apoio como rotulado, o usuário deve estar ciente que a utilização de apoio rotulado ou engastado influência nos resultados finais da estrutura, ficando a cargo do projetista estrutural determinar qual o melhor modelo de apoio para cada situação. De acordo com a norma NBR 6120:1980 algumas cargas mínimas devem ser respeitadas, sendo algumas delas listadas abaixo Cargas de laje piso: • Acidental 1,50 kN/m² para quartos, salas, cozinhas e banheiros e 2,00 kN/m² para áreas de serviço e despensas. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 16 • Revestimento deve-se verificar o peso especifico caso seja conhecido o tipo de revestimento a ser aplicado ou realizar uma aproximação deste valor. Cargas de laje forro: • Acidental 0,50 kN/m². • Revestimento deve-se verificar o peso especifico caso seja conhecido o tipo de revestimento a ser aplicado ou realizar uma aproximação deste valor. 3.5. Lançamento das escadas Sem sombra de dúvidas esta é a parte mais difícil e menos intuitiva que o Eberick possui, para realizar o lançamento de uma escada o usuário deve criar um pavimento intermediário e nele lançar uma viga para o apoio do patamar de descanso. Para criar este nível intermediário o usuário deve ir até a arvore de projeto e clicar sobre o pavimento que receberá esta escada com o botão direito do mouse e selecionar a opção “Inserir nível intermediário” com isso abre-se uma tela onde o usuário deve definir alguns parâmetros. Figura 3.6: Criação do nível intermediário. Com o pavimento intermediário criado o usuário deve expandir as opções do pavimento desejado para que possa ser selecionado o pavimento intermediário criado anteriormente, lançando neste nível o patamar da escada. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 17 Para realizar o lançamento do patamar da escada o usuário deve primeiramente lançar uma viga de apoio na face do patamar, entre dois pilares ou quaisquer outros apoios, além de lançar barras rigidez para delimitar a área do patamar. Para realizar o lançamento do patamar basta que o usuário vá em “Elemento”, “Escadas”, “Adicionar patamar de escadas...”, com isso abre-se uma tela para que o usuário insira os dados relativos ao patamar da escada. Figura 3.7: Lançamento do patamar da escada. Com os dados referentes ao patamar da escada corretamente preenchidos, basta que o usuário clique sobre o contorno definido anteriormente para que o programa lance o patamar da escada. Realizado este procedimento podemos lançar os lances de escada, no projeto desenvolvido para o curso, a escada será dividida em lances e um patamar de descanso. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 18 Para realizar o lançamento dos lances de escada o usuário deve sempre começar a lançar do pavimento superior para o inferior, por exemplo, para realizar o lançamento de uma escada que ligue o pavimento térreo ao primeiro pavimento o usuário após realizar o lançamento do patamar no nível intermediário, deve começar o lançamento do lance de escada do primeiro pavimento para o térreo. Para que realizar o lançamento dos lances de escada o usuário deve ir em “Elementos”, “Escadas”, “Adicionar lance de escada”, com isso será aberta uma tela para configuração de alguns parâmetros. Figura 3.8: Lançamento do lance de escada. Com os dados preenchidos corretamente basta que o usuário clica no primeiro apoio, no caso a viga de borda da laje, clique em uma linha lateral da escada e posteriormente na segunda linha lateral da escada, com isso uma nova caixa de diálogo é aberta. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 19 Nesta caixa de diálogo o projetista pode definir qual para pavimento a escada deve seguir, deve-se definir também a espessura das barras de contorno, que por padrão o sistema utiliza 0.0. Realizado este procedimento o croqui do pavimento inferior é aberto para que o usuário selecione o ponto de apoio do lance de escada, que por padrão será apoiada em uma barra do patamar ou em um trecho da viga, caso seja necessário. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 20 4. CONFIGURAÇÕES DO SISTEMA Na parte de configurações e possível alterar muita coisa no Eberick que por default do sistema vem muitas vezes configuradas com valores bem acima do recomendado em norma, causando assim um superdimensionamento da estrutura e consequentemente encarecendo o projeto. Na parte de configurações do sistema o usuário deve alterar os valores ciente que quaisquer alterações podem causar uma grande mudança na análise e dimensionamento do projeto, sendo assim recomenda-se que o usuário tenha cautela na hora de mudar configurações do sistema e sempre que seja feita uma alteração, esta esteja dentro dos parâmetros estipulados na NBR 6118:2014. 4.1. Materiais e durabilidade Na configuração de matérias e durabilidade é possível alterar uma série de fatores do projeto como classe de agressividade, dimensão do agregado, abertura máxima de fissuras, classe do concreto e bitolas eetc. Figura 4.1: Tela de configuração de materiais e durabilidade Estas modificações podem ser aplicadas tanto ao projeto como um todo como para um pavimento isolado, caso o usuário ao realizar a mudança de dados insira valores que não são cobertos pela norma aparecerá no campo aviso quantos Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 21 problemas foram encontrados permitindo que o usuário verifique se deseja ou não continuar com as alterações. Caso o usuário deseje ver qual o parâmetro que não está cumprindo o estipulado pela norma basta clicar em “Detalhes...” que será aberta uma tela com as verificações de parâmetros, caso deseje mudar basta selecionar o dado incorreto e clicar em corrigir. Figura 4.2: Tela de verificação de parâmetros Outra configuração importante que pode ser realizada é a sobre a fluência do concreto, onde o usuário pode definir alguns fatores que serão utilizados para determinar as flechas nas estruturas. Figura 4.3: Tela de fluência do concreto Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 22 A umidade relativa do ar por padrão do sistema é 70%, mas o usuário pode alterar esta umidade relativa do ar para a umidade característica da sua região de atuação, esta informação pode facilmente ser encontrada em site de meteorologia. O usuário também pode definir a vida útil mínima da estrutura que por norma é estipulada em 50 anos, bem como o início dos carregamentos e o início dos carregamentos de parede, estes parâmetros possuem influência direta no cálculo das flechas imediatas e finais da estrutura calculada. Ainda em materiais e durabilidade o usuário pode inserir novas classes de concreto ao programa, na versão básica do sistema ficando limitado a 50 Mpa por conta de hipóteses de cálculo diferentes para concreto acima desta resistência, para que possa utilizar concreto com resistência entre 50 e 90 Mpa o usuário deve inserir um modulo adicional para esta função. Figura 4.4: Tela de fluência do concreto Para adicionar uma nova classe de concreto basta clicar no botão “+” e preencher os parâmetros solicitados pelo programa, sendo algo bem simples e intuitivo. Nesta tela o usuário pode definir o nome do concreto, resistência característica, coeficiente de minoração do concreto, peso específico, abatimento, Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 23 tipo do agregado e custos de material e mão de obra entre outros fatores que podem ser calculados automaticamente ou manualmente pelo usuário. 4.2. Detalhamento Nas configurações de detalhamento o usuário pode definir uma infinidade de opções para que o detalhamento das peças seja o mais otimizado possível, a configuração de detalhamento e dividida em 5 janelas sendo elas detalhamento de pilares, vigas, lajes, sapatas e blocos. 4.2.1. Detalhamento de pilares Figura 4.5: Tela de configuração do detalhamento dos pilares Na janela de detalhamento dos pilares o usuário pode definir se o pilar será detalhado com estribos que se estendem para dentro da fundação ou não, definir se as barras serão dobradas em um ângulo de 90° dentro da fundação, além de poder Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 24 definir o comprimento de ancoragem das barras dentro da fundação e a altura do pilar de arranque. O projetista pode configurar também as escalas em que serão gerados os desenhos e se as barras mostradas no corte da seção devem seguir a escala do desenho gerado ou não, além disso o usuário pode definir o tipo de espera dos pilares, se elas vão ser definidas pelo usuário ou calculadas pelo software. Nesta tela também é possível definir como serão detalhados os estribos dos pilares, os estribos suplementares e as otimizações que podem ser aplicadas aos detalhamentos. Os estribos dos pilares também podem ser configurados pelo usuário sendo possível definir estribo aberto em regiões onde há cruzamentos de vigas facilitando assim a montagem da estrutura na obra. O usuário também pode definir estribos múltiplos para pilares cuja as dimensões sejam maiores que a definida pelo usuário, esta opção pode representar uma economia de aço em determinadas situações pois retira a necessidade de se utilizar grampos nos estribos. Caso seja necessário o projetista também pode configurar os estribos suplementares ou grampos, os valores que são utilizados por padrão pelo software representam o máximo estipulado pela NBR 6118:2014 assim não sendo recomendável a sua alteração. Clicando no botão “Detalhamentos...” abre-se uma tela onde é possível selecionar o alinhamento horizontal dos elementos, sendo possível configurar se o detalhamento deve ser feito pelo topo da folha ou alinhado pelo nível de referência do programa. Caso o usuário opte por utilizar o alinhamento horizontal pelo nível de referência é possível considerar a elevação gerando os elementos de desenho nivelados independentemente das suas alturas, produzindo assim um desenho mais bem detalhado. O projetista também pode configurar as indicações de pilares que serão utilizadas para representar quais pilares nascem, passam e morrem, no programa Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 25 existem quatro tipos de representações do pilar em corte que podem ser configuradas pelo projetista para geração dos desenhos. 4.2.2. Detalhamento de vigas Assim como no detalhamento dos pilares para o detalhamento das vigas também é possível realizar várias configurações para geração dos detalhamentos finais. Figura 4.6: Tela de configuração do detalhamento das vigas Nesta seção o usuário pode definir a escala em que serão plotadas a forma e a seção, cortes da viga, além disso o usuário pode definir se o desenho da seção pode ou não se ajustar a escala da forma caso necessário. O usuário também pode selecionar qual o comprimento de sobreposição as barras construtivas terão em relação as barras das extremidades da viga, além de poder determinar qual diâmetro deve ser utilizado para a armadura construtiva. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 26 Na configuração de estribos o usuário pode definir qual a posição que serão gerados os estribos em relação a forma da viga, definindo uma altura mínima de viga na qual os estribos deixarão de ser apresentados abaixo da seção e passarão a ser representados ao lado. Ainda na parte de configuração de estribos é possível determinar se os estribos serão ou não detalhados na forma da viga, configurando assim as dimensões mínimas e o espaçamento para que as vigas sejam detalhadas com os estribos na forma. Assim como nos pilares o usuário pode definir o alinhamento horizontal dos desenhos na prancha, seguindo os mesmos parâmetros já descritos para pilares. Clicando sobre o botão “Otimização...” abre-se uma nova janela onde é possível configurar alguns parâmetros para melhoria do detalhamento das barras calculadas pelo programa. Figura 4.7: Tela de otimização do detalhamento das vigas Nesta tela de configuração o usuário pode definir qual o espaçamento máximo as barras devem ter para que elas possam ser consideradas únicas. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 27 Com a opção de detalhamento com barras escalonadas ativo o programa irá detalhar as vigas com as barras cobrindo o diagrama de momento fletor e o tamanho das ancoragens necessárias, resultando assim em barras com dimensões diferentes entre si. Para um detalhamento que facilite a montagem da armadura na obra é interessante marcar a opção “arredondar espaçamento entre barras”, com esta opção ativa o programa ira sempre considerar barras com comprimento múltiplo de 5. Outra configuração quefacilita a montagem da armadura em obra é a “Indicar camadas individualmente” que mostra qual a camada em que a barra se encontra individualmente para cada barra detalhado. Para armadura negativa o usuário pode definir qual o espaçamento máximo para que barras negativas sejam unidas. O usuário também pode realizar algumas configurações para determinar como a forma da viga será detalhada pelo programa, para isto basta que o usuário pressione o botão “Forma...” abrindo uma tela com as configurações disponíveis. Figura 4.8: Tela de detalhamento da forma das vigas Nesta tela o usuário pode definir se o programa deve ou não detalhar os apoios da viga, marcando a caixa de diálogo “desenhar apoios na forma”, sendo Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 28 também possível determinar se o programa deve indicar ou não linhas de corte dos apoios e desenhar ou não eventuais pilares que nascem sobre vigam. O usuário ainda pode definir se deseja ou não cotar os apoios da viga por meio da caixa de diálogo “cotar apoios”, o usuário também pode definir até o onde o programa deve cotar as barras se é até o centro do apoio ou até a sua face. O usuário pode ainda definir se deseja indicar o texto informando a seção da viga em cada um dos vãos ou se deseja mostrar a seção da viga juntamente com o nome do elemento, ainda na configuração de detalhamento o usuário pode definir se deseja ou não detalhar as escadas que se apoiam nas vigas. Para configurar como deve ser detalhada a armadura de pele nas vigas basta que o usuário pressione o botão “Amadura de pele...” com isso abre-se uma nova janela com as configurações disponíveis para este item. Figura 4.9: Tela de detalhamento de armadura de pele Nesta tela o usuário pode definir qual o tipo de representação deseja para a armadura de pele, sendo possível escolher entre compacta, na forma e rebatida, sendo que ao escolher a representação compacta o programa desenho em cada vão da forma uma representação da armadura de pele sem o seu comprimento, caso o usuário opte por representar na forma será desenhada uma barra no centro da forma da viga representando o comprimento da barra, escolhendo a opção de Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 29 representação rebatida a armadura de pele também é desenhada fora da forma, sendo posicionada abaixo do desenho das armaduras negativas. Além de configurar o tipo de representação citados acima o usuário pode optar por desenhar as barras na forma, utilizando o comando “Desenhar barras na forma” sendo que com esta opção todas as barras da armadura são desenhadas dentro da forma da viga considerando a posição de cada barra no corte da seção. O usuário pode ainda definir se deseja ou não detalhar ganchos de ancoragem quando estes forem necessários, além disso o usuário pode ainda definir se deseja cotar ou não o comprimento das barras que formam a armadura de pele, sendo ainda possível escolher qual o nome será plotado no desenho das amaduras de pele que por default do programa é “PELE”. O usuário pode ainda definir o detalhamento da ancoragem das barras pressionando o botão “Ancoragem...” para que se abra uma tela de configuração. Figura 4.10: Tela de detalhamento de ancoragem Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 30 Na janela de detalhamento da ancoragem é possível determinar o tipo de representação das barras de ancoragem sendo possível escolher entre reta, com gancho a 180° ou com gancho a 90°. Seguindo o detalhamento o usuário pode determinar o comprimento mínimo para uma ponta reta de ancoragem das barras na extremidade, caso o valor seja utilizado seja maior que a altura da viga o programa automaticamente utilizará o maior comprimento possível para a altura da viga em questão. Seguindo as configurações o usuário pode optar por interromper gancho dentro da viga para redução até um valor máximo estipulado para o gancho da armadura negativa, fazendo com que o gancho seja acomodado dentro da altura útil da viga. Outra opção é a ancoragem dentro da viga sobre pilares externos caso o usuário selecione esta opção é possível ancorar uma barra negativa diretamente na viga, sem utilização do pilar, esta configuração pode ser válida para armaduras mínimas em apoios. O projetista ainda pode escolher como o Eberick deve detalhar o comprimento de ancoragem calculado por meio da caixa de diálogo “Detalhar armadura sempre até a face do apoio”, quando esta opção está ativa o comprimento da barra de ancoragem automaticamente seguirá até a face do apoio desconsiderando o seu cobrimento, caso esta opção esteja desligada o programa ira calcular o comprimento de ancoragem e detalhar o comprimento destas barras, podendo neste caso haver diferença no tamanho das barras. O usuário ainda pode definir se deseja detalhar as armaduras positivas e negativas sempre com ganchos de ancoragem em 90°, fazendo assim com que as armaduras sempre cheguem ao apoio com um gancho em 90°. Configurando a opção “Comprimento mínimo da armadura no apoio” o usuário pode definir a extensão máxima que as armaduras tanto positivas quanto negativas terão dentro do apoio externo, sendo que este valor precisa sempre ser maior que o valor calculado para a ancoragem das barras. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 31 O usuário pode ainda definir uma distância mínima da face do apoio externo para que as barras passem a ser detalhadas até a face externa do apoio por meio do comando “Detalhar armadura até a face do apoio quando distância menor que”. Com o comando “Distância máxima para detalhar ferro até a extremidade do apoio” o usuário pode definir um valor mínimo para que a barra não obedeça ao comprimento mínimo de ancoragem calculado ou o item “Comprimento mínimo” sendo que com este comando a armadura e prolongada até o final do apoio intermediário. 4.2.3. Detalhamento de lajes Assim como nas configurações de pilares e vigas o usuário pode realizar uma serie de configurações para um melhor detalhamento das lajes dentro do Eberick. Figura 4.11: Tela de configuração do detalhamento das lajes Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 32 No grupo de configurações “Geral” o projetista pode definir itens como a escala em que o desenho será gerado, podendo inclusive escolher escalas diferentes para cada pavimento. O usuário ainda pode definir o tipo de ancoragem das barras sendo possível escolher entre ancoragem reta ou com gancho, caso o projetista escolha a ancoragem com gancho o programa irá automaticamente definir se a laje pode ser detalhada com ganchos a 90° ou com ganchos a 180°. Caso o usuário deseje é possível impedir em 50% o transpasse das barras na mesma seção, apesar da NBR 6118:2014 permitir que haja um transpasse de 100%, o usuário ainda pode definir se deseja ou não representar a simbologia da laje assim como é representada na planta de forma. Outro recurso interessante presente no detalhamento de lajes é o “Otimizar detalhamento” onde é possível definir automaticamente uma nova posição para os textos sobrepostos das armaduras esta opção também irá otimizar a posição dos nomes das lajes, buscando assim uma nova posição para os textos evitando assim sobreposição dos textos. Caso o programa não consiga reposicionar os textos para evitar sobreposição ainda é possível reduzir a escala do nome da laje proporcionalmente configurando o item “Redução de indicação”. No grupo de configurações “Separar plantas” é possível definir que o programa detalhe tanto as armaduras positivas quanto as armaduras em desenhos distintos para o eixo X, eixo Y e eventuais aberturas em lajes, esta opção é muito bem-vinda em lajes que possuem geometrias complexasque demandam várias configurações diferentes de barras. Na seção “Descrição das armaduras” é possível determinar como deve o desenho deve ser detalhado sendo possível escolher entre sucinta e completa, onde sucinta o programa irá exibir somente a quantidade de barras, posição e espaçamento já para a opção de detalhamento completo o programa irá detalhar todas as informações necessárias sobre a armadura. Ainda é possível determinar a distância na qual o texto de descrição das armaduras deve ficar em relação a extremidade das barras, nas barras da direção X Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 33 esta distância e medida a partir da ponta direita da barra já na direção Y esta medida é a partir da ponta inferior. No grupo de “Armadura negativa” o projetista pode definir como será feita a ancoragem da laje em balanço especificando um valor mínimo para o comprimento das barras negativas nas continuidades o usuário ainda pode definir que a continuidade se dê pela maior armadura em casos onde os trechos de vigas possuem esforços diferentes resultando assim em barras menores. No Eberick é possível determinar se as dobras da armadura negativa devem ou não ser cotadas assim como as armaduras positivas também podem ser cotadas de acordo com a geometria da laje detalhada. Além das configurações primarias disponíveis para lajes é possível configurar armaduras complementares para isto usuário deve pressionar o botão “Arm. complementares...” para que seja aberta uma nova tela de configuração. Figura 4.12: Tela de configuração das armaduras complementares para lajes No quadro de “Armadura de fissuração” o usuário pode definir se deseja utilizar armadura contra fissuração nos bordos, podendo escolher entre bordos externos ou em todas as continuidades além de configurar qual deve ser o diâmetro mínimo para esta armadura. No caso de armaduras negativas sobre as continuidades ou armaduras negativas adicionais estas armaduras são geralmente dispostas em uma única Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 34 direção, para uma melhor distribuição dos esforços o Eberick oferece a opção de detalhar armadura de distribuição para estas situações. Caso o projetista queira é possível incluir armadura no bordo livre da laje e detalhar armaduras positivas em laço, caso esta última opção não esteja ativada o programa não irá fazer ancoragem em laço das barras positivas em lajes que terminam em bordos livres. Na parte de detalhamento de lajes também é possível configurar o detalhamento de escadas para isto basta o usuário pressionar o botão “Escadas...” abrindo assim uma nova tela para configuração. Figura 4.13: Tela de configuração para escadas. Nesta tela o usuário pode selecionar em qual escala o desenho de forma e os cortes da seção serão gerados pelo programa, ainda nesta tela o usuário pode definir parâmetros para que o programa tente emendar as barras, selecionando comprimento máximo ou uma porcentagem máxima de aumento afim de evitar que sejam geradas barras muito longas. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 35 Ainda no menu de configurações de escadas é possível determinar uma serie de tipos de esperas sendo elas: Criar espera no apoio inferior com a viga, criar espera no superior com a viga, criar espera no apoio inferior com laje e criar espera no apoio superior com laje. 4.2.4. Detalhamento de sapatas A configuração de detalhamento das sapatas no Eberick não permite muitas alterações como acontece na seção de pilares, vigas e lajes, sendo esta a parte de configurações de detalhamento mais simples. Figura 4.14: Tela de configuração de sapatas. Nesta tela o projetista pode definir qual será a variação admissível na profundidade das sapatas pois a profundidade de assentamento de sapatas geralmente não é indicada em projeto com um valor fixo. No quadro de “Pilares” o projetista pode definir se deseja incluir ou não o pilar no detalhamento da fundação, ativando esta configuração a sapata será Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 36 detalhado com os seus respectivos pilares o usuário também pode definir se deseja ou não agrupar pilares diferentes, mas que geram uma mesma solução de fundação. Já nas opções de “Solo” o projetista pode definir se deseja ou não exibir a capacidade de suporte do solo, valor este que pode ser configurado nos parâmetros de dimensionamento de sapatas que será visto mais à frente. Além disso o projetista ainda pode inserir a informação referente ao peso especifico que também pode ser definido nas configurações de dimensionamento. O usuário também pode definir em qual escala será plotada a sapata em planta e em corte. 4.2.5. Detalhamento de blocos O detalhamento de blocos também é bem simplificado porem com mais opções do que o detalhamento das sapatas como será visto neste tópico. Figura 4.13: Tela de configuração de blocos. No grupo de configurações “Armadura” o projetista pode definir se deseja detalhar estribos horizontais em toda altura útil com esta opção ativa os estribos calculados para o pilar se estendem por toda a altura útil do bloco de fundação. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 37 O projetista pode ainda definir se deseja utilizar os estribos horizontais em toda a altura útil do bloco, podendo alterar por meio do comando “Separar faixa adicional com tamanho superior à” o espaçamento e quantidade de estribos além da faixa já calculada pelo programa que pode ser configurada na janela de dimensionamento de blocos. O usuário ainda pode definir qual será o tamanho mínimo para ponta reta de armadura da armadura principal e da armadura de distribuição, caso o valor definido pelo projetista seja maior que a altura do bloco o programa automaticamente utiliza a altura do bloco. O projetista também pode definir qual será a distância mínima entre a face inferior do bloco e o topo da estaca, ou seja, quanto à estaca entrara no bloco de fundação, o valor mínimo recomendado para este é 15 cm. No grupo de configurações “Pilar”, assim como na configuração de sapatas o projetista pode definir se deseja incluir ou não os pilares no detalhamento dos blocos bem como agrupar os pilares diferentes pilares que geram uma mesma solução de bloco em um único detalhamento. O usuário pode ainda definir qual será a escala de desenho dos blocos de fundação em planta e em corte. No grupo de configurações “Representação” com a ferramenta “Permitir agrupar blocos com níveis diferentes” o usuário pode escolher se o programa deve ou não detalhar blocos de fundação iguais porem com níveis diferentes em agrupados, exibindo assim a indicação de nível como “var”, com esta opção desabilitada o programa irá detalhar os blocos separadamente indicando os níveis de cada um. Duas adições feitas ao Eberick V10 foram “Gerar segundo corte para blocos assimétricos” onde é possível incluir um segundo corte de detalhamento para blocos assimétricos e a opção de “Detalhar estribos em corte” com esta opção marcada o programa ir desenhar todos os estribos do bloco, tanto os horizontais quanto os verticais, caso esta opção esteja desmarcada somente o primeiro e o ultimo estribo são desenhados. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 38 O projetista também pode “Detalhar seção das armaduras em corte” com esta opção marcada o programa ir adicionar a representação das armaduras transversais em corte. Por meio da configuração “Gerar indicações das armaduras em corte” o programa indica nos cortes todas as indicações de armadura geradas para o bloco. 4.3. Dimensionamento Nas configurações de dimensionamento assim como nas de detalhamento o usuário pode definiruma serie de parâmetros para obter um melhor dimensionamento da estrutura, esta seção é dividia em 5 telas compostas por dimensionamento de pilares, vigas, lajes, sapatas e blocos. 4.3.1. Dimensionamento de pilares No dimensionamento de pilares o projetista pode configurar parâmetros como os estribos, esperas, limites, linha neutra e coeficientes. Figura 4.14: Tela de dimensionamento de pilares. Para configuração de estribos o projetista pode configurar as seguintes opções: Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 39 • Separar trechos com diferença de armadura maior que: No caso de existir uma diferença de seção de pilar entre um pavimento e outro é necessário utilizar armadura de fretagem geralmente está armadura é maior que a calculada para o centro do pilar, se essa diferença for maior do que a definida pelo projetista, o programa pode atribuir a maior armadura para todo o trecho ou detalhar um determinado trecho seja ele do topo ou da base com armadura diferente da central. • Espaçamento mínimo: é a configuração de espaçamento mínimo entre os estribos definido pelo projetista, caso uma bitola escolhida não seja compatível com o espaçamento considerado ela apresentara situação de erro. • Espaçamento mínimo (topo e base): esta configuração de espaçamento serve para estribos utilizados como reforço para armadura de fretagem nas extremidades do pilar, caso o espaçamento calculado seja menor que o configurado pelo usuário ocorrerá um erro de dimensionamento. • Espaçamento múltiplo de: nesta configuração o projetista pode definir se os estribos serão dimensionados com espaçamento múltiplo de 1, 2, 2.5 ou 5 cm. • Tamanho mínimo do(s) trecho(s): esta configuração define o mínimo comprimento das extremidades para o detalhamento da armadura de fretagem no pilar. Já nas configurações de esperas o projetista pode definir parâmetros como: • Tipo de esperas: o projetista pode definir qual será o tipo de espera considerada pelo programa sendo elas automática nesta configuração as esperas serão consideradas automaticamente em função da quantidade de barras necessárias em cada lance do pilar, com espera todas as barras terão espera independente da necessidade de haver ou não, sem espera nenhuma espera será definida pelo programa mesmo que seja necessária existir uma Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 40 espera e isolada que detalha as esperas sem levar em consideração a existência de um pavimento superior. • Permitir bitola menor que superior: esta configuração define como será detalhada as barras com esta opção ativa as barras do lance atual serão irão se estender até o pavimento superior formando as esperas sempre que possível. • Adotar espera da fundação igual ao pilar superior: como o pilar de fundação geralmente é menor que o pilar do pavimento superior porem as cargas são semelhantes pode ocorrer um dimensionamento de armadura diferente, com esta opção ativa o Eberick irá utilizar para o pilar de fundação uma espera idêntica à do pilar superior. Nas configurações gerais o projetista pode definir critérios referentes a cargas, analises e tipos de armaduras como: • Permitir carga nula ou negativa: caso o projetista habilite esta configuração os pilares serão calculados com cargas nulas ou submetidos a tração, neste caso é necessário realizar verificações adicionais para alertar o usuário sobre isto o programa emite um aviso, caso esta opção esteja desabilitada ocorrerá um erro no dimensionamento do pilar. • Usar armadura simétrica para pilares quadrados: com esta configuração o programa sempre irá utilizar, para pilares quadrados, a mesma armadura tanto para a face B quanto para a H. • Usar armadura simétrica para pilares compostos: esta configuração assim como a anterior permite que o programa utilize armadura simétrica para pilares compostos com seções como: seção T, retangular vazada, seção I, seção U, seção +, seção L aberto. • Usar momento mínimo: caso o usuário habilite esta opção o programa irá considerar o momento de 1° ordem e este momento Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 41 será exibido como parte da excentricidade acidental, caso esta configuração esteja ativa e a configuração “Dispensar imperfeições locais se for atendido” estiver desmarcado as excentricidades são determinadas e ainda comparadas com o momento mínimo e será utilizado o maior valor. • Dispensar imperfeições locais se for atendido: esta configuração somente ficará disponível caso a opção “Usar momento mínimo” esteja ativa, com isto as excentricidades acidentais somente serão calculadas caso as excentricidades de 1° ordem não atendam ao valor mínimo. Na configuração limites o usuário pode definir alguns limites para armadura e seção do pilar como: • Taxa de amadura máxima: nesta opção o usuário pode configurar a taxa máxima de armadura para os pilares sem considerar as zonas de emenda de acordo com a norma NBR 6118:2014 o valor máximo para a taxa de armadura é 4%. • Número máximo de barras numa face da seção: com esta configuração o usuário pode definir qual o número máximo de barras terá em uma face do pilar. • Seção transversal mínima: pela norma NBR 6118:2014 a seção mínima de um pilar deve ser de 360 cm² porem o usuário pode configurar um valor menor, caso isto ocorra será emitido um aviso. • Dimensão mínima: de acordo com a NBR 6118:2014 a menor dimensão de um pilar deve ser igual ou superior a 14 cm, porem o usuário pode configurar um valor menor, ficando limitado a 12 cm, caso o usuário opte por lançar um pilar com seção dimensão inferior a 14 cm será emitido um aviso após o seu dimensionamento. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 42 O usuário ainda pode configurar alguns parâmetros para o processo iterativo de linha neutra do pilar para isto basta pressionar o botão “Linha neutra...” para que seja aberta uma nova tela de configuração. Figura 4.15: Configurações para linha neutra de pilar Para configuração do processo iterativo para verificar armadura de pilares retangulares submetidos a flexão composta o usuário possui os seguintes itens: • Número de faixas: para que seja obtido o diagrama parábola- retângulo a seção é dividida em faixas e em cada uma dessas faixas e calculada a tensão de compressão media da faixa, por meio deste item é possível determinar quantas faixas irão cortar a seção para realizar esta análise. • Tolerância da carga normal: para que a linha neutra seja considerada correta o valor da carga normal encontrada deve ser a mesma da normal atuante, neste item o projetista pode definir qual será a tolerância para a diferença entre estes valores, sendo que uma tolerância maior resulta em um processo mais rápido porem menos preciso, já uma tolerância menor resulta em um processo mais rápido porem com resultados mais precisos. • Incremento do ângulo: nesta configuração o projetista pode escolher qual será o incremento de ângulo para iteração da linha neutra na seção, quanto menor for o ângulo informado maior será Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 43 a precisão do diagrama gerado porem maior tempo de processamento será demandado, este diagrama gerado por ser visualizado quando se abre a tela de dimensionamento de pilares indo em “Pilares”, “Diagrama de iteração”. • Tolerância do momento resistente: neste item o usuário pode definir qual será a diferença máxima para o momento resistente calculado em relação ao máximo, vale salientar que esta diferença será sempre para cima. • Usar equação de interação para pilares retangulares: com esta opção ativada o programa irá ignorar o incremento de ângulo para realizar o dimensionamento dos pilares,calculando apenas os momentos para X e Y e aplicando equações de interação para interpolar o restante do diagrama. Para que um melhor detalhamento será gerado há alguns parâmetros que o usuário pode definir. Figura 4.16: Coeficientes para pilares. Quanto maior for o valor escolhido para determinado parâmetro maior será a importância dada a este item, sendo assim é interessante o usuário testar várias configurações afim de encontrar a que melhor lhe satisfaz. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 44 • Área de aço: o programa irá buscar escolher a bitola que proporcione uma área de aço mais próxima possível do valor calculado. • Mão de obra: o programa tenta encontrar uma solução que demande uma menor quantidade de barras afim de facilitar a mão de obra. • Diâmetro das barras: neste item o programa irá procurar selecionar uma armadura com barras de menor diâmetro facilitando assim o dobramento das barras. 4.3.2. Dimensionamento de vigas Neste item o projetista pode configurar parâmetros como limites, armadura de tração, torção, pele, suspensão entre outros que serão vistos adiante. Figura 4.17: Tela de dimensionamento de vigas. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 45 No que diz respeito a limites o usuário pode configurar parâmetros como: • Relação máxima entre altura e CG da armadura: nesta configuração o usuário pode definir qual será a distância máxima entre o centro de gravidade da armadura até o ponto mais afastado da linha neutra da seção, a NBR 6118:2014 limita este valor em 10%, caso alguma bitola apresente erro neste parâmetro o programa ira emitir um erro de dimensionamento para a bitola selecionada. • Taxa de armadura máxima: a NBR 6118:2014 estipula que o limite seja 4% somando-se a armadura de compressão e tração, sendo assim o valor recomendável para esta configuração é 2% caso alguma bitola ultrapasse este valor de taxa de armadura o programa irá exibir uma mensagem de erro de dimensionamento para aquela bitola. • Diâmetro do vibrador: o projetista pode definir qual será o diâmetro do vibrador utilizado para realizar o adensamento do concreto, este diâmetro influencia diretamente na configuração de espaçamento das barras. Para armadura de compressão o usuário pode definir qual será o diâmetro mínimo da armadura escolhida, já nas configurações de armadura de tração, disponível apenas na versão V10 do Eberick, o usuário pode configurar parâmetros como: • Tensão mínima para considerar: nesta opção o usuário pode definir qual será o limite percentual de resistência a tração do concreto para que o programa passe a considerar que viga esteja sofrendo uma flexo-tração, em qualquer ponto da viga onde haja esta diferença percentual o programa ira dimensionar a viga à flexo-tração, considerando uma armadura mínima de tração. • Usar armadura mínima da seção: com esta opção habilitada o programa dimensiona a armadura mínima de tração considerando a seção e a classe de resistência do concreto, já Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 46 com ela desabilitada o programa dimensiona a armadura mínima de tração considerando a carga axial atuante. • Adotar armadura de pele como armadura de tração: com esta opção marcada o programa considera que a armadura mínima de tração é utilizada como armadura de pele. • Em vigas que já possuem armadura de pele: esta é uma configuração complementar a anterior quando com ela ativa o programa irá considerar uma armadura de pele para a armadura mínima de tração somente quando a altura da viga for maior que a configurada no grupo “Armadura de pele” ou em casos que seja necessária armadura de pele por conta de esforços de torção. • Em vigas com tensão de tração maior que: está é outra configuração atrelada a “Adotar armadura de pele como armadura de tração” neste caso o programa ira dimensionar a armadura de pele como armadura mínima de tração de acordo com o fctk,sup que é definido de acordo com a classe do concreto. • Percentual a ser resistido pela armadura de pele: com esta configuração o usuário pode definir qual será o percentual de armadura mínima de tração a ser considerada como armadura de pele, o valor limite neste caso é 50%, quanto mais próximo do valor limite mais bem distribuída será a armadura. No grupo de configurações “Armadura de torção” o projetista pode definir parâmetros como: • Tensão mínima para considerar: Como o programa calcula a estrutura montando um pórtico espacial em todos os elementos ocorrerá momento torsores mesmo sendo valores ínfimos, neste item o projetista pode definir qual será a tensão mínima de torção a ser considerada para o cálculo de armaduras, qualquer esforço abaixo do configurado será totalmente desprezado. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 47 • Diâmetro mínimo: neste item o usuário pode definir qual será o diâmetro mínimo para armadura de torção, caso seja necessário este tipo de armadura. • Espaçamento máximo: nesta configuração o usuário pode configurar a altura máxima da viga para que o programa coloque armadura de torção caso seja necessária. Para o grupo de configurações “Armadura de pele” o usuário pode definir os seguintes itens: • Diâmetro mínimo: neste item o usuário pode definir qual será a bitola mínima para armadura de pele de acordo com as bitolas configuradas em “materiais e durabilidade”. • Espaçamento máximo: este item define qual será o espaçamento máximo entre duas camadas adjacentes, ou seja, colocadas lado a lado, na viga, o valor estipulado pela NBR 6118:2014 é de 20 cm ou altura útil (d) / 3, sendo escolhido neste caso o menor valor. • Altura inicial: este item define a partir de qual altura a viga deverá ter armadura de pele, a NBR 6118:2014 define este valor como sendo 60 cm porem alguns autores de livros renomados consideram este valor como sendo 50 cm. No grupo de configuração “Armadura de suspensão” o projetista pode definir uma serie de parâmetros, sendo eles: • Permitir viga maior apoiando em menor: caso esta opção está desabilitada o programa apresenta um erro de dimensionamento, com esta opção habilitada o programa ira dimensionar a viga e calcular a armadura de suspensão necessária para a viga. • Tipo de estribo: o usuário pode definir se deseja detalhar a viga com estribos abertos ou fechados, caso o usuário escolha estribos abertos estes serão detalhados já com o comprimento de ancoragem definido por norma, em caso de extremidade em balanço o programa ira sempre detalhar os estribos fechados. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 48 • Diâmetro mínimo: neste item o usuário pode configurar qual será o diâmetro mínimo da bitola usada para a armadura de suspensão. • Adotar armadura de suspensão para vigas de mesma altura: esta configuração permite que o programa verifique a necessidade de reforço de estribos nas proximidades de encontros, neste caso nem sempre há necessidade de utilizar armadura de suspensão sendo necessário apenas um reforço nos estribos. No grupo de configurações “Apoio sobre pilares externos” o usuário pode definir parâmetros como: • Usar armadura mínima para apoios com: caso haja uma viga rotulada em um pilar de grandes dimensões, que possuem uma rigidez maior, neste ponto pode haver fissuração entre a viga e o pilar, com esta opção habilitada o programa calcula uma armadura mínima. • Largura máxima de desenho: o cálculo da largura de apoio das vigas é realizado com base no lançamento da estrutura, caso um pilar tenha grandes dimensões pode ocorrer de gerar um apoio muito grande no detalhamento sendo assim o usuário pode definir uma largura máxima para o programa gerar o detalhamento da viga.Caso o usuário prefira este valor pode ser alterado manualmente em cada nó da viga acessando a tabela de “no” na janela de vigas, configurando a largura de apoio. Caso o valor configurado pelo usuário seja menor que a altura da viga o apoio extremo será definido levando em consideração a altura da viga. O usuário ainda pode definir outras configurações pressionando o botão “Estribos...” é aberta uma nova tela com novas configurações. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 49 Figura 4.18: Tela de configuração de armadura de cisalhamento. Nas configurações de estribo é possível que o projetista defina parâmetros como: • Modelo de cálculo: este item permite ao usuário escolher qual o modelo de cálculo será utilizado para o dimensionamento da armadura transversal, de acordo com as prescrições da NBR 6118:2014. • Inclinação das bielas: caso o projetista escolha o modelo de cálculo II para estribos pode ser configurado o ângulo de inclinação das bielas de compressão com valores que variam entre 30° e 45°. • Largura máxima para estribos de dois ramos: nesta opção o usuário pode definir qual será a largura máxima da viga pra que o programa passe a detalhar a viga com estribos de 3 ou mais ramos. • Estribos com mais de 2 ramos: neste item o projetista pode escolher qual o tipo de estribo será utilizado nas vigas que possuem mais de 2 ramos de estribos. Sendo possível escolher entre pente onde o número de ramos será livre e os estribos com mais de 2 ramos serão sempre formados por dois ferros diferentes, caso o usuário escolha estribo múltiplo o número de Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 50 ramos será sempre par e todos os estribos formados por um ou mais ferros iguais. Nas configurações de trechos o usuário pode definir alguns parâmetros sendo eles: • Comprimento mínimo: de acordo com os esforços cortantes um trecho de viga pode ter 3 trechos de estribos sendo eles Asw esquerdo, Asw centro e Asw direito, neste item é possível determinar qual será o comprimento mínimo deste trecho, caso este valor calculado seja menor o programa tentará utilizar um comprimento mínimo ou agrupar a armadura com o trecho adjacente. • Adotar trecho reduzido quando Vsd maior que: neste item o projetista pode definir uma relação entre o Vsd que é a cortante atuante na seção é o Vdmin que é a parcela de esforço cortante resistido pela armadura de cisalhamento mínima, o comprimento mínimo deste espaçamento é 10 cm e tem como objetivo evitar que uma armadura muito pesada seja utilizada em um local onde não há necessidade. • Adotar bitola constante no vão: como já foi dito antes o vão de uma viga pode ter até 3 trechos distintos, neste item o projetista pode definir se deseja usar a mesma bitola de aço para todos estes trechos alterando apenas o espaçamento entre os estribos. No grupo de configurações “Espaçamento” o usuário pode definir parâmetros como: • Espaçamento múltiplo de: neste item o usuário pode definir se deseja que o espaçamento seja um valor múltiplo de 1, 2, 2.5 ou 5. • Espaçamento mínimo: neste item o usuário pode definir o espaçamento mínimo para os estribos da viga, caso uma bitola apresente um espaçamento menor que o configurado o programa Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 51 descarta esta bitola e utiliza outra com um diâmetro imediatamente superior. • Espaçamento máximo: neste item o usuário pode definir qual será o espaçamento máximo entre os estribos este é apenas um complemento aos requisitos da NBR 6118:2014. • Relação entre máximo e d para vigas com altura inferior a: de acordo com a norma existe um valor máximo entre o espaçamento dos estribos e altura útil da viga, em vigas chatas este espaçamento pode ficar muito pequeno, sendo assim o usuário pode configurar um valor de altura para viga que abaixo disto desconsidera esta prescrição da norma. • Adotar espaçamento máximo: neste item o usuário pode definir, em porcentagem, qual o valor da altura útil da viga definirá o espaçamento máximo entre os estribos. O usuário ainda pode por meio do grupo de configurações “Escolher bitola” configurar os seguintes itens: • Pelo menor diâmetro: para realizar a escolha das bitolas para armadura transversal o Eberick irá priorizar a escolha da menor bitola configurada. • Pelo espaçamento mais próximo de: com este item ativo o Eberick irá utilizar a bitola que resultar em espaçamentos mais próximos da relação de altura útil viga definida pelo usuário, caso duas ou mais bitolas diferentes obtenham espaçamentos iguais o programa automaticamente ira utilizar a bitola de menor diâmetro. O usuário ainda pode definir outras configurações pressionando o botão “Ancoragem...” é aberta uma nova tela com novas configurações. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 52 Figura 4.19: Tela de configuração de ancoragem em apoio externo. Nas configurações de ancoragem é possível que o projetista defina parâmetros como: • Permitir dispensa de lb quando possível: com este item habilitado e em casos onde é pode ser considerado isto, o programa desconsidera o cálculo do lbnec. • Adotar ancoragem em laço: este item possibilita que o programa detalhe armadura de grampo para complementar a ancoragem quando o comprimento do apoio não for suficiente para realizar a ancoragem pelo modo convencional. • Permitir ancoragem integral: caso o apoio externo de uma viga seja menor que o comprimento de ancoragem calculado não será possível ancorar a viga utilizando apenas as barras, caso esta opção esteja ativa a ancoragem da viga é realizada por meio de grampos de ancoragem. • Diâmetro mínimo: este item define qual será a bitola mínima a ser utilizada pelos grampos complementares de ancoragem. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 53 • Espaçamento mínimo: neste item o usuário pode definir o espaçamento mínimo entre as camadas de grampos de ancoragem. • Número máximo de camadas: neste item o projetista pode definir qual será a quantidade máxima de camadas dos grampos de ancoragem. • Tratar diferenças de comprimento das barras a partir da 2° camada: com esta opção habilitada as barras de ancoragem, a partir da segunda camada, tem os seus comprimentos corrigidos. O usuário ainda pode definir outras configurações pressionando o botão “Coeficientes...” é aberta uma nova tela com novas configurações. Figura 4.20: Coeficientes para dimensionamento de vigas. Na determinação de coeficientes é possível que o projetista defina parâmetros como: • Área de aço: quanto maior a importância o usuário der a este item mais próxima será área de aço utilizado com a área de aço calculada. • Mão de obra: quanto maior a importância que o projetista der a este item menor será a quantidade de barras utilizadas facilitando assim a mão de obra. Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 54 • Diâmetro das barras: neste item o programa busca escolher barras com menor diâmetro o que facilita a dobramento das barras e logo a montagem da viga. 4.3.3. Dimensionamento de lajes Neste item o projetista pode configurar parâmetros como limites, armadura de tração, torção, pele, suspensão entre outros que serão vistos adiante. Figura 4.21: Tela de dimensionamento de lajes. No que diz respeito a armadura positiva o usuário pode configurar parâmetros como: • Comprimento mínimo do trecho: caso o usuário esteja calculando uma laje que possui uma geometria que não seja Curso Prático Eberick V10 – O Canal da Engenharia Eng. Emanuel Dantas 55 retangular o usuário pode definir um trecho mínimo onde abaixo deste valor as barras serão detalhadas considerando o seu comprimento
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