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ALUNA: ANA CLARA BRITO RODRIGUES COTRIM FICHAMENTO: DIREITO À LITERATURA CANDIDO, A. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1988 · Chegou-se a um máximo de racionalidade técnica e domínios da natureza, tendo a possibilidade de resolução de muitos problemas materiais do homem. · Contudo, a irracionalidade do comportamento também é máxima. · Os mesmos meios que permitem o progresso provocam também a degradação. · A distribuição equitativa dos bens materiais era impensável em épocas mais remotas porque não havia a possibilidade de abundância para todos. Entretanto, atualmente existem muitas técnicas que permitem que isso aconteça, mas é pouco pensado pelas pessoas. · A época atual é bárbara. Apesar disso é o único período histórico em que é possível encontrar uma solução para as injustiças através do máximo viável de igualdade e justiça. · A barbárie já não é vista como natural, mas sim como algo que deve ser ocultado. · Pensar em direitos humanos tem um pressuposto: “Reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo.” (Pg. 172) · São bens incompressíveis os que asseguram a sobrevivência física e a integridade espiritual. · “Mas a fruição da arte e da literatura estaria mesmo nessa categoria? A resposta só pode ser dada se puder responder a uma questão prévia, isto é, elas só poderão ser consideradas bens incompressíveis segundo uma organização justa da sociedade, se corresponderem a necessidades profundas do ser humano, a necessidade que não podem deixar de ser satisfeitas sob pena de desorganização pessoal, ou pelo menos de frustração mutiladora.” (Pg. 174) · A literatura é vista como uma manifestação universal dos homens em todos os tempos. · “Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.” (Pg. 175) · A literatura tem sido muito importante para a instrução e para a educação. · “Ela não corrompe nem edifica, portanto; mas, trazendo livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz viver.” (Pg. 176) · O efeito da produção literária acontece devido à atuação de três faces da literatura ao mesmo tempo: a construção de significado através de objetos autônomos organizados por meio de uma ordem; a forma de expressão e a forma de conhecimento. · As obras literárias tentam superar o caos da mente do leitor e o caos das palavras, a fim de que todo o arranjo faça sentido. · A literatura torna as pessoas mais abertas aos problemas humanos. · Os romances literários do começo do século XIX eram uma resposta aos problemas sociais trazidos pela industrialização, por isso o pobre foi um tema muito importante dessas obras. · A literatura considerada erudita é um privilégio social das classes dominantes devido à forma com que a sociedade está dividida. · “A boa literatura tem alcance universal, e que ela seria acolhida devidamente pelo povo se chegasse até ele.” (Pg. 188) · O “poder universal dos grandes clássicos, que ultrapassam as barreiras da estratificação social e de certo modo podem redimir as distâncias impostas pela desigualdade econômica.” (Pg. 189) · A luta pelos direitos humanos significa também lutar pelos direitos de acesso aos diferentes níveis de cultura.
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