Buscar

Farmacocinética: Absorção e Barreiras Biológicas

Prévia do material em texto

Thifane Oliveira 
Farmacocinética 
 É o estudo do movimento de uma 
substancia química em particular, um 
fármaco no interior de um organismo 
vivo. 
 
 Processos farmacocinético: 
 - Absorção; 
 - Distribuição; 
 - Biotransformação; 
 - Excreção; 
Para alcançar seu local de ação, a droga na 
maioria dos casos é obrigada a atravessar 
diversas barreiras biológicas: 
- Epitélio gastrointestinal; 
- Endotélio vascular; 
- Membranas plasmáticas; 
Quando essa travessia leva a droga até o 
sangue, temos a absorção; se transporta a 
droga até os tecidos do corpo, o fenômeno se 
chama distribuição; se o movimento da droga 
faz sentido oposto, isto é, dos tecidos e sangue 
para o ambiente, para fora do organismo, o 
processo constitui excreção. 
Determinada droga, por exemplo, que é ingerida 
e que deve agir no sistema nervoso central tem 
de transpor o epitélio gastrointestinal, cair no 
sangue e linfa, vencer a barreira 
hematoencefálica ou hemoliquórica, atingir o 
sistema circulatório cerebral, alcançar 
membranas das células cerebrais e, só então, 
iniciar a sua ação farmacológica especifica. 
 ABSORÇÃO 
A absorção tem por finalidade transferir a 
droga do lugar onde é administrada para fluidos 
circulantes, representados especialmente pelo 
sangue. 
Uma droga injetada no musculo, por exemplo, 
para ser absorvida, isto é, para atingir a 
corrente sanguínea, terá de difundir-se a partir 
do local da injeção e atravessar o endotélio dos 
vasos sanguíneos mais próximos. 
A velocidade e a eficiência da absorção vão 
depender de entre outros fatores da via de 
administração; 
- Quando você injeta um fármaco diretamente 
na corrente sanguínea (via intra-venosa e via 
intra-arterial), não gera absorção e por isso sua 
ação é mais rápida. 
A forma farmacêutica influencia na absorção 
do fármaco. Um exemplo é a forma liquida que 
já está diluída e não precisará se desintegrar 
para ser absorvida como acontece em capsulas 
e drágeas. Sendo assim, a forma liquida terá 
uma velocidade de absorção mais rápida. 
No estudo da absorção das drogas, os seguintes 
itens devem ser analisados: 
 MEMBRANA CELULAR 
É um envoltório composto por moléculas de 
fosfolipídios e de proteína, formando uma 
 Thifane Oliveira 
bicamada com uma parte apolar (hidrofóbica) 
voltada para dentro e polar (hidrofílica) voltada 
para fora; 
A bicamada garante uma fluidez a membrana, 
permitindo que moléculas individuais se movam 
literalmente; 
A bicamada é relativamente impermeável as 
moléculas polares e aos íons, sendo, entretanto, 
permeáveis as moléculas das drogas não 
polares; 
Para um fármaco ser facilmente absorvido, ele 
precisa atravessar a barreira lipídica, ou seja, 
ser lipossolúvel e estar na sua forma molecular; 
Aquelas que não forem lipossolúveis precisarão 
de processos especiais para atravessar as 
membranas biológicas, como: 
 
Transporte passivo: não há interferência ativa 
das membranas nesses processos e nem gasto 
de ATP; 
- Difusão simples ou passiva: as moléculas de 
soluto se distribuem do meio que estiver mais 
concentrado para o meio que estiver menos 
concentrado. Para isso, essas moléculas devem 
ser apolares, lipossolúveis e possui molécula 
compatível com a membrana; 
Transporte ativo: o soluto para atravessar a 
membrana precisa se combinar com a proteína 
carreadora, formando com ela um complexo. 
Além disso, o transporte ativo se dirige contra 
um gradiente de concentração. 
- Difusão facilitada: necessitada de um 
transportador existente na membrana para 
atravessar essa barreira; 
 IONIZAÇÃO 
 As drogas, na sua maioria, são bases e ácidos 
fracos que se ionizam parcialmente. Em 
solução, apresentam uma parte ionizada e 
outra parte não ionizada. Essa dissociação é 
influenciada pelo pH do meio; 
A parte não ionizada (forma molecular) é 
menos polar e, portanto, mais lipossolúvel que a 
forma ionizada. 
Como as membranas absorventes do nosso 
corpo são predominantes lipídicas, a conclusão é 
imediata: a parte não ionizada, lipossolúvel, do 
ácido ou da base é mais facilmente absorvida. 
 
 
Ao chegar no estomago o pH diminui por causa 
do suco gástrico que é muito ácido e a 
concentração de H+ aumenta. 
Consequentemente, a reação de equilíbrio se 
desloca para a esquerda, produzindo maior 
concentração de forma molecular (forma não 
ionizada) para que a reação entre em equilíbrio 
e o fármaco seja absorvido melhor; 
Portanto, um fármaco ácido será mais bem 
absorvido no estomago do que no intestino, pois 
no estomago o meio possui H+, o que facilita a 
reação de deslocação que produz a forma 
molecular (não ionizada) e absorve o 
medicamento; 
 Thifane Oliveira 
Da mesma forma, um fármaco básico será 
mais bem absorvido no intestino; 
 Ph 
 
Droga ácida em meio de pH ácido, a sua ionização 
é diminuída, consequentemente, sua absorção 
aumenta. Droga ácida em meio pH alcalino tem 
sua ionização aumentada e sua absorção 
diminuída; 
 
Droga básica em meio ácido tem sua ionização 
aumentada e sua absorção diminuída. Como a 
parte não ionizada em geral, é lipossolúvel e, 
portanto, absorvível, podemos inferir a 
importância dos fatores que condicionam a 
ionização da droga, interferindo na sua 
absorção, distribuição e excreção; 
 
 Nível normal do pH nos compartimentos 
orgânicos: 
- Sangue: 7,2 – 7,6; 
- Cólon: 7,0 – 7,5; 
- Saco conjuntival: 7,3 – 8,0; 
- Duodeno: 4,8 – 8,2; 
- Jejuno e íleo: 7,5 – 8,9; 
- Leite maternal: 6.5 – 6,7; 
- Boca: 6,2 – 7,2; 
- Estomago: 1,0 – 3,0; 
- Suor: 4,3 – 4,7; 
- Uretra: 5,0 – 7,0; 
- Vagina: 3,4 – 4,2; 
 
 BIODISPONIBILIDADE 
 
É a concentração, quantidade ou porcentagem 
do fármaco que chega até o local do sítio de ação 
dele. É a quantidade da droga disponível a ser 
utilizada pelo organismo; 
A biodisponibilidade da droga também indica a 
velocidade com que a droga atinge o sangue; 
Pode ser influenciada pelos seguintes fatores: 
 Características da droga: 
- Inativação antes da absorção 
gastrointestinal por conta do PH; 
- Absorção incompleta; 
- Biotransformação na parede intestinal 
ou no fígado (efeito do “primeiro passo” 
ou “primeira passagem” metabólica) 
 
 Forma farmacêutica: 
- Estado físico da droga; 
- Excipientes ou veículos da droga; 
 
 Interação com outras substancias no 
trato gastrointestinal: 
- Alimentos; 
- Drogas; 
 
 Características do paciente: 
- pH gastrointestinal; 
- Motilidade gastrointestinal; 
- Perfusão; 
- Flora; 
- Estrutura; 
- Estados de má-absorção; 
- Função hepática; 
- Fenótipo genético; 
Dosagem terapêutica: é quando as primeiras 
doses do medicamento não são suficientes 
para entrar na faixa terapêutica. Sendo assim, 
o medicamento fará efeito a partir da segunda 
ou terceira dose; 
Dosagem terapêutica com dose de ataque: é 
quando a primeira dose do medicamento, já é 
suficiente para alcançar a faixa terapêutica e 
fazer seu efeito. Geralmente, é utilizado quando 
se necessita de uma terapia de efeito imediato; 
Dosagem tóxica: é quando as primeiras doses do 
medicamento já alcançam a janela terapêutica, 
mas as doses subsequentes, já são toxicas e 
fazem mal ao paciente; 
Dosagem subterapeutica: é quando o 
medicamento não alcança a faixa terapêutica e 
não faz o seu efeito, independentemente da 
quantidade de dose; 
Portanto, para um fármaco ser eficaz, ele deve 
ter uma dosagem terapêutica ou uma dosagem 
terapêutica com dose de ataque. A 
diferenciação entre essas dosagens dependerá 
da escolha da melhor terapia que o médico fizer 
para determinado paciente; 
- Se o paciente precisa de um medicamento 
que tenha efeito rápido, então será necessário 
administrar uma dose de ataque para ele. 
 
 Thifane Oliveira 
 
 DISTRIBUIÇÃO 
 
Depois de administrada e absorvida, a droga é 
distribuída, isto é, transportadapelo sangue e 
outros fluidos aos tecidos do corpo. Apesar de 
ser um todo funcional, o organismo divide-se 
em diferentes compartimentos, bem 
delimitados pelas membranas biológicas; 
 
Os princípios e propriedades de que depende a 
absorção são também aplicáveis à distribuição. 
Aliás, a absorção, a distribuição, as 
biotransformações e a excreção das drogas são 
etapas inseparáveis, frequentemente 
simultâneas da farmacocinética; 
 
Inicia-se a análise da distribuição a partir do 
momento em que a droga chega ao sangue, e 
então são estudados a concentração plasmática 
da droga, a permeabilidade do endotélio capilar, 
a ligação da droga às proteínas plasmáticas, a 
biodisponibilidade e o volume de distribuição da 
droga; 
 
A perfusão sanguínea está muito ligada a 
distribuição do fármaco, pois quanto maior a 
quantidade de sangue que está circulando 
naquele local, maior será a distribuição do 
fármaco; 
 
O débito cardíaco também influencia na 
distribuição, pois ele aumenta a perfusão 
sanguínea; 
 
 
 
 
 LIGAÇÃO DOS FÁRMACO AS PROTEÍNAS 
 
No sangue, quase todas as drogas se 
subdividem em duas partes: uma livre, 
dissolvida no plasma e outra que se liga as 
proteínas plasmáticas; 
 
Somente a fração livre do fármaco é 
distribuída, ou seja, somente o fármaco livre 
(sem estar ligada a uma proteína) é que 
consegue passar pelas células endoteliais e 
chegar no seu local de ação; 
 
A parte ligada as proteínas constitui fração de 
reserva das drogas e só se torna 
farmacologicamente disponível no momento 
em que se converte em porção livre. Forma-se 
no sangue, um equilíbrio entre a parte ligada e a 
parte livre da droga. A medida em que a parte 
livre é utilizada pelo organismo, a parte ligada vai 
se desligando para substituir aquela parte livre 
que é distribuída, acumulada, metabolizada e 
excretada. 
 
 Portanto, a afinidade do fármaco pelas 
proteínas do sangue também irá 
influenciar na distribuição, no 
metabolismo e no tempo de ação que vai 
ter todo esse processo. 
 
- Ou seja, fármaco que tem alta 
afinidade com as proteínas plasmáticas, 
tem uma baixa distribuição, menor 
metabolismo e maior tempo de ação; 
 
 A quantidade de um fármaco que se liga 
as proteínas vai depender de três 
fatores: 
- Concentração do fármaco livre; 
- Afinidade do fármaco pelos locais de 
ligação; 
- Concentração das proteínas; 
 
 
Tipos de fármacos e ligação de proteínas 
plasmáticas 
 
Fármacos de classe I: a dose é menor do que o 
número de locais de ligações, ou seja, maior 
quantidade de fármaco ligado as proteínas e, 
portanto, menor distribuição; 
 
Fármacos de classe II: a dose é maior do que 
o número de locais de ligação, ou seja, maior 
concentração de fármaco livre e, portanto, 
maior distribuição; 
 
Administração de fármacos da classe I e II: a 
administração simultânea de dois fármacos que 
possuem afinidade pela mesma proteína, 
resultará numa competição por proteínas, 
 Thifane Oliveira 
resultando numa maior quantidade de fármaco 
livre e, portanto, maior quantidade de fármaco 
passara pelas células endoteliais e maior 
concentração dela chegará ao sitio de ação; 
 
Sendo assim, não se pode administrar dois 
fármacos que competem pelo mesmo sitio de 
ação, pois isso resultará num excesso de 
fármaco livre, excesso de distribuição e 
toxicidade aos tecidos. 
 
Recapitulando.... Existem três fatores que 
influenciam diretamente na distribuição do 
fármaco, são eles: 
 - Perfusão sanguínea; 
 - Capacidade de ligação as proteínas; 
 - Lipossolubilidade do fármaco; 
 
Os fármacos também podem competir por 
proteínas diferentes. Normalmente, as drogas 
acidas irão se ligar a albumina e as drogas 
básicas irão se ligar a aI-glicoproteína ácida; 
 
Se um fármaco ácido for administrado 
simultaneamente com um fármaco básico, 
dificilmente eles irão competir por um mesmo 
local de ação e, dificilmente, eles irão deslocar 
um ao outro; 
 
No entanto, dois fármacos ácidos ou dois 
fármacos básicos se administrados 
simultaneamente e se ligarem ao mesmo locus 
da proteína, terão chance de deslocar um ao 
outro e produzir efeitos adversos por 
mecanismos de competição por ligação a 
proteína; 
 
 TECIDOS QUE SOFREM AÇÃO FARMACOLOGICA 
 
 Tecidos susceptíveis: tecidos que 
possuem um ligante para aquele 
fármaco; 
 Tecidos ativos: tecidos que metabolizam 
o fármaco, como o fígado; 
 Tecidos indiferentes: tecidos que 
recebem o fármaco, mas não o 
metaboliza e nem sofrem ação 
farmacológica. Apenas armazena o 
fármaco; 
 Tecidos emunctórios: tecidos que 
excretam e eliminam totalmente o 
fármaco da corrente sanguínea, como o 
rim; 
 
 VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
 
O volume real de distribuição é o volume que 
o tecido recebe de fármaco; 
 
Já o volume aparente é a relação entre a 
concentração de fármaco nos tecidos e a 
concentração de fármaco na corrente 
sanguínea; 
 
Se a droga é muito lipossolúvel, ela vai 
conseguir atravessar facilmente as 
membranas plasmáticas fosfolipidicas e se 
concentrar muito nos tecidos. 
Consequentemente, ela terá grande volume 
aparente; 
 
Já a droga ligada ou hidrossolúvel, por terem 
mais dificuldade de atravessar as 
membranas plasmáticas a terem maior 
dificuldade de desligarem das proteínas, elas 
têm um baixo volume aparente de 
distribuição. 
 
Variação do volume aparente: 
 
 Dependentes da droga: 
- Lipossolubilidade; 
- Polaridade e ionização; 
- Ligação a proteínas; 
 
 Dependentes do paciente: 
- Idade; 
- Peso, altura; 
- Hemodinâmica (ICC= menor 
perfusão); 
- Concentração de proteínas 
plasmáticas; 
- Estados patológicos; 
- Genética; 
 
 
Reservatórios de fármacos: os fármacos 
ficam nos tecidos e podem encontrar 
reservatórios como é o caso das quinacrinas 
que se armazém no fígado, a tiopental na 
gordura e a tetraciclina no osso; 
 
 DISTRIBUIÇÃO A SITIOS ESPECIAIS 
 
O fármaco pode ser distribuído por vários 
locais, no entanto, existem barreiras 
anatômicas, como: 
 
 Thifane Oliveira 
 Barreira hematoencefálica: o 
cérebro e a medula espinhal são 
protegidos da exposição a diversidade 
de substancias por meio de junções 
muito justas entre as células 
capilares endoteliais e devido aos 
processos gliais, as quais dificultam a 
passagem de fármacos; 
 
Portanto, para penetrarem no 
sistema nervoso central os 
fármacos precisam ter as seguintes 
características: 
 
- Drogas apolares (forma 
molecular); 
- Lipossolúveis; 
 - Tamanho molecular reduzido (álcool); 
 - Elevado coeficiente de partição óleo/água; 
 
Barreira placentária: os vasos sanguíneos do 
feto são revestidos por uma única camada de 
células e por isso, a maioria dos fármacos 
atravessam essa barreira. No entanto, o 
plasma fetal é ligeiramente mais ácido que o 
materno e, por isso, os fármacos básicos se 
ionizam mais facilmente, gerando um risco de 
aprisionamento desses fármacos dentro do 
organismo do feto e maior chance de reações 
adversas; 
 
 ARMAZENAMENTO DAS DROGAS 
 
Alguns fármacos conseguem se ligar a alguns 
tipos de tecidos graças a associação do fármaco 
a elementos teciduais; 
 
Os tecidos mais comumente envolvidos nesse 
armazenamento são o adiposo e ósseo e 
resultam num prolongamento de efeito dos 
fármacos; 
 
Flúor, chumbo e tetraciclinas se armazenam no 
tecido ósseo durante a fase de mineralização, 
quanto anestésicos gerias e inseticidas 
possuem maior afinidade pelo tecido adiposo; 
 
 BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
Essa etapa também é chamada de 
metabolismo de fármacos e compreende os 
mecanismos enzimáticos complexos que tem 
como objetivo inativar compostos endógenos 
ativos como hormônios, enzimas e 
neurotransmissores e eliminar substancias ao 
organismo chamada de xenobioticos; 
 
O principal local de biotransformação é o fígado, 
no entanto, os fármacos também podem ser 
metabolizados pelos pulmões, rins, adrenais, 
entre outros órgãos; 
 
O principal objetivo da biotranformação é 
transformar fármacoslipossolúveis em 
fármacos hidrossolúveis para facilitar a 
excreção. No entanto, a biotransformação 
também pode ativar ou potencializar alguns 
fármacos. E, também, converter o fármaco 
original em um metabólito farmacologicamente 
inativo, menos ativo ou, as vezes, mais ativo que 
a molécula normal; 
 
As reações químicas que ocorre na 
biotransformção, são de: 
 
 - Oxidação; 
 - Redução; 
 - Conjugação; 
 - Hidrolise; 
 
 
 DESFECHOS DA BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
Os desfechos do processo de metabolismo 
podem ser de três tipos: 
 
1) Término da ação de uma substancia; 
- Detoxificar; 
- Inativar compostos; 
 
2) Facilitar a excreção; 
- Formar produtos mais polares; 
- Formar produtos menos lipossolúveis; 
 
3) Ativar; 
- Ativar drogas originalmente ativas; 
- Alterar perfil farmacocinético; 
- Formar metabólitos ativos; 
 
Na maioria das vezes o metabólito 
biotransformado será inativado, 
transformando a droga em menos lipossolúvel 
e aumentando sua taxa de excreção; 
 
Na maioria das vezes: 
 
- A droga inativada chamada de pró-fármaco 
será ativada; 
 Thifane Oliveira 
- Uma droga tóxica sofrerá processo de 
detoxicação; 
- Uma droga não tóxica se transformará em 
tóxica; 
- Uma droga ativa se transformará em igual ou 
menos ativa; 
 
Por tanto, o metabolismo das drogas 
apresenta quatro modalidades seguintes: 
 
As drogas, na sua maioria, e seus metabólitos, 
são inativados ou transformados em produtos 
menos ativos; 
 
Metabólito ativo de droga inativa: muitas drogas 
são parcialmente transformados em um ou 
mais metabólitos ativos; 
 
Ativação de droga inativa: algumas drogas, 
chamadas de pró-drogas ou pró-fármacos, 
são inativas e necessitam ser metabolizadas 
para se tornarem ativas; 
 
Ausência de metabolismo: certas drogas, como 
penicilinas e anestésicos gerais inalatórios, são 
excretadas em forma inalterada, sem sofrer 
metabolismo, devido as suas prioridades 
físico-químicas peculiares. 
 
Citromo P450 
 
Complexo enzimático presente no fígado 
responsável pela metabolização, e sua função 
é transformar seus substratos em moléculas 
mais polares e hidrossolúveis (dificultando o 
retorno para a corrente sanguínea) e, 
portanto, mais facilmente excretáveis; 
 
Existem drogas que realizam a indução 
enzimática, aumentando a atividade desse 
complexo, e outras que podem inibir a atividade 
do mesmo. 
 
 MEIA VIDA PLASMÁTICA 
 
• Tempo necessário para que a quantidade 
originada da dose seja reduzida à metade; 
 
•. Está totalmente associada ao metabolismo 
dos fármacos. 
 
 
 EXCREÇÃO 
 
A via renal corresponde a principal via de 
excreção dos fármacos, isso se dá porque ela 
é a responsável pelos processos de infiltração 
glomerular, reabsorção tubular e secreção 
ativa, processos esses responsáveis pela 
formação da urina e então excreção de 
metabólitos do nosso corpo; 
 
As substancias lipofílicas (apolares) não são 
eliminadas suficientemente pelo rim. São 
metabolizadas em sua maioria, em produtos 
mais polares, que são, então, excretadas pela 
urina; 
 
Depuração (clearence) 
 
 Corresponde ao sangue limpo da 
droga; 
 
 Quando não se tem mais resíduos 
da droga no sangue, em um 
determinado período de tempo; 
 
 É extremamente relevante para 
estabelecer a dose da droga em 
tratamento a longo prazo;

Outros materiais