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A REGULAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO BRASIL

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CYAN
VS Gráfica VS Gráfica
MAG
VS Gráfica
YEL
VS Gráfica
BLACK
Livro inédito e abrangente,
foi elaborado por mais de especialistas da área,
tendo como objetivo sistematizar o conhecimento acumulado
sobre o assunto.
No âmbito da vigilância sanitária, cabe ao sistema regulatório
avaliar os riscos associados à cadeia de produção,
comercialização e consumo dos medicamentos, bem como
desenvolver um conjunto de ações para proteger e promover
a saúde da população. Nesse sentido, a obra fornece aos
estudantes de farmácia e áreas afins, pesquisadores,
profissionais do ramo farmacêutico e da área regulatória não
apenas um compilado de normas, mas um apanhado conciso
e valioso dos aspectos técnicos, científicos e
regulatórios envolvidos.
Didático e objetivo, o texto fornece referencial teórico,
técnico e regulatório sobre as exigências para o registro
sanitário de medicamentos no Brasil.
Ações transversais da regulação de medicamentos, como
inspeção em boas práticas de fabricação, propriedade
intelectual, regulação econômica, publicidade e
fiscalização, entre outros temas, também são
abordadas na obra.
A regulação de medicamentos no
Brasil 60
DESTAQUES
ALLEN, L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C.
ANSEL, H.C.; PRINCE, S.J.
ANSEL, H.C.; STOKLOSA, M.J.
AULTON, M.E.
BARREIRO, E.J.; FRAGA, C.A.M.
BAXTER, K.
CORRER, C.J.; OTUKI, M.F.
LARINI, L.
LEE, A.
MASTROIANI, P.C.; VARALLO, F.R. (Organizadores)
NETZ, P.; GONZÁLES ORTEGA, G.
PANDIT, N.K.
RASCATI, K.L.
SINKO, P.J.
TOZER, T.N.; ROWLAND, M.
YANG,Y.; WEST-STRUM, D.
Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos – 9.ed.
Manual de cálculos farmacêuticos
Cálculos farmacêuticos – 12.ed.
Delineamento de formas farmacêuticas – 2.ed.
Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos – 2.ed.
Interações medicamentosas de Stockley: referência rápida
A prática farmacêutica na farmácia comunitária
Fármacos e medicamentos
Reações adversas a medicamentos – 2.ed.
Farmacovigilância para promoção do uso correto de medicamentos
Fundamentos de físico-química: uma abordagem conceitual para
as ciências farmacêuticas
Introdução às ciências farmacêuticas
Introdução à farmacoeconomia
Martin: físico-farmácia e ciências farmacêuticas – 5.ed.
Introdução à farmacocinética e à farmacodinâmica: as bases quantitativas
da terapia farmacológica
Compreendendo a farmacoepidemiologia
VIEIRA, F.P.; REDIGUIERI, C.F.; REDIGUIERI, C.F.
A regulação de medicamentos no Brasil
r
R344 A regulação de medicamentos no Brasil / Organizadoras, 
 Fernanda Pires Vieira, Camila Fracalossi Rediguieri, 
 Carolina Fracalossi Rediguieri. – Porto Alegre : Artmed,
 2013.
 672 p. : il. ; 25 cm. 
 ISBN 978-85-65852-64-7
 1. Farmácia. 2. Medicamentos. 3. Regulação de 
 medicamentos – Brasil. I. Vieira, Fernanda Pires.
 II. Rediguieri, Camila Fracalossi. III. Rediguieri, Carolina 
 Fracalossi.
CDU 615.1
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
00-LIVRO_Vieira.indb ii00-LIVRO_Vieira.indb ii 26/03/2013 13:50:0426/03/2013 13:50:04
REGISTRO DE MEDICAMENTOS 
FITOTERÁPICOS
Ana Cecília Bezerra Carvalho
João Paulo Silvério Perfeito
Lívia Santos Ramalho
Robelma France de Oliveira Marques
DEFINIÇÃO
O medicamento fi toterápico, de acor-
do com a legislação sanitária brasileira, é o 
produto industrializado, tecnicamente ela-
borado a partir de matérias-primas ativas 
vegetais e que apresenta reprodutibilidade 
e constância de sua qualidade. Possui se-
gurança e efi cácia comprovadas e pode ser 
utilizado com fi nalidade profi lática, curativa 
ou paliativa. Ressalta-se que não pode ser 
classifi cado como medicamento fi toterápi-
co o produto que inclua substâncias ativas 
isoladas, sintéticas ou naturais, isoladas ou 
adicionadas ao derivado vegetal.1 O medica-
mento fi toterápico pode ser simples, quando 
tem como ativo apenas uma planta medici-
nal, e composto, quando elaborado a partir 
de mais de uma espécie.
Além do medicamento fi toterápico, há, 
no Brasil, outros produtos obtidos de plantas 
medicinais na área farmacêutica, os quais são 
defi nidos de acordo com sua etapa tecnoló-
gica de processamento. Aos produtos iniciais 
utilizados na produção de medicamentos fi -
toterápicos atribui-se a denominação geral 
de matéria-prima vegetal. A matéria-prima 
vegetal compreende tanto a planta medici-
nal, que é uma espécie vegetal cultivada ou 
não, utilizada com propósitos terapêuticos, 
no estado fresco ou seco, como a droga ve-
getal, que corresponde à planta medicinal 
seca, triturada, estabilizada ou não.1 O deri-
vado vegetal, por sua vez, é o produto obtido 
da matéria-prima vegetal fresca ou seca, por 
meio de processo extrativo ou prensagem, 
como ocorre nos casos dos óleos.1
ARCABOUÇO LEGISLATIVO
Historicamente, o registro de medicamen-
tos fi toterápicos teve cinco dispositivos 
5
00-LIVRO_Vieira.indb 8300-LIVRO_Vieira.indb 83 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
84 A regulação de medicamentos no Brasil
regulatórios específi cos no Brasil: a Porta-
ria no 22, de 30 de outubro de 1967,2 do 
extinto Serviço Nacional de Fiscalização 
da Medicina e da Farmácia (SNFMF); a 
Portaria no 6, de 31 de janeiro de 1995,3 
da também extinta Secretaria Nacional de 
Vigilância Sanitária (SNVS); a Resolução 
da Diretoria Colegiada (RDC) no 17, de 
24 de fevereiro de 2000;4 a Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) no 48, de 16 
de março de 2004 e a atual Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) no 14, de 31 de 
março de 2010,1 publicadas pela Anvisa.5-7
A partir da década de 1980, esforços co-
meçaram a ser empreendidos no Brasil vi-
sando a incentivar os estudos com as plantas 
medicinais e a promover o crescimento desse 
setor e sua introdução na atenção básica à 
saúde.8
No ano de 2006, duas importantes políticas 
foram estabelecidas para o setor de plantas 
medicinais e fi toterápicos no Brasil: a Portaria 
no 971, de 3 de março de 2006,9 a qual aprova 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares (PNPIC) no Sistema Único 
de Saúde (SUS), e o Decreto no 5.813, de 22 
de junho de 2006,10 que aprova a Política Na-
cional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 
(PNPMF) e dá outras providências.
Essas duas políticas apresentam, entre 
suas diretrizes, o incentivo à pesquisa e ao de-
senvolvimento relacionado ao uso de plantas 
medicinais e fi toterápicos, objetivando sua 
disponibilização com qualidade, segurança e 
efi cácia à população, priorizando a biodiver-
sidade do País e promovendo maior acesso a 
tratamentos seguros e efi cazes.9,10
Como forma de aperfeiçoar o marco 
regulatório inserido no contexto da cadeia 
produtiva de plantas medicinais e fi toterápi-
cos, a legislação sanitária brasileira que dis-
põe sobre o registro de medicamentos fi to-
terápicos foi recentemente atualizada, sendo 
publicada na forma da RDC no 14/2010,1 
permitindo acompanhar o desenvolvimen-
to científi co e tecnológico e possibilitando 
a ampliação do acesso da população a esses 
medicamentos.
CONTROLE DA QUALIDADE DE 
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) es-
tima que, mesmo com os avanços alcançados 
nos últimos 30 anos no que se refere a políti-
cas públicas, uma grande parte da população 
ainda não tem acesso regular a serviços de 
saúde convencionais e medicamentos essen-
ciais, principalmente em países considerados 
menos desenvolvidos.11 Uma alternativa à 
terapêutica convencional é o uso de plantas 
medicinais e seus derivados, prática que as 
agências governamentais internacionais têm 
envidado esforços a fi m de garantir que seja 
segura e efi caz.12
Devido ao elevado consumo de fi toterápi-
cos pela população e à crença da maioria das 
pessoas de que esses produtos não apresentam 
risco à saúde e que podem ser utilizados para 
os mais variados males, é fundamental asse-
gurar a ação terapêutica e a segurança desses 
medicamentos.13 Para assegurar a segurança 
e a efi cácia dos medicamentos fi toterápicos, 
é necessário garantir a qualidadena sua pro-
dução por meio do monitoramento da sua 
constituição química e da ausência de con-
taminantes.
Segundo a OMS, é essencial que exista 
uma série de regulamentações a nível glo-
bal, exigindo requisitos mínimos que pos-
sam subsidiar a avaliação dos parâmetros 
de segurança e efi cácia de forma a assegurar 
a qualidade dos medicamentos fi toterápi-
cos.14
00-LIVRO_Vieira.indb 8400-LIVRO_Vieira.indb 84 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
Vieira, Rediguieri e Rediguieri (Orgs.) 85
No Brasil, o registro de fi toterápicos baseia-se 
em uma rígida norma sanitária, a RDC no 
14/2010,1 a qual apresenta nível de exigên-
cias semelhante ao dos medicamentos sinté-
ticos no que tange à qualidade de produtos.
Essa norma estabelece requisitos especí-
fi cos, com base na garantia da qualidade, e 
exige a reprodutibilidade dos fi toterápicos 
produzidos, o que pode ser alcançado apenas 
se forem utilizados extratos padronizados e se 
for realizado rígido controle da qualidade. A 
RDC no 14/20101 traz alternativas ao contro-
le da qualidade, como incorporação do con-
trole biológico e modifi cações nas exigências 
para associações, como forma de facilitar a 
comprovação dos requisitos de identidade e 
qualidade exigidos para esses medicamentos.
Uma exigência primordial para assegurar 
a qualidade dos medicamentos fi toterápicos 
é que as empresas fabricantes desses medica-
mentos sigam as Boas Práticas de Fabricação e 
Controle, cujos requisitos estão especifi cados 
na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 
no 17, de 16 de abril de 2010.7
Processos distintos de produção condu-
zem a fi toterápicos com diferentes composi-
ções no que se refere à qualidade e à quanti-
dade de princípios ativos e ou de marcadores, 
mesmo quando derivados da mesma planta. 
Para comprovar a qualidade do produto, é 
necessária a realização de diversos testes que 
confi rmem a identidade da espécie vegetal, o 
teor de marcador e a ausência, ou presença 
em limites aceitáveis, de contaminantes, en-
tre outros parâmetros. O controle é feito em 
todas as etapas de produção, sendo avaliados 
desde a droga vegetal, passando pelo derivado 
vegetal, até o medicamento fi toterápico pro-
priamente dito.
Os marcadores são compostos ou clas-
ses de compostos químicos, como alcaloides, 
fl avonoides, ácidos graxos, entre outros, pre-
sentes na matéria-prima vegetal, preferencial-
mente tendo correlação com o efeito terapêu-
tico, o qual é utilizado como referência no 
controle da qualidade da matéria-prima ve-
getal e do medicamento fi toterápico.1 Assim, 
como não é possível controlar os inúmeros 
constituintes ativos presentes em um produto 
de origem vegetal, assume-se para os ensaios 
de controle da qualidade que, se o marcador 
estiver presente na concentração apropriada, 
os demais constituintes de determinada espé-
cie vegetal também estarão representados.15
Para a droga vegetal, deve ser avaliada a 
identidade botânica, sua integridade, carac-
terísticas organolépticas, teor de umidade e 
presença de materiais indesejáveis, como cin-
zas, contaminantes macro e microscópicos, in-
cluindo fungos, bactérias, micotoxinas e me-
tais pesados. Devem ser informados também o 
local de coleta da espécie vegetal e se foram uti-
lizados métodos para eliminação de contami-
nantes, acompanhado da pesquisa de possíveis 
resíduos. Por fi m, deve ser apresentada a análi-
se qualitativa e quantitativa dos marcadores. O 
controle quantitativo de marcadores pode ser 
substituído por controle biológico da ativida-
de terapêutica, ou seja, em vez de quantifi car 
quimicamente os marcadores do fi toterápico, 
controla-se, lote a lote o efeito terapêutico de-
sejado para o medicamento.1
Os resultados dos testes de controle de 
qualidade anteriormente descritos para a 
droga vegetal precisam ser apresentados para 
a Anvisa, na submissão de registro, apenas 
quando a empresa fabricante do medicamen-
to fi toterápico for também a produtora do 
derivado vegetal ou quando a droga vegetal 
for utilizada como ativo no medicamento 
fi toterápico. Nesses casos, como a própria 
empresa utiliza a droga vegetal como ponto 
de partida para a produção do medicamento, 
esta deve apresentar todos os resultados refe-
rentes à avaliação da qualidade daquela.
Para a avaliação do derivado vegetal, são 
solicitados, conforme a norma vigente, os 
00-LIVRO_Vieira.indb 8500-LIVRO_Vieira.indb 85 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
86 A regulação de medicamentos no Brasil
testes físico-químicos do extrato, incluindo 
caracterização organoléptica, resíduo seco, 
pH, teor alcoólico e densidade (para extratos 
líquidos); umidade/perda por dessecação, so-
lubilidade e densidade aparente (para extratos 
secos); densidade, índice de refração e rotação 
óptica (para óleos essenciais); índice de acidez, 
de éster e de iodo (para óleos fi xos). Além dis-
so, deve ser apresentada a descrição dos méto-
dos de extração e dos solventes empregados na 
obtenção do derivado vegetal, bem como se há 
resíduos desses solventes no extrato.1
Deve ser incluído ainda como documen-
tação auxiliar à avaliação da qualidade do de-
rivado vegetal um laudo do fornecedor. Este 
laudo deve conter a nomenclatura botânica 
completa, parte da planta utilizada, solventes, 
excipientes e/ou veículos utilizados na extração 
do derivado, relação aproximada droga vege-
tal/derivado vegetal, descrição do método para 
eliminação de contaminantes, quando utiliza-
do, bem como a pesquisa de eventuais altera-
ções que ocorram no derivado vegetal.1
No que se refere à avaliação da qualida-
de do medicamento fi toterápico fabricado, 
o controle varia de acordo com a forma far-
macêutica, mas deve-se sempre realizar uma 
análise qualitativa e quantitativa dos marca-
dores por meio de cromatografi a líquida de 
alta efi ciência (CLAE), cromatografi a gasosa 
(CG), espectrometria de massas (EM) ou ou-
tra técnica. Além disso, deve ser avaliada a 
integridade e a estabilidade do produto fi nal, 
além do controle dos níveis de contaminação 
microbiana.1
Para associações de espécies vegetais em 
que a determinação quantitativa de um mar-
cador por espécie não é possível, pode(m) ser 
apresentado(s) o(s) perfi l(s) cromatográfi co(s) 
da associação desde que contemple(m) a pre-
sença de pelo menos um marcador específi co 
para cada espécie na associação, complemen-
tado pela determinação quantitativa do maior 
número possível de marcadores específi cos 
para cada espécie. Em caso de impossibilida-
de técnica de proceder a determinação quan-
titativa de um marcador para cada espécie da 
associação, deve-se justifi car tecnicamente 
essa impossibilidade à Anvisa.1
Todas as metodologias utilizadas no con-
trole da qualidade devem ser referenciadas 
com a indicação da fonte bibliográfi ca ou de 
desenvolvimento adotada ou aquela utilizada 
como base para o desenvolvimento de uma 
nova metodologia.
VALIDAÇÃO
A validação de um método analítico (ver Ca-
pítulo 24 – Validação de métodos analíticos) 
pode ser defi nida como um processo baseado 
na documentação, na obtenção e na análise de 
dados, por meio dos quais é possível estabele-
cer e executar procedimentos de análise, bem 
como identifi car e controlar os fatores de varia-
ção, objetivando assegurar a qualidade de um 
produto, demonstrando que este é cientifi ca-
mente confi ável para as condições experimen-
tais defi nidas (ver Capítulo 24 – Validação de 
métodos analíticos).16 Um de seus objetivos é 
assegurar a reprodutibilidade dos resultados.
O rigor na avaliação dos resultados e no 
estabelecimento dos limites de confi ança é 
condicionado pela complexidade do método, 
precisão e sensibilidade dos instrumentos, 
composição e homogeneidade amostrais, além 
de outras exigências analíticas incidentes.
A validação dos métodos analíticos é regula-
mentada pela Resolução Específi ca (RE) no 
899, de 29 de maio de 2003,17 a qual deter-
mina que a validação deve garantir, por meio 
de estudos experimentais, que o método 
atenda àsexigências das aplicações analíticas, 
assegurando a confi abilidade dos resultados.
Para tanto, deve apresentar precisão, exa-
tidão, linearidade, sensibilidade, especifi cida-
de e reprodutibilidade adequadas à análise.17
00-LIVRO_Vieira.indb 8600-LIVRO_Vieira.indb 86 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
Vieira, Rediguieri e Rediguieri (Orgs.) 87
Todas as metodologias analíticas referen-
tes à qualidade do medicamento fi toterápico 
e destinadas ao registro sanitário desse pro-
duto devem ser ofi cialmente reconhecidas no 
País, seja por meio do uso de metodologias 
descritas em farmacopeias reconhecidas pela 
Anvisa, seja pela utilização de metodolo-
gia validada, conforme o disposto na RE no 
899/200317 ou em suas atualizações.
A necessidade de realização de estudos de 
validação dos métodos analíticos para a ava-
liação dos medicamentos fi toterápicos está 
contemplada na RDC no 14/2010,1 e, jun-
tamente com as boas práticas de fabricação 
e controle, contribuem para assegurar a sua 
qualidade.
A RDC no 14/20101 estabelece que as 
metodologias farmacopeicas não precisam 
ser validadas. São consideradas metodolo-
gias farmacopeicas aquelas descritas na Far-
macopeia Brasileira ou nas últimas edições 
das farmacopeias ofi cializadas no País, que 
são atualmente: Farmacopeia Alemã, Farma-
copeia Americana, Farmacopeia Argentina, 
Farmacopeia Britânica, Farmacopeia Euro-
peia, Farmacopeia Francesa, Farmacopeia In-
ternacional (OMS), Farmacopeia Japonesa, 
Farmacopeia Mexicana, Farmacopeia Portu-
guesa, conforme estabelecido na Resolução 
da Diretoria Colegiada (RDC) no 37, de 6 de 
julho de 2009,18 que trata da admissibilidade 
das farmacopeias estrangeiras.
A Farmacopeia Brasileira19 passou por um 
processo de revisão cujos responsáveis foram 
grupos de especialistas em áreas específi cas de 
conhecimento, membros dos comitês técni-
cos temáticos, resultando, em 2010, na pu-
blicação da 5ª edição, a qual revoga as quatro 
edições anteriores. Para isso, todas as mono-
grafi as passaram por consulta pública para 
avaliação e contribuições da população, in-
cluindo as monografi as de plantas medicinais 
e seus derivados.20,21
A RE no 899/200317 também determina 
que metodologias constantes em farmaco-
peias reconhecidas não precisam ser valida-
das. Entretanto, essa determinação é válida 
apenas se o derivado utilizado no produto 
fi nal tiver sido extraído da planta com o mes-
mo solvente usado na metodologia farmaco-
peica e se não possuir adição de excipientes. A 
alteração na obtenção do extrato ou a adição 
de algum excipiente levam a uma composi-
ção diferente do extrato e são consideradas 
uma mudança na composição do produto 
acabado, sendo necessária a validação da me-
todologia analítica, conforme item 1.12.2 da 
RE no 899/2003.17 Os parâmetros a serem 
validados nessa situação dependem princi-
palmente da alteração realizada no processo 
de produção, mas, de forma geral, são linea-
ridade, especifi cidade, exatidão e precisão.17 
Como a maioria dos extratos contém algum 
excipiente adicionado à sua composição, tais 
como lactose e maltodextrina, e como nem 
sempre o laudo do fornecedor contempla essa 
informação, é recomendável que uma revali-
dação da metodologia analítica seja realizada 
para esses casos.
É necessário que a monografi a refi ra-se à 
apresentação/etapa do produto para o qual 
são apresentados os testes, ou seja, uma mo-
nografi a de planta medicinal pode ser empre-
gada nos testes referentes à droga vegetal, mas 
não no produto fi nal. Para o produto fi nal, 
podem ser utilizadas apenas monografi as que 
descrevam o produto conforme solicitado no 
registro, sendo, em alguns casos, permitido o 
uso da monografi a de um derivado de droga 
vegetal acompanhada de covalidação da me-
todologia com relação à análise do produto 
acabado ou, pelo menos, da validação da eta-
pa de extração do ativo.
Caso seja utilizada uma metodologia ana-
lítica não descrita nos compêndios ofi ciais, 
deve-se realizar a validação desta com o ob-
jetivo de demonstrar que o método é apro-
priado para a fi nalidade pretendida, qual seja, 
determinação qualitativa, quantitativa ou se-
miquantitativa dos marcadores.
00-LIVRO_Vieira.indb 8700-LIVRO_Vieira.indb 87 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
88 A regulação de medicamentos no Brasil
Para a validação do parâmetro exatidão, 
o método de adição de padrão de referência 
a uma solução diluída do produto acabado é 
recomendado, permitindo que seja conside-
rado o efeito de matriz complexa dos fi tote-
rápicos.
A RE no 899/200317 estabelece também 
que em toda validação de metodologia ana-
lítica devem-se utilizar substâncias de referên-
cia ofi cializadas pela Farmacopeia Brasileira 
ou, na ausência destas, por outros códigos 
autorizados pela legislação vigente. No caso 
da inexistência dessas substâncias de referên-
cia, substâncias isoladas da espécie vegetal ou 
obtidas de fornecedores qualifi cados podem 
ser utilizadas como substâncias químicas de 
refência (SQR). Essas substâncias podem ser 
usadas como padrões de trabalho desde que a 
identidade e o teor sejam devidamente com-
provados por meio de laudo de análise, in-
cluindo resultados da análise química, físico-
-química e espectroscópica.17
Para fi toterápicos, além de SQRs, tam-
bém podem ser utilizados os extratos padrões 
ofi cializados, como os disponibilizados pela 
Farmacopeia Americana (USP), desde que 
acompanhados de laudos de análise e do per-
fi l cromatográfi co do fornecedor.
Não havendo disponibilidade do padrão 
de referência, é possível qualifi car um lote de 
derivado vegetal por meio de SQR e do perfi l 
cromatográfi co e usar esse derivado qualifi cado 
como padrão de trabalho. Para tanto, devem-se 
determinar o teor e a identidade do marcador 
em relação à SQR e apresentar os dados da qua-
lifi cação, o número de lote da SQR e do extrato 
qualifi cado, bem como seu prazo de validade.
COMPROVAÇÃO DE SEGURANÇA 
E EFICÁCIA DE MEDICAMENTOS 
FITOTERÁPICOS
Para o registro de medicamentos fi toterápi-
cos, é necessária a comprovação da sua se-
gurança e efi cácia, que, conforme a RDC 
no 14/2010,1 pode ser atendida por meio de 
uma das quatro alternativas:
 1. Pontuação em literatura técnico-científica;
 2. Evidências a partir de ensaios toxicológicos e 
farmacológicos pré-clínicos e clínicos;
 3. Levantamentos etnofarmacológicos ou de uti-
lização; ou
 4. Presença na lista de medicamentos fitoterápi-
cos de registro simplificado.1,22-25
A pontuação em literatura técnico-cientí-
fi ca deve ser obtida pela apresentação de es-
tudos que totalizem, no mínimo, seis pontos 
por meio das obras referenciadas na Lista de 
referências bibliográfi cas para avaliação de 
segurança e efi cácia de medicamentos fi tote-
rápicos, publicada como Instrução Normati-
va (IN) no 5, de 31 de março de 2010,26 ou 
suas atualizações. Os pontos são conferidos 
de acordo com o nível da evidência clínica 
de efi cácia e segurança e conforme a seguinte 
escala: três pontos a cada inclusão em obra 
relacionada no grupo A; dois pontos a cada 
inclusão em obra relacionada no grupo B; um 
ponto a cada inclusão em obra relacionada 
no grupo C; meio ponto a cada inclusão em 
publicação técnico-científi ca indexada, brasi-
leira e/ou internacional, que contenha infor-
mações relacionadas à segurança de uso e às 
indicações terapêuticas propostas. No grupo 
A, estão as obras que apresentam o melhor 
nível de evidência dos dados clínicos e toxico-
lógicos; no grupo B, estão aquelas que, mes-
mo com qualidade científi ca amplamente re-
conhecida, apresentam dados mais limitados 
sobre efi cácia clínica e segurança, geralmente 
baseados em uma revisão mais restrita dos 
dados disponíveis; no grupo C, estão aque-
las obras que reúnem um menor número de 
evidências sobre segurança e efi cácia em re-
lação às do grupo A.26 São consideradas para 
pontuação as edições das obras indicadas na 
norma ou suas versões atualizadas.26
A comprovação de efi cácia, ou seja, asoma de seis pontos, deve ser atingida para 
00-LIVRO_Vieira.indb 8800-LIVRO_Vieira.indb 88 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
Vieira, Rediguieri e Rediguieri (Orgs.) 89
cada indicação terapêutica solicitada, sendo 
que, se a comprovação de segurança e efi cácia 
for realizada apenas com referências da Lista 
de referências bibliográfi cas para avaliação de 
segurança e efi cácia de medicamentos fi tote-
rápicos, pelo menos uma referência deve com-
preender informações de estudos em seres hu-
manos. Caso a pontuação seja efetuada apenas 
com publicação técnico-científi ca indexada, 
no mínimo 50% da pontuação obtida deve 
originar-se de informações de estudos em se-
res humanos. E ainda, quando uma referência 
apenas remeter à informação de outra já pon-
tuada, é considerada apenas a pontuação da 
referência já citada e pontuada.1
É importante salientar que, para que a pon-
tuação seja obtida, os estudos contidos nas 
obras selecionadas devem referir-se ao de-
rivado vegetal, e não a um componente de 
origem natural isolado; que este derivado es-
teja padronizado ou que ao menos indique a 
relação droga vegetal/derivado; e ainda, que 
o derivado empregado na produção do me-
dicamento a ser registrado indique obtido a 
partir do mesmo solvente indicado na refe-
rência utilizada.
Assim, os estudos selecionados devem 
referir-se ao derivado específi co que se pre-
tende registrar e apresentar as mesmas indica-
ções solicitadas para o produto em dosagens 
semelhantes às testadas no estudo.1
A comprovação de segurança e efi cácia 
também pode ser realizada por meio da apre-
sentação de estudos pré-clínicos e clínicos, 
como ocorre com os medicamentos novos re-
gistrados junto à Anvisa (ver Cap. 2 – Regis-
tro de medicamentos novos). Para os medica-
mentos fi toterápicos, há um guia específi co 
a ser seguido, o Guia para a realização de es-
tudos de toxicidade pré-clínica de fi toterápicos, 
que consta na Resolução Específi ca (RE) no 
90, de 16 de março de 2004.24 Esse guia es-
tabelece os critérios mínimos aceitáveis para 
a condução de ensaios toxicológicos agudo, 
subcrônico e crônico, os quais devem ser rea-
lizados com amostra padronizada do deriva-
do vegetal ou do medicamento fi toterápico, 
além da exigência de realização dos testes de 
sensibilização dérmica, irritação cutânea e ir-
ritação ocular para medicamentos de uso tó-
pico e do estudo especial de genotoxicidade, 
que deve ser realizado quando houver indica-
ção de uso contínuo ou prolongado do medi-
camento em humanos.24 Os testes defi nidos 
nessa RE precisam ser complementados pelo 
Guia de estudos não clínicos de medicamentos 
da Anvisa, no que couber, que é um docu-
mento adotado pela Anvisa para padronizar 
os estudos não clínicos de qualquer medica-
mento a ser registrado.27
Para os estudos clínicos, devem ser seguidas 
as determinações do Conselho Nacional de 
Saúde (CNS), estabelecidas por meio das Re-
soluções no 196, de 10 de outubro de 199622 
e Resolução no 251, de 7 de agosto de 1997,23 
e da Anvisa, Resolução da Diretoria Colegia-
da (RDC) no 39, de 5 de junho de 2008.28
As boas práticas clínicas determinadas 
nessas normas devem ser aplicadas em todos 
os estágios de experimentações clínicas a fi m 
de assegurar que os requisitos de qualidade 
e de ética sejam contemplados. O Guia para 
realização de pesquisa clínica, publicado pela 
Anvisa, determina que, antes da realização de 
cada pesquisa, as propostas de estudos sejam 
aprovadas pela Anvisa com a emissão do co-
municado especial (CE). Esse documento é 
necessário para a execução de protocolo de 
pesquisa no Brasil. Essa norma aplica-se a to-
das as pesquisas clínicas com medicamentos, 
fases I, II e III, que possam subsidiar registros 
e alterações pós-registro de medicamentos. 
00-LIVRO_Vieira.indb 8900-LIVRO_Vieira.indb 89 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
90 A regulação de medicamentos no Brasil
Salienta-se, ainda, que é necessária a autori-
zação do comitê de ética em pesquisa local 
antes da solicitação da anuência do protocolo 
pela Anvisa e do início da pesquisa, de modo 
a resguardar a população submetida ao estu-
do.22,23,28
Outra forma possível de comprovação de 
segurança e efi cácia é com a comprovação da 
tradição de uso por meio de estudo etnofar-
macológico ou etno orientado de utilização e 
documentações técnico-científi cas, reconhe-
cendo a efi cácia e a segurança do produto que 
tenha uso comprovado por um período igual 
ou superior a 20 anos.
A abordagem etnofarmacológica consiste 
em combinar informações adquiridas junto a 
usuários da fl ora medicinal (comunidades e 
especialistas tradicionais), com estudos quí-
micos e farmacológicos. O método etnofar-
macológico permite a formulação de hipó-
teses quanto às atividades farmacológicas e 
às substâncias ativas responsáveis pelas ações 
terapêuticas relatadas.29
O reconhecimento do uso tradicional como 
parte da comprovação de efi cácia e segurança 
de produtos naturais é previsto em algumas 
legislações internacionais, como a do Cana-
dá, a do México e a da Comunidade Euro-
peia, e recomendado pela OMS. Além disso, 
é uma das diretrizes da PNPMF.9
Nesse caso, é essencial considerar o tem-
po de uso proposto para o medicamento, que 
deve ser episódico ou curto, e realizar uma 
busca detalhada por substâncias químicas 
potencialmente tóxicas ao usuário. Deve-se 
também apresentar comprovação de que o 
produto não é potencialmente tóxico, sen-
do, para isso, solicitados dados de toxicologia 
pré-clínica do derivado vegetal.
Para utilizar uma informação tradicional 
na comprovação de segurança e efi cácia de 
um medicamento fi toterápico, é imprescin-
dível que informações sobre dosagem, via 
de administração recomendada e método de 
preparação sejam semelhantes à tradicional-
mente utilizada. Os estudos etnofarmacoló-
gicos estão lastreados no uso da planta me-
dicinal, principalmente na forma de infusos 
e decoctos. Para que um produto possa ser 
avaliado considerando esse aspecto, este deve 
seguir o mais proximamente possível a forma 
de uso tradicional, pois seu perfi l químico 
pode ser bastante diferente do utilizado tra-
dicionalmente, dependendo da forma e do 
tipo de extração empregada para obtenção do 
derivado.29
Existe ainda uma lista de medicamentos fi to-
terápicos de registro simplifi cado, publicada 
como Instrução Normativa (IN) no 5, de 11 
de dezembro de 2008,25 que contempla 36 
espécies vegetais para as quais é dispensada 
a comprovação de efi cácia e segurança para 
o medicamento fi toterápico correspondente, 
considerando que dados de estudos com essas 
espécies são amplamente difundidos.
Se o solicitante do registro seguir todos 
os parâmetros especifi cados nessa lista, que 
são parte da planta, forma de uso, quanti-
dade de marcador, indicações, via de admi-
nistração, dose diária e restrições de uso, ou 
suas atualizações, fi ca dispensado de com-
provação de efi cácia e segurança no processo 
de registro.25
Para qualquer uma das formas possíveis de 
se comprovar efi cácia e segurança de medica-
mentos fi toterápicos, deve-se considerar a sua 
composição. Assim, para um medicamento 
composto por uma associação de derivados 
vegetais, os estudos que serão apresentados, 
sejam eles realizados com o próprio medica-
mento a ser registrado, sejam com dados pu-
blicados em livros ou periódicos, devem ser 
00-LIVRO_Vieira.indb 9000-LIVRO_Vieira.indb 90 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
Vieira, Rediguieri e Rediguieri (Orgs.) 91
conduzidos com a associação, e não com as 
espécies vegetais isoladamente.
Com a RDC no 14/2010,1 possibilitou-se 
novamente o registro de drogas vegetais como 
ativos, e não apenas do derivado vegetal, na 
formulação de medicamentos fi toterápicos. 
Contudo, nesses casos, é obrigatório que a 
comprovação de segurança e efi cácia seja feita 
por meio de dados de estudos pré-clínicos e 
clínicos, fases I a III, para a forma farmacêuti-
ca específi ca que se pretende registrar.
BULASA regulamentação das bulas de medicamen-
tos fi toterápicos segue o disposto na Resolu-
ção da Diretoria Colegiada (RDC) no 47, de 
8 de setembro de 2009,30 a qual estabelece 
regras para elaboração, harmonização, atuali-
zação, publicação e disponibilização de bulas 
de medicamentos para pacientes e profi ssio-
nais de saúde.
Concomitantemente à preocupação com 
o conteúdo das bulas de medicamentos e sua 
padronização, que levou à recente publica-
ção da RDC no 47/2009,30 houve também a 
preocupação com as diferentes formas de uti-
lização, as indicações farmacêuticas permiti-
das, as diferentes posologias e as restrições de 
uso de um mesmo derivado de droga vegetal 
presente nos medicamentos fi toterápicos re-
gistrados. Nesse sentido, foram padronizadas, 
por meio da adoção de bulas-padrão, as infor-
mações disponíveis e comprovadas cientifi ca-
mente sobre 18 plantas medicinais que dão 
origem a medicamentos fi toterápicos. Essas 
plantas são apresentadas no Quadro 5.1.
Os fabricantes de medicamentos obtidos 
a partir dessas espécies vegetais devem adotar, 
em seus produtos, o texto da bula-padrão dis-
ponibilizado no bulário eletrônico da Anvisa. 
Os textos padronizados podem ser modifi ca-
dos apenas em dois casos: quando da republi-
cação da norma, que pode ocorrer por inicia-
tiva da Anvisa ou por solicitação de qualquer 
interessado, ou quando forem apresentados 
estudos clínicos específi cos para o produto, 
conforme determina a RDC no 47/2009,30 e 
que apontem desfechos relativos a informa-
ções não previstas na bula-padrão.
Os medicamentos fi toterápicos que ainda 
não tiverem suas bulas padronizadas devem 
seguir a RDC no 47/2009 em forma e con-
teúdo.
ROTULAGEM
A regulamentação da rotulagem de fi toterá-
picos segue o disposto na Resolução da Di-
retoria Colegiada (RDC) no 71, de 22 de 
dezembro de 2009,31 a qual estabelece regras 
para a rotulagem de medicamentos. Essa nor-
ma revogou, em parte, a Resolução da Di-
retoria Colegiada (RDC) no 333, de 19 de 
novembro de 2003,32 que ainda está vigente 
quanto à regulamentação de nomes comer-
ciais de medicamentos juntamente com o 
Quadro 5.1 Plantas medicinais para as quais foram padroni-
zadas informações científicas na forma de bulas padronizadas
Aesculus hippocastanum
Allium sativum
Calendula officinalis
Cimicifuga racemosa
Cynara scolymus
Echinacea purpurea
Ginkgo biloba
Glycine max
Hypericum perforatum
Maytenus ilicifolia
Passiflora incarnata
Paullinia cupana
Peumus boldus
Piper methysticum
Rhamnus purshiana
Senna alexandrina
Serenoa repens
Valeriana officinalis
00-LIVRO_Vieira.indb 9100-LIVRO_Vieira.indb 91 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
92 A regulação de medicamentos no Brasil
disposto na Lei no 6.360, de 23 de setembro 
de 197633 e no Decreto no 79.094, de 5 de 
janeiro de 1977.34 Essa resolução não é espe-
cífi ca para fi toterápicos, mas contempla itens 
que versam apenas sobre o assunto. Especifi -
camente em relação aos nomes adotados para 
fi toterápicos, a RDC no 333/200332 explicita 
a possibilidade de adotar o nome popular ou 
o sinônimo utilizado na literatura técnica. Na 
falta destes, pode ser adotada uma parte da 
nomenclatura botânica associada ao nome da 
empresa. A norma também determina que, 
nas embalagens, após o nome comercial, deve 
constar a nomenclatura botânica da espécie 
vegetal que deu origem ao medicamento fi -
toterápico.31-34
Deve-se observar também o nome esco-
lhido para o medicamento fi toterápico, de 
modo a não induzir o consumidor a erro 
ao solicitar um nome semelhante a ou-
tro existente no mercado, segundo a Lei no 
6.360/197633 e a RDC no 333/2003.32 É ne-
cessário que haja uma distinção em pelo me-
nos três letras em relação ao nome de outro 
produto já registrado junto à Anvisa.32,33
Outro aspecto importante é a proibição 
de designações, nomes geográfi cos, símbolos, 
fi guras, desenhos e quaisquer indicações na 
rotulagem dos produtos que possibilitem in-
terpretação falsa, erro ou confusão quanto à 
origem, à procedência, à natureza, à compo-
sição e à qualidade ou que atribuam ao pro-
duto fi nalidades e características diferentes 
das que realmente possua.
Entre as novidades introduzidas com a 
RDC no 71/200931 estão a obrigatoriedade 
de apresentação do nome do medicamento 
em sistema Braille em suas embalagens se-
cundárias, possibilitando mais acessibilidade 
e segurança no uso dos medicamentos por 
portadores de defi ciência visual. Outra mu-
dança é a proibição da utilização exclusiva 
de relevo negativo ou positivo, sem cor ou 
com cor, que não mantenha nítido e perma-
nente o contraste com a cor do suporte para 
a impressão das informações de número do 
lote, data de fabricação e data de validade.31
Além disso, os rótulos devem trazer ain-
da alertas sobre cuidados de conservação 
após o preparo do medicamento ou tem-
po de validade reduzido após a abertura da 
embalagem. A inclusão de mecanismos de 
identifi cação e segurança que possibilitem o 
rastreamento do produto desde a fabricação 
até o momento de dispensação também está 
prevista na norma.
RESTRIÇÃO DE VENDA
A restrição de venda de medicamentos fi -
toterápicos é defi nida em duas resoluções: 
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 
138, de 29 de maio de 2003,35 republicada 
em 6 de janeiro de 2004, e IN no 5/2008,25 
de 11 de dezembro de 2008. Para os medi-
camentos que são registrados com base na 
Lista de medicamentos fi toterápicos de registro 
simplifi cado, a descrição do tipo de restrição 
de venda é apresentada na IN no 5/2008,25 
ou em suas atualizações. Já para os medica-
mentos fi toterápicos que não são registrados 
por meio dessa lista de registro simplifi ca-
do, devem-se seguir as determinações da 
RDC no 138/2004,35 a qual dispõe sobre 
o enquadramento na categoria de venda 
de medicamentos, ou em suas atualizações. 
Caso seja solicitado o registro para um me-
dicamento fi toterápico cuja espécie vegetal 
esteja presente na IN no 5/2008,25 mas com 
outra forma de comprovação de segurança 
e efi cácia, ou seja, que possuam indicações 
terapêuticas diferentes das previstas no re-
gistro simplifi cado; o mesmo deve seguir o 
disposto na RDC no 138/2004,35 podendo 
fi car diferente da restrição determinada na 
IN no 5/2008.25
Os grupos e as indicações terapêuticas que 
estiverem descritos na RDC no 138/200435 
têm sua classifi cação de venda como isentos 
de prescrição médica. Todos os medicamen-
00-LIVRO_Vieira.indb 9200-LIVRO_Vieira.indb 92 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
Vieira, Rediguieri e Rediguieri (Orgs.) 93
tos cujos grupos terapêuticos e as indicações 
terapêuticas não estão descritos na RDC no 
138/200435 são de venda sob prescrição mé-
dica. As associações medicamentosas, ou duas 
ou mais apresentações em uma mesma emba-
lagem para uso concomitante ou sequencial, 
cujo grupo terapêutico e indicação terapêuti-
ca de pelo menos um de seus princípios ativos 
não estiverem especifi cados na norma são de 
venda sob prescrição médica, assim como os 
medicamentos novos.35
EXIGÊNCIAS PARA O PÓS-REGISTRO
Renovação
Conforme determina a Lei no 6.360/1976,33 
todas as empresas detentoras de registro no 
último semestre do quinquênio de validade 
do registro devem solicitar a renovação do 
registro anteriormente concedido, já que, se-
gundo essa norma, o registro sanitário é uma 
autorização de comercialização do produto 
pelo período defi nido de cinco anos.
As determinações para renovação de registro 
de medicamentos fi toterápicos ainda cons-
tam na RDC no 14/2010,1 sendo necessário, 
essencialmente, demonstrar que o produto 
mantém as características de segurança, efi -
cácia e qualidade.
Tendo como base a necessidade de mo-
nitoração pós-comercialização dos medica-
mentos, é na renovação de registro que o fa-
bricante de medicamentos fi toterápicos deve 
comprovar a existência de um sistema de 
farmacovigilância na empresa, o qual é res-
ponsável por identifi car falhas terapêuticas e 
efeitos colaterais indesejáveisrelacionados à 
utilização do medicamento. Para tanto, de-
vem ser seguidas as exigências do Guia para 
boas práticas de inspeção em farmacovigilân-
cia, conforme Instrução Normativa (IN) no 
14, de 27 de outubro de 2009.36 Adicional-
mente, conforme determina a legislação vi-
gente, a Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) no 4, de 10 de fevereiro de 2009,37 
devem ser apresentados relatórios de farma-
covigilância padronizados de acordo com 
o Periodic Safety Update Report (PSUR), 
modelo da International Conference on 
Hamonisation (ICH) adotado internacio-
nalmente.
A comercialização do medicamento 
fi toterápico deve ser comprovada no mo-
mento da renovação do registro, pelo envio 
Anvisa de cópias de notas fi scais, em nú-
mero máximo de três por forma farmacêu-
tica. Caso a empresa detentora do registro 
tenha interesse em renovar o registro de 
apresentações comerciais do medicamen-
to não comercializadas no último período 
de validade de registro, deve declarar esse 
fato indicando as apresentações para as 
quais tenha interesse em manter o registro, 
e comprovar que ao menos uma apresen-
tação daquela forma farmacêutica tenha 
sido efetivamente comercializada. Para os 
medicamentos fi toterápicos registrados por 
laboratórios ofi ciais, que são laboratórios 
públicos produtores de medicamentos para 
atender às necessidades dos programas do 
SUS; para os medicamentos fi toterápicos 
que não foram produzidos e, consequente-
mente, comercializados, no último período 
de registro, deve-se apresentar justifi cativa 
da não comercialização no momento da so-
licitação de renovação de registro.1
Para os medicamentos fi toterápicos impor-
tados, o dossiê de renovação de registro deve 
conter, além de toda a documentação ante-
riormente mencionada, laudos de controle 
de qualidade físico-química, química, micro-
biológica e biológica, de acordo com a forma 
farmacêutica, realizados pelo importador, no 
Brasil, de três lotes do medicamento importa-
dos nos últimos três anos.1
00-LIVRO_Vieira.indb 9300-LIVRO_Vieira.indb 93 26/03/2013 13:50:0926/03/2013 13:50:09
94 A regulação de medicamentos no Brasil
Pós-registro
Qualquer modifi cação nas características de um 
medicamento fi toterápico registrado, como al-
terações, inclusões, notifi cações e cancelamen-
tos, deve ser aprovada pela Anvisa antes de sua 
implementação por parte do fabricante.
Assim, de acordo com a determinação da 
RDC no 14/2010,1 as empresas detentoras 
de registro de medicamentos fi toterápicos 
devem seguir o Guia para realização de alte-
rações, inclusões, notifi cações e cancelamentos 
pós-registro de fi toterápicos, conforme Resolu-
ção Específi ca (RE) no 91, de 16 de março 
de 2004.38
Além de classifi car as modifi cações para 
os medicamentos fi toterápicos passíveis de 
execução, a RE no 91/200438 estabelece a do-
cumentação e os ensaios a serem realizados 
em cada caso. Dessa forma, cada alteração, 
inclusão, notifi cação e cancelamento deve ser 
apresentada separadamente e com documen-
tação pertinente.
Como estabelecido pela RDC no 14/20101 
e também previsto na Resolução Específi ca 
(RE) no 1, de 29 de julho de 2005,39 é nesse 
momento que as empresas detentoras de regis-
tros devem apresentar, conforme cronograma 
apresentado no momento do registro, dados 
complementares aos estudos de estabilidade de 
longa duração do medicamento fi toterápico 
quando estes não forem enviados concluídos 
no momento de submissão do registro. Isso 
ocorre devido ao fato de as normas preverem a 
possibilidade do envio dos estudos de estabili-
dade acelerado concluído e o de longa duração 
em andamento no momento da solicitação de 
registro do produto. Assim, ao medicamento 
é dado um prazo de validade provisório, que 
deve ser confi rmado mediante apresentação da 
conclusão do estudo de estabilidade de longa 
duração do produto. O não cumprimento do 
item acarreta instauração de processo admi-
nistrativo para apuração de infração sanitária, 
conforme previsto no próprio texto do regu-
lamento.1,39
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péia brasileira [Internet]. Brasília: Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária; 2011 [atualizadaem 5 ago 
2011; capturado em 30 nov 2011]. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/in-
dex.htm. 
20. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Consulta Pública no 24, de 
13 de maio de 2009. Fica aberto, a contar da data 
de publicação desta consulta pública, o prazo de 
30 (trinta) dias, para que sejam apresentadas su-
gestões aos textos das monografi as de plantas me-
dicinais e derivados que foram objeto do projeto 
de revisão de monografi as da Farmacopéia Brasi-
leira. Diário Ofi cial da União. 15 mai 2009;Seção 
1:71. 
21. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Consulta Pública no 38, de 22 
de junho de 2009. Fica aberto, a contar da data de 
publicação desta consulta pública, o prazo de 30 
(trinta) dias, para que sejam apresentadas sugestões 
aos textos das monografi as de plantas medicinais e 
derivados que foram objeto do projeto de revisão 
de monografi as da Farmacopéia brasileira. Diário 
Ofi cial da União. 3 jun 2009;Seção 1:105.
22. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional 
de Saúde. Resolução no 196, de 10 de outubro de 
1996. Aprova as diretrizes e normas regulamenta-
doras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diá-
rio Ofi cial da União. 16 out 1996;Seção 1:21082-5.
23. Brasil. Ministéro da Saúde. Conselho Nacional de 
Saúde. Resolução no 251, de 7 de agosto de 1997. 
Aprova normas de pesquisa envolvendo seres hu-
manos para a área temática de pesquisa com novos 
fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnós-
ticos. Diário Ofi cial da União. 23 set 1997;Seção 
1:21117-9.
24. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RE no 90, de 16 de 
março de 2004. Determina a publicação do guia 
para e realização de estudos de toxicidade pré-clí-
nica de fi toterápicos, em anexo. Diário Ofi cial da 
União. 18 mar 2004;Seção 1:34-5.
25. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Instrução Normativa no 5, de 
11 de dezembro de 2008. Determina a publicação 
da Lista de medicamentos fi toterápicos de regis-
tro simplifi cado. Diário Ofi cial da União. 12 dez 
2008;Seção 1:56-8.
26. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Instrução Normativa no 5, de 
31 de março de 2010. Fica estabelecida a lista de re-
ferências bibliográfi cas para avaliação de segurança 
e efi cácia de medicamentos fi toterápicos, conforme 
anexo da presente instrução normativa. Diário Ofi -
cial da União. 5 abr 2010;Seção 1:91. 
27. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução no 39, de 5 de junho 
de 2008. Aprova o regulamento para a realização 
de pesquisa clínica e dá outras providências. Diário 
Ofi cial da União. 6 jun 2008; Seção 1:52-6. 
28. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Conso-
lidado de normas da COFID (Versão III). Brasília: 
ANVISA; 2010. 2010d.
29. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 47, de 8 de 
setembro de 2009. Estabelece regras para elabora-
ção, harmonização, atualização, publicação e dispo-
nibilização de bulas de medicamentos para pacien-
00-LIVRO_Vieira.indb 9500-LIVRO_Vieira.indb 95 26/03/2013 13:50:1026/03/2013 13:50:10
http://www.esalq/
http://usp.br/siesalq/pm/cqm.pdf
http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/in-
96 A regulação de medicamentos no Brasil
tes e para profi ssionais de saúde. Diário Ofi cial da 
União. 9 set 2009;Seção 1:31-6.
30. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 71, de 22 
de dezembro de 2009. Estabelece regras para a rotu-
lagem de medicamentos. Diário Ofi cial da União. 
23 dez 2009;Seção 1:75-80.
31. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução - RDC no 333, de 
19 de novembro de 2003. Dispõe sobre rotulagem 
de medicamentos e outras providências. Diário Ofi -
cial da União. 21 nov 2003;Seção 1:94-107.
32. Brasil. Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976. 
Dispõe sobre a vigilância sanitária a que fi cam sujei-
tos os medicamentos, as drogas, os insumos farma-
cêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros 
produtos e dá outras providências. Diário Ofi cial da 
União. 24 set 1976;Seção 1:12647. 
33. Brasil. Decreto no 79.094, de 5 de janeiro de 1977. 
Regulamenta a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 
1976, que submete a sistema de vigilância sanitária 
os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, 
correlatos, cosméticos, produtos de higiene, sa-
neamento e outros. Diário Ofi cial da União. 7 jan 
1977;Seção 1(Supl):11.
34. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 138, de 29 
de maio de 2003. Dispõe sobre o enquadramento 
na categoria de venda de medicamentos. Diário 
Ofi cial da União. 2 jun 2003;Seção 1:32.
35. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Instrução Normativa no 14, 
de 27 de outubro de 2009. Aprova os guias de 
farmacovigilância para a execução da RDC no 4, 
de 10.02.2009. Diário Ofi cial da União. 28 out 
2009;Seção 1:45.
36. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 4, de 10 
de fevereiro de 2009. Dispõe sobre as normas de 
farmacovigilância para os detentores de registro de 
medicamentos de uso humano. Diário Ofi cial da 
União. 11 fev 2009;Seção 1:42-3.
37. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RE no 91, de 16 de 
março de 2004. Determina a publicação da guia 
para realização de alterações, inclusões, notifi cações 
e cancelamentos pós registro de fi toterápicos, anexo. 
Diário Ofi cial da União. 18 mar 2004;Seção 1:35-7.
38. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução RE no 1, de 29 de 
julho de 2005. Autoriza ad referendum, a publica-
ção do guia para a realização de estudos de estabi-
lidade, em anexo. Diário Ofi cial da União. 1 ago 
2005;Seção 1:119.
00-LIVRO_Vieira.indb 9600-LIVRO_Vieira.indb 96 26/03/2013 13:50:1026/03/2013 13:50:10
 
	Capítulo 5 Registro de medicamentos fitoterápicos
	Definição
	Arcabouço legislativo
	Controle da qualidade de medicamentos fitoterápicos
	Validação
	Comprovação de segurança e eficácia de medicamentos fitoterápicos
	Bulas
	Rotulagem
	Restrição de venda
	Exigências para o pós-registro
	Renovação
	Pós-registro
	Referências

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