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FISIOPATOLOGIA: Neoplasias pulmonares parte 1: . Histogênese: Na traqueia e brônquios, tem-se as possibilidades de mutação nas células basais (principalmente), células ciliadas (principalmente pelo tabaco). . CEC: Canceres que afetam as vias aéreas de condução brônquica (Região superior/brônquica +altos)-> Mutação nas células basais. . Carcinoma de pequenas células: Bronquíolos segmentares, região + medial-> acomete-> alteração especifica das células neuroendócrinas-> Tumores altamente malignos com uma forte relação c o tabagismo. . Adenocarcinomas nos alvéolos (região alveolar) -> acomete pneumócitos tipo 1e2 e células de clara - Carcinoma não pequena células: CEC e adenocarcinoma. - Carcinoma de pequenas de células-> É o carcinoma de pequenas células em si, e não uma divisão. - Fases para o desenvolvimento da neoplasia pulmonar: Metaplasia-> célula que se modifica por uma processo adaptativo, entretanto, respeita o tecido de origem-> Ao se modificar-> se multiplica de forma idêntica, mantendo sua estrutura-> Se o estimulo for cessado, a célula pode regredir (processo reversível) ou parar apenas a metaplasia. Ela pode evoluir para um processo de displasia-> perda da estrutura tecidual (arquitetura) com processo proliferativo-> Possui 2 graus: Baixo grau: Tecido pouco modificado. Alto grau: Muito displasica, tecido muito modificado. A célula displasica sabe perfeitamente o caminho para a neoplasia-> Ex: Colo de Útero-> Quando se tem célula displasica de moderado grau (entre os 2 graus)-> já pode-se fazer a ressecção cirúrgica. Mama-> Células displasicas com atipias células (neoplasia não desenvolvida ainda) -> pela lei brasileira, você já pode fazer cirurgia e ressecar a mama, evitando o desenvolvimento da neoplasia. No esôfago-> Não é possível, altera demais a qualidade de vida de uma pessoa caso retire apenas uma parte-> Por isso, é complexo o processo de retirada nessa região! . Resumindo: Processos displasicos são muitos suscetíveis a neoplasias, já indica que a célula está sofrendo uma carcinogênese. - Carcinogênese: Agressão: Química, física e biológica: - Mutação celular-> Inicia o preparo para a evolução de uma neoplasia-> Iniciação-> Evolui para novas mutações por conta da agressão que vem sofrendo- > Promoção da célula e proliferação celular descontrolada, driblando a apoptose da (P53 e etc)-> Progressão (onde se torna uma célula cancerígena), podendo gerar uma metástase. Obs: Câncer in situ (Displasia continuada-alto grau)-> se descoberto nessa fase, ressecção cirúrgica deve ser feita! Essa fase já é irreversível. . A partir da metaplasia ela já está se multiplicando visando manter sua sobrevivência, e não as funções da região. - Etiologias para neoplasias de pulmão: . Tabaco: Presente em 85-90% dos pacientes, de forma ativa e passiva-> O risco aumenta com a quantidade, duração do tabagismo. O risco é 60x maior entre fumantes pesados (2 maços por dia por 20 anos) comparado com não fumantes. Apenas 11% dos tabagistas pesados desenvolvem câncer de pulmão. Mulheres tem maior suscetibilidade aos carcinógenos da fumaça do tabaco do que homens. Interrupção do tabagismo por 10 anos-> O risco diminui, mas não a níveis dos não fumantes. . Radiações ionizantes em altas doses é carcinogênica-> Explosões de Hiroshima e Nagasaki e desastre de Chernobyl. - Exposições industrias: . Mineradores de uranio-> 4x de risco, se for fumante-> 10x . Abestos também aumentam os riscos. >> O tempo de desenvolvimento do câncer de pulmão é de 10-30 anos. - Manifestações clinicas: . Maioria assintomática. . Sintomas mais comuns e com vários meses de duração: Tosse (75%)-> Principalmente em tumores de brônquios principais (com diâmetro maior) sempre investigar, quando presente por mais de 3 semanas em fumantes e idosos. Perda de peso (40%) Dor torácica-> em 40%, caso esteja perto da pleura. Dispneia (20%)-> em relação a compressão dos brônquios pelas massas tumorais-> sinal de dispneia-> alto crescimento da massa tumoral. Hemoptiase: 20-50% dos casos, só quando acomete os vasos, normalmente os tumores brônquicos centrais. - Classificação antiga do câncer de pulmão: . Carcinoma de pequenas células (15%)-> A metástase já é esperada durante o diagnostico, por ser muito agressivo e mais assintomático que os demais . Carcinoma de não pequenas células (85%)-> Propensos a ressecção cirúrgica e radioterapia, uma vez que o pulmão responde muito mal para a quimioterapia, são mais assintomáticos e menos agressivos que o de pequenas celulas. Células escamosas-> Atualmente conhecido como CEC (30%) Células não escamosas-> Atualmente conhecido como Adenocarcinoma. - Classificação atual: . Carcinoma de células escamosas/epidermóide/espino celular (CEC)-> bem relacionado com o tabagismo. . Carcinoma de grandes células- > pouco frequente, não é muito exigido nessa etapa de estudos. . Adenocarcinoma-> Podendo ser: Acinar, papilar, micropapilar, solido, lepidico (mucinoso ou não mucinoso)-> minimamente invasivo-> baixa relação com o tabagismo, e maior relação com os minérios, poluições, patógenos. . Tumores neuroendócrinos (mutação na célula neuroendócrina) : Carcinomas de pequenas células (muito a ver com o tabagismo), Carcinoma neuroendócrino de grandes células e carcinoide (bem raros esses 2 últimos). - Genes mais comuns envolvidos nos cenários de neoplasias malignas pulmonar: . Genes supressores tumorais: Envolvidos nas mutações que iniciam a neoplasia: P53: 60% nos carcinomas de não pequenas células e 70% nos de pequenas células. RB: 30% nos carcinomas de não pequenas células e em praticamente todos os de pequenas células. 3p-> menos envolvido. . Oncogenes: K-ras c-myc Bcl-2 HER-1 . Fatores de crescimento: Envolvidos fortemente nas mutações celulares: Telomerases-> Envolvido no estimulo da divisão celular dos marcadores. . Epigenética: Pre-disposicao genética para o desenvolvimento: - Em relação aos adenocarcinomas: Mutacoes oncogênicas principalmente nos genes com ganho de função oncogênicas: receptores do fator de crescimento - EGFR, ALK, ROS, MET e RET, - Mutação no gene K-RAS (muito a ver com material particulado, ou seja, poluição, e bem menos com o tabaco) - Em relação aos carcinomas de células escamosas: Mutações principalmente na P53, RB (Sempre). São os principais envolvidos com o tabagismo (mutações químicas vinda do tabaco). - Neoplasias que envolvem genes supressores tumorais (3p no caso do pulmão), quando a mutação ocorre nessa classe, é de forma muito precoce (40-55 anos), pois as que envolvem P53 e K-RAS levam um tempo maior para se desenvolver (60- 80 anos). - Histogeneses conhecidas para as neoplasias pulmonares: . CEC’S: Geralmente nos brônquios principais e lobares-> característica de um citoplasma fibroso moderado, núcleos bem marcados e pontiagudos. Pérolas córneas-> aspecto “creck”-> produto da queratinizacão que esta presente nesse carcinoma! . Adenocarcinoma: Alvéolo, porém presente em locais extrapulmonares. Aspecto parecido com uma “glândula” Caso clinico: - Adenocarcinoma: Neoplasia epitelial maligna invasiva com diferenciação de aspecto glandular: Obs: Adenocarcinoma e não adenoma** O marcador nesse caso é o IHQ-TTF-1 (mais especifico) por imuno-histoquímica, mas pode ser quaisquer um lá da tabela dos marcadores moleculares. Se o marcador for para pequenas células, a lamina virá limpa. - Neoplasia pulmonar mais prevalente, menor associação ao tabagismo. - Acomete mais mulheres porquestões genéticas. - Origina-se de células de Clara e pneumocitos II. - Localização periférica por ser alveolar e por conta disso, em 100% dos casos envolve a pleura visceral-> sintomas de dor bem presentes por conta da localização proximal a pleura. - Metastátizacao: por via linfonodal e hematogênica precocemente (primariamente linfonodo e mediastino e posteriormente cérebros e ossos) - Lesões precursoras presentes: . Estresse carcinógeno-> Pneumócito (a célula do pneumocito) torna-se diplásico-> Doença chamada de hiperplasia adenomatosa atípica (pré neoplásica de adenocarcinoma) Acima: Nota-se um septo alveolar espaçado, cenário em situ do adenocarcinoma. - Adenocarcinoma in situ: Seria a hiperplasia adenomatosa atípica mais avançada-> com septos mais marcados e células alteradas, entretanto, tudo está dentro do septo alveolar, podendo ou não ser mucinoso (mucina intracelular). Diagnostico complexo de ser realizado, normalmente é achado na biopsia. Bem na periferia! - Tipo: Adenocarcioma-> Subtipos de adenocarcinoma: . Não mucoso lepidico: Continuidade do septo alveolar que está demonstrando um índice de invasão, parecido com o in situ: . Mucoso lepidico: Tambem lembra o adenocarcinoma in situ e produz muco. Ambos acompanham o septo alveolar, querendo formar uma glândula e com indícios de invasão. . Acinar: Forma pequenos ácinos (pequenas glândulas)-> já invadiu tudo, não acompanhando nenhum septo. . Papilar: “Forma de luva cheia” kkkk, menção de glândula, com papilas para a fora-> que formam o aspecto de mão/luva. . Micropapilar: . Solido: Pode-se confundir com CEC-> Por conta da alta diferenciação celular! Sem menção glandular. . Marcadores moleculares e imunohistoquimica: - Imunohistoquimica: Negativo para P63 e P40. Sempre positivo para o TTF-1. MYC é bem comum. EGFR (Receptor de fator de crescimento epitelial)-> Bem comum, principalmente em não fumantes que apresentam a doença. Classe de genes mutados: Como ALK, ROS, MET e RET. Mutação no gene K-RAS-> menos comum Caso clinico: Quadro clinico de um paciente que possui CEC. - CEC: Origem: Metaplasia escamosa. Localizacao central-> nos grandes brônquios. Crescimento mais lento que os demais. Suas metástases são lentas também e acometem os linfonodos regionais. Disseminacao hematogênica tardia. Menos agressivo. . Passa por todos os processos nas lesões preocursoras: No carcinoma invasivo-> queratinizacao-> formação de pérolas córneas (aspecto de casca de cebola) Todas essas alterações levam 10-15 anos para ocorrer. Lesão exofítica-> para dentro da luz-> parede do brônquio para dentro-> obstruindo o brônquio. Lembra um “couve flor” . Fortemente associado ao tabagismo, acometendo mais o sexo masculino. . Tumores volumosos, áreas focais de hemorragia ou necrose podem aparecer e produzir um pontilhado vermelho/amarelo- esbranquicado. Empurram a tranqueia. . Caracterização histológica: Diferenciacao epidermóide, queratinizacao/pontes intracelulares (perolas córneas e celulas individuais com citoplasma denso e acentuadamente eosinófilo). . Bem diferenciados com regiões de queratinizacao “casca de cebola”: . Analise molecular e imunohistoquimica: - Imunohistoquimica: Positivo: P40 e P63 (difere do adeno), CK5/6. Negativo: TTF-1
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