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LARISSA MAGALHÃES MIRANDA @MILDLINERZERA NOÇÕES GERAIS • Também denominada como como pessoas coletivas, morais, fictícias ou abstratas; • “Trata-se de grupo humano, criado na forma da lei e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização dos fins comuns” (P. Stolze e R. Pamplona Filho); • Adquire personalidade civil por ficção legal TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA (CC/2002) TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA (CC/2002) PJ tem vários direitos Direitos da personalidade (CC, art. 52); Direito das coisas Direito obrigacionais gerais Direitos industriais quanto às marcas e nomes Direito sucessórios (ex.: pode adquirir por sucessão testamentária) A PJ pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil (CC, art. 1º) Logo, tem existência distinta de seus membros EXISTÊNCIA DISTINTA ENTRE PJ E SEUS SÓCIOS PODE SER RELATIVIZADA EXISTÊNCIA DA PJ Começa a partir da inscrição do seu ato constitutivo respectivo registro (CC, art. 45) Algumas dependem de autorização do Poder Executivo, como as sociedades seguradoras Alterações precisam constar do registro Prazo de 3 anos para anulação da constituição, contados do registro (CC, art. 45, par. ún.) Mais uma prova da adoção da teoria da realidade técnica, uma vez que a PJ, para existir, depende do ato de constituição dos seus membros REQUISITOS DE VALIDADE DA CONSTITUIÇÃO DA PJ (PLANO DA VALIDADE – CC, ART. 46 A denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; O nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; O modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; Se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; Se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; As condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. REPRESENTAÇÃO ATIVA OU PASSIVA DA PJ Realizada por uma pessoa natural Geralmente indicada nos estatutos Na omissão, será um de seus diretores. Atos praticados por tais pessoas vinculam a PJ (CC, art. 47) Não afasta a teoria da aparência Se houve administração coletiva, a administração se dá por maioria de votos, salvo disposição em sentido contrário. REPRESENTAÇÃO ATIVA OU PASSIVA DA PJ Prazo decadencial de 3 anos para anular qualquer decisão da coletividade, particularmente nos casos de violação da lei, do estatuto, ou havendo atos praticados em erro, dolo, simulação e fraude (CC, art. 48) Na verdade, o ato simulado é ato nulo. Nesse ponto, ele deve ser compreendido com imprescritível. Nulidade não convalesce pelo decurso de tempo TEORIA DA FICÇÃO TEORIA DA REALIDADE ORGÂNICA TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DESVIO DE FINALIDADE ABUSO DE PERSONALIDADE JURÍDICA As pessoas jurídicas têm identidade organizacional própria, o que deve ser preservado (Gierke e Zitelman) Também conhecida como teoria da realidade das instituições jurídicas (Hauriou) As pessoas jurídicas seriam criadas por ficção legal (Savigny) Faltando administrador, o juiz nomeará um provisório, a pedido de qualquer interessado, a exemplo dos credores (CC, art. 49) QUANTO À NACIONALIDADE PESSOA JURÍDICA NACIONAL • Organizada conforme a lei brasileira e que tem no Brasil sua sede principal e os seus órgãos de administração PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA • Formada em outro país, dependente de autorização do Poder Executivo para funcionamento. QUANTO À ESTRUTURA INTERNA COORPORAÇÃO • Conjunto de pessoas que atua com fins e objetivos próprios. • É o caso das sociedades, associações, partidos políticos e as entidades religiosas FUNDAÇÃO • Conjunto de bens arrecadados com a finalidade e interesse social QUANTO ÀS FUNÇÕES E CAPACIDADE PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO • Conjunto de pessoas ou bens que visa a atender interesses públicos, sejam internos ou externos. • São internas: União, Estados, DF, Municípios, as autarquias e demais entidades criadas pela lei. • São externas: os Estados estrangeiros e todas as pessoas as PJ de direito público • Empresas públicas e sociedades de economia mista que sejam de direito público, mas com estrutura do direito privado reguladas pelo CC (En. 141, III JDC); • Associações públicas (Lei 11.107/2005 art. 41, IV) espécies de autarquias são consórcios públicos que firmam acordos para execução de um objeto de finalidade pública PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO • Instituída pela vontade de particulares, visando atender seus interesses (CC, art. 42) • Dividem-se em: fundações, associações, sociedades (simples e empresárias), partidos políticos, entidades religiosas e empresas individuais de sociedade limitada. CC, ART. 44 FUNDAÇÕES PARTICULARES CONCEITO E CONSTITUIÇÃO DA FUNDAÇÃO Bens arrecadados ou personificados, em atenção a um determinado fim, que, por ficção legal, lhe dá unidade parcial. Constituída por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial – postulado pelo MP (CC, art. 64) CRIAÇÃO DA FUNDAÇÃO (CC, ART. 62) Por escritura pública ou testamento. Devem conter os seguintes elementos: Afetação de bens livres Especificação de fins Previsão do modo de administrá-la Elaboração de estatutos com base em seus objetivos e submetidos à apreciação do MP, que os fiscalizará. NÃO SENDO ARRECADADOS BENS SUFICIENTES QUANDO DA CONSTITUIÇÃO (CC, ART. 63) Devem ser incorporados por outra fundação Que desempenhe atividade semelhante Salvo ressalva realizada pelo instituidor FINS DA FUNDAÇÃO (CC, ART. 62, PARÁGRAFO ÚNICO) assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; atividades religiosas; Não podem ter finalidade (direta ou indireta) econômica (En. 9, I JDC) Muitas vezes foram utilizadas para fins ilícitos ou enriquecimento ilícito A FUNDAÇÃO E O MP Necessidade de prestação de contas pelos administradores ao MP, dado o seu interesse social MP exerce o papel de fiscal da lei por meio da curadoria das fundações Via de regra, MPE Exceção 1 Fundações no DF ou Território MPF (En.10, I JDC) Exceção 2 Fundações que funcionam em várias Unidades da Federação ao mesmo tempo ou estendem a sua atividade por mais de um Estado ou Território atuação conjunta dos MP (E/F) de todos os Estados envolvidos (CC, art. 66, § 2º - En. 147, III JDC) ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DA FUNDAÇÃO (CC, ART. 67) Alteração estatutária exige 2/3 das pessoas responsáveis pela sua gerência Alteração não pode contrariar ou desvirtuar a sua finalidade Imprescindível aprovação pelo MP Prazo decadencial de 45 dias para aprovação pelo MP Passado esse prazo ou negado pelo MP, pode-se requerer supressão judicial Juiz, na decisão, deve sempre se guiar pelos fins nobres da fundação. Não havendo decisão unânime, maioria deve requerer ao MP que dê ciência à minoria, visando impugnações. Prazo de 10 dias para impugnação pela minoria, sob pena de decadência (CC, art. 68) Não cabe decisão ao MP, devendo as questões, inclusive nulidades, serem dirimidas pelo Poder Judiciário. DISSOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Quando a finalidade se torna ilícita, impossível,imoral Ou quando não atender as finalidades sociais Pode-se efetivar pelos integrantes ou pelo MP Destinação de bens para outras fundações com atividade semelhante, salvo previsão em sentido contrária (CC, art. 69) ASSOCIAÇÕES União de pessoas que se organização para fins não econômicos (CC, art. 53) Podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa (En.534, VI JDC) Portanto, CC, art. 53 é infeliz ao utilizar a expressão “fins não econômicos”, quando deveria utilizar “fins não lucrativos” Exs.: IBDFAM, AASP, Clubes esportivos. Por serem uma reunião de pessoas (e não de bens) são uma corporação Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos, uma vez que não há intuito de lucro (CC, art. 53, par. ún.) Entretanto, podem existir direitos e deveres recíprocos entre associação e associados, como o dever de pagar contribuição mensal Associação tem realidade distinta de seus membros (Teoria - da realidade orgânica) ASSOCIAÇÃO NÃO HÁ FIM LUCRATIVO SOCIEDADE Há fim lucrativo ou econômico, que deve ser repartido entre os sócios ASSOCIAÇÃO CONJUNTO DE PESSOAS FUNDAÇÃO CONJUNTO DE BENS
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