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Pessoa Natural - Direito Civil I

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CONCEITO DE PERSONALIDADE 
Soma de bens corpóreo e incorpóreos da pessoa natural ou 
jurídica 
Soma de aptidões da pessoa 
Isto é, aquilo que a pessoa é, tanto no plano corpóreo, quanto no 
social 
DELIMITAÇÃO DO CONCEITO DE PESSOA NATURAL 
 Exclui-se: Animais, Seres inanimados, Entidades místicas, Entidades 
metafísicas 
 São objetos de direito: ar, a água, o solo e as pedras, entidades 
religiosas, Deus, mundo, almas 
PERSONALIDADE CIVIL 
INÍCIO DA PERSONALIDADE 
Nascimento com vida (CC, art. 2o) 
Mas assegura-se, desde a concepção, os direitos do nascituro (CC, 
art. 2o) 
→Teoria natalista 
→CC Francês exige que o nascituro → Independe do corte do 
cordão seja apto para vida umbilical (LRP, art. 53, § 2o) 
TEORIA NATALISTA 
Não seria pessoa, porque é necessário o nascimento com vida 
O nascituro não teria direito, mas mera expectativa de direitos 
Nascituro seria então uma coisa? 
A resposta é sim, já que teria apenas expectativa de direitos 
Está cada vez mais distante das técnicas de reprodução assistida e da 
proteção ampla de direitos da personalidade e da dignidade da pessoa 
humana 
TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL 
Personalidade começa com o nascimento com vida 
Nascituros são sujeitos a uma condição suspensiva (são direitos 
eventuais) 
Está apegada a questões patrimoniais, não resolvendo sobre 
direitos pessoais. 
Evento futuro e incerto 
Acaba reconhecendo uma mera expectativa de direitos 
Washigton de Barros Monteiro, Miguel Maria Serpa Lopes e Clóvis 
Beviláqua 
TEORIA CONCEPCIONISTA 
Nascituro é pessoa e tem direitos resguardados por lei 
Art. 1o do Esboço Teixeira de Freitas: “As pessoas consideram- se 
nascidas apenas formadas no ventre materno. A Lei lhes conserva 
seus direitos de sucessão ao tempo do nascimento” 
Maria Helena Diniz, Flávio Tartuce, Giselda M. F. N. Hironaka, Silmara J. 
Chinellato, Pontes de Miranda, Rubens Limongi França, Pablo Stolze, 
Rodolfo Pamplona Filho, Roberto Sinese Lisboa, CristinaoChaves de Farias, 
Nelson Rosenvald, Francisco Amaral, Guilherme Calmon Nogueira da 
Gama, Antônio Junqueira de Azevedo, Gustavo Rene Nicolau, Renan 
Lotufo 
TEORIA CONCEPCIONISTA 
 Ganha força com a Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2015), 
que proíbe engenharia genética em embrião humano 
 Possibilidade de utilização de células- tronca para fins 
científicos e terapêuticos, desde que os embriões sejam 
considerados inviáveis (art. 5o, Lei 11.105/2015) 
 Possibilidade de utilização de células embrionárias nos casos 
de embriões congelados há 3 anos ou mais da data da 
publicação da Lei 11.105/2015 ou já congelados na data da 
publicação da norma, depois de completarem 3 anos, 
contados a partir do congelamento 
 A Lei 11.105/2015 exige que os genitores do embrião 
autorizem a utilização para esses fins. 
 Pais e não proprietários! 
GANHO REFORÇO COM A LEI DOS ALIMENTOS 
GRAVÍDICOS (LEI 11.804/2008) 
 Direito de alimentos da mulher gestante (art. 1o) 
 Despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela 
decorrentes, da concepção ao parto 
 Já haviam julgados anteriores a lei (TJMG, Ag. 
1.000.00.207040- 7/000) 
 Inclusive referente a alimentação especial, 
 CRÍTICAS: assistência médica e psicológica, exames 
 1. Neologismo infeliz → alimentos são para complementares, 
internações, partos e grávida e não ao seu estado biológico 
(Silmara demais prescrições preventi vas e terapêuticas 
 Junho Chinellato_ indispensáveis, a juízo do médico, além do 
 2. Seria melhor que a lei fosse denominada lei 
 13 outras que o juiz entender pertinentes (art. 2o) 
 dos alimentos do nascituro (Flávio Tartuce) 
Constitucionalidade da Lei 11.105/2005 declarada pela ADIN 3510, STF (Decisão 
acertada: 1) presunção de morte dos embriões; 2) ponderação (interesses da 
coletividade) 
NASCITURO = EMBRIÃO? 
NÃO 
Nascituro → vida intra ulterina 
Embrião → vida ultra ulterina 
Maria Helena Diniz 
SIM 
Estão na mesma situação fática 
Nascituro está protegido no CC, art. 2o e o embrião pela Lei 
11.105/2005 
Giselda M. F. N. Hironaka, Silmara J.Chinellato e Flávio Tarturce 
ARESTOS QUE CONFIRMA A TEORIA CONCEPCIONISTA 
DANO MORAL A NASCITURO PELA MORTE DO PAI 
• STJ, REsp 399.028/SP, entre outros 
DANO MORAL A NASCITURO – RAFINHA BASTOS 
• STJ, REsp 1.487.089/SP –Caso Wanessa Camargo - CQC 
SEGURO DPVAT PELA MORTE DE NASCITURO 
• STJ, REsp 1.120.676/SC, entre outros 
 
NASCITURO TEM DIREITOS PATRIMONIAIS? 
Sim 
Ex.: doação a nascituro (CC, art. 542) 
Doação condicional (evento futuro e incerto) 
NATIMORTO E SEUS DIREITOS DIREITOS DA PERSONAL IDADE 
Tais como nome, imagem e sepultura 
En. 1, I JDC/CJF 
É uma evidência também da adoção da teoria concepcionista 
CONCEITO DE CAPACIDADE CIVIL 
Aptidão da pessoa para exercer direitos e deveres na órbita civil 
(CC, art. 1o) 
A capacidade é a medida jurídica da personalidade (M. H. Diniz) 
CLASSIFICAÇÃO DA CAPACIDADE CIVIL 
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO 
Comum a toda pessoa humana 
Inerente a toda personalidade Só se perde com a morte 
CAPACIDADE DE FATO OU EXERCÍCIO 
Nem todos a possuem 
Relacionada com o exercício dos atos da vida civil 
CAPACIDADE CIVIL LIMITADA 
Quem só tem a capacidade de direito 
Inerente a toda personalidade 
Só se perde com a morte 
CAPACIDADE CIVIL PLENA 
Quem tem capacidade de direito e de exercício 
Relacionada com o exercício dos atos da vida civil 
CAPACIDADE NÃO PODE SE CONFUNDIR COM 
LEGITIMAÇÃO 
Condição especial para celebrar determinado ato ou negócio 
jurídico 
Ex.: outorga uxória (CC, art. 1.647) 
LEGITIMIDADE 
Uma das condições da ação para ser autor ou réu em uma 
demanda 
Ex.: CPC, art. 485, IV → extinção da ação no caso de ilegitimidade 
 
 
 
 
 
 
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES 
CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO (CC, 
ARTS. 3O E 4º 
 Profunda alteração pela Lei 13.146/2015 (Estado da Pessoa 
com Deficiência) 
 Convenção de Nova Iorque 
 Sistema anterior preocupava-se não com a pessoa e sim com 
o seu patrimônio 
 Há conflitos com o novo CPC → PL 757/2015 
 Afinado realmente com o Direito Civil Constitucional? 
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (CC, ART. 3º) 
Absolutamente incapazes (CC, art. 3o) 
Proibição total para o exercício de direitos por parte da pessoa 
natural 
Violação → nulidade absoluta do negócio jurídico (CC, art. 166, I) 
Devem ser representados 
ANTES DA LEI 13.146/2015 
 Menores impúberes 
 Enfermos ou deficientes mentais que não tiverem o 
discernimento para a prática dos atos da vida civil 
 Aqueles que mesmo por causa transitória não puderem 
exprimir sua vontade 
DEPOIS DA LEI 13.146/2015 
 Menores impúberes 
 PL 757/2015 → pretende incluir pessoas que não podem 
exprimir vontade e que não são necessariamente pessoas 
deficientes 
VERDADEIRA REVOLUÇÃO NA TEORIA DE INCAPACIDADES 
 Não existe mais absolutamente incapaz que seja maior 
de idade 
 Valoriza-se a dignidade-liberdade e não mais a 
dignidade- vulnerabilidade 
 Revogação do art. 1.768 CC/2002 pelo art. 747 do CPC 
⬄ fim da 
 Não há mais possibilidade de interdição absoluta 
curatela? 
 PL/SF 757/2015 → busca resolver, substituindo ação de 
interdição por ação de nomeação de curador ou medida 
de amparo cautelar 
DEFICIÊNCIA NÃO AFETA A PLENA CAPACIDADE CIVIL 
DA PESSOA, INCLUSIVE PARA (LEI 13.146/2015, ART. 6º 
 Casar-se e constituir união estável 
 Exercer direito de decidir sobre o número de filhos e de ter 
acesso a informações adequadas sobre reprodução e 
planejamento familiar 
 Conservar a sua fertilidade, sendo vedada a sua esterilização 
compulsória 
 Exercer direitos sexuais e reprodutivos 
 Exercer o direito à guarda, à Exercer o direito à família e à 
convivência familiar e comunitária 
 tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, 
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas 
TOMADA DE DECISÃO APOIADA 
(ART. 84, LEI 13.146/2015 E CC, ART. 1.783-A) 
 Possibilidade de exercer a sua capacidade legal em igualdade 
de condições com as demais pessoas 
 A categoria visa auxílioda pessoa com deficiência para 
celebração de atos mais complexos, caso dos contratos 
 Elege-se pelo menos duas pessoas idôneas com quem possua 
vínculos e gozem de sua confiança para prestar-lhe apoio na 
tomada de decisão sobre os atos da vida civil 
 Curatela, portanto, vira medida extraordinária, proporcional 
às necessidades e às circunstâncias de cada caso com duração 
mínima possível 
→ Curador deve ter, preferencialmente, vínculo familiar ou comunitária 
com o curatelado 
→ Tutela para o caso de serem menores 
→ Deve ser justificada pelo magistrado → Balanço anual → Prestação de 
contas → Restrito aos direitos de natureza patrimonial e negocial 
ATOS PRATICADOS PELO MENOR INCAPAZ 
Eventualmente podem gerar efeitos (En. 138, III JDC) 
Desde que demonstre discernimento suficiente para tanto 
Boa-fé 
Relativização do situação de absolutamente incapaz? 
Adoção de pessoa maior de 12 anos (ECA, art. 45, § 2o) 
Deve ser ouvida e manifestar sua concordância 
RELATIVAMENTE INCAPAZES 
INCAPACIDADE RELATIVA 
 Aqueles que podem praticar os atos da vida civil, desde que 
assistidos 
 Caso inobservada, pode gerar anulabilidade ou nulidade 
relativa do negócio jurídico 
 Depende de iniciativa do lesado (CC, art. 171, I) 
 Proposição de ação no prazo de 4 anos (CC, art. 178) 
 
CC/1916 era >16 anos e < 21 anos 
CC/1916 também incluía os índios ou silvícolas → Estatuto do Índio → 
assistência pela FUNAI, enquanto não integrados 
EXEMPLO DE ATOS QUE MENORES RELATIVAMENTE 
INCAPAZES PODEM PRATICAR, MESMO SEM ASSISTÊNCIA 
 Casar, bastando autorização dos pais ou representantes. 
 Servir como testemunha de atos e negócios jurídicos 
 Elaborar testamentos 
 Requerer registro de seu nascimento 
 Ser empresário com autorização 
 Ser eleitor 
 Ser mandatário ad negotia 
ATOS PRATICADOS COM MENORES RELATIVAMENTE 
INCAPAZES 
 O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para 
eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se 
dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou 
se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. (CC, art. 180) 
 
 Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, 
pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito 
dele a importância paga. (CC, art. 181) 
SURDOS-MUDOS E ALZHEIMER 
 A princípio, será capaz 
 Em casos excepcionais, relativamente incapaz 
 Nesse caso, estaria enquadrado como pessoa que não pode 
exprimir sua vontade, por causa transitória ou permanente 
(CC, art. 4o, III) 
 Ou pessoa com discernimento mental reduzido (CC, art. 4o, II) 
PRÓDIGOS 
 Depende de interdição 
 Podem exercer atos que não envolvam a administração direta 
de seus bens 
 A exemplo, de casar ou exercer profissão 
 Não se obriga a eles o regime de separação total de bens 
SÍNDROME DE DOWN 
 A princípio, será capaz 
 Em casos excepcionais, relativamente incapaz 
 Nesse caso, estaria enquadrado como pessoa que não pode 
exprimir sua vontade, por causa transitória ou permanente 
(CC, art. 4o, III) 
TEORIA GERAL DA REPRESENTAÇÃO 
TRATAMENTO JURÍDICO DA REPRESENTAÇÃO 
 Poder de agir em nome de outrem 
 Só existe quando o ordenamento jurídico o assegura (CC, art. 
120) 
 Para ele, não se confunde, portanto, com a representação 
voluntária ou mandato 
NESSE CASO, APLICA-SE A PARTE ESPECIAL (CC, ART. 120) 
 Capítulo específico no CC/2002 (arts. 115/120) 
 Representação pode ser legal ou voluntária (CC, art. 115) 
 A manifestação de vontade pelo representante, nos limites 
de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado 
(CC, art. 116) 
Antes da Lei 13.146/2015 
> de 16 anos e < de 18 anos 
Ébrios habituais, viciados em tóxicos 
e os que, por deficiência mental, 
tenham o discernimento reduzido 
Excepcionais, sem desenvolvimento 
mental completo 
Pródigos 
Depois da Lei 13.146/2015 
> de 16 anos e < de 18 anos 
Ébrios habituais, viciados em 
tóxicos 
Aqueles que, por causa 
temporária ou permanente, não 
puderem exprimir sua vontade 
Pródigos 
 Vedado o autocontrato, salvo se a lei permitir ou o 
interessado (CC, art. 117) 
 Prazo decadencial de 2 anos para ajuizar ação anulatória a 
questionar o autocontrato (CC, art. 179) 
 O representante é obrigado a provar às pessoas com quem 
tratar em nome do representado a sua qualidade e a 
extensão de seus poderes, sob pena de responder pelos atos 
que a estes excederem (CC, art. 118) 
 Anulabilidade de negócio concluído em conflito de interesses 
com o representado, se tal fato era ou devia ser de 
conhecimento de quem com aquele tratou (CC, art. 119) 
PRAZO DE 180 DIAS, A CONTAR DA CELEBRAÇÃO DO NEGÓCIO 
OU DA CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE. 
EMANCIPAÇÃO 
COMPREENSÃO DA EMANCIPAÇÃO 
 Ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da 
maioridade e consequentemente da capacidade civil plena 
em data anterior aos 18 anos de idade 
 Não deixa, contudo, de ser menor, viabilizando a aplicação do 
ECA (En. 530, VI JDC) 
 Por regra geral, é definitiva, irretratável e irrevogável 
 Ato formal, solene, já que deve ser realizado por instrumento 
público 
 A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do 
juiz está sujeita a desconstituição por vício de vontade (En. 
397, V JDC) 
CC/1916 possibilitava a emancipação por instrumento 
particular 
HIPÓTESES DE EMANCIPAÇÃO (CC, ART. 5O → ROL 
TAXATIVO OU NÃO?) 
Flávio Tartuce entende que é taxativo, mas se contradiz 
ao dizer de outra hipótese legal fora do CC, art. 5º 
EMANCIPAÇÃO LEGAL, POR EXERCÍCIO DE EMPREGO 
PÚBLICO EFETIVO 
• Desde que haja nomeação de forma definitiva 
• Aí não se incluem serviços temporários ou cargos comissionados 
EMANCIPAÇÃO LEGAL, POR COLAÇÃO DE GRAU EM 
CURSO DE ENSINO SUPERIOR RECONHECIDO 
• Não se aplica ao curso de magistério 
• Cada vez mais difícil de ocorrência na prática 
EMANCIPAÇÃO LEGAL, POR ESTABELECIMENTO CIVIL 
OU COMERCIAL OU PELA DE RELAÇÃO DE EMPREGO 
• Revela amadurecimento e experiência desenvolvida 
• Prova da economia própria que viabiliza sua subsistência é 
necessária 
EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA PARENTAL 
• Ambos os pais ou por um deles, na falta do outro 
• Menor com, no mínimo, 16 anos 
• Imprescindibilidade do instrumento público, dispensada 
homologação judicial 
• Deve ser registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas 
Naturais 
EMANCIPAÇÃO JUDICIAL 
• Discordância de um dos pais 
• Deve ser registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas 
Naturais 
EMANCIPAÇÃO LEGAL MATRIMONIAL 
• Casamento do menor 
• Idade núbil é de 16 anos (CC, art. 1.517) 
• Divórcio e viuvez não faz retornar a incapacidade 
• Mas o casamento NULO faz retornar a incapacidade com efeitos 
ex tunc (retraotivos) 
MENOR MILITAR, QUE POSSUI 17 ANOS E QUE 
ESTEJA PRESTANDO SERVIÇO 
Hipótese que confirma que o CC, art. 5o não é taxativo 
Outra hipótese de emancipação legal 
Porém prevista no art. 73 da Lei 4.375/196 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
Ordem jurídica é um todo harmônico 
DIREITOS FUNDAMENTAIS (CLÁUSULAS PÉTREAS) 
Diretrizes gerais garantias de todo povo –como sociedade –em se 
ver livre do poder excessivo do Estado 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
Fruto da captação desses valores fundamentais regulados no 
interior da ordem civilística. 
Vigoram imediatamente em face das normas privadas. 
Desempenham funções normais, como proibições de intervenção 
e imperativos de tutela isto é, EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DF nas 
REL. entre PARTIC. 
DIREITOS GERAIS DA PERSONALIDADE 
 Alemanha [Contribuição das Cortes Alemãs] 
 Menosprezo e desprezo dignidade humana 
 Atentados perpetrados contra a personalidade dos 
particulares 
 Tribunais alemães agiram em proteção da pessoa humana, 
utilizando-se da CF, em uma forma de direito geral da 
personalidade 
 TUTELA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE DEVE OCORRER 
PELO: Direito Público e Direito Privado 
DIREITOS DA PERSONALIDADE E LIBERDADES PÚBLICAS 
 DIREITOS DA PERSONALIDADE: Relações privadas 
 LIBERDADES PÚBLICAS: Perante o Estado, acrescidos de 
outros direitos econômicos,sociais e políticos 
CONFIGURAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
Cláusula geral de tutela e promoção da pessoa humana (G. Tepedino): 
EN. 274, IV JDC 
MAS O QUE SERIAM ENTÃO OS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE? 
 Faculdades jurídicas cujo objeto são diversos aspectos da 
própria pessoa do sujeito, bem assim suas emanações e 
prolongamentos (R. Limongi França) 
 Direitos de defender o que é próprio, ou seja, sua integridade 
física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, partes 
separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade 
intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, 
artística e literária) e sua integridade moral (honra, recato, 
segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, 
identidade pessoal, familiar e social) (Maria Helena Diniz) 
 Aqueles que tem, por objeto, os atributos físicos, psíquicos e 
morais da pessoa em si e em suas projeções sociais (P. Stolze 
Gaglianoe Rodolfo Pamplona Filho) 
 
 Aqueles que tem, por objeto, os modos de ser, físicos ou 
morais do indivíduo e o que se busca proteger com eles são, 
exatamente, os atributos da personalidade a qualidade de 
ente considerado pessoa. Na sua especificação, a proteção 
envolve os aspectos psíquicos do indivíduo, além de sua 
integridade física, moral e intelectual, desde a sua concepção 
até sua morte) (Flávio Tartuce) 
 
CINCO GRANDES ÍCONES DOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL 
 
RELAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE COM 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA • CF, art. 1º, III 
SOLIDARIEDADE SOCIAL • CF, art. 3º, I e III 
ISONOMIA • CF, art. 5º 
ROL DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 CC, art. 11/21 Exemplificativo (numerusapertus) 
 Tratamento excessivamente rígido da matéria (Anderson 
Schreiber) 
 Soluções absolutas, definitivas, fechadas, que não se ajustam 
bem à realidade contemporânea e a própria natureza dos 
direitos da personalidade 
DIREITO AO ESQUECIMENTO COMO ESPÉCIE DOS 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 Reconhecimento (En. 531, IV JDC) 
 Um dos danos provocados pelas novas tecnologias de 
informação 
 Origem histórica no campo das condenações criminais 
 Passível de ser assegurado por tutela inibitória (En. 576, VII 
JDC) 
 Possibilidade de indenização 
CHACINA DA CANDELÁRIA - LINHA DIRETA (GLOBO) 
 STJ, Resp1.334.097/RJ 
 Homem inocentado R$ 50.000,00 
 CASO LEBACH–ALEMANHA assassinato de 4 soldados que 
faziam sentinela de um depósito, que culminou com roubo de 
munição do exército alemão em 1969 prevalência da 
liberdade do informar sobre o direito de imagem na instância 
ordinária 
 Corte alemã resolveu pela proibição, pois: a) não haveria 
interesse atual pela notícia do crime; b) haveria um risco para 
a ressocialização do autor da demanda. 
DANIELLA CICARELLI X GOOGLE – YOUTUBE – RELAÇÕES ÍNTIMAS 
 TJ/SP, Ap. Civ. 556.090-4/4-00/SP •Demanda inibitória da 
tutela da personalidade 
DIREITO AO ESQUECIMENTO X LIBERDADE DE IMPRENSA 
Repercussão geral STF, Ag. RE 833.248 • Técnica da 
ponderação(Alexy) En. 274, IV JDC CPC, art. 489, §2º 
hard cases (quando a lei não é clara) 
1ª PREMISSA: princípios são mandamentos de otimização 
2ª PREMISSA
devem prevalecer sobre os princípios de peso menor 
3ª PREMISSA
procedência de um princípio sobre outro), T1, T2, T3 são fatores 
fáticos que influenciam na colisão e a conclusão máxima 
proporcionalidade 
4ª PREMISSA: pesagem deve ser calcada em um argumentação 
jurídica com solidez e objetividade para não ser arbitrária e 
irracional deve ser bem clara e definida a fundamentação de 
enunciados de preferências em relação a determinado valor 
constitucional 
NO CASO LEBACH(1969) • P1 –Liberdade de informação • P2 –
Personalidade • C –
revestida de interesse atual pela informação (T2), sobre um grave crime 
(T3), e que põe em risco a ressocialização do autor (T4) é proibida do 
ponto de vista dos direitos fundamentais: T1 e T2 e T3 e T4 ----R 
 
Vida e 
integridade física 
Nome da pessoa 
natural ou 
jurídica (CC, arts. 
16/19 e LRP) 
Imagem(Imagem-
retrato: reprodução 
corpórea e imagem-
atributo: repercussão 
social da imagem) 
Honra (subjetiva: 
autoestima e 
objetiva: 
repercussão social 
da honra) 
Intimidade 
(inviolável –CF, 
art. 5º, X) 
DIREITO DE NÃO SABERCOMO ESPÉCIE DOS 
DIREITOS DA PERSONALIDADE (ÁREA MÉDICA) 
 STJ, Resp1.195.995/SP Realização de exame não solicitado 
por Tribunal 
 Anti-HIV com resultado positivo 
 Direito de não saber que era portador de HIV 
 Proteção de um direito maior 
 Só tem cabimento na expressa manifestação de preferência e 
tem limites na probabilidade de violação de outras pessoas 
(Lucas MiottoLopes) 
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS 
DA PERSONALIDADE 
DIREITOS DA PERSONALIDADE NO CC/2002 
 Ligados à pessoa humana, ainda que com suas emanações e 
prolongamentos, pois representam os direitos mais íntimos e 
fundamentais do ser humano 
 Pessoa jurídica (CC, art. 52) 
 Bioética* e Biodireito** deixaram de ser tratados 
 (Lei Biossegurança) * Pesquisa científica ** Avanços 
tecnológicos Bioética, medicina e biossegurança 
 Opção sexual da pessoa humana também não foi tratada 
TEORIAS SUPERADAS SOBRE OS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE 
 
Previsões constitucionais e legislativas, dispersas e casuísticas não 
lograram êxito em tutelar de forma exaustiva todas as 
manifestações da personalidade 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 Intransmissibilidade, e irrenunciabilidade, salvo casos 
previstos em lei (CC, art. 11) 
 DIREITOS NATOS (CC, ART. 11) E INATOS (PL 699/2011) 
 Natos: nascimento ou concepção 
 Inatos: inerentes à pessoa, ínsitos à sua qualidade, originários 
do sujeito 
 Nem nato (restritivo), nem inato (jusnaturalismo superado), 
além do que podem ser expropriados 
 Ilimitados e absolutos, Indisponíveis, imprescritíveis, 
impenhoráveis e inexpropriáveis. 
 
 
 
 
 
DIREITO ILIMITADO E ABSOLUTO 
 Pela impossibilidade de se imaginar um número fechado de 
direitos da personalidade 
 Caráter absoluto, com eficácia erga omnes, especialmente se 
confrontados com os direitos pessoais puros (como as 
obrigações e contratos) 
 Tal regra comporta exceções, havendo, eventualmente, 
relativização desse caráter ilimitado e absoluto. 
 Pode sofrer limitações voluntárias, desde que não seja 
permanente, nem geral (En. 4, I JDC) 
 
 Podem sofrer limitações, ainda que não especificamente 
previstas em lei, não podendo ser exercido com abuso de 
direito de seu titular, contrariando a boa-fé objetiva e os bons 
costumes (En. 139, III JDC) 
 Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de 
vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica, 
consagrando-se os direitos do pacienteno CC (CC, art. 15) 
 Paciente à beira da morte e necessidade de cirurgia de alto 
 
TESTAMENTO VITAL OU BIOLÓGICO 
 Ato do paciente não querer se submeter a determinado 
tratamento 
 Ortotanásia autorizada (Resol. CFM 1.805) 
médico deixar de empregar medidas em caso de pacientes 
terminais 
 Resol. CFM 1.805 suspensa, por meio de antecipação de 
tutela pela JF/DF 
 Possibilidade jurídica do testamento vital ou biológico (En. 
528, V JDC) 
 Código de Ética Médica, art. 41 , parágrafo único, acaba por 
permitir 
 PL 524/2009 – Senado Federal – busca regulamentar 
DIREITO À VIDA X LIBERDADE RELIGIOSA 
 Evidencia que um direito de personalidade pode ser 
relativizado se entrar em conflito com outro direito de 
personalidade 
 Desnecessidade de autorização judicial (TJRS –Ap. Civ. 
70020868162-2) 
previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplicase também à pessoa 
que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou 
sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que 
observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o 
suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontadelivre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito 
exclusivamente à própria pessoa do declarante 
PREVALÊNCIA DA VONTADE DO PACIENTE 
 Vida representa também uma crença que, assim, apenas 
parte do médico (Anderson Schreiber) 
 O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, 
previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se 
também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive 
transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão 
Monista 
Existência de um único direito 
de personalidade, originário e 
geral, capaz de conter todas as 
multifacetadas situações 
existenciais 
Pluralistas 
Tipificados nos 
textos legislativos 
do tratamento ou da falta dele, desde que observados os 
seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o 
suprimento pelo representante ou assistente; b) 
manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) 
oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa 
do declarante. (En. 403, V JDC) 
DIREITOS DA PERSONALIDADE COMO DIREITOS 
INTRANSMISSÍVEIS E INDISPONÍVEIS 
DIREITOS INTRANSMISSÍVEIS, VIA DE REGRA 
(CC, ART. 11) 
 Não cabe cessão de direitos de forma gratuita ou onerosa 
(direitos incessíveis) 
 Daí porque não podem ser alienados (direitos inalienáveis) 
 Não podem ser transacionados (direitos intransacionáveis) 
 Não podem ser objeto de compromisso de arbitragem 
 
 Entretanto, é regra, de tal forma que há disponibilidade 
relativa (En. 4, I JDC) 
 O direito da personalidade não é disponível no sentido 
estrito, mas são transmissíveis apenas as expressões do uso 
do direito de personalidade (Roxana Cardoso Brasileiro 
Borges) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex. contrato de imagem de um atleta com uma empresa de 
material esportivo 
 contrato vitalício (permitidos no exterior, mas não no Brasil, 
pela ilicitude do seu objeto – En. 4, CJF e CC, art. 166, II) 
DIREITOS DA PERSONALIDADE COMO DIREITOS 
IRRENUNCIÁVEIS 
 CC, art. 11 
 Não podem ser objeto de renúncia 
 Natureza cogente ou de ordem pública 
 
CONTRATO DE NAMORO 
 NULIDADE ABSOLUTA DO CONTRATO DE NAMORO (renúncia 
aos efeitos patrimoniais e pessoais da união estável) 
 RAZÕES: 1. direito de personalidade; 2. fraude à lei da união 
estável; 3. autonomia privada encontra limitações nas normas 
de ordem pública e nos preceitos relacionados com a 
dignidade da pessoa humana. 
 FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO (CC, art. 421) não elimina 
autonomia privada, mas atenua ou reduz o seu alcance, 
quando presentes interesses metaindividuais ou interesse 
individual relativo à dignidade da pessoa humana (En. 23 JDC) 
REALITY SHOWS 
 Participante renuncia ao direito de indenização à título de 
dano moral em decorrência da edição de imagens 
 O programa em si não traz lesão aos direitos de 
personalidade (Jones Figueiredo Alves e Mário Luiz Delgado) 
 A depender de como as imagens são expostas, é cabível 
medidas de proteção (CC, art. 12) 
DIREITOS DA PERSONALIDADE COMO DIREITOS 
IMPRESCRITÍVEIS 
 Por envolverem normas de ordem pública, são imprescritíveis 
 Expressão melhor: Direitos não sujeitos à prescrição, porque 
é a pretensão (e não o direito) que pode prescrever 
E A AÇÃO PARA REPARAR OS DANOS DECORRENTES 
DA LESÃO AO DIREITO DE PERSONALIDADE É 
IMPRESCRITÍVEL? 
 
Tortura por policial 
(STJ, Resp379.414) 
Regime militar 
(STJ, Resp 1.480.428) 
DIREITOS DA PERSONALIDADE COMO DIREITOS 
IMPENHORÁVEIS E INEXPROPRIÁVEIS 
 Não são passíveis de constrição judicial para satisfação de 
dívida, seja ela de qualquer natureza 
 Alimentos e instrumentos de trabalho são impenhoráveis, 
sem prejuízo do rol do CPC (art. 833) 
 Bem de família: Direito pessoal e fundamental à moradia (CC, 
art. 1.722 e Lei 8.009/90) 
 São vitalícios. Terminam apenas com a morte, mas alguns 
direitos ainda sobrevivem. 
 
 
 
PARTE 
DISPONÍVEL 
DIREITOS 
PATRIMONI
AIS 
A 
DIREITOS 
DA 
PERSONAL
IDADE 
SIM 
Matéria de 
ordem pública 
Dignidade da 
pessoa humana 
NÃO 
A pretensão (e não o 
direito) seria 
prescritível 
Entendimento que tem 
prevalecido na 
jurisprudência 
OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E AS GRANDES 
GERAÇÕES OU DIMENSÕES DE DIREITOS 
AS GRANDES DIMENSÕES OU GERAÇÕES (?) DE 
DIREITOS DECORRENTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. 
Jurista theco Karel Vasak, 1979 
 
OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E AS DIMENSÕES 
DOS DIREITOS HUMANOS 
 Os direitos da personalidade estão ligados com a dignidade 
da pessoa humana e as dimensões do direito 
 Direitos da personalidade é a herança da Grande Revolução 
Francesa 
PREVISÕES LEGAIS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE NO CC/2002 
CC, ART. 11/21 
 Pessoas físicas e jurídicas são titulares (CC, art. 52 e Sum. 227, 
STJ) Visão de pessoa é jurídica e não filosófica ou biológica 
 Dano moral limitado à honra objetiva da PESSOA JURÍDICA, 
QUE NÃO TEM SENTIMENTOS. 
 DANOS INSTITUCIONAIS seria uma expressão mais feliz para 
dano moral de PJ (Gustavo Tepedino, Heloísa Helena Barbosa 
e Maria Celina Bodin de Moraes). 
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO INTEGRAL 
DOS DANOS (CC, ART. 12) 
TUTELA INIBITÓRIA 
EVITAR O DANO 
• CPC, art. 497 
• Aplicável de ofício (En. 140, CJF)  Direito Processo Civil 
Constitucional (CPC, arts. 1º e 8º) 
• Astreintes: multa judicial 
TUTELA REPRESSIVA 
REPARAR O DANO 
• Material (danos emergentes e lucros cessantes) 
• Moral ou Extrapatrimonial 
• Estético (Súm. 387, STJ) 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE DO 
(CC, ART. 12) Ofensa ao direito de personalidade do morto 
 legitimidade dos lesados indiretos 
 cônjuge*, ascendente, descendente e colaterais até 4º grau 
Companheiro está equiparado (En. 275, IV JDC) 
 Dano indireto ou em ricochete 
 Tais legitimados agem em nome próprio nesse caso (En. 
400, V JDC) 
 Ajuizamento por qualquer um dos legitimados (En. 398, V 
JDC) 
DIREITOS À IMAGEM DO MORTO (CC, ART. 20) 
 Lesão à imagem do morto 
 legitimados também estão os lesados indiretos, exceto os 
colaterais até 4º grau (CC, art. 20, par. un. e En. 5, I JDC) 
 É difícil posicionar a imagem (retrato ou atributo) na situação 
concreta do art. 12 ou 20 do CC Há quem sustente, por isso, a 
extensão também aos coletareis, assim como se faz ao 
convivente (Silmara J. Chinellato) 
 Lesão à imagem do morto legitimados também estão os 
lesados indiretos, exceto os colaterais até 4º grau (CC, art. 20, 
par. un. e En. 5, I JDC) 
O LIVR O ES TR E LA S OLITÁRIA – UM BRASILEIR O C HAMAD O GARRI NC H A 
Um dos julgados mais conhecidos sobre tutela da personalidade 
do morto 
Direito das filhas do jogador Danos morais pelas afirmações feitas 
STJ, Resp 521.697 
O LIVRO LAMPIÃO – O MATA SETE 
 Estudo histórico realizado pelo advogado Pedro de Moraes 
 Lampião teria sido homossexual e constantemente traído 
por sua mulher, Maria Bonita 
 Ação proposta pela única filha do casal, Expedita Ferreira 
Nunes Ilicitude da publicação de uma biografia, sem 
autorização dos titulares do direito de imagem 
 Proc. 201110701579 – 7ª Vara Cível de Aracaju Decisão 
reformada pelo TJ/SE, uma vez que a liberdade de 
expressão é valor fundamental na ordem democrática 
nacional. 
 
DIREITO AO PRÓPRIO CORPO 
CC, art. 13 
 Direito de disposição de partes separadas do próprio corpo 
em vida para fins de transplante 
 Salvo por exigência médica 
 Quando importar diminuição permanente da integridade 
física ou contrariar os bons costumes 
 
CORREÇÃO OU ADEQUAÇÃO DO SEXO DO 
TRANSEXUAL 
 Transexualismo é uma patologia para entidades médicas, pois 
a pessoa tem um desvio psicológico permanente de 
identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência à 
automutilação e autoextermínio (Res. 1.955/2010 – CFM) 
 É uma forma de wanna be 
1ª) Princípio da liberdade 
2ª) Princípio da igualdade em sentido amplo 
• Direito fundamental à identidade genética 
3ª) Princípio da fraternidade 
•SPAM, Envio de e-mail indesejado como abuso de direito (CC, 
art. 187)• Infidelidade virtual 
• Contratos eletrônicos ou digitais 
4ª) Patrimônio genético do indivíduo (DNA) 
 Existem movimentos científicos e sociais que consideram a 
transexualismo como uma condição sexual, daí porque seria 
preferível a expressão transexualidade daí porque existem 
ações no Judiciário que pleiteiam a alteração do sexo sem 
necessidade de cirurgia de adequação de sexo. 
 Tansgenitalização é dispensável (En. 42, I Jornada de Direito 
de Saúde do CNJ) 
 Repercussão geral reconhecida no STF (RE 670.422) 
 Preservar e priorizar a vida ou prestigiar os bons costumes? 
 Autorização de cirurgias de transgenitalização e de alteração 
do prenome e do sexo (En. 276, IV JDC) 
 Alteração do prenome na jurisprudência no mesmo sentido 
(STJ, Resp 737.993) 
 
Direitos de uso de material biológico para fins de 
pesquisa científica 
(CC, art. 11/13) 
 Cessão gratuita não contraria bons costumes 
 Manifestação de vontade deve ser livre e esclarecida 
 Pode ser revogada a qualquer tempo Conforme normas éticas 
que regem a pesquisa científica 
 En. 401, V JDC e 532, VI JDC 
 Pesquisas envolvendo seres humanos demanda aprovação de 
Comitê de Ética, de composição multiprofissional e com 
assinatura de TCLE – Termo Consentido Livre e Esclarecido 
Deve constar informações claras e relevantes do objeto da pesquisa, seus 
benefícios e riscos, a gratuidade de participação, a garantia de reparação 
dos danos causados na sua execução e a faculdade de retirada imotivada 
do consentimento a qualquer tempo sem prejuízo para sua pessoa 
 
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (CC, ART. 14) 
 Possibilidade com objetivo científico ou altruístico 
 No todo ou em parte 
 Depois da morte Passível de revogação a qualquer tempo 110 
Precedida de diagnóstico de morte encefálica 
 Depende de autorização de parente maior, da linha reta ou 
colateral até 2º grau, ou do cônjuge sobrevivente, mediante 
documento escrito perante duas testemunhas 
 Manifestação expressa do doador de órgãos em vida 
prevalece sobre a vontade dos familiares (En. 277, IV JDC) 
Indispensabilidade de consentimento dos adolescentes para 
doação de medula óssea (En. 402, V JDC) 
DIREITOS DO PACIENTE 
CC, art. 15 
 Princípio da beneficência e não maleficência 
 Deve-se buscar o melhor para aquele que está sob 
cuidados médicos ou de outros profissionais de saúde 
 Pode deliberar sobre os aspectos concernentes a 
tratamento médico que lhe possa causar risco de vida, 
salvo as situações de emergência ou no curso de 
procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser 
interrompidos (En. 533, VI JDC) 
 Deve ser interpretado com base no exercício da 
autonomia da vontade Processo de consentimento 
informado deve ser promovido para adequada 
informação do paciente. 
 
 
DIREITO AO NOME, SINAL OU PSEUDÔMINO 
 (CC, arts. 16/19) 
Contra atentado de terceiros, principalmente que expõem o 
sujeito ao desprezo público ou ao ridículo, acarretando dano 
moral ou patrimonial. 
 Normas que protegem o nome também são de ordem pública 
 
ELEMENTOS QUE FAZEM PARTE DO NOME (CC, art. 16) 
 Prenome (nome próprio da pessoa) 
• Ex. Carlos Prenome 
 Sobrenome, nome, apelido ou patronímico, nome de família 
 Ex. Souza 
 Partícula Ex.: “e” Partícula 
 Agnome (visa perpetuar nome anterior já existente) 
• Ex.: Júnior, Filho, Neto, Sobrinho 
 
NOMES EM PUBLICAÇÕES OU REPRESENTAÇÕES (CC, 
ART. 17) 
 O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo 
público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
 Tutela do nome cabe mesmo sendo utilizado indevidamente, 
sem que exponha a pessoa ao desprezo público 
 Daí porque seria um retrocesso o artigo, porque delimita 
 
NOME EM PUBLICIDADE OU PROPAGANDA COMERCIAL 
(CC, ART. 18) 
 Vedação a sua utilização, sem autorização 
 Cabíveis medidas preventivas e repressivas 
 Proteção cabe mesmo não mencionando o nome, mas sendo 
capaz de identificação 
 Cazé Peçanha x Curso de línguas (TJ/SP, Ap. 994.03.015985-0) 
 
PSEUDÔNIMO (CC, ART. 19) Nome atrás do qual se esconde 
um autor de obra artística, literária ou científica 
 Já existia previsão (art. 24, II, Lei 9.610/98) 
 Direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis (art. 
27, Lei 9.610/98) 
 Alcança também o cognome ou alcunha (nome artístico 
utilizado por alguém, mesmo não constando esse registro da 
pessoa) 
 
O NOME E A LRP Prenome é definitivo 
 Admite-se a substituição por apelidos públicos e notórios (art. 
58) Na prática, mais fácil alterar o prenome do que o 
sobrenome 
 O nome, com todos os seus elementos, envolve preceitos 
tanto de ordem pública, como de ordem privada. 
 
ALTERAÇÃO DO NOME Ação específica 
Sentença deve ser registrada das pessoas naturais 
 
CASOS DE ALTERAÇÃO DE NOME (ROL DESCRITIVO) 
• Exposição ao ridículo ou a embaraços, inclusive em casos de 
homonímias (nomes iguais). Ex.: Decio Pinto; 
• Erro de grafia crasso, perceptível de imediato. Ex.: Frávio; 
• Introdução de alcunhas ou cognomes. Ex.: Lula, Xuxa; 
• Introdução do nome do cônjuge ou convivente. 
• Introdução do nome do pai ou da mão, havendo 
reconhecimento posterior de filho ou adoção. 
• Para tradução de nomes estrangeiros. Ex.: John; 
 
Havendo coação ou ameaça decorrente de colaboração com 
apuração de crime (proteção de testemunhas); 
• Para inclusão de sobrenome de um familiar remoto (questão 
não pacífica – STJ, Resp 1.310.088); 
• Para inclusão de nome de família do padrasto ou madrasta por 
enteado(a), havendo motivo ponderável para tanto e desde que 
haja concordância dos primeiros, sem prejuízo de seus apelidos de 
família; 
• Casos de abandono afetivo do genitor, excluindo-se o 
sobrenome paterno em casos tai (Inf. 555, STJ) 
 
ALTERAÇÃO DE NOME POR AQUELE QUE ATINGE 
MAIORIDADE CIVIL 
 1 ano (LRP, art. 56) 
 Não pode prejudicar os apelidos de família 
 Averbando-se a alteração que será publicada pela 
imprensa 
 Mas não seria imprescritível? 
 STJ tem entendido possível, desde que haja motivo 
plausível para tanto (Resp 538.187) 
 
DIREITO À IMAGEM E DIREITOS A ELE CONEXOS 
Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça 
ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a 
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu 
requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais 
(CC, art. 20). Independe de prova do prejuízo pela publicação não 
autorizada de imagem da pessoa para fins econômicos ou 
comerciais (dano moral in re ipsa) 
 
 Não exclui direito à informação e a liberdade de 
expressão (CF, art. 5º, IV, IX e XIV) 126 
 Há no art. 20, CC/2002 uma restrição muito rígida 
(Anderson Schreiber) 
 
FUNÇÃO SOCIAL DA IMAGEM Imagens verdadeiras, 
desde que elas interessem à coletividade  STJ, Resp 984.803 
 
 
 
 
 
 
 
Critérios para serem ponderados em relaç ão a 
imagem (STJ) 
Excelente mecanismo, já que a Lei de Imprensa foi declarada 
inconstitucional (Inf. 544, STF) 
 
 
Imagem-retrato 
Fisionomia de alguém 
O que é refletido no 
espelho 
Imagem-atributo 
Soma de qualificações 
do ser humano 
O que ele representa 
para sociedade 
DIREITO DE INFORMAR 
(i) o grau de utilidade para o público do fato informado por meio da imagem; (ii) o grau 
de atualidade da imagem; (iii) o grau de necessidade da veiculação da imagem para 
informar o fato; e (iv) o grau de preservação do contexto originário do qual a imagem 
foi colhida. 
IMAGEM 
(i) o grau de consciência do retratado em relação à possibilidade de captação da sua 
imagem no contexto da imagem do qual foi extraída; (ii) o grau de identificação do 
retratado na imagem veiculada; (iii) a amplitude da exposição do retratado; e (iv) a 
natureza e o grau de repercussão do meio pelo qual sedá a divulgação

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