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1. Descreva as alterações fisiológicas na gestação (sistêmicas e locais). a) devido à influência hormonal b) devido ao desenvolvimento fetal Al�e��ções S���êmi��� SANGUE volume sanguíneo ● volume/volemia aumenta 30-50% comparado aos valores pré-gestacionais --- aumento associado à quantidade de tecido trofoblástico --- maior em gemelar, menor em HAS e insuficiência placentária ● esse aumento ocorre pela maior quantidade de volume plasmático que aumenta em 45-50% --- MENOR porção pela hiperplasia celular --- volume de hemácias aumenta em 30% ● INÍCIO 1T (trimestre) por volta de 6S aumento volume plasmático 15% --- expansão + acelerada 2T aumento volume plasmático 25% --- REDUÇÃO da velocidade + ESTABILIZAÇÃO no fim da gestação ● papel da hipervolemia: maior necessidade de suprimento sanguíneo nos órgãos genitais principalmente útero (hipervascularizado na gestação) --- função protetora para gestante e feto: perda sanguínea no parto + diminuição do retorno venoso (comprometido posições supina e ereta) ● hemodiluição --- consequentemente a viscosidade plasmática diminui --- redução trabalho cardíaco ● tudo isso acontece por: novo equilíbrio entre fatores envolvidos na retenção e excreção do SÓDIO e ÁGUA resultantes da vasodilatação sistêmica ● sistema renina-angiotensina-aldosterona em maior atividade na gestação --- aumento da filtração glomerular + do peptídeo atrial natriurético (PNA): normaliza volemia músc cardio muito distendido ● AUMENTO PROGRESSIVO níveis séricos do PNA em organismo normal promove: excreção de Na+ e ÁGUA --- nas gestantes: aumento lento da volemia torna os receptores do PNA (rins, adrenais e vasos) MENOS sensíveis aos seus estímulos --- permite ACÚMULO de Na+ e água pela mãe eritrócitos ● aumento considerável apesar da hemodiluição ● em média gestantes possuem 450mL a mais de eritrócitos (maior elevação 3T) ● produção de eritrócitos acelerada pelo AUMENTO PLASMÁTICO da eritropoietina ● vida média eritrócitos MENOR na gestação ● concentração de hemoglobina REDUZIDA pela hemodiluição (redução MENOR no fim da gestação) ● gestantes com hemoglobina menor que 11 g/dL em 1T e 3T ou 10,5 g/dL em 2T consideradas anêmicas --- hematócrito: valores normais sem gestação entre 38-42% --- gestação: normais 32% leucócitos ● leucocitose: altos entre 5000-14000/mm³ pode estar presente em uma gestação normal --- durante o parto e puerpério imediato pode chegar até 29000/mm³ (pela atividade da adrenal em estresse) ● leucocitose PRINCIPALMENTE pelo aumento de leucócitos polimorfonucleados: neutrófilos, eosinófilos e basófilos --- alto número de neutrófilos porém com função (fagocitose) diminuída ● proteínas inflamatórias da fase aguda aumentadas em toda a gestação --- proteína C reativa: quando alta indica a presença de alguma inflamação ou infecção no corpo + elevada próx ao parto plaquetas e sistema de coagulação ● hemodiluição + consumo de plaquetas pois coagulações intravasculares no leito uteroplacentário podem ocorrer = DISCRETA REDUÇÃO dos níveis plaquetários ● aumento de tromboxano A2 --- gera MAIOR agregação plaquetária --- consequência: DIMINUIÇÃO da quantidade de plaquetas ● discreto AUMENTO do baço também pode ocasionar diminuição dos números plaquetários ● contagem de plaquetas volta a AUMENTAR logo depois do parto --- continua subindo por 3-4S até retornar aos valores basais ● considera-se plaquetopenia: baixa quantidade de plaquetas na gestação uma contagem ≤100.000/mm³ --- valores normais em não-gestantes variam entre 150.000-450.000/mm³ ● todos os fatores de coagulação exceto XI e XIII estão elevados na gestação ● fibrinogênio: fator I e dímero D: produto da degradação da fibrina elevam seus níveis em até 50% ● atividade fibrinolítica: dissolução de coágulos pela degradação de fibrina, ex.: plasmina REDUZIDA pela ELEVAÇÃO de: substâncias (PAI-1, PAI-2) inibidoras dos ativadores de plasminogênio: precursor da plasmina e inibidor da fibrinólise ativado pela trombina (TAFI) --- estado de hipercoagulabilidade na gestação metabolismo do ferro ● aumento na NECESSIDADE de ferro no ciclo gravídico-puerperal --- alto consumo + perda de ferro ● demanda por ferro maior na segunda metade da gravidez --- chega a 6-7 mg/dia em 3T ● deficiência de ferro: CONSUMO pela unidade fetoplacentária + UTILIZAÇÃO para produção de hemoglobina e mioglobina para aumento dos eritrócitos e musculatura uterina + DIMINUIÇÃO por perdas sanguíneas e aleitamento ● PORTANTO A NÃO SER que haja suplementação de ferro é muito provável que a gestante tenha anemia ferropriva --- mesmo com a suplementação tem risco de acontecer essa anemia SCV adaptações hemodinâmicas ● ANTES MESMO das principais modificações da circulação do território uteroplacentário observa-se novo equilíbrio na circulação da gestante --- portadoras de cardiopatias, HAS, hipertireoidismo podem sofrer sobrecarga hemodinâmica e apresentar descompensação clínica já no INÍCIO da gestação ● adaptações circulatórias INÍCIO 6S --- completamente instaladas entre FIM 1T e INÍCIO 2T ● aumento FC em 15-20bpm + aumento volume sistólico = aumento do débito cardíaco (DC) em até 50% --- INÍCIO aprox 5S --- ESTABILIZAÇÃO aprox 24S ------ PICO pós-parto imediato com aumento de até 80% do DC --- ocorre pelo aumento do retorno venoso (pré-carga) APÓS a descompressão dos vasos pélvicos pelo útero ● AUMENTO da produção por células endoteliais de prostaciclina: prostaglandina potente vasodilatadora gera e mantém a vasodilatação sistêmica ● AUMENTO da produção endotelial de óxido nítrico colaborando para a vasodilatação periférica ● REDUÇÃO da resistência vascular periférica muito acentuada --- capaz de reduzir a PA mesmo com aumento do débito cardíaco ● PA diastólica diminui 5-15 mmHg + PA sistólica diminui 3-5 mmHg --- queda da PA sistêmica maior em 2T --- próx ao parto volta para níveis pré-gravídicos ● compressão das veias pélvicas pelo útero causa AUMENTO da pressão venosa nos MMII --- a compressão uterina também pode ocorrer sobre vasos maiores, ex.: VCI com a gestante em posição supina a partir da metade da gravidez. coração ● volume do coração maior pelo AUMENTO do volume sistólico + hipertrofia dos miócitos ● sopro cardíaco sistólico leve: comum --- presente em 90% das gestantes --- acontece pela REDUÇÃO da viscosidade do sangue + AUMENTO do débito cardíaco ● diafragma se eleva pelo aumento do volume abdominal --- altera posição cardíaca --- coração desviado para CIMA e para a ESQUERDA um pouco RODADO PARA A FACE ANTERIOR do tórax SISTEMA ENDÓCRINO hipotálamo ● aumento na detecção sanguínea de hormônios secretados pelo hipotálamo pela produção desses hormônios pela placenta de variantes idênticas aos hormônios hipotalâmicos como o GnRH, CRH (hormônio liberador da corticotrofina), TSH (hormônio hipotalâmico estimulador da tireóide), somatostatina e GHRH hipófise ● aumenta de tamanho por hipertrofia e hiperplasia da adeno-hipófise principalmente dos lactótrofos por ação do estrogênio --- volume e peso podem dobrar no fim da gravidez ● aumento na produção de prolactina em até 10x ● GH normal no 1T --- aumenta ao longo da gestação pela secreção do GH pelo sinciciotrofoblasto ● alfa hCG SEMELHANTE ao alfa TSH --- estimula a função da tireóide que por retroalimentação negativa REDUZ a produção e secreção de TSH pela hipófise --- alterações evidentes em 1T --- retorno de níveis normais de TSH em 2T e 3T ● aumento da produção e secreção de MSH (hormônio melanotrófico da hipófise) por estímulo da progesterona ● ACTH aumenta progressivamente pela produção pela hipófise e placenta ● produção placentárias de esteróides sexuais leva ao DECRÉSCIMO da produção de LH e FSH ● ocitocina (neuro-hipófise) mantém níveis normais durante a gestação se elevando no parto ● NÃO há alteração dos níveis de ADH apenas um novo equilíbrio do limiar que ocasiona sua liberação pela hemodiluição fisiológica e CONSEQUENTE baixa osmolaridade tireoide ● alterada na gravidez pela diminuição sérica de iodo por aumento da taxa de filtração glomerular+ maior consumo periférico ● aumento da produção e glicosilação de TBG (globulina transportadora de hormônios tireoidianos) --- glicosilação estimulada pela produção de estrógenos pela placenta DIMINUINDO sua metabolização hepática e ++++++ seus níveis sérico --- CONSEQUENTE aumento das frações ligadas dos hormônios ● estimulação direta dos receptores de TSH pelo hCG --- sobrecarga funcional da tireoide SEM AUMENTO volumétrico ACENTUADO da glândula ---- aumento fisiológico T3 e T4 paratireoides ● função ligada ao metabolismo do Ca++ --- maior necessidade de Ca++ na gestação pela unidade fetoplacentária que absorve cálcio para formação do esqueleto fetal --- é consumido cerca de 25-30g de Ca++ durante toda a gestação PELO FETO ● aumento da filtração glomerular + consequente aumento da excreção de cálcio ● hemodiluição ocasiona diminuição da concentração de albumina sérica que em condições NORMAIS se liga a aprox 50% do Ca++ total ● redução níveis séricos PTH em 1T e volta a aumentar ao longo da gestação ● elevação do calcitriol: forma ativa da vitamina D que aumenta a absorção de Ca++ via intestinal e inibe sua excreção pelos rins por estimulação do estrogênio com CONSEQUENTE aumento na absorção de Ca++ pelo sistema digestório adrenais ● aumento do cortisol sérico pelo aumento da meia-vida + redução de sua excreção ● em 3T os níveis de cortisol podem TRIPLICAR ● níveis circulantes e excretados de andrógenos adrenais reduzidos pelo consumo + metabolização em estrogênio placentário --- níveis maternos de testosterona e androstenediona elevados ● hiperaldosteronismo mantém balanço eletrolítico de Na+ conforme alterações do volume plasmático ovários ● produção da progesterona pelo corpo lúteo até que o trofoblasto possa começar a produzir progesterona na 7S --- produção elevada de andrógenos transformados em estrogênio pela placenta --- produção de relaxina: amolecimento articulações pélvicas possibilitando o parto METABOLISMO ganho de peso materno ● MAIOR parte por retenção hídrica intra e extravascular ● MENOR parte por acúmulo de carboidratos, lipídios e proteínas ● AUMENTO necessidade energética durante a gestação --- até 24-26S aporte energético direcionado para reservas maternas --- APÓS 26S aporte energético ingerido + reservas maternas a partir de 30S direcionadas para crescimento fetal metabolismo de carboidratos ● período anabólico da gestação (até metade): REDUÇÃO glicemia basal: noturna, jejum, entre as refeições MATERNA para favorecer o armazenamento de gordura, glicogênese hepática e transferência de glicose para o feto --- situações desencadeadas pelo estrogênio e progesterona ● período catabólico (segunda metade): apresenta lipólise, neoglicogênese: produção glicose e aumento da resistência periférica à insulina ● aumento da resistência periférica à insulina visa crescimento e desenvolvimento do feto --- CONSEQUENTE hiperglicemia pós-prandial --- visa satisfazer a maior necessidade energética do feto em 3T favorecendo o transporte de glicose pela placenta ------ + evidente a partir de 26S --- aumento progressivo de hLP (hormônio lactogênio placentário): bloqueia ação da insulina --- período + propício para desencadear DM gestacional metabolismo lipídicos ● para manter desvio de glicose para o feto: gestante passa a utilizar + lipídios como fonte energia ● AUMENTO dos níveis de TAG, colesterol total e suas frações ● tecido adiposo produz adipocinas: família de proteínas, destacando leptina e adiponectina ● aumento leptina 2T --- desenvolvimento de resistência à leptina pela gestante com pico em 2T --- ocasiona AUMENTO do apetite e ingestão alimentar ● adiponectina em níveis BAIXOS --- contribui para DIMINUIÇÃO da sensibilidade à insulina metabolismo proteico ● acúmulo aprox 1000g de proteína na gestação --- 500g para feto e anexos + 500g para musculatura uterina, desenvolvimento mamário, hipervolemia plasmática e hiperplasia dos eritrócitos ● AUMENTO da albumina total e REDUÇÃO da sua concentração plasmática ● níveis maiores de gamaglobulina em PEQUENA PROPORÇÃO aumentando a relação albumina-globulina --- níveis aumentados de alfa e beta globulinas PELE E ANEXOS ● proliferação microvasculatura todo o tegumento por produção placentária de estrogênio ● vasodilatação periférica total pelo aumento de progesterona ● eritema palmar: avermelhamento das mãos, telangiectasias: vasos muito finos aparentes na superfície da pele, hipertricose: crescimento aumentado de pelos, aumento da secreção sebácea e da sudorese ● hiperpigmentação da pele pelos altos níveis de progesterona que aumenta a secreção de MSH (hormônio melanotrófico da hipófise) --- age sobre moléculas de tirosina da pele --- produção EXCESSIVA de melanina --- cloasmas gravídicos ● maior incidência de hiperpigmentação: face, projeção da linha alba como linha nigra, aréola mamária e regiões de dobras --- pioram com exposição ao sol --- geralmente desaparecem após gesta ● linhas de demarcação pigmentares: raras --- transições bem delimitadas de pele mais clara e mais escura --- principalmente no tronco e MMII --- tendem a sumir com o fim da gestação ● estrias: SEM alteração da qualidade das fibras colágenas NEM da constituição da epiderme --- surgem pela hiperfunção das glândulas adrenais --- CONSEQUENTE hipercortisolismo SISTEMA ESQUELÉTICO ● articulações: relaxamento + embebição gravídica: acúmulo de líquido --- estrogênio, progesterona e relaxina NÃO envolvidos --- nos MMII a embebição pode predispor dores crônicas, entorses: lacerações nos ligamentos, fraturas e luxações: articulação descolada de sua posição normal ● articulações da bacia óssea (sínfise púbica, sacrococcígea e sinostoses sacroilíacas) +++ elásticas --- aumento da capacidade pélvica + modificação postura e caminhar da gestante --- prepara o organismo para o parto --- ção da relaxina --- sínfise púbica afasta os ossos em até 2 cm ● aumento do volume abdominal + mamas desvia anteriormente o centro de gravidade materno --- gestante direciona o corpo POSTERIORMENTE para compensar e encontrar um novo eixo de equilíbrio para que fique ereta ● pode ocasionar hiperlordose: curvatura mais acentuada da lombar ou cervical e hipercifose: desvio de coluna que deixa as costas corcundas, afastamento dos pés e diminuição da velocidade ao caminhar ● AUMENTO flexão cervical causa compressão das raízes cervicais que originam os nervos ulnar e mediano --- fadiga muscular, dores lombares e cervicais e parestesias: formigamento de extremidades SISTEMA DIGESTÓRIO ● aumento do apetite e sede --- resistência à ação da leptina + alterações na secreção do ADH ● comuns mudanças nas preferências alimentares --- pode ocasionar perversão do paladar: comer terra, sabão, carvão --- condição chamada de malacia/pica ● náuseas e vômitos comuns em 1T --- desaparecem ao longo da gravidez --- ocasionado pelo aumento dos níveis de hCG e alterações da função da tireóide + aspectos emocionais e psíquicos ● sialorréia: secreção salivar exagerada: desencadeada por estímulo neurológico do nervo vago e nervo trigêmio --- relacionada principalmente à dificuldade de deglutição por conta das náuseas ● hipertrofia e hipervascularização das gengivas por adaptações vasculares orais aos altos níveis de esteróides sexuais --- gengiva edemaciada + de fácil sangramento ● hipertrofia acentuada da gengiva + proliferação das papilas intermediárias + vasos locais podem formar epúlides gravídicos: pseudotumores/granulomas ● progesterona potente relaxante de fibras lisas + estrogênio INDUZ ESSA FUNÇÃO da progesterona --- relaxamento do esfíncter esofágico inferior + redução do peristaltismo + aumento da incidência de RGE ------ pirose queixa comum da gestante com alívio pós-parto ● redução contratilidade da musculatura lisa intestinal --- obstipação --- permanência prolongada do bolo fecal no lúmen intestinal - contato com enzimas por mais tempo - absorção água - piora obstipação ● inibição parcial do transporte intraductal de sais biliares --- efeito secundário: ocasionado pelasmudanças no metabolismo energético das ações do estrogênio e progesterona ● elevação das concentrações séricas da fosfatase alcalina: produção em vários locais principalmente fígado e ossos até 4x em 3T --- principalmente por conta da SÍNTESE PLACENTÁRIA dessa fosfatase ● aumento do volume uterino --- desvio estômago e apêndice para CIMA e DIREITA + intestinos para ESQUERDA SISTEMA RESPIRATÓRIO ● ingurgitamento e edema da mucosa nasal --- maior frequência de obstrução, sangramento e rinite ● edema da mucosa da laringe e faringe --- DIMINUIÇÃO lúmen ● FR altera pouco ou nada --- consequência: aumento volume corrente (VC): volume uma respiração ● esse aumento pode ocasionar hiperventilação e dispnéia por modificações da homeostase ácido-base envolvendo os níveis de O2 liberados para o tecido materno e fetal ------ posição supina piora a oxigenação da gestante --- pode ocasionar dispnéia noturna ● aumento do VC + redução reserva expiratória + preservação reserva inspiratória --- sem modificações da capacidade vital: soma dos 3 anteriores ● aumento do VC acontece por: necessidade de suprir as demandas + altas de O2 pelo aumento de eritrócitos + quantidade total de hemoglobina circulante --- hemodiluição induz aumento do VC para compensar a não alteração da FR --- aumento VC resulta em aumento do volume-minuto ● capacidade pulmonar total: capacidade vital + vol residual reduzida em aprox 200 mL por elevação diafragma + redução vol residual: ar que permanece nos pulmões após expiração da reserva exp ● acréscimo na capacidade inspiratória: VC + vol reserva inspiratório pelo aumento do VC --- redução da capacidade residual funcional: vol residual + reserva expiratória pela redução dos dois volumes ● alterações anatômicas da caixa torácica pelo crescimento uterino: ELEVAÇÃO diafragma aprox 4cm + diafragma aumenta em 2cm --- redução amplitude de movimento do diafragma ------ aumento de 5-7 cm circunferência caixa torácica + 2 cm diâmetro anteroposterior --- ampliação de até 35° dos ângulos costofrênicos SISTEMA URINÁRIO ● aumento diâmetro renal 1 cm ● aumento da volemia + redução da resistência vascular periférica = elevação do fluxo plasmático glomerular (50-80%) + aceleração do ritmo de filtração glomerular (40-50% fim 1T) ------ podem ser observadas em 10S --- aumento progressivo --- pequena redução próx ao parto ● o fluxo e ritmo sofrem INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO MATERNA --- depuração renal até 20% MENOR em posição supina que em decúbito lateral --- excreção urinária maior de noite por conta do decúbito ● endotelina estabiliza tônus vascular --- relaxina aumenta o ritmo de filtração glomerular ● progesterona provoca hipotonia: diminuição tônus+força musc da musculatura dos ureteres e bexiga ● bexiga mais elevada ao longo da gestação + retificação: tornar reto do trígono da bexiga + refluxo vesicoureteral: urina sai da bexiga novamente para ureteres ● AUMENTO comprimento absoluto e funcional da uretra + AUMENTO pressão intrauretral máxima --- ocasiona aumento de queixas de incontinência urinária SNC ● discretas alterações de memória, concentração + sonolência geralmente em 3T ● sonolência: ocorre pelos altos níveis de progesterona + alcalose respiratória pela hiperventilação ● alterações vasculares da artéria cerebral média e posterior --- geram lentificação geral progressiva ● hiperemese gravídica: vômitos incontroláveis durante a gestação, enxaqueca e distúrbios psiquiátricos (ansiedade, depressão - perigo pós-parto) --- pelas alterações vasculares e hormonais da gestação VISÃO, OLFATO E AUDIÇÃO ● pode ocorrer diminuição desses sentidos ● visão: alterações na córnea --- edema localizado ou opacificações pigmentares ------ pressão intraocular geralmente reduzida Al�e��ções L���i� ÚTERO modificações gravídicas ● aumento da vascularização + vasodilatação venosa = útero adquire coloração violácea ● retenção hídrica extravascular causa consistência amolecida do útero principalmente na implantação ● medidas antes e durante a gestação: peso 60-70g para 700-1200g --- capacidade interna 10mL para 5L --- comprimento 7cm para 30cm --- largura 4-5 cm para 24cm --- espessura 2-3 cm para 22cm ● sinal de Piscacek: 12S útero órgão intrapélvico com forma assimétrica pela nidação ● após 12S até 20S se torna esférico + se torna órgão abdominal ● sinal de Noble-Budin: peso uterino + amolecimento dos tec adj ele ocupa fórnices laterais da vagina ● contínuo crescimento uterino --- redução anteversoflexão --- alívio sintomas polaciúria + dextrorrotação uterina: desvio e giro do para a direita, borda direita para região posterior e esquerda para anterior ● INÍCIO metade gestação: pela hipertrofia das fibras musculares uterinas pode haver isquemia relativa --- por isso útero muda a forma para melhorar o suprimento sanguíneo local com alongamento das fibras --- útero ANTES esférico AGORA cilíndrico pelo crescimento do concepto miométrio ● alterações na MEC afastam as fibras musculares ● hiperplasia das fibras: menor frequência --- ocorre nas primeiras semanas ● hipertrofia das fibras: aumento em 10x do diâmetro da fibra ● alongamento das fibras: relacionado ao estiramento da cav uterina --- ocorre na metade da gestação vascularização ● órgão em que ocorre a +++ intensa hipervascularização --- fluxo local aumenta em 10-14x ● surgimento novos vasos + aumento da capacidade dos preexistentes --- abundância de perfusão ● débito cardíaco: volume sangue ejetado do VE p aorta/min recebido pelo útero INÍCIO 3-6% FIM 12% ● maior fluxo de drenagem venosa e linfática --- aumento número de anastomoses ● redução quantidade de elastina + da concentração de terminações nervosas adrenérgicas (vasoconstrição) nas paredes das veias = aumento do calibre + da capacidade de distensão ● alto nível estrogênio e progesterona --- vasodilatação --- aumento fluxo sanguíneo do compartimento uteroplacentário --- aumento do fluxo + redução da resistência das artérias uterinas istmo e segmento inferior ● sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino com acentuação da anteversoflexão uterina resultando em compressão vesical --- responsável pela polaciúria: + micção e menor urina do início da gestação ● hipertrofia, hiperplasia, alongamento das fibras, aumento tec conj e hipervascularização --- se alonga entre 8-12S --- em 16S há dilatação do orifício anatômico interno + incorporação do istmo ao corpo uterino --- dificuldade para definir o limite superior do istmo ------ essa incorporação contribui para a transformação do útero de esférico para cilíndrico --- istmo chamado então de segmento inferior colo uterino ● espessamento do epitélio de 1-3m para 3-6mm ● modificações secundárias às alterações hormonais e vasculares menos pronunciadas que no útero ● aumento da vascularização modifica a coloração rósea para violácea ● reação decidual em células estromais + edema local = amolecimento colo uterino --- a partir de 16S esse amolecimento transforma a consistência de “cartilagem nasal” para “similar à do lábio” ● hipertrofia glandular do endocérvix --- maior produção de muco espesso e viscoso chamado de rolha de Schroeder com aspecto amorfo pelos altos níveis de progesterona ● muco cervical da gestante rico em imunoglobulinas e citocinas --- proteção contra microorganismos ● FIM gestação: cérvix sofre colagenólise: retenção hídrica no estroma cervical com afastamento e degradação das fibras de elastina e colágeno + desestruturação do tec conj que sustenta o arcabouço: esqueleto do colo uterino --- preparação para dilatação e parto ligamentos ● ligamentos largos, redondos e paramétrios hipertrofiados ● dependendo da localização da placenta pode apresentar sinal de Palm: ligamentos redondos e anexos estirados na face oposta de inserção da placenta ------ inserções placentárias na face anterior --- ligamentos e anexos voltados para a face posterior ou vice-versa OVÁRIOS ● corpo lúteo gravídico mantido pelos níveis de hCG --- papel de fornecer progesterona para possibilitar a transformação do endométrio em decídua até 7S quandoa placenta assume essa função --- começa a reduzir por volta de 12S pela redução e estabilização de hCG ● aumento da vascularização local --- dilatação plexo vascular ovariano --- aumento em número e calibre dos vasos ------ diâmetro do pedículo vascular ovariano (⅓ do suprimento sanguíneo do útero na gravidez) aumenta de 0,9 cm para 2,6 cm ● cistos tecaluteínicos: cistos grandes, múltiplos e geralmente bilaterais --- consequência da estimulação folicular excessiva --- + frequente em situações com hCG elevado ex.: gravidez gemelar --- tendem a regredir após o parto --- RARO produzem andrógenos a ponto de causar virilização materna ou do feto do sexo feminino TUBAS UTERINAS ● vascularização intensa --- alteração cor das tubas PRINCIPALMENTE fímbrias ● perda do aparelho ciliar das células da camada interna ● INÍCIO da gestação são quase perpendiculares ao maior eixo uterino --- com crescimento uterino ocupam posição vertical paralela ao corpo uterino ------ por isso ocorre hipertrofia muscular discreta VAGINA ● hipervascularização local provoca hiperemia e edema da mucosa ● INÍCIO gestação sinal de Kluge: cor avermelhada vira arroxeada pela retenção sanguínea nas veias ● aumento do diâmetro das artérias vaginais --- provoca o sinal de Osiander: possível sentir a pulsação dessas artérias nos fórnices laterais ● hipertrofia das fibras musculares e do tec conj + acúmulo hídrico = aumento da espessura e elasticidade da mucosa vaginal --- redução da rugosidade mucosa + garantem distensão para o parto ● progesterona alta: alterações celulares locais parecidas com as do período secretor do ciclo menstrual MAS + intensas e duradouras --- acúmulo de glicogênio + maior descamação celular = proliferação Lactobacillus acidophilus ------ alto consumo de glicogênio por esses microorganismos --- maior produção de ácido lático --- diminuição pH vagina --- na gravidez entre 3,5-6 --- proteção contra infecções bacterianas locais ● células naviculares: células ovóides com núcleo vesicular típicas da gestação --- representam alterações da camada intermediária que descama abundantemente como a camada superficial ● camada basal com hipertrofia celular --- camada intermediária + espessa e frouxa pelo acúmulo de água e glicogênio --- camada superficial + delgada pela intensa descamação VULVA ● mesmas modificações vasculares e pigmentares que a vagina ● comum pele da raiz das coxas + dos grandes lábios com manchas hipercrômicas ● sinal de Jacquemier-Chadwick: coloração arroxeada pela hipervascularização local ● edema do vestíbulo vaginal por retenção de líquido extravascular --- coxim protetor no parto MAMAS ● único órgão que não retorna ao seu estado pré-gravídico no fim do puerpério ● modificações evidentes desde o início da gestação ● aumento volumétrico a partir de 6S --- mamilo + pigmentado e sensível --- papila + saliente com + capacidade erétil --- hipertrofia das glândulas sebáceas do mamilo formando os tubérculos de Montgomery: elevações visíveis ● dor e hipersensibilidade mamária desde 1T --- diminuição ao longo da gestação ● estrogênio, progesterona e prolactina promovem o crescimento e desenvolvimento mamário necessários para o aleitamento pós-parto ● modificações na mama por hiperplasia e diferenciação celular ● pele das mamas pode apresentar estrias secundárias por aumento cortisol + distensão local ● hipervascularização do tecido glandular --- rede de Haller: rede venosa sob a pele visível ● possível observar saída de colostro após compressão mamária a partir da METADE da gestação ● sinal de Hunter: pigmentação periareolar que determina o surgimento da aréola secundária: + externa e + clara nas gestantes
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