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Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO O mineral é uma substância inorgânica que corresponde a 4% do peso total dos animais. São divididos em macrominerais e microminerais. São os minerais que são requeridos em grandes quantidades na dieta (g/kg ou %). Os mais conhecidos são cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio e cloro. O cálcio é inserido na dieta por ser o mineral mais abundante no organismo, auxiliando na contração muscular, coagulação sanguínea, transmissões nervosas. Tem relação próxima com fósforo que é o segundo mineral mais abundante e tem papel estrutural (membranas). O magnésio também interage com cálcio e fosforo de maneira próxima auxiliando nas reações enzimáticas além de ter efeito laxativo. Outros macrominerais importantes são o sódio, potássio, cloro sendo requeridos em altas quantidades já que são importantes no volume celular, pressão osmótica, permeabilidade da membrana, reações enzimáticas, contrações musculares e transmissão de impulsos nervosos. Para que os minerais sejam absorvidos, eles interagem entre si, competindo, e essa competição pode impactar na absorção. Com isso, há a utilização de minerais quelatados, que são minerais ligados a uma substância orgânica como proteína, carboidrato ou aminoácido. Dessa forma não haverá interação entre minerais, maximizando a capacidade de absorção. Ao quelatar um mineral, é possível destiná-lo a tecidos específicos. Um exemplo seria ligar o zinco a uma proteína. Essa proteína será destinada ao pelo do animal melhorando sua qualidade. É importante evidenciar que na alimentação animal, os minerais mais quelatados são os microminerais pois são os que apresentam maior interação. A vitamina D está diretamente associada a absorção do cálcio. Quando há aumento da absorção do cálcio, automaticamente há aumento da absorção de fósforo, além disso há aumento da deposição óssea de cálcio e a manutenção sérica desses minerais garantindo a normalidade das funções orgânicas. Cães e gatos, ao invés de vitamina D, formam colesterol. Nesses casos, a fonte de vitamina D deve ser dietética. A vitamina D3 – Colicalciferol é obtida a partir de fontes de origem animal. É mais absorvida quando comparada a D2. A Vitamina D2 – Ergocalciferol e é obtida a partir de fontes de origem vegetal. Para os ruminantes o consumo de vitamina D3 não é recomendado pois não podem consumir produtos de origem animal. O paratormônio (PTH) atua diretamente no metabolismo de cálcio e fósforo. Quando o animal consome uma dieta com baixa quantidade de cálcio há aumento da síntese Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO de PTH pela paratireoide com o objetivo de aumentar a absorção intestinal do cálcio. Além disso haverá redução da excreção urinária de cálcio para manter o cálcio no organismo. Também estimula a remodelação óssea, promovendo a relação cálcio e fósforo adequada no organismo. A calcitonina, hormônio produzido na tireoide, age de forma oposta ao PTH. Quando os níveis de cálcio estão altos, há aumento da deposição óssea desse mineral. Além, disso há diminuição da reabsorção renal de cálcio. Um cão consumindo uma dieta caseira mal formulada em que há desbalanço entre cálcio e fósforo, sem emprego de suplemento, havendo elevado nível de fósforo e baixo de cálcio. Nessa situação haverá elevação do paratormônio com o objetivo de aumentar a concentração de cálcio em níveis séricos. Todavia, não há altas quantidades de cálcio no intestino e nem na urina devido a deficiência nutricional. Logo haverá reabsorção óssea gerando Hiperparatireoismo Secundário Nutricional que é uma afecção clínica em que haverá grande reabsorção óssea de cálcio com o objetivo de manter os níveis de cálcio adequados. Animais com essa afecção apresentam ossos frágeis, ocorrendo fraturas corriqueiramente. Animais com DRC apresentam hiperfosfatemia (altas quantidades de fósforo no sangue) por conta da dificuldade em filtrar adequadamente o sangue havendo acúmulo de fósforo em níveis séricos. Por conta disso, o corpo irá buscar meios de elevar os níveis de cálcio buscando um equilíbrio, portanto, haverá também elevação do PTH causando Hiperparatireoidismo Secundário Renal. Na dieta de doentes renais os níveis de fósforo são sempre menores quando comparadas as dietas normais. Além disso, também são empregados quelantes de fósforo que tem o papel de impedir a absorção de fósforo reduzindo a hiperfosfatemia. Doentes renais têm alta predisposição a fraturas ósseas, principalmente a fraturas de mandíbula devido a reabsorção óssea. Em grandes animais podemos citar algumas forrageiras que possuem quantidades altas de oxalato, substância que aprisiona o cálcio e impede sua absorção. Consequentemente, há desbalanço nutricional de cálcio e fósforo havendo alterações nos ossos de equinos, principalmente na face causando uma Osteodistrofia Fibrosa (doença da cara inchada). Devemos também nos atentar a vitamina D já que antes de ser formada ela sofre hidroxilação no tecido hepático e no tecido renal. Devemos verificar se a vitamina D está no nível adequado para esses animais. Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Tutores de raças grandes e gigantes costumam, erroneamente suplementar cálcio na dieta dos animais, o que é um problema, uma vez que há absorção passiva de cálcio até os 6 meses de idade. Por conta do aumento de Gh (hormônio do crescimento) há uma taxa mais ativa de vitamina D ativa facilitando ainda mais a absorção de cálcio. Com isso a linha epifisária pode ossificar antes do tempo podendo causar várias alterações como rádio curvo, espondilose cervical devido a ossificação dos forames, displasia coxofemoral e de cotovelo já que há uma quantidade excessiva de cálcio em animais que ainda não estão com os ossos formados. Haverá retardo no crescimento. Em alimentos de baixa qualidade também não devemos suplementar cálcio na dieta uma vez que quanto mais barato é o produto, mais alta é a quantidade de cálcio (não é regra, portando é importante checar o rótulo). Embora muitas pessoas achem que deve ser suplementado cálcio para animais gestantes, é importante destacar que quando há suplementação de cálcio, não há ativação adequada do PTH que regula fisiologicamente os níveis de cálcio e o organismo não saberá utilizar o cálcio que chegou havendo uma hipocalcemia pós- parto já que no momento do parto haverá uma grande utilização de cálcio devido as contrações uterinas e também no colostro havendo grande gasto das fontes de cálcio e não ativação do PTH. Enxofre é um macromineral muito importante na dieta dos ruminantes. São os minerais que são requeridos em pequenas quantidades (mg/kg ou ppm). São eles: ferro, manganês, cobre, zinco, cromo e iodo, cobalto e selênio. está associado ao metabolismo de proteínas, carboidratos e a condrogênese (formação de cartilagens). Há diversos suplementos para articulação que contém em sua composição o manganês. Tem função oxidante, reduzindo radicais livres. Associado a suplementos para imunidade. Pode ser tóxico, portanto, devemos estar atentos em quantidades mais altas. Está relacionado com o metabolismo basal por ser associado a hormônios T3 e T4 que atuam no metabolismo basal como gasto energético. Está relacionado ao metabolismo da melanina para que haja pigmentação adequada dos tecidos. Além disso, também está relacionado à síntese de colágeno e atua como antioxidante. Nutrição Animal – Jennifer Reisda Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO É antioxidante e age sobre a RNA e DNA polimerase (enzimas relacionadas a síntese proteica) então é adicionado em dietas para pelos e para melhorar a qualidade da pele. Também atua no aumento da imunidade por conta de sua função antioxidante. atua diretamente no transporte de oxigênio. Associado a síntese de vitamina B12 em ruminantes já que os microrganismos produzem cianocobalamina (vitamina B12) em ambiente ruminal. Atua no metabolismo da glicose por produzir uma substância que interage com a insulina captando essa molécula. Pode ser adicionada em dietas para diabéticos.
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